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5
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Acadêmicos¹
Tutor Externo²
RESUMO
Para que se tenha uma boa formação de professores é necessário propiciar a eles o acesso qualificado a conhecimentos em alfabetização capazes de subsidiá-lo em seu trabalho. Para assegurar ao aluno o direito à aprendizagem, é preciso garantir ao professor o direito de aprender a ensinar, o que envolve a necessidade de incorporar a formação continuada ao exercício regular da profissão docente. Essas experiências caracterizam-se por um processo contínuo de ação-reflexão-ação, que leva a um crescimento pessoal e profissional dos educadores e ao êxito no trabalho de ensino-aprendizagem, que demonstra, na realidade, o surgimento de um novo tipo de escola. Sendo assim, os educadores buscam a superação dos modelos tradicionais de fazer ciência e sugerem o processo interdisciplinar como forma de reconduzir o professor à sua dignidade de cidadão que age e decide, pois é na ação desse professor que se encontra a possibilidade de redefinição de novos pressupostos teóricos em educação.
Palavras-chave: Formação Continuada. Professores. Metodologia.
1. INTRODUÇÃO
Este estudo desenvolveu-se com o objetivo de promover o estudo de formação continuada de professores, otimizando o processo de desenvolvimento das competências profissionais na busca da melhoria da qualidade de ensino.
Sabe-se que é a partir do processo de formação continuada que se recuperará o espaço pedagógico da escola, fortalecendo-a internamente e aprimorando as práticas desenvolvidas no âmbito dela. Isso significa possibilitar a articulação entre a ação do professor na sala de aula, o espaço para a reflexão coletiva e o aperfeiçoamento constante das práticas educativas redundando-as sempre de novo na produção do saber e competências requeridas. Há que se recuperar a unidade da atuação do professor e a dignidade do seu saber em movimento contrário ao da fragmentação, do esvaziamento e expropriação em que são os educadores forçados a abdicar da própria autonomia de pensamento e ação condenados ao silêncio frente ao saber e ao poder estabelecido.
Consistiram como objetivos deste estudo: definir o desenvolvimento profissional permanente como necessidade intrínseca à atuação docente; refletir sobre a prática articulando-a na ação-reflexão-ação viabilizando a contínua avaliação da mesma; estudar a ação-comunicativa como instrumento usado pelo docente para desenvolver uma prática comprometida; sugerir o trabalho coletivo e interdisciplinar como forma de resolução dos problemas de ensino-aprendizagem.
2. FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NA ESCOLA
 Não tem como falar em educação de qualidade sem mencionar uma formação continuada de professores; que já vem sendo considerada, juntamente com a formação inicial, uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação.
 A atividade profissional do professor de ensinar, não é só dizer coisas, é dizê-lo de maneira que o outro entenda e aprenda. Trata-se da capacidade de fazer o outro aprender o que se ensina, de transformar o conhecimento científico em conhecimento escolar. 
A formação continuada é uma exigência para os tempos atuais. Desse modo, pode-se afirmar que a formação docente acontece em continuum, iniciada com a escolarização básica, que de pois se complementa nos cursos de formação inicial, com instrumentalização do professor para agir na prática social, para atuar no mundo e no mercado de trabalho( ROMANOWSKI , 2009,p.138).
 O professor é entendido como um especialista que aplica as regras do conhecimento científico às situações idealizadas para a sala de aula. Parece que a reflexão não faz parte do curso de formação, nessa concepção, desconsiderando aspectos do contexto em que as práticas se inserem. É necessário que o docente esteja em constante processo de formação, buscando sempre se qualificar, pois com uma formação continuada ele poderá melhorar sua prática docente e seu conhecimento profissional, levando em consideração a sua trajetória pessoal, pois a trajetória profissional do educador só terá sentido se relacionada a sua vida pessoal, individual e na interação com o coletivo.
Um trabalho de reflexão crítica sobre as práticas e reconstrução permanente de uma identidade pessoal. Assim, a formação não se esgota logo na graduação, quando o professor recebe o certificado, mas pendura durante sua prática educativa, quando estes vão construindo a sua competência profissional (NÓVOA, 1992, p.25).
