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5° Semana 9o-8o semestres (1)

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DIRETRIZES DE ESTUDO PARA AS DISCIPLINAS DO 9º SEMESTRE DO CURSO DE DIREITO (FICHA 5)
Atividade para a 5° Semana
	DISCIPLINA
	ATIVIDADE DE ESTUDO DOMICILIAR
	PROT PENAL INTER ADM PUBLICA
	ASSUNTOS:
1. Crimes praticados por particular contra a Administração Pública.
1.1. Usurpação de função pública (art. 328);
1.2. Resistência (art. 329);
1.3. Desobediência (art. 330);
1.4. Desacato (art. 331);
1.5. Tráfico de influência (art. 332) e exploração de prestígio (art. 357);
1.6. Subtração ou inutilização de livro ou documento (art. 337); e
1.7. Sonegação de contribuição previdenciária (art. 337-A)
INSTRUÇÕES:
1. Leitura seca dos artigos acima mencionados;
2. Leitura doutrina dos assuntos acima citados;
3. Leitura jurisprudência acerca dos crimes ora estudados; e
3. Responder e justificar as questões abaixo.
CASO 1: IDENTIFICAÇÃO DO CRIME
1. A fim de evitar o cumprimento de reintegração de posse, indivíduo lança pedras contra Oficial de Justiça que está dando cumprimento ao respectivo mandado judicial. Tal conduta configura o crime de
a) desacato.
b) resistência.
c) desobediência.
d) arremesso de projétil.
e) usurpação de função pública Justifique em até 10 linhas.
CASO 2: IDENTIFICAÇÃO DO CRIME
2. 10) Luiz é muito amigo do magistrado Paulo. Certo dia, sabedor de que seu vizinho é parte em ação indenizatória a ser julgada por Paulo, oferece ajuda para exercer influência sobre a decisão do referido magistrado. Para tanto, solicita que seu vizinho lhe dê 30% do valor a ser obtido em caso de êxito na ação indenizatória. O magistrado, que não sabia o que estava ocorrendo, acabou julgando a causa em favor do vizinho de Luiz, que, por sua vez, cumpriu o combinado, repassando parte do valor obtido a Luiz.
O crime cometido por Luiz foi:
A) tráfico de influência.
B) corrupção ativa.
1
	
	C) fraude processual.
D) advocacia administrativa.
E) exploração de prestígio.
Justifique em até 10 linhas.
CASO 3: IDENTIFICAÇÃO DO CRIME
3) José envia uma carta para o funcionário público Carlos, afirmando que é vagabundo, preguiçoso e incompetente. Responde pelo crime de:
a) desacato.
b) injúria com causa de aumento de pena.
c) calúnia.
d) denunciação caluniosa.
Justifique em até 10 linhas.
CASOS 4 E 5: ALTO GRAU DE COMPLEXIDADE
4. Qual a diferença entre injúria contra funcionário público e desacato?
5. Qual a diferença entre os crimes de apropriação indébita previdenciária e sonegação de contribuição previdenciária? A luz da jurisprudência qual é o efeito jurídico da reparação do dano e até em que momento pode ser realizado?
BIBLIOGRAFIA
JESUS, Damásio. Direito penal. São Paulo: Saraiva, 2008. v. 4.
MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de direito penal. São Paulo: Atlas, 2007. v. 3. NORONHA, Edgar Magalhães. Direito penal. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 4.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. São Paulo: Saraiva, 2008. v. 4. DELMANTO, Celso. Código penal comentado. 7ª ed. São Paulo: Renovar, 2007.
FRANCO, Alberto Silva. Código penal e sua interpretação jurisprudencial. 8ª ed. São Paulo: RT, 2007.
JESUS, Damásio. Código penal anotado. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007
OBJETIVOS:
Preparar para utilização de elementos de doutrina, jurisprudência e legislação componentes da técnica jurídica do Direito Penal, com uma visão crítica e consciência sociopolítica.
VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=bzXffSdmv9o
https://www.youtube.com/watch?v=b4Cdky8RPiA LEITURAS:
	
