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AD 1- TEATRO E EDUCAÇÃO

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Nome: JARDEL DELGADO MARQUES 
Matrícula: 1911600237 Polo: RIO DAS FLORES 
 
AD1 2020.1 
TEATRO E EDUCAÇÃO 
Coordenação: Profª Carmela Soares 
 
QUESTÃO 1: 
Tempo Dramático: tempo em que acontecem os fatos da narrativa. 
Metáfora: consiste no uso de alguma coisa no lugar de outra, permitindo ainda uma comparação. 
Personagens: são as pessoas que envolvem a história, podendo ser protagonistas (principais) ou 
coadjuvantes (secundárias). 
Signos artísticos: formas simbólicas do sentimento humano, isto é, imagens criadas durante o jogo teatral. 
Plateia: é, o público que assiste à peça de teatro. 
Figurino: são as vestimentas utilizadas pelas personagens em determinadas cenas. 
Sonoplastia: é o recurso que possibilita o uso de sons, seja uma música, um ruído, as falas, dentre outros. 
Fisicalização: descreve a maneira pela qual o material é apresentado ao jogador num nível físico e não 
verbal, propiciando uma experiência pessoal concreta. 
Contracenar: Significa olhar, ficar atento à ação e reação do outro, ficando assim preparado e disposto 
durante todo o jogo teatral. 
Linguagem Corporal: forma de se fazer comunicar utilizando apenas o corpo e seus movimentos para tal 
tarefa. 
 
QUESTÃO 2: 
Augusto Boal é brasileiro, nasceu em 1931 no bairro da Penha, é considerado um importante nome no 
teatro nacional. Ele é o criador do Teatro do Oprimido nos anos 1970. 
Em março de 2009 foi nomeado Embaixador Mundial do Teatro pela Unesco, uma honra inédita para 
brasileiros. 
A dimensão do teatro de Boal data dos quinze anos, entre 1971 e 1986, em que esteve no exílio político. 
Nesta fase, Boal desenvolveu as experiências teatrais que lhe renderiam o reconhecimento internacional de 
público, crítica, pesquisadores e do meio teatral. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Com seu retorno definitivo ao Brasil em 1986, a convite de Darcy Ribeiro, então secretário de educação do 
Estado do Rio de Janeiro, Boal cria o Centro de Teatro do Oprimido – CTO, do qual foi mentor e diretor 
artístico por 23 anos. 
Depois de exilado pelo regime militar, Boal se dedicou a pesquisar formas teatrais que pudessem ser úteis 
para oprimidos e oprimidas, criando condições para ultrapassarem o papel de consumidores de bens 
culturais e assumirem a condição de produtores de cultura e de conhecimento. Para tanto, sistematizou o 
Teatro do Oprimido, que poderia ser chamado de Teatro do Diálogo que, partindo da encenação de uma 
situação real, estimula a troca de experiências entre atores e espectadores, através da intervenção direta na 
ação teatral, visando à análise e a compreensão da estrutura representada e a busca de meios concretos para 
ações efetivas que levem à transformação daquela realidade. 
Um Método teatral que se baseia no princípio de que o ato de transformar é transformador. Como diria 
Boal, aquele que transforma as palavras em versos transforma-se em poeta; aquele que transforma o barro 
em estátua transforma-se em escultor; ao transformar as relações sociais e humanas apresentadas em uma 
cena de teatro, transforma-se em cidadão. Um Método que busca, através do Diálogo, restituir aos 
oprimidos o seu direito à palavra e o seu direito de ser. 
No Brasil o Teatro do Oprimido influenciou a forma de pensar de muitos jovens quando o mesmo adentro 
as escolas públicas no Rio de Janeiro. Internacionalmente, cabe ressaltar o Teatro do Oprimido sendo 
objeto de estudos em Universidades renomadas como Harvard. 
É possível destacar ao assistir o documentário a capacidade criativa de Boal ao tecer uma peça de teatro 
que está permeada no cotidiano da sociedade e às vezes passas despercebida por nós. Uma parte que me 
chama a atenção foi quando o mesmo narra uma peça teatral contracenada num restaurante argentino e que 
faz uma crítica à pobreza e fome que passavam a população em dado período. 
 