 Dessa forma, entende que a educação é permanente porque o homem não acaba nunca de amadurecer, qualquer que seja a idade, o sexo e a situação sociopolítica. Nunca será completamente formado. Assim, pode-se entender a formação continuada de professores não só em seu sentido formal, mas também de uma forma mais ampla, na qual se inclui a sua participação na sociedade como verdadeiro cidadão, as suas experiências de vida e a sua bagagem cultural.
A troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar simultaneamente, o papel de formador e de formando (NÓVOA, 1997, p.26).
A formação continuada deve se dar com base na realidade da própria escola, em suas reais necessidades e seu projeto pedagógico. Não se pode pensar a perspectiva de uma nova escola sem colocar como meta primordial à formação continuada. Para tanto, é necessário que a escola se constitua num espaço de crescimento do professor, como destaca Nóvoa (1995, p.9): “Não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica sem uma adequada formação de professores”.
Sabemos que um dos principais fatores que contribuem para a construção e o desenvolvimento do projeto pedagógico é o envolvimento, o comprometimento de todos os educadores. Kenski (2001, p.103) afirma que: O papel do professor em todas as épocas é ser o arauto permanente das inovações existentes. Ensinar é fazer conhecido o desconhecido. Agente das inovações por excelência o professor aproxima o aprendiz das novidades, descobertas, informações e noticias orientada para a efetivação da aprendizagem.
A formação continuada leva-nos à reflexão sobre a importância de três momentos fundamentais na construção do projeto pedagógico de uma escola: o conselho pedagógico, a organização curricular e o processo de avaliação como prática da reflexão. Tanto em suas bases teóricas quanto em suas consequências práticas, os conhecimentos profissionais são evolutivos e progressivos e necessitam, por conseguinte, de uma formação contínua e continuada (Tardif 2002, p 249).
2.1 O CONSELHO PEDAGÓGICO COMO IMPORTANTE RECURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A educação de qualidade é uma busca constante das instituições de ensino, para que isso se torne realidade são necessárias ações que sustentem o trabalho em equipe. As organizações precisam cada vez mais de profissionais responsáveis, dinâmicos e inteligentes, com habilidades para resolver problemas e tomar decisões.
Todos os professores, independentemente das suas disciplinas, sejam elas mais técnicas ou mais teóricas necessitam atuar como sujeitos reflexivos apresentando suas dúvidas e inquietações, para buscarem juntos as melhores formas de encaminhamentos das suas propostas debatidas para a compreensão e execução do processo de ensino-aprendizagem.
Os professores têm de ser agentes ativos do seu próprio desenvolvimento e do funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projeto social que é a formação dos educandos (ALARCÃO, 2005, p. 177).
Articula-se a competência técnica à competência pedagógica nos conselhos pedagógicos, pois favorece o vislumbrar de novos caminhos, a realização de ações mais ousadas e significativas no âmbito educacional.
A prática dos conselhos pedagógicos é um dos principais recursos de formação continuada em serviço, à medida que sedimenta uma práxis de comunicação, de troca, de relação dinâmica e igualitária entre o professor e seus pares e entre ele e a equipe técnica, orientadores pedagógicos e educacionais; ao mesmo tempopossibilita a aprendizagem do exercício da fala, do respeito à opinião de cada um, do incentivo à conquista de espaços na discussão também de novos, recém-admitidos. Desse exercício do diálogo, nos conselhos pedagógicos, resulta o desabrochar do potencial de cada professor, pois são estes momentos que favorecem a reflexão contínua sobre suas concepções e práticas.
Durante muito tempo, quando se falava em formação de professores, falava-se essencialmente da formação inicial do professor. Hoje em dia, é impensável imaginar essa situação. A formação de professores é algo que se estabelece num continuum. Que começa nas escolas de formação inicial, nos primeiros anos de exercício profissional e continuam ao longo de toda a vida profissional, através de práticas de formação continuada, tendo como pólo de referência as escolas (NÓVOA, 2001, p.13).
