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Lei Nº 8 069 - Objetivos fundamentais da CF presentes na norma infraconstitucional

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CAMPUS/CAMPO GRANDE
DAIANA ALEXANDRE FERREIRA
Matrícula: 119020144
LEI Nº 8.069/1990.
-OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA CF PRESENTES NA NORMA INFRACONSTITUCIONAL-
Trabalho da disciplina Direito Constitucional I apresentado ao Prof. Joemenson Barrozo, Universidade Candido Mendes/Campus Campo Grande, como requisito de avaliação em substituição da P1 no Curso de Direito – 3º período – Turma Manhã.
RIO DE JANEIRO
2020.1
LEI Nº 8.069/1990.
-OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA CF PRESENTES NA NORMA INFRACONSTITUCIONAL-
Daiana Alexandre Ferreira[footnoteRef:2] [2: Graduanda no Curso de Direito da UCAM – Universidade Candido Mendes, campus Campo Grande, atualmente no 3º período. Email: daiana.alexa.ferreira@gmail.com] 
RESUMO
Pode-se dizer que o Estatuto da Criança e do Adolescente é um exemplo e vinculo ao tratamento social e legal que deve ser oferecido às crianças e adolescentes de nosso país. O ECA incorporou os avanços preconizados na Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas e trouxe o caminho para se concretizar o Artigo 227 da Constituição Federal, que determinou direitos e garantias fundamentais a crianças e adolescentes e após quase três décadas de vigência, o Brasil continua mobilizado para que o ECA se mantenha como uma legislação avançada e atualizada. Para garantir a efetivação da proteção integral, governo e sociedade civil trabalham em conjunto por meio dos conselhos municipais, estaduais, distrital e nacional dos direitos da criança e do adolescente. Baseado no Princípio fundamental da CF, o art. 3º do ECA determina que “a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.” Considerado o maior símbolo dessa nova forma de se tratar a infância e a adolescência no país, o ECA inovou ao trazer a proteção integral, na qual crianças e adolescentes são vistos como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento e com prioridade absoluta. Também reafirmou a responsabilidade da família, sociedade e Estado de garantir as condições para o pleno desenvolvimento dessa população, além de colocá-la a salvo de toda forma de discriminação, exploração e violência.
Palavras-chaves: Princípios Fundamentais; Objetivos Fundamentais; ECA.
SUMÁRIO
Introdução; 1. Lei nº 8.069/1990 – Criação e Historicidade; 1.1 Aplicabilidade; 1.2 Influência; 1.3 Finalidade; 2. Princípio Fundamental da CF/1988 e o ECA; 3. ECA e os Objetivos Fundamentais presentes no art. 3º da CF/1988; Conclusão;Referências.
INTRODUÇÃO
No Brasil, alguns normativos legais pela sua importância, são resumidos em compilações que facilitam o tratamento das questões jurídicas no âmbito mais especifico e detalhado do assunto selecionado, visto sua prioridade social. 
Pode-se dizer que o Estatuto da Criança e do Adolescente é um exemplo e vinculo ao tratamento social e legal que deve ser oferecido às crianças e adolescentes de nosso país, dentro de um dispositivo integral de maior proteção e cidadania decorrentes da própria Constituição promulgada em 1988.  
A sociedade está em constante evolução e é preciso acompanhar essas mudanças do ponto de vista dessa parcela da sociedade que está longe de ser inexpressiva. Um dos caminhos é fortalecer os vínculos familiares e comunitários, reconhecendo a criança e o adolescente como sujeitos de direitos e deveres. Serviços, programas e projetos podem oportunizar as crianças e aos adolescentes os meios para que busquem sua inserção como cidadãos e cidadãs conscientes de seus direitos e deveres na sociedade que atuam.
Para entendimento do presente trabalho, este se propõe a fazer uma analise reflexiva, buscando compreender a importância da criação da lei nº 8.069/1990. A metodologia utilizada será o estudo feito por meio de uma pesquisa descritiva de cunho bibliográfico. 
Como forma de consolidação, este trabalho terá sua escrita dividida em: Introdução (apresentando a proposta do estudo); Capítulo 1 (descreve a Lei Nº 8.069/1990, bem como sua construção ideológica, criação e historicidade); Subcapítulo 1.1 (aplicabilidade da lei); Subcapítulo 1.2 (influência da lei); Subcapítulo 1.3 (finalidade da lei na sociedade). 
O capítulo 2 abordará o Princípio fundamental da CF/1988 e o ECA, segundo o art. 1º, inciso III da CRFB/1988 – a dignidade da pessoa humana. 
Por fim, o capítulo 3 visa correlacionar o ECA com os objetivos fundamentais presentes no art. 3º da CF/1988 - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. 