	https://scon.stj.jus.br/SCON/jt/toc.jsp?edicao=EDI%C7%C3O%20N.%2057:%20CRIME S%20CONTRA%20A%20ADMINISTRA%C7%C3O%20P%DABLICA
https://scon.stj.jus.br/SCON/jt/toc.jsp?edicao=EDI%C7%C3O%20N.%2081:%20CRIME S%20CONTRA%20A%20ADMINISTRA%C7%C3O%20P%DABLICA%20-%20II
	METODOS ALT SOL LIT ARBITRAGEM
	INSTRUÇÕES
1. Leitura da Bibliografia indicada;
2. Leitura seca dos artigos 3º a 12 da Lei 9.307/96.
OBJETIVOS
Conceituar a convenção de arbitragem e seus efeitos; apresentar as duas espécies de convenção de arbitragem e abarcar os principais temas sobre o assunto como o princípio da competência-competência.
QUESTÕES
01. (FGV-2019 – OAB – XXX Exame de Ordem Unificado) Rolim Crespo, administrador da sociedade Indústrias Reunidas Novo Horizonte do Oeste Ltda., consultou sua advogada para lhe prestar orientação quanto à inserção de cláusula compromissória em um contrato que a pessoa jurídica pretende celebrar com uma operadora de planos de saúde empresariais. Pela leitura da proposta, verifica-se que não há margem para a negociação das cláusulas, por tratar-se de contrato padronizado, aplicado a todos os aderentes. Quanto à cláusula compromissória inserida nesse contrato, assinale a opção que apresenta a orientação dada pela advogada.
a) É necessária a concordância expressa e por escrito do aderente com a sua instituição, em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou o visto para essa cláusula.
b) É nula de pleno direito, por subtrair do aderente o direito fundamental de acesso à justiça, e o contrato não deve ser assinado.
c) Somente será eficaz se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem, e, como a iniciativa foi do proponente e unilateral, ela é nula.
d) Somente será eficaz se houver a assinatura do aderente no contrato, vedada qualquer forma de manifestação da vontade em documento anexo ou, simplesmente, com o visto para essa cláusula.
02. Procurado para figurar como patrono em procedimento arbitral, você terá de lidar com uma cláusula arbitral vazia. Qual o procedimento para dar validade/eficácia à cláusula em questão? Em que ela é deficitária em relação à cláusula arbitral cheia?
03. O Código de defesa do Consumidor dispõe que as cláusulas referentes a prestação de serviços ou a fornecimento de produtos que determina a utilização compulsória da arbitragem são nulas (art. 51, VII, CDC). Em comparação com a lei de arbitragem, explique quais as exigências para a eficácia da cláusula compromissória em contratos de adesão? A cláusula arbitral sempre prevalece no âmbito do direito do consumidor? Justifique sua resposta com base na doutrina e pela análise do REsp
1.753.041 do STJ.
	
	
04. Com base no acórdão baixo, discorra sobre o princípio da competência- competência (Kompetenz-Kompetenz) de forma a conceituá-lo e correlacione com a afirmação de que o STJ tem privilegiado a jurisdição arbitral.
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE FALSIDADE CUMULADA COM EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. CONTRATOS. EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA. ASSINATURA. FALSIDADE. ALEGAÇÃO. CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. COMPETÊNCIA. JUÍZO ARBITRAL. KOMPETENZ-KOMPETENZ.
1. Cinge-se a controvérsia a definir se o juízo estatal é competente para processar e julgar a ação declaratória que deu origem ao presente recurso especial tendo em vista a existência de cláusula arbitral nos contratos objeto da demanda.
2. A previsão contratual de convenção de arbitragem enseja o reconhecimento da competência do Juízo arbitral para decidir com primazia sobre o Poder Judiciário as questões acerca da existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória. 3. A consequência da existência do compromisso arbitral é a extinção do processo sem resolução de mérito, com base no artigo 267, inciso VII, do Código de Processo Civil de 1973.
4. Recurso especial provido.
(REsp 1550260/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/12/2017, DJe 20/03/2018)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBUD, André de A. C.; LEVY, Daniel; ALVES, Rafael F. Lei de arbitragem anotada: a jurisprudência do STF e do STJ. São Paulo: revista dos Tribunais (Thomson Reuters Brasil) (p. 36-98).
CAHALI, Francisco José. Curso de arbitragem: mediação, conciliação e tribunal multiportas. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais (Thomson Reuters Brasil), 2018. (p. 163-206).
SCAVONE JUNIOR, Luiz Antônio. Manual de Arbitragem, Mediação e Conciliação. São Paulo: Forense, 2018. (Cap. II – Convenção de Arbitragem).
FERREIRA, Olavo Augusto Viana Alves; ROCHA, Matheus Lins; FERREIRA,Débora Cristina Fernandes Ananias Alves. Lei de arbitragem comentada artigo por artigo. São Paulo: Editora Juspodvum, 2019. (205-223).
LEMES, Selma M. Ferreira. Cláusulas Arbitrais Ambíguas e Contraditórias e a Interpretação da vontade das partes. In: MARTINS, Pedro A. Batista; GARCEZ, José Maria Rossani (org.). Reflexões sobre Arbitragem. 1.ed. São Paulo: LTr Editora Ltda., 2002.. p. 188-208. Disponível em: <www.selmalemes.com.br/artigos>.
NUNES, Thiago Marinho. O Superior Tribunal de Justiça e a “precedência arbitral”.
2019. Disponível em: <https://www.migalhas.com.br/coluna/arbitragem-
	
