Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Acadêmico: Lucas Gomes Cocaro (564621) Disciplina: História da África (HID02) Avaliação: Avaliação I - Individual Semipresencial ( Cod.:638667) ( peso.:1,50) Prova: 16745181 Nota da Prova: 10,00 Legenda: Resposta Certa Sua Resposta Errada Questão Cancelada 1. Nos ditos populares, em materiais didáticas e produções científicas é comum encontrar a expressão "África, o berço da humanidade". Qual é a razão, o fato que justifica a ocorrência, o uso e a aplicação desta expressão? a) O fato de que foi na África onde foram encontrados os vestígios mais antigos de existência humana. b) O fato de que todos os continentes estiveram, em um passado longínquo, ligados e reunidos à África, isso se deu na era geológica da Pangea. c) O fato de que, no final do século XVII, a corrente historiográfica do criacionismo defendeu tal teoria e nenhuma outra conseguiu colocá-la em xeque. d) O fato de terem sido os africanos os primeiros povos a construir estradas e elaborar meios de transporte, que depois serviram de modelo a outras culturas. UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Alun... https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n... 1 of 6 28/08/2020 17:44 De acordo com pesquisas sobre a história da África, publicadas no livro História Geral da África, entre 1500 e 1800, o mundo presenciou o estabelecimento de um novo sistema geoeconômico orientado para o Oceano Atlântico ligando a Europa, a África e a América. A Europa se destacou em escala mundial na acumulação gerada pelo comércio e pela pilhagem. Ao que parece, Portugal foi atraído para a África negra pelo ouro, entretanto, não tardou a se interessar pelo tráfico humano, isto porque, os escravos eram muito requisitados pelos europeus. Com relação aos povos africanos escravizados que foram traficados para o Brasil, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para falsas: ( ) Muitos dos africanos escravizados trazidos para o Brasil eram bantos. A palavra banto quer dizer povo ou etnia. Esses povos eram originários das regiões da Somália, Etiópia, Angola e do Congo. Também são citados pelos historiadores como povos Nilo-Saarianos e faziam parte do tronco linguístico afro-asiático, composto por línguas semíticas como o árabe, o hebraico e o aramaico. ( ) Ao contrário do que muita gente acredita, os bantos não são um povo, nem sequer são uma etnia. Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Conforme a origem, eram denominados bantos, quando eram do mesmo grupo étnico de nome ou sudaneses, quando originados dos outros grupos níger-congoleses. Os povos desse grande grupo linguístico estão diretamente relacionados à história do Brasil, pois os escravos trazidos para cá eram originários de diversos pontos da enorme região geográfica que ocupavam. ( ) O grupo níger-congolês é dividido em cinco subgrupos. O mais numeroso é o dos bantos, que teriam surgido provavelmente na região da atual Nigéria e, ao longo de mais de 2.500 anos, empreenderam uma grande migração por toda a região central da África, até o Oceano Índico. Conforme a região onde se estabeleciam, receberam nomes diferentes: ovimbundos, cassanjes, bacongos e lundas na região de Angola e do Congo, zulus, sesotos e suazis no sul, iaôs na costa do Índico. ( ) A formação da cultura afro-brasileira realizou-se em constante dialogo étnico, cultural, linguístico e religioso com alguns povos negro-africanos no contexto da escravidão brasileira. Os Cabindas do Congo, os Bemguelas de Angola, os Macuas e Angicos de Moçambique, os Minas da Costa da Guiné, os Jejes do Daomé (atual Benin), os Haussas da Nigéria, os Iorubas dos Reinos de Oió e Keto. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: FONTE: FERREIRA FILHO, Aurelino José. Resistir, Re-significar e Re-criar Escravidão e a Reinvenção da África no Brasil- séculos XVI e XVII. Versão modificada deste artigo foi publicada, pelo mesmo autor, nos Anais do I Simpósio Internacional: Política, Gestão e Educação e IV Simpósio de Educação do Triângulo Mineiro. Universidade Federal de Uberlândia - Ituiutaba - MG, 2008. Disponível em: <http://www.congressohistoriajatai.org/2011/anais2008 /doc%20(8).pdf>. Acesso em: 26 maio 2017. a) V - F - V - F. b) V - V - F - F. c) F - V - V - V. d) F - F - V - V. * Observação: A questão número 2 foi Cancelada. A historiografia africana durante muito tempo foi marginalizada. São inúmeros os casos de historiadores que simplesmente não conseguiam acreditar que os povos africanos fossem capazes de criar culturas originais e civilizações sofisticadas e atribuíam a formação dos impérios africanos a povos brancos, chamados hamíticos ou camitas, que teriam espalhado misteriosamente sua sabedoria sobre populações ignóbeis. O historiador burquinense Joseph Ki-Zerbo (1995) nos indica que essa tendenciosidade tem várias motivações. Entre as motivações, a mais importante destacada por Ki-Zerbo é: a) Para Ki-Zerbo não existem motivações que remetam à marginalização da História da África. b) O processo de escravidão. c) O racismo. d) O pensamento pré-colonialista. * Observação: A questão número 3 foi Cancelada. UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Alun... https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n... 2 of 6 28/08/2020 17:44 4. Por mais de três séculos, portugueses e congoleses mantiveram relações comerciais, políticas pautadas pela independência dos dois reinos, mas os portugueses acabaram por controlar a região, que hoje corresponde ao norte de Angola. Em relação ao reino do Congo, analise as questões que apresentam características deste reino e assinale a alternativa CORRETA: I- Os membros desse grupo, que seguiam a liderança de Nimi a Lukeni, passaram a ser chamados de muchicongos e ocuparam terras já habitadas por outros povos bantos. II- Foi o primeiro reino, da História da África, com poder centralizado na figura do Oni. III- O reino do Congo se formou a partir da mistura, por meio de casamentos, de uma elite tradicional com uma elite nova, descendente de estrangeiros que vieram do outro lado do rio. IV- O mani Congo controlava o comércio, o trânsito de pessoas, recebia os impostos, exercia a justiça, buscava garantir a harmonia das pessoas do reino. V- Nos mercados regionais eram trocados produtos de diferentes regiões do reino. A capital do reino, Timbukutu, encontrava-se afastada das rotas comerciais, o que dificultava o contato com o comércio de outras regiões da África Ocidental. a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas. b) As afirmativas II, IV e V estão corretas. c) As afirmativas I, III e IV estão corretas. d) As afirmativas II, III e V estão corretas. 5. O manual L´Historie de l´Afrique Orientale, escrito por Coupland em 1928, é retomado seguidamente para ilustrar as formas pelas quais as sociedades do continente africano são depreciadas com relação às demais sociedades do planeta. No que consistem os principais argumentos do autor para com as condições de desenvolvimento, tecnologias e civilização daquelas populações? a) O autor argumenta que o fato de estes povos não terem deixado registros escritos conseguiram refiniar e diferenciar sua cultura em relação às demais. b) O autor defende que estes povos não registraram seus conhecimentos e tecnologias, assim ficaram à margem e sem comunicação com outras civilizações. c) O autor argumenta que os povos da Àfrica representam populações com expressões culturais exóticas e excepecionais. d) O autor defende que estes povos não desenvolveram a escrita e, por isso, mantiveram em estágio de barbárie e estagnação. UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Alun... https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n... 3 of 6 28/08/2020 17:44 A produção de conhecimentos fora da África sobre os povos africanos e sua diversidade cultural negavaos movimentos próprios desse continente. De acordo com Ki-Zerbo (1972, p.10-11), em 1830, em seu curso Filosofia da História, Hegel declarou que "[...] a África não é parte histórica do mundo" e ainda, que a sua parte setentrional pertencia ao mundo europeu ou asiático. Outro exemplo foi o manual L'historie de I'Afrique Orientale, escrito por Coupland em 1928. Segundo esses escritos, "a África propriamente dita não teve história". Isto porque a maior parte dos seus habitantes teria permanecido por um longo período "mergulhado na barbárie", estagnados no tempo "sem avançar ou recuar". Na concepção de Ki-Zarbo, essas visões desfocadas sobre a história da África explicam-se a partir do movimento científico do século XIX, quando as classificações científicas provenientes das