QUESTÃO 3: 
A partir da afirmação de Augusto Boal cabe destacar a capacidade de, ao estar em cena, o ator dar a vida 
pelo personagem e transmitir a ideia de que o ator é 100% personagem e 100% ele mesmo, isto é, são 
indissociáveis. 
Dessa forma, o ator dá vida ao personagem, mas também está vivo graças ao personagem. As ações, os 
desejos, os medos e as emoções do personagem também refletem as emoções e gestos do ator. 
Na prática teatral, o ator deve se guiar por essa verdade emitida por Boal e tornar o personagem uma forma 
verdadeira da realidade social em que está inserido. 
Assim, o público que assiste ao teatro se vê “hipnotizado” pela brilhante forma de como o artista passa a 
sua verdade, ou seja, o personagem torna-se algo real e que pode ser visto como uma forma presente na 
sociedade. 
 
 
QUESTÃO 4: 
 
ATIVIDADE: Corrente de cegos 
 
GRUPO: Adolescentes e jovens (de 13 a 19 anos) 
 
TOTAL DE PARTICIPANTES: 13 
 
Os participantes foram previamente vendados em uma sala e logo após foi pedido que eles dessem as mãos 
e lembrassem da pessoa estava a a direita e a sua esquerda. Logo após eles foram caminhando para um 
espaço aberto com alguns obstáculos simples, tais como: baldes vazio e cheio de água, galhos de árvores, 
tiras de pano, espumas de colchão, frascos com alguns matérias que exalam odor (vinagre, hipoclorito, 
desinfetante e álcool) e alguns pratinhos com coisas comestíveis (sal, açúcar, bala de coco e cobertura de 
sorvete) 
Com esse ambiente, os jovens iam caminhando de mãos dadas. O espaço possui ainda sons externos e em 
dados momentos era colocada uma música de suspense que seria para agitar ainda mais os nervos de 
nossos participantes. 
Eles percorreram todo o espaço sendo guiados por mim, que era o único que tinha visão do que estava 
acontecendo. A atividade foi muito divertida, em alguns momentos era inevitável a risada e o deboche era 
geral. O tempo, em média que demorou a atividade foi de quarenta minutos. 
Após percorrer todo o espaço, eles retornaram para a sala, onde foram desvendados. Eles relataram o alívio 
que foi poder tirar a venda dos olhos e “voltar” a enxergar. 
Nesse momento foi discutido o que sentiram, quais as dificuldades e medos que tiveram que vencer. E foi 
unânime a fala de que andar por um local desconhecido foi muito ruim, era preciso apenas confiar em 
quem estava na frente guiando e falando e nos amigos que estavam do lado. O grupo percebeu ainda que 
foi uma experiência incrível e ficaram curiosos para saber o que havia causado tanto medo. 
Assim, eles tiveram a oportunidade de conhecer o espaço por onde caminharam. As meninas estavam 
apreensivas para saber quais “bichos” estavam naquele lugar e tamanha foi a surpresa delas quando 
descobriram que não havia seres vivos naquele espaço, o medo delas era de espumas e baldes, coisas do dia 
a dia, mas que naquela situação propiciou o clima de suspense e ojeriza. 
A maior dificuldade enfrentada no momento de aplicação foi manter o grupo coeso e concentrado, pois 
eram trabalhadas as emoções de cada um, entre essas emoções estavam o medo, o nojo e a surpresa. Mas 
no fim, me surpreendi que em nenhum momento eles soltaram as mãos uns dos outros e ainda foram 
capazes de cumprir todo o percurso. 
Enfim, a atividade teve seu objetivo alcançado e o grupo compreendeu que as emoções fazem parte da vida 
e ainda que a união deve ser mantida a fim de vencer as dificuldades impostas pelo jogo cotidiano.

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