	legal/307597/o-superior-tribunal-de-justica-e-a-precedencia-arbitral>.
SPERANDIO, Felipe Volbrecht. Convenção de Arbitragem. In: LEVY, Daniel; PEREIRA, Guilherme Setoguti J. Curso de Arbitragem. São Paulo: Revista dos Tribunais (Thomson Reuters), 2018. (p. 63-116)
JURISPRUDÊNCIA
STJ, REsp 1.753.041, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ 27/02/2018. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?num_registro=201602553101 &dt_publicacao=15/03/2018>.
	EXECUÇÃO TRAB PROCED ESPECIAIS
	ASSUNTO
1.7 – Recurso Extraordinário INSTRUÇÕES
1. Ler a legislação (art. 102, III, “a” a “d”, CF, art. 893, par. 2º. CLT, e arts. 1029-1042 CPC – Obs: ignorar os artigos que se refiram ao Recurso Especial)
2. Ler doutrina sobre os temas
3. Ler Jurisprudência e Súmulas sobre os temas;
4. Responder às questões abaixo propostas
1. (MAGISTRATURA DO TRABALHO – 2017) Para que o Supremo Tribunal Federal examine a admissão do recurso extraordinário, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, isto é, a existência de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. Há casos, no entanto, nos quais se entende que há repercussão geral sem que seja necessária argumentação que demonstre a existência dessas questões que ultrapassem os interesses subjetivos do caso. Nesse sentido, haverá repercussão geral sempre que:
(A) o parecer do Procurador-Geral da República for favorável à admissão.
(B) a União for parte do processo.
(C) o caso envolver direitos fundamentais.
(D) os preceitos constitucionais fundamentais forem questionados.
(E) o recurso impugnar acórdão que contrarie súmula do Supremo Tribunal Federal
2. Explique os pressupostos prévios de admissibilidade do Recurso Extraordinário.
3. É possível impugnar a sentença proferida pelo Juiz da Vara do Trabalho, por meio de Recurso Extraordinário? Explique.
4. Analise a ementa do acórdão abaixo e escreva um breve comentário sobre o conteúdo jurídico da decisão:
DIREITO DO TRABALHO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FGTS.	MULTA.	DIFERENÇA.	EXPURGOS	INFLACIONÁRIOS.	RESPONSABILIDADE.
PRESCRIÇÃO. 1. A discussão relativa à obrigação do empregador em depositar as
	
	diferenças da multa fundiária decorrentes dos expurgos inflacionários ou ao termo inicial da prescrição para a respectiva ação de cobrança não possui índole constitucional, porque depende de prévio exame da legislação infraconstitucional. Precedentes de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo regimental improvido (STF, AI-RE n. 581.225-1/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, DJU 13-11-2008)
BIBLIOGRAFIA
· CAIRO, Jr. Curso de direito processual do trabalho. 7ª. ed. Bahia: Juspodivm, 2014. Págs. 705-708.
· LEITE, Carlos Henrique Bezerra Leite. Curso de direito processual do trabalho. 16ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. Págs. 1094- .
· JORGE NETO, Francisco Ferreira e CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa.
Direito processual do trabalho. 8ª. ed. São Paulo: Atlas, 2019. Págs. 858-869.
· MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à CLT. 15ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011. Págs. 964-965.
VÍDEOS RELACIONADOS AO TEMA
https://youtu.be/i8vkMYaDvAc https://youtu.be/luVUsKYEXZk https://youtu.be/d7nuljZdSFU LEITURAS COMPLEMENTARES
https://hdl.handle.net/20.500.12178/115856 https://hdl.handle.net/20.500.12178/93950
	DIREITO AMBIENTAL
	Questões:
1 – (Ano: 2016 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Ibirité - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2016 - Prefeitura de Ibirité - MG – Fiscal) Para os fins previstos na Lei Nº 6.938/1981, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente, entende-se por poluidor:
A ) a pessoa física responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental e inserida na previsão legal do princípio do Poluidor-Pagador. B ) a pessoa física responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
C ) a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
	
	D ) a pessoa jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental proveniente de atividade econômica.
2 - (Ano: 2019 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Cuiabá - MT Prova: SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico de Nível Superior - Engenheiro Ambiental/Sanitarista) A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, é uma das legislações mais importantes para gestão ambiental do Brasil e tem como objetivo “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”. Dentre os princípios dessa Lei a serem atendidos para o alcance de tal objetivo, destaca-se:
A ) o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental e a avaliação dos impactos ambientais
B ) o licenciamento e a revisão das atividades potencialmente poluidoras e a recuperação das áreas degradadas
C ) o acompanhamento do estado da qualidade ambiental e o planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais
D ) o controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras e o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental
3 ( Ano: 2019 Banca: IDCAP Órgão: CONSED-GO Prova: IDCAP - 2019 - CONSED-GO -
Engenheiro Ambiental) Com base na Lei que rege a Política Nacional do Meio Ambiente, assinale a alternativa incorreta.
A ) Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. B ) Recursos ambientais são: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.
C ) Poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta, por exemplo, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população. D ) Poluidor é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
E ) Degradação da qualidade ambiental é a alteração adversa das características do meio ambiente.
4 – (Ano: 2019 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Foz do Iguaçu - PR Prova: FAFIPA - 2019 - Prefeitura de Foz do Iguaçu - PR - Procurador do Município Júnior) Em relação à Lei 6.938/81, é CORRETO afirmar que se caracteriza como um dos objetivos legalmente previstos pela Política Nacional de Meio Ambiente o seguinte:
A ) A proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas.
B ) A ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.
C ) O controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras.
D ) Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
	
	comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
E) A compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidadedo meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
5 - (Ano: 2019 Banca: FUNRIO Órgão: Prefeitura de Porto de Moz - PA Prova: FUNRIO
- 2019 - Prefeitura de Porto de Moz - PA - Engenheiro Ambiental) Para os fins previstos na Lei nº 6.938/81, entende-se por poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
I - Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; III - Afetem desfavoravelmente a biota;
IV - Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
V - Lancem matérias ou energia em de acordo com os padrões ambientais estabelecidos.
Dos itens acima:
A) Apenas os itens I, II e IV estão corretos.
B) Apenas os itens II, III e IV estão corretos. C ) Apenas os itens I, II, III e V estão corretos. D ) Apenas os itens II, IV e V estão corretos.
E ) Apenas os itens I, II, III e IV estão corretos.
6) A Lei Complementar 140/2011 alterou as competências para realização de licenciamento ambiental?
Material de apoio
BRASIL. Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (6.938/81). Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm Acesso em 25 de março 2020.
 	. Lei Complementar n.º 140/2011. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp140.htm. Acesso em 25 de março 2020.
FERREIRA, Marcus Bruno Malaquias. SALLES, Alexandre Ottoni Teatini. Revista de Economia. Política ambiental brasileira: análise históricoinstitucionalista das principais abordagens estratégicas. Vitória, v. 43, n. 2 (ano 40) mai./ago. 2016. file:///C:/Users/Samsung/Downloads/54001-209357-1-PB.pdf . Acesso em 25 de março de 2020.
FONTENELLE, Miriam. Revista da Faculdade de Direito de Campos. Aspectos da Política Nacional do Meio Ambiente: o Estudo de Impacto Ambiental como Instrumento Preventivo da Gestão Ambiental. Campos. Ano IV, N.º 4 e Ano V, N.º 5. 2003-2004.
http://fdc.br/Arquivos/Mestrado/Revistas/Revista04e05/Docente/14.pdf. Acesso em 24 de março de 2020.
	
	GORDILHO, Heron José de Santana. Revista de informação legislativa. Os colegiados ambientais como expressão do princípio da participação popular no Direito brasileiro
: o caso do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília, v. 51, n. 204, p. 67-89, out./dez. 2014. http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/509928. Acesso em 25 de março de 2020.
MOURA, Adriana Maria Magalhães de. Governança Ambiental no Brasil: instituições, atores e políticas públicas. Trajetória da Política Ambiental Federal no Brasil	2016	(	Capítulo	1)	p.s	13-45.
file:///C:/Users/Samsung/Downloads/Governan%C3%A7a%20ambiental%20no%20B rasil.pdf. Acesso em 25 de março de 2020.
	DIREITO DO CONSUMIDOR
	DO FORNECEDOR
Fornecedor: art. 3º CDC - toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
A responsabilidade dos fornecedores em relação ao consumidor é objetiva e solidária:
“Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.”
“Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior” “Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos.”
“Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
“Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do
produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu
conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem,
	
	rotulagem	ou	de	mensagem	publicitária,	podendo	o	consumidor	exigir,
alternativamente e à sua escolha:”
A respeito da responsabilidade do fornecedor, sugerimos a leitura do artigo de autoria do Professor Rizzato Nunes intitulado “A base da responsabilidade objetiva no Código de Defesa do Consumidor”, disponível em duas partes, nos seguintes links:
https://www.migalhas.com.br/coluna/abc-do-cdc/244109/a-base-da- responsabilidade-objetiva-no-codigo-de-defesa-do-consumidor-parte-i
https://www.migalhas.com.br/coluna/abc-do-cdc/244495/a-base-da- responsabilidade-objetiva-no-codigo-de-defesa-do-consumidor-parte-ii ambos acessados em 22 de março de 2020:
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabeleceu a responsabilidade objetiva dos fornecedores pelos danos advindos dos defeitos de seus produtos e serviços (conf.arts. 12, 13 e 14). E ofereceu poucas alternativas de desoneração (na verdade, de rompimento do nexo de causalidade), tais como a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Para que se possa compreender o porquê dessa ampla responsabilização, é preciso conhecer a teoria do risco do negócio ou da atividade, que é sua base e que examino na sequência.
1. Os negócios implicam risco
A Constituição Federal garante a livre iniciativa para a exploração da atividade econômica, em harmonia com uma série de princípios (CF, art. 170), iniciativa esta que é, de fato, de uma forma ou de outra, a alavanca da sociedade capitalista contemporânea. A exploração da atividade econômica tem uma série de características, e uma das principais é o risco. Os negócios implicam risco. Na livre iniciativa, a ação do empreendedor está aberta simultaneamente ao sucesso e ao fracasso. A boa avaliação dessas possibilidades por parte do empresário é fundamental para o investimento.
É claro que são muitas as variáveis em jogo, e que terão de ser avaliadas, tanto mais se existir uma autêntica competitividade no setor escolhido. Os insumos básicos para a produção, os meios de distribuição, a expectativa do consumidor em relação ao produto ou serviço a serem produzidos, a qualidade destes, o preço, os tributos etc. são preocupações constantes. Some-se o desenvolvimento de todos os aspectos que envolvem o marketing e em especial a possibilidade — e, praticamente, a necessidade — da exploração da publicidade, arma conhecida para o desenvolvimento dos negócios.
2. Risco/custo/benefício
Esse aspecto do risco se incrementa na intrínseca relação com o custo. Esse
	