concepções do Darwinismo social e do Determinismo Social categorizaram os povos africanos nos últimos degraus da evolução das "raças humanas". Com relação a essas concepção e às distinções acerca do racialismo e racismo, analise as sentenças a seguir: I- O Filósofo ganês Kwame Anthony Appiah (1997) estabeleceu uma distinção entre racialismo e racismo. O racialismo no seu entender seria simplesmente a concepção de que existem grupos humanos - raças - essencialmente diferentes entre si, por algumas características físicas que são parte de um conjunto. Além disso, em sua concepção, essa noção também estabelece juízo de valor ou gradação moral entre as raças. II- O filósofo Appiah (1997) configura o racismo como uma crença em que cada raça tem um lugar determinado e um valor intrínseco, geralmente estabelecendo-se uma hierarquia entre elas. III- Baseado no discurso racial biológico que fundamentou os estudos científicos do século XIX, e no conceito do racismo, um "grupo racial" passou a ser considerado superior em relação ao outro. Nesta perspectiva da "evolução" das "raças humanas", os povos africanos foram categorizados como atrasados, primitivos, incapazes de aprender a fazer, incapazes de evoluir. O racismo negou a inteligência, portanto, a plena humanidade dos africanos e dos seus descendentes. IV- Darwinismo social é a teoria da evolução da sociedade. Recebe esse nome uma vez que se baseia no Darwinismo, que é a teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin (1808-1882), no século XIX. Assinale a alternativa CORRETA: FONTE: CORDOVA, Tânia. História da África. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Indaial: UNIASSELVI, 2010. a) As sentenças I, II e IV estão corretas. b) As sentenças II, III e IV estão corretas. c) As sentenças I e IV estão corretas. d) As sentenças I, II e III estão corretas. * Observação: A questão número 6 foi Cancelada. Em meio às tradições religiosas da África, é possível relacionar o Islamismo, que a partir do século VII e X foi introduzido nas regiões do Egito e do Norte da África. Com relação ao processo de entrada da tradição religiosa islâmica no continente africano e do processo de islamização da população africana, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) As atividades comerciais e as habilidades guerreiras favoreceram o processo de islamização da população africana. ( ) Um dos traços da postura dos islâmicos diante das tradições religiosas de outros povos foi o de intolerância diante de qualquer costume e crença. ( ) As unidades políticas muçulmanas em meio às sociedades africanas exigiam a cobrança de impostos à população que não optasse pela conversão religiosa. ( ) Nas regiões em que as atividades comerciais de trabalhadores escravizados eram fortes, não havia interesse em evangelizar os prisioneiros. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) V - V - F - V. b) F - V - V - V. c) V - F - V - V. d) V - V - V - F. * Observação: A questão número 7 foi Cancelada. UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Alun... https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n... 4 of 6 28/08/2020 17:44 8. O historiador, antropólogo e médico senegalês Cheik Anta Diop (1923-1986) foi um dos principais críticos da historiografia tendenciosa sobre a África. Na década de 1950, defendeu a tese de que a civilização egípcia antiga havia sido uma cultura formada por negros africanos. Em relação ao significado do termo negro, Diop afirmava que: a) Deveria ser eliminado o estigma que a palavra carregava e que este conceito deveria ser expandido para se assemelhar ao de branco. As civilizações egípcias e núbias deveriam ser classificadas como negras e ter suas origens mantidas no Continente Africano. b) O conceito de negro apresentado sob a perspectiva de Diop colocava as sociedades africanas como sendo harmoniosas e pacíficas, assemelhando-as às culturas europeias. c) Deveria ser preservado o estigma que a palavra carregava e que este conceito deveria ser restrito aos povos africanos. As civilizações egípcias e núbias deveriam ser classificadas como negras e terem suas origens mantidas no Continente Africano. d) O conceito de negro estava associado à ideia de que as civilizações egípcias e núbias deveriam ser classificadas como negras, todavia, Diop afirmava que estas duