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5 - Livramento Condicional

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Livramento Condicional
1) Definição: Antecipação da liberdade concedida ao condenado, mediante condições, de caráter não definitivo, decretada após o cumprimento de parte da pena, concedida pelo juízo das execuções penais, desde que presentes requisitos objetivos e subjetivos.
2) É um incidente da execução
3) O tema é tratado no Código Penal, Código de Processo Penal e Lei de execuções penais. 
4) Requisitos objetivos (art. 83 do CP):
a. pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos (qualquer regime)
b. Reparação do crime, salvo impossibilidade de fazê-lo;
c. Cumprimento de parte da pena
c.1 – Caso se trate de crime comum não sendo o condenado reincidente em crime doloso, bem como apresentando bons antecedentes, deve ter cumprido mais de um 1/3 da pena (art. 83, I) – livramento simples
c.2 – Caso se trate de crime comum, se o réu for reincidente em crime doloso, deve ter cumprido mais de metade da pena (art. 83, II) – livramento qualificado
c.3 – condenado por crime hediondo, terrorismo ou tortura deve o sentenciado ter cumprido mais de 2/3 da pena, salvo se for reincidente específico em crimes dessa natureza (art. 83, V, do CP). Se já´foi condenado por crie hediondo, não pode receber o livramento condicional.
5) Requisitos objetivos:
a) Comprovação de comportamento satisfatório durante a execução (art. 83, III, 1ª parte)
b) Comprovação de bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído
c) Comprovação de aptidão para prover a própria subsistência
d) Condenado por crime doloso, mediante violência ou grave ameaça, prognóstico de que não voltará a delinquir.
6) 5. No caso de concurso de crimes as penas devem ser somadas para determinar o livramento condicional. 
7) 6. De acordo com o artigo 128 da Lei de Execuções Penais, o tempo remido pelo trabalho ou pelo estudo considera-se como pena cumprida para todos os fins. Assim, o período remido é descontado do montante da pena.
8) Procedimento:
a. Previsto na Lei de Execuções Penais (arts. 131-146) e no Código de Processo penal.
b. Requerimento.
c. Manifestação do diretor do estabelecimento prisional
d. Manifestação do Conselho Penitenciário
e. Manifestação da acusação e da defesa.
f. Decisão judicial.
g. Da decisão cabe agravo da LEP
9) O condenado que se encontra em livramento condicional é chamado de egresso (art. 26, II, da LEP).
10) Condições obrigatórias que o condenado deve aceitar para receber o livramento condicional (art. 132 da LEP):
a. Obtenção de ocupação lícita.
b. Comparecimento periódico em juízo
c. Não mudar do território da comarca do juízo de execução sem prévia autorização judicial
11) Condições facultativas que o condenado deve aceitar para receber o livramento condicional (art. 132 da LEP):
a. Não mudar de residência sem comunicação ao juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e proteção
b. Recolhimento em residência no horário fixado
c. Não frequentar determinados lugares.
12) Revogação do benefício (o juiz deve ouvir o condenado – art. 143 da LEP).
13) Causas obrigatórias de revogação (art. 86 do CP).
a. se o liberado, ou egresso, vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível, por crime cometido durante a vigência do benefício:
b. se o liberado, ou egresso, vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível, por crime por crime anterior, hipótese em que as penas devem somar-se para efeito do livramento. 
14) Causas de revogação facultativa (art. 87):
a. se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença,
b. ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade
15) Suspensão do livramento condicional: Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso do livramento condicional, cuja revogação, entretanto, ficará dependendo da decisão final.
16) Prorrogação do período de prova. O período de prova é prorrogado se o agente está sendo processado por crime cometido na sua vigência. (art. 89 do CP).

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