	binômio risco/custo (ao qual acrescento um outro: o do custo/benefício) é determinante na análise da viabilidade do negócio. A redução da margem de risco a baixos níveis (isto é, a aplicação máxima no estudo de todas as variáveis) eleva o custo a valores astronômicos, inviabilizando o projeto econômico. Em outras palavras, o custo, para ser suportável, tem de ser definido na relação com o benefício. Esse outro binômio custo/benefício tem de ser considerado. Descobrir o ponto de equilíbrio de quanto risco vale a pena correr a um menor custo possível, para aferir a maximização do benefício, é uma das chaves do negócio.
Dentro dessa estratégia geral, como fruto da teoria do risco, um item específico é o que está intimamente ligado à sistemática normativa adotada pelo CDC. É aquele voltado à avaliação da qualidade do produto e do serviço, especialmente a adequação, finalidade, proteçãoà saúde, segurança e durabilidade. Tudo referendado e complementado pela informação.
Em realidade, a palavra "qualidade" do produto ou do serviço pode ser o aspecto determinante, na medida em que não se pode compreender qualidade sem o respeito aos direitos básicos do consumidor.
E nesse ponto da busca da qualidade surge, então, nova e particularmente, o problema do risco/custo/benefício, acrescido agora de outro aspecto considerado tanto na teoria do risco quanto pelo CDC: a produção em série1.
3. Produção em série
Com a explosão da revolução industrial, a aglomeração de pessoas nos grandes centros urbanos e o inexorável aumento da complexidade social, exigia-se um modelo de produção que desse conta da sociedade que começava a surgir. A necessidade de oferecer cada vez mais produtos e serviços para um número sempre maior de pessoas fez com que a indústria passasse a produzir em grande quantidade. Mas o maior entrave para o crescimento da produção era o custo.
A solução foi a produção em larga escala e em série que, a partir de modelos previamente concebidos, permitia a diminuição dos custos. Com isso, era possível fabricar mais bens para atingir um maior número de pessoas. O século XX inicia-se sob a égide desse modelo de produção: fabricação de produtos e oferta de serviços em série, de forma padronizada e uniforme, com um menor custo de produção final, possibilitando a venda a menor preço individual, com o que maiores parcelas de consumidores passaram a ser beneficiadas.
A partir da Segunda Guerra Mundial, esse projeto de produção capitalista passou a crescer numa velocidade jamais imaginada, fruto do incremento dos sistemas de automação, do surgimento da robótica, da telefonia por satélites, das transações eletrônicas, da computação, da microcomputação, etc.
4. Característica da produção em série: vício e defeito
Muito bem. Em produções massificadas, seriadas, é impossível assegurar como
	
	resultado final que o produto ou o serviço não terá vício/defeito. Para que a produção em série conseguisse um resultado isento de problemas, seria preciso que o fornecedor elevasse seu custo a níveis altíssimos, o que inviabilizaria o preço final do produto e do serviço e desqualificaria a principal característica da produção em série, que é a ampla oferta para um número enorme de consumidores.
Dessa maneira, sem outra alternativa, o produtor tem de correr o risco de fabricar produtos e serviços a um custo que não prejudique o benefício. Aliado a isso está o indelével fato de que produções desse tipo envolvem dezenas, centenas ou milhares de componentes físicos que se relacionam, operados por outra quantidade enorme de mãos que os manuseiam direta ou indiretamente. A falha é inexorável: por mais que o fornecedor queira, não consegue evitar que seus produtos ou serviços cheguem ao mercado sem vício/defeito.
Mesmo nos setores mais desenvolvidos, em que as estatísticas apontam para vícios/defeitos de fabricação próximos de zero, o resultado final para o mercado será a distribuição de um número bastante elevado de produtos e serviços comprometidos. E isso se explica matematicamente: supondo um índice percentual de vício/defeito no final do ciclo de fabricação de apenas 0,1% (percentual raro, eis que, de fato, ele é mais elevado) aplicado sobre alta quantidade de produção, digamos, 100.000 unidades, ter-se-ia 100 produtos entregues ao mercado com vício/defeito.
Logo, temos de lidar com esse fato inevitável (e incontestável): há e sempre haverá produtos e serviços com vício/defeito.
5. O CDC controla o resultado da produção
Como disse anteriormente, há e sempre haverá produtos e serviços com vício/defeito. Por isso, nada mais adequado do que controlar, como fez o CDC, o resultado da produção viciada/defeituosa, cuidando de garantir ao consumidor o ressarcimento pelos prejuízos sofridos. Note-se que a questão do vício/defeito envolve o produto e o serviço em si, independentemente da figura do produtor (bem como de sua vontade ou atuação).
São o produto e o serviço que causam diretamente o dano ao consumidor e não o fornecedor. Este só é considerado na medida em que é o responsável pelo ressarcimento dos prejuízos. Nesse ponto tenho, então, de colocar outro aspecto relevante, justificador da responsabilidade do fornecedor, no que respeita ao dever de indenizar: é o da origem do fundo capaz de pagar os prejuízos.
6. A receita e o patrimônio devem arcar com os prejuízos
É a receita e o patrimônio do fabricante, produtor, prestador de serviço etc. que respondem pelo ônus da indenização relativa ao prejuízo sofrido pelo consumidor.
	
	O motivo, aliás, é simples: a receita e o patrimônio abarcam "todos" os produtos e serviços oferecidos. "Todos", isto é, tanto os produtos e serviços sem vício/defeito quanto aqueles que ingressaram no mercado viciados/defeituosos.
Vejamos um exemplo numérico, usando o mesmo cálculo que fiz no item 4: vamos supor uma produção de 100.000 liquidificadores/mês e um vício/defeito no final do ciclo de produção de apenas 0,1%.
O mercado receberá 100.000 liquidificadores e o produtor aferirá uma receita advinda de sua totalidade. Acontece que apenas 99.900 consumidores adquirirão efetivamente produtos em perfeito estado de funcionamento. Os outros 100 arcarão com o ônus de ter comprado os liquidificadores com vício/defeito. Nesse ponto, é preciso inserir outro princípio legal justificador do tratamento protecionista dos consumidores que adquiriram os produtos com problemas. É o princípio constitucional da igualdade. Não teria, nem tem cabimento, que os 100 consumidores que adquiriram os liquidificadores com vício/defeito e que pagaram por eles o mesmo preço dos demais 99.900 consumidores, não tivessem os mesmos direitos e garantias assegurados a estes últimos.
Para igualá-los, é preciso que: a) recebam outro produto em condições perfeitas de funcionamento; b) aceitem o valor do preço de volta; c) ou, ainda, sejam ressarcidos de eventuais outros prejuízos sofridos. É dessa forma que se justifica a estipulação de uma responsabilidade objetiva do fornecedor.
7. Ausência de culpa
E ainda existe um outro reforço dessa justificativa e que formatará por completo o quadro qualificado, que obrigou a que o sistema normativo adotasse a responsabilização objetiva. É o relacionado não só à dificuldade da demonstração da culpa do fornecedor, assim como ao fato de que, efetivamente, muitas vezes, ele não tem mesmo culpa de o produto ou serviço terem sido oferecidos com vício/defeito.
Essa é a questão: o produto e o serviço são oferecidos com vício/defeito, mas o fornecedor não foi negligente, imprudente nem imperito. Se não tivéssemos a responsabilidade objetiva, o consumidor terminaria fatalmente lesado, sem poder ressarcir-se dos prejuízos sofridos (como era no regime anterior). Aqueles 100 consumidores que adquiriram os liquidificadores estragados, muito provavelmente, não conseguiriam demonstrar a culpa do fabricante.
Explicando melhor: no regime de produção em série o fabricante, produtor, prestador de serviços etc. não podem ser considerados, como regra, negligentes, imprudentes ou imperitos. É que, o produtor contemporâneo, em especial aquele que produz em série, não age com culpa. Ao contrário, numa verificação de seu processo de fabricação, perceber-se-á que no ciclo de produção trabalham profissionais que avaliam a qualidade dos insumos adquiridos, técnicos que
controlam cada detalhe dos componentes utilizados, engenheiros de qualidade que
	