Assim todos os objetivos traçados para os educandos, necessitam ser vivenciados, anteriormente, pelos educadores nos conselhos pedagógicos, como, por exemplo: desenvolver atitudes de transparência, autenticidade, autoconfiança e confiança no outro, de segurança, equilíbrio, abertura, disponibilidade, participação, compromisso, reflexão, diálogo, compreensão e vivência dos direitos e deveres de um cidadão democrata.
Sendo assim para que os alunos alcancem esses objetivos é necessário que observem a postura de seus formadores, numa dimensão pessoal que os levará a experimentar, entre si, determinados princípios na vivência interpessoal com os colegas da equipe, da classe e da escola.
Em todas as discussões precisa ficar claro o desenvolvimento dos professores e alunos, em seu caráter dialético e assimétrico, permeado de conflitos, principalmente quando a própria realidade externa à escola afirma valores e princípios contrários aos defendidos pelo coletivo de educadores. É na autêntica vivência do postulado de que “a identidade é um lugar de lutas e de conflitos, é um espaço de construção da maneira de ser e de estar na profissão” (NÓVOA, 1992, p.16).
2.2 A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 
 Falar em currículo, para muitos, é falar em grade curricular. Porém, esta temática é de extrema abrangência e aborda diferentes significados: Moreira (1999, p. 2) destaca o currículo, primeiramente, como “campo de tensões entre um projeto e uma prática que intenta concretizá-lo e que, necessariamente, o revê e o transforma”.
O trabalho inicial de organização curricular, antes da formulação da proposta pedagógica de cada unidade necessita consistir em uma pesquisa a ser realizada por uma equipe de educadores junto à comunidade. Com base no relato dos pesquisadores, a equipe da unidade, professores e orientadores, depois de aprofundada reflexão e discussão dos resultados precisam traçar as diretrizes a serem trabalhadas, as finalidades, os objetivos gerais, considerando e escola como importante instrumento de mudança social. A diretriz que estará presente em todas as ações escolares, bem como a preocupação de todos os professores será a transformação consciente, crítico e atuante na comunidade e na sociedade.
A educação de qualidade é aquela que promove para todos o domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais necessários ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, à inserção no mundo do trabalho, a constituição da cidadania, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária (LIBÂNEO, 2001, p.54).
Os trabalhos de pesquisa junto à comunidade precisarão ser complementados com uma entrevista dos pais dos alunos. Esses dados coletados pela pesquisa da comunidade, somados aos da família, serão fundamentais para a elaboração do planejamento curricular.
Outro ponto a ressaltar é o aspecto dinâmico e interdisciplinar da organização curricular, onde os professores das diferentes disciplinas desenvolvem através do diálogo os conteúdos mais diversificados, com a compreensão dos conceitos que embasam o currículo. Com isso constroem-se profissionais com uma visão mais ampla das questões que envolvem a organização curricular.
A formação continuada inicia-se com o compromisso, expresso pela formulação do planejamento curricular. Este não é imposto, não é baseado em modelos importados, nem burocratizado.
Necessita-se trabalhar os conteúdos como importantes meios de chegar à construção do conhecimento, bem como um incentivo para que os alunos e professores desenvolvam esse sentimento de busca, de ousadia, de aventura, fazendo avançar os fundamentos teóricos com a práxis pedagógica desenvolvida. O currículo deixa de ser fragmentado procurando assumir o todo e desenvolver as capacidades e habilidades dos educandos, favorecendo o diálogo entre os saberes, integrando e complementando as disciplinas e seus conteúdos, em uma intrincada visão de conjunto, de aprendizagem significativa. Hoje os princípios apregoados, de um saber integrado, não mutilado, não fragmentado, efetivamente interdisciplinar, que ainda se apresenta como um desafio para a escola do século XXI.