O presente trabalho se encerrará com a conclusão de estudo da lei e as referências bibliográficas utilizadas em concordância à pesquisa de conteúdo.
1. LEI Nº 8.069/1990 – CRIAÇÃO E HISTORICIDADE.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado em 13 de julho de 1990, é o principal instrumento normativo do Brasil sobre os direitos da criança e do adolescente. O ECA incorporou os avanços preconizados na Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas e trouxe o caminho para se concretizar o Artigo 227 da Constituição Federal[footnoteRef:3], que determinou direitos e garantias fundamentais a crianças e adolescentes. [3: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.] 
O Estatuto é fruto de uma construção coletiva, que envolveu parlamentares, governo, movimentos sociais, pesquisadores, instituições de defesa dos direitos da criança e do adolescente, organismos internacionais, instituições e lideranças religiosas, entre outros atores. Após quase três décadas de vigência, o Brasil continua mobilizado para que o ECA se mantenha como uma legislação avançada e atualizada. Nos últimos anos, foram realizados diversos aprimoramentos, dentre os quais se destacam:
 • Lei da Primeira Infância (Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016) implica o dever do Estado de estabelecer políticas, planos, programas e serviços para a primeira infância que atendam às especificidades dessa faixa etária, visando a garantir seu desenvolvimento integral;
 • Lei Menino Bernardo (lei nº 13.010, de 26 de junho de 2014) estabelece o direito da criança e do adolescente de serem educados sem o uso de castigos físicos; e 
• Lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo Sinase (Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012) - regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional. 
• Lei que instituiu a Escuta Especializada (Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017) - estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
Na edição atualizada de 2019, destacam-se, no Adendo, as alterações dispostas nas Leis: nº 13.798, de 3 de janeiro de 2019 - que instituiu a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência; e nº 13.812/2019, de 16 de março de 2019 que instituiu a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, criou o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e exigiu autorização judicial para viagem de menores sem companhia dos responsáveis.
1.1 APLICABILIDADE 
Para garantir a efetivação da proteção integral, governo e sociedade civil trabalham em conjunto por meio dos conselhos municipais, estaduais, distrital e nacional dos direitos da criança e do adolescente. Com caráter deliberativo e composição paritária, essas instâncias fazem o controle das políticas públicas e estão entre os principais atoresdo Sistema de Garantia de Direitos (SGD). É nesse contexto que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) consideram o fortalecimento e a articulação entre esses órgãos colegiados como estratégias fundamentais para a promoção e a defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
1.2 INFLUÊNCIA
O Brasil ainda tem muitos desafios, como garantir a plena efetivação do ECA, permitindo que todas as crianças e adolescentes tenham seus direitos respeitados, protegidos e assegurados. Mas nenhum desafio será realmente superado até que o Brasil promova, de fato, a mudança cultural idealizada pelo ECA, ou seja, que a sociedade de modo geral proteja as crianças e adolescentes como pessoas vulneráveis e em desenvolvimento.
Conscientes do papel estratégico que ocupam na promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, e o Conanda reafirmam seu compromisso em desenvolver políticas capazes de contribuir para a construção de um Brasil sem violações de direitos e onde a infância e adolescência sejam dignas, saudáveis e protegidas.
1.3 FINALIDADE
Todo o conjunto de leis que formam o Estatuto embasou a construção de políticas públicas voltadas a crianças e adolescentes, que contribuíram para diversos avanços, entre eles, ampliação do acesso à educação, reforço no combate ao trabalho infantil, mais cuidados com a primeira infância e criação de novos instrumentos para atender as vítimas de violência.
	2. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CF/1988 E O ECA.
Art. 1º, inciso III da CRFB/1988 – a dignidade da pessoa humana;
Baseado no Princípio fundamental da CF, o art. 3º do ECA versa sobre os direitos fundamentais da criança e do adolescente, “gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.” 
A dignidade da pessoa humana é o valor-fonte de todos os direitos fundamentais. Esse valor, que deve ser considerado fundamento e fim último de toda a ordem política, busca reconhecer não apenas que a pessoa é sujeito de direitos e créditos, mas que é um ser individual e social ao mesmo tempo. (MACHADO e FERRAZ, 2018, p. 38).
O Estatuto também estabelece no seu art. 4º que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Acrescente-se que também no seu artigo 7º, disciplina que a criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
3. ECA E OS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS PRESENTES NO ART. 3º DA CF/1988.
Em relação à forma de tratamento, considera-se o ECA inovador ao trazer a proteção integral, na qual crianças e adolescentes são vistos como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento e com prioridade absoluta. Também reafirmou a responsabilidade da família, sociedade e Estado de garantir as condições para o pleno desenvolvimento dessa população, além de colocá-la a salvo de toda forma de discriminação, exploração e violência.
Quanto aos objetivos fundamentais Machado e Ferraz, diz que:
Esses seriam fins eleitos pela sociedade política brasileira para a formação da gênese constitucional. Os valores aqui presentes condicionam toda a estrutura e dinâmica do Estado brasileiro, suas vicissitudes, diversidades e peculiaridades. (2018, p.40).
Art. 3º, da CRFB/1998 - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Com absoluta garantia de prioridade e solidariedade, o art. 4º, Parágrafo Único do ECA compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
Em caráter social, o ECA no art. 6º dispõe sobre a interpretação da lei onde “levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.” 
II - garantir o desenvolvimento nacional;
	Em determinação ao art. 53 do ECA, “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.” Dessa forma:	
Entende-se o significado de desenvolvimento nacional como progresso econômico, político, social e cultural da nação. O progresso em todas essas áreas traz a maximização do bem-estar para os povos contemporâneos, gerando riqueza e melhoria das condições sociais. O que favorece o desenvolvimento nacional, proporcionando uma economia de mercado forte, competitiva e liberta de intervenções injustificadas por parte do Estado. (MACHADO e FERRAZ, 2018, p.41)
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
No que se refere à questão assistencial, o art. 11º e 12º do ECA deliberam que a saúde pública, além de estabelecer a necessidade de tratamento prioritário, informa que o adolescente com deficiência receberá atendimento especializado, definido na obrigação do poder público de fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. Da mesma forma, determina que os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
Em razão da extrema dificuldade do brasileiro médio em continuar a estudar, pela freqüente demanda da família na sua contribuição com ganhos salariais para ajuda no sustento, é importante destacar que é proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. Considerando a aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. Hoje existe um mecanismo estatal denominado bolsa-escola que tem como objetivo manter a criança na escola, com pequena colaboração do Estado. (SILVA, 2020).
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
No art.3º, Parágrafo único do ECA, diz que: “Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
O ECA destaca também em seu art. 5º que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.”
Machado e Ferraz acerca do bem comum fazem a seguinte definição:
O bem comum não é um ideal irrealizável. Trata-se do bem de todos naquilo que todos têm em comum, abarcando tudoo que constitua o bem da comunidade política, de maneira generalizada. O bem comum não pode conter discriminação, não pode conter desigualdade. (2018, p. 41)
CONCLUSÃO
O conjunto normativo do ECA é relativamente claro e compreensível até as pessoas mais leigas, não sendo possível aqui neste trabalho detalhar e trazer todas as questões mais especificas, quanto mais à respeito de todos os artigos do Estatuto. Cabe-se ressaltar a ênfase que este dispositivo legal e objetivo se propõem em colaborar na melhor formação das crianças e dos adolescentes, sem perder o foco da reeducação dos pais e dos responsáveis, no que se inclui o próprio Estado Brasileiro.
Segundo Alves (2018), o ECA é considerado uma das melhores leis na área da infância e juventude no âmbito internacional, inclusive pela própria ONU. É uma lei que tem, principalmente, seu enfoque voltado para a prevenção, para políticas públicas básicas como saúde, educação, assistência social e alimentação, para que todas as crianças e adolescentes tenham condições de se desenvolverem adequadamente. Apesar dessas previsões, a lei ainda não tem sido priorizada pelo Poder Público, pelas prefeituras, pelos estados, pelo Governo Federal. 
REFERÊNCIAS
ALVES, Ariel De Castro. ECA é referência mundial, mas precisa ser posto em prática. Coord. Da Comissão da Infância e Juventude do Condepe-SP. Brasil de Fato, publicado em 20 de jul. 2018.
Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2018/07/20/eca-e-referencia-mundial-mas-precisa-ser-posto-em-pratica. Acesso em: 20 abril. 2020.
ANDRADE, Petrucia de Melo. ECA 2019 Digital. Secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/todas-as-noticias/2019/maio/governo-federal-lanca-nova-edicao-do-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-eca/ECA2019digital.pdf. Acesso em: 22 abril. 2020.
BRASIL, CRFB, de 1988.
Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 abril. 2020.
______, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. 
Acesso em: 22 abril. 2020.
MACHADO, Costa e FERRAZ, Anna Candida da Cunha. Constituição Federal interpretada: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 9. ed. Barueri, SP: Manole, 2018. 
SILVA, Vandeler Ferreira Da. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo. Info Escola, 2020.
Disponível em: https://www.infoescola.com/direito/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente/. Acesso em: 21 abril. 2020.

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