	testam os produtos fabricados, enfim, no ciclo de produção como um todo não há, de fato, omissão (negligência), ação imprudente ou imperita. No entanto, pelas razões já expostas, haverá produtos e serviços viciados/defeituosos.
Vê-se, só por isso, que, se o consumidor tivesse de demonstrar a culpa do produtor, não conseguiria. E, na sistemática anterior do vetusto Código Civil (art. 159), o consumidor tinha poucas chances de ressarcir-se dos prejuízos causados pelo produto ou peloserviço.
Além disso, ainda que culpa houvesse, sua prova como ônus para o consumidor levava ao insucesso, pois ele não tinha e não tem acesso ao sistema de produção e, também, a prova técnica posterior ao evento danoso tinha pouca possibilidade de demonstrar culpa. Poder-se-ia dizer que antes — por incrível que possa parecer — o risco do negócio era do consumidor. Era ele quem corria o risco de adquirir um produto ou um serviço, pagar seu preço (e, assim, ficar sem seu dinheiro) e não poder dele usufruir adequadamente ou, pior, sofrer algum dano. É extraordinário, mas esse sistema teve vigência até 10 de março de 1991, em flagrante injustiça e inversão lógica e natural das coisas.
8. O fato do produto e do serviço e o acidente de consumo
Registro, por fim, e apenas corroborando tudo o que foi dito, que o CDC intitula a seção que cuida do tema como "Da responsabilidade pelo fato do produto e do serviço", porque a norma, dentro do regramento da responsabilidade objetiva, é dirigida mesmo ao fato do produto ou serviço em si.
É o "fato" do produto e do serviço causadores do dano o que importa. Costuma-se também falar em “acidente de consumo” para referir ao fato do produto ou do serviço. Algumas observações são necessárias a respeito disso.
A expressão "acidente de consumo", muito embora largamente utilizada, pode confundir, porque haverá casos de defeito em que a palavra "acidente" não fica muito adequada. Assim, por exemplo, fazer lançamento equivocado no cadastro de devedores do Serviço de Proteção ao Crédito é defeito do serviço, gerando responsabilidade pelo pagamento de indenização por danos materiais, morais e à imagem. Porém, não se assemelha em nada a um "acidente"; comer algum alimento e depois sofrer intoxicação por bactéria que lá estava gera, da mesma maneira, dano, mas ainda assim não se assemelha propriamente a acidente.
De outro lado, a lei fala em "fato" do produto. A palavra fato permite uma conexão com a ideia de acontecimento, o que implica, portanto, qualquer acontecimento.
Lembro, de todo modo, que se tem usado tanto "fato" do produto e do serviço quanto "acidente de consumo" para definir o defeito. Porém, o mais adequado é guardar a expressão "acidente de consumo" para as hipóteses em que tenha ocorrido mesmo um acidente: queda de avião, batida do veículo por falha do freio, quebra da roda-gigante no parque de diversões, etc., e deixar fato ou defeito para
as demais ocorrências danosas. Em qualquer hipótese, aplica-se a lei.
	
	
O estabelecimento da responsabilidade de indenizar nasce, portanto, do nexo de causalidade existente entre o consumidor (lesado), o produto e/ou serviço e o dano efetivamente ocorrido. Fica, assim, demonstrada, a teoria — e a realidade — fundante da responsabilidade civil objetiva estatuída no CDC, assim como as amplas garantias indenizatórias em favor do consumidor que sofreu o dano — ou seus familiares ou, ainda, o consumidor equiparado e seus familiares.
1) Analise a seguinte decisão do STJ:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SEGURO DE VIDA. COBRANÇA. LEGITIMIDADE PASSIVA DA ESTIPULANTE. SEGURO RELAÇÃO DE CONSUMO. SEGURO CONTRATADO NO INTERIOR DO BANCO. SÚMULA Nº 83/STJ. QUESTÃO DECIDIDA COM BASE NAS CIRCUNSTÂNCIAS FÁTICAS DA CAUSA. SÚMULA Nº 7/STJ.
1. "É parte legítima para responder à ação em que é cobrado o cumprimento do contrato de seguro o banco que divulga o produto, recebe o valor do prêmio, expede apólice e presta as informações necessárias ao segurado. Precedentes do STJ" (REsp 592.510/RO, Rel. Ministro Barros Monteiro, DJ 3/4/2006).
2. "Na esteira de precedentes desta Corte, a oferta de seguro de vida por companhia seguradora vinculada a instituição financeira, dentro de agência bancária, implica responsabilidade solidária da empresa de seguros e do Banco perante o consumidor" (REsp 1.300.116/SP, Rel. Ministra Nanacy Andrighi, DJe 13/11/2012).
3. Estando o acórdão recorrido em perfeita harmonia com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça incide a Súmula nº 83 desta Corte, aplicável por ambas as alíneas do permissivo constitucional.
4. Para prevalecer a pretensão em sentido contrário à conclusão do Tribunal de origem quanto à solidariedade passiva do banco na demanda, mister se faz a revisão do conjunto fático dos autos, o que, como já decidido, é inviabilizado ante o óbice da Súmula nº 7 desta Corte.
5. Agravo regimental não provido.”
AgRg no REsp 1040622 / RS. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2008/0058736-2, Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147), T3 - TERCEIRA TURMA, 19/11/2013
De conformidade com os estudos acima, explique a responsabilidade legal entre a instituição bancária e a seguradora.
	