A concepção de democrático-participativo de gestão valoriza o desenvolvimento pessoal, a qualificação profissional e a competência técnica. A escola é um espaço educativo, lugar de aprendizagem em que todos aprendam a participar dos processos decisórios, mas constituí também o local em que os profissionais desenvolvam seu profissionalismo (LIBÂNEO, 2008, p.337).
Se cada professor fosse ele de disciplina específica ou membro da equipe pedagógica necessita sentir-se ao mesmo tempo, formador e formando. Envolvidos num processo permanente de troca de experiências, caminha-se do educador que somos para o educador ideal, que almejamos ser. Então o ideal e o real, caminhando juntos, dialogado, refletidos, constituindo a nossa práxis, construindo e reconstruindo a nossa identidade profissional.
Os professores, com a participação sempre atenta da equipe de direção diagnosticam os problemas, priorizam as questões que exigem encaminhamento a curto e médio prazos propõe coletivamente ações de intervenção. Todo o trabalho precisa ser sistematicamente acompanhado e avaliado (ação-reflexão-ação), tendo por eixo a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, o domínio do saber, a transformação da informação em conhecimento e o desenvolvimento de cada aluno em cidadão crítico e comprometido com a mudança social.
Devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove, para todos, os domínios dos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos (LIBÂNEO, 2005, p.117).
Exige-se, ainda, de cada educador e educando, o trabalho em equipe de ações de decisão conjunta, da promoção de ações conscientes, da utilização dos recursos didáticos na execução do projeto pedagógico, bem como da implementação de um novo processo de avaliação como forma de acompanhamento do aprendizado e do desenvolvimento das aptidões dos alunos.
2.3 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO COMO PRÁTICA DA REFLEXÃO
Para que se tenha um processo de avaliação com base na prática da reflexão precisamos utilizar a avaliação como um instrumento de autoconhecimento, de reflexão. Para esse exercício é preciso que haja compreensão, vivência da práxis e a utilização do materialismo dialético na abordagem dos conteúdos pelos educadores.
A avaliação é parte fundamental do processo educativo, pois favorece, sobretudo a atitude constante de reflexão por parte dos professores, envolvidos no processo de formação continuada que se dá na própria escola. Esse processo de avaliação, além de ser contínuo, tem que ser global. Todas as atividades desenvolvidas precisam ser avaliadas. É, sem dúvida, um dos principais instrumentos na produção de mudanças, que contribuirá, assim, para a dinâmica do cotidiano vivenciado pela escola.
Como pode ser percebido ao utilizar a avaliação com a função de medir ou classificar, perde‐se o princípio básico de sua função, causando uma forma de “descontinuidade,de fragmentação, de segmentação, ou seja, de parcelarização do conhecimento” (CARMINATTI; BORGES, 2012, p. 171)
Para os alunos, a avaliação deve consistir, entre outros, em momentos de significativa importância para a revelação e o conhecimento das aptidões; para os professores, consistir-se-á em oportunidades para perceber a consecução dos objetivos e redimensionar as dinâmicas e suas práticas, dos significativos momentos da ‘ação-reflexão-ação’. A avaliação é parte integrante do processo de ensino-aprendizagem e precisa se dá de forma natural, espontânea e com a utilização de diferentes linguagens e instrumentos.
O professor precisa tomar alguns cuidados com os instrumentos de avaliação, pois irão possibilitar um diagnóstico da aprendizagem do aluno. Para isso, se faz necessário articular o instrumento com os conteúdos planejados que irão ser avaliados (Luckesi, 2005, p.178).
A avaliação, por ser um dos temas de fundamental importância na formação continuada dos professores precisa ser continuamente trabalhada com eles e a equipe de orientadores durante os conselhos pedagógicos. É parte integrante do processo de ensino-aprendizagem e avalia-se o aluno por inteiro, sua razão, emoção, interações sociais, sem fragmentação.
A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico‐didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar (LIBÂNEO, 1994, p. 195).
Os professores precisam estar atentos ao desenvolvimento das aptidões e não à classificação dos objetivos, operacionalizados em função da fragmentação dos comportamentos. Os professores de todas as disciplinas de posse dessas observações, juntamente com os orientadores educacionais e os alunos discutem e traçam com eles o seu perfil em função das aptidões.
O processo de avaliação necessita estar vinculada às atitudes do professor reflexivo, como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem. Assim, por exemplo, na execução de um estudo dirigido em matemática, os alunos podem posicionar-se em cada etapa: trabalho individual de busca e solução de problemas, depois na dinâmica dos grupos e, posteriormente, na assembleia de classe, quando da resolução coletiva dos problemas apresentados.
Estar relacionada com a aprendizagem; ser pensado, planejado e realizado de forma coerente e consequentemente com os objetivos propostos para aprendizagem; ser contínuo, para acompanhar o processo de aprendizagem; permitir um contínuo reiniciar do processo de aprendizagem; estar voltado para o desempenho do aluno; incidir, também, sobre o professor e o plano de ensino; exigir observação e registro por parte do professor e do aluno; conter tanto a avaliação feita por outros, como auto avaliação ( SANTOS, 2005, p. 23)
A avaliação, por ser um dos temas de fundamental importância na formação continuada dos professores precisa ser continuamente trabalhada com eles e a equipe de orientadores durante os conselhos pedagógicos. É parte integrante do processo de ensino-aprendizagem e avalia-se o aluno por inteiro, sua razão, emoção, interações sociais, sem fragmentação.
À questão da avaliação do aluno associa-se outra questão de fundamental importância que atualmente ganham espaço no repertório pedagógico: avaliação do projeto pedagógico, das unidades de trabalho, da qualidade do ensino, da democratização e permanência do aluno, da aprendizagem dos conteúdos, dos conceitos, do planejamento, da consecução dos objetivos, dos valores, das atitudes, do desvelar de aptidões e da competência, da cidadania.
É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos, fundamentada numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e paradigmas da sociedade (ABREU & MASETTO, 1990, p. 115).
A formação continuada centrada na escola, vivenciada no seu cotidiano permeado de desafios, surpresa e realizações, caracteriza a criação de um coletivo de professores coeso, criativo e ético.
Estes são alguns dos elementos referentes à formação do professor que vem a garantir a qualidade do ensino e a execução do projeto pedagógico. Concomitante ao desenvolvimento do projeto pedagógico pode ser desencadeado o processo de aperfeiçoamento, atualização e crescimento pessoal e profissional. Professores e orientadores, juntos, desenvolvendo-se como profissionais da educação, engajados, comprometidos, reflexivos, criativos, como atores e agentes de mudanças, superando em muito algumas das propostas, conforme observamos ao longo deste estudo.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, tendo como finalidade ressaltar a importância da formação continuada de educadores alfabetizadores, na busca da melhoria da qualidade do ensino. Os procedimentos adotados no transcorrer da pesquisa constituem-se de: leitura e análise bibliográficas; em sites; revistas eletrônicas que abrangem de forma ampla o tema; livros de autores com metodologias sobre o tema reconhecido na história da educação; reflexão sobre as práticas pedagógicas e métodos avaliativos. 
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago.  Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1996, p.29).
FONTE: nepegeo.ufsc.br
Ao concluir mais essa etapa podemos constatar quão grande o valor dessas investigações e quantos subsídios elas oferecem para desenrolá-lo do trabalho não só apenas do professor, mas também de todos os profissionais na área da educação. Dando-lhes a oportunidade de revisar e se necessário reestruturar o encaminhamento de seu trabalho.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através de todas as pesquisas e informações apuradas por meio das leituras, intensificaram-se o conhecimento e a comprovação da eficácia no processo educacional, tendo como tema principal: A Formação Continuada de Professores.
Ao evidenciar a formação continuada de professores, podemos reconhecer a sua total importância por meio das pesquisas alcançadas.
O profissional consciente sabe que sua formação não termina na Universidade. Esta lhe aponta caminhos, fornece conceitos e ideias, a matéria-prima de sua especialidade. O resto é por sua conta. “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanente, na prática e na reflexão prática”(FREIRE, 1991, p.58.) Muitos professores, mesmo tendo sido assíduos, estudiosos e brilhantes, tiveram de aprender na prática, estudando, pesquisando, observando, errando muitas vezes. 
5. CONCLUSÃO
Diante o estudo, pudemos perceber com base nas leituras e pesquisas que o professor é um cidadão que forma cidadãos e por isso deve ser levado em consideração o seu valor como pessoa e principalmente como mestre. Entretanto, seu papel na busca de conhecimentos é fundamental, devendo ter comprometimento e interesse para novas descobertas. 
A formação continuada é um mecanismo permanente de capacitação, atualização e aperfeiçoamento necessário à atividade profissional, para melhorar a prática docente no intuito de assegurar uma educação de qualidade e a transformação social.
É indiscutível que o perfil profissional atualmente é exigido que o professor adotasse postura de professor-pesquisador, ou seja, que busquem em sua prática as reflexões necessárias para aprimorá-la e possibilitar um ensino de qualidade. Conclui-se que educar é uma tarefa difícil exigindo dos professores formação inicial, contínua e permanente atualização de temáticas, inovação de estratégias, reflexões sobre a prática pedagógica irãocompor as competências e habilidades profissionais.
Na perspectiva da formação continuada, é preciso que o professor aprenda ver a realidade, tendo em vista que é na prática, na troca de conhecimento entre professores e profissionais do mesmo campo, na intrepidez da busca que se dá o aprendizado mútuo. Dessa forma, é possível que o professor se torne um agente capaz de gerenciar sua própria formação.
Por fim, o estudo possibilitou compreender que os professores devem estar preocupados em participarem de formação continuada onde possibilita a atualização de conhecimentos, troca de experiências profissionais e docentes aprimorando o fazer docente, para que suas práticas estejam de acordo ao exigido no mercado de trabalho, entre outros.
REFERÊNCIAS
ABREU, Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo: MG Editores Associados, 1990. 
ALARCÃO, Isabel (Coord.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora, 2005.
CARMINATTI, Simone Soares Haas. e BORGES, Martha Kaschny. Perspectivas da avaliação da aprendizagem na contemporaneidade. Est. Aval. Educ. São Paulo, v. 23, n. 52, p. 160‐178, maio/ago. 2012. Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1734/1734.pdf. Acesso em: 29 abr. 2014.
FREIRE, Paulo. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez, 1991.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 35ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura).
FREIRE, Paulo.  Pedagogia da autonomia.  São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FURTER, Pierre. Educação permanente e desenvolvimento cultural. Petrópolis: Vozes, 1974.
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LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA J. F.; TOSCHI M. S.; Educação escolar: políticas estrutura e organização. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008. (Coleção Docência em Formação).
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola. Goiânia: Alternativa, 2001. 
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5. ed. Revisada e ampliada. Goiânia: Alternativa, 2004.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2005.
MOREIRA, A. Química Nova na Escola: Reflexões sobre o Currículo de Química N° 9. 1999.
NÓVOA, Antônio. Escola nova. A revista do Professor. Ed. Abril. Ano. 2002.
NÓVOA, Antônio. O Professor Pesquisador e Reflexivo. In: Salto para o Futuro. Entrevista concedida em 13 de setembro 2001. 
NÓVOA, A. (Coord.) Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
NÓVOA, Antônio. (coord). Os professores e sua formação. Lisboa-Portugal, Dom Quixote, 1997.
NÓVOA, Antônio. (Org). Os professores e a sua formação. Portugal: Porto, 1992.
ROMANOWSKI, Joana Paulin. Formação e Profissionalização docente. Curitiba: Ibpex, 2007. LOIOLA, Rita. Formação continuada. Revista nova escola. São Paulo: Editora Abril. nº: 222, maio 2009.
SANTOS, C. R. (et. al.) Avaliação Educacional: um olhar reflexivo sobre sua prática., e vários autores, São Paulo: Editora Avercamp, 2005.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
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