DIREITO DE FAMÍLIA
	
O direito aos alimentos, conforme estabelece os artigos 1696 e 1697 do Código Civil, é limitado aos ascendentes e descendentes e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Não há, portanto, previsão legal quanto a possibilidade de estender o dever de
	
	prestar alimentos aos colaterais de grau mais remoto.
Mediante análise de textos sugeridos abaixo, disserte a possibilidade de extensão do direito de pleitear alimentos aos colaterais além dos irmãos.
Bibliografia
· Tannuri, Cláudia Aoun; Hudler, Daniel Jacomelli. Direito à vida permite que parentes colaterais respondam por alimentos. Disponível em https://conjur.com.br. Acesso em 23 de abril de 2020;
· DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias, 4ª edição, São Paulo: RT, 2007, p.474 -475.
· FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson .Curso de direito civil: direito das famílias, vol. 6. 4ª ed. Salvador: JusPodivm, 2012, p. 820).
	DIREITO INTERNACION AL PUBLICO
	Até agora, abordamos aspectos dos tratados internacionais que se relacionam com atos praticados por um Estado perante outro ou outros Estados, ou seja, situações ocorridas no “ambiente” da Sociedade Internacional.
Porém, o importantíssimo ato internacional da “ratificação”, que, utilizaremos como expressão única para compreender como “ato internacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no plano internacional o seu consentimento em obrigar- se por um tratado;” (Art. 1, b. da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969), deve ser precedida de trâmite estabelecido pelo direito interno de cada país, ao menos na maioria dos países que não são totalitários. Relevante que compreendamos o procedimento interno (processo legislativo) do Direito Brasileiro que deve preceder o ato da “ratificação”.
Atividade – Redigir texto com a abordagem dos dispositivos constitucionais que dispõem sobre a participação do poder legislativo para a celebração de tratados internacionais pelo Estado Brasileiro, declinando todas as etapas do processo legislativo nas duas casas legislativas, bem como o(s) quóruns de votação para aprovação para os tratados em geral e os relacionados a diretos humanos.
Bibliografia e fontes sugeridas
· REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público. Curso Elementar. Editora Saraiva. 13ª ed. 2011.
· MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. Editora Revista dos Tribunais. 10ª ed. 2016.
· ACCIOLY, Hildebrando. Manual de direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2008.
· HUSEK, Carlos Roberto. Curso de Direito Internacional Público. Editora LTR. 14ª ed. 1984. Disponível em https://2019.vlex.com/#sources/14136
· SANTOS, Júlio César Borges. Curso de Direito Internacional Público. Editora Leud. 2009. Disponível em https://2019.vlex.com/#sources/5671
· RIBEIRO, Silvia Pradines Coelho. A participação do Legislativo no processo de celebração	dos	tratados.	2006.	Disponível	em
	
	https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/43/170/ril_v43_n170_p273.pdf.
· MELLO, CELSO D. o PODER LEGISLATIVO NA RATIFICAÇÃO
· DE	TRATADOS.	Disponível	em http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/viewFile/58941/5739 5
· MAZZUOLI, Valério de Oliveira. O Poder Legislativo e os tratados Internacionais. O treaty-making power na Constituição brasileira de 1988. Disponível	emhttps://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ca d=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiYkcydsrPoAhX0JrkGHS6mDnQQFjABegQIARAB &url=http%3A%2F%2Fwww.stf.jus.br%2Frepositorio%2Fcms%2FportalTvJusti ca%2FportalTvJusticaNoticia%2Fanexo%2FArtigo Poder_Legislativo_e_Trata dos_Internacionais Valerio_Mazzuoli.pdf&usg=AOvVaw2KlFUtsuXsIPzhkXBB GdL_
	PROCEDIMENT OS ESP / JURISD VOLUNTÁRIA
	Dos Testamentos e dos Codicilos
Faleceu em data de 11 de Junho de 2.019 Miguel Juarez. Na data de 11 de Maio de
2.019 o falecido Miguel mandou confeccionar Testamento Particular, onde deixou todos os seus bens para Mara Almeida. O testamento foi confeccionado em duas folhas, e justamente aquela folha em que estaria todo o conteúdo da suposta deixa testamentária não havia assinaturas ou rubricas, além de que não houve o reconhecimento da assinatura do testador por tabelião.
Instruções:
Com base na bibliografia fornecida, discorra sobre os requisitos formais para confecção de testamento particular, respondendo ainda, de maneira fundamentada, se o testamento apresentado no caso concreto deve ou não ser confirmado.
Bibliografia obrigatória
· THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 50. ed. vol.
II.	Rio	de	Janeiro:	Forense,	2016.	p.	490-500.	Disponível	em:
 https://gofile.io/?c=RTxMOS
· Consultar ainda: TJSP; Apelação Cível 1001698-82.2019.8.26.0414; Relator (a): Penna Machado; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Foro de Palmeira D'Oeste - Vara Única; Data do Julgamento: 05/03/2020; Data de Registro: 05/03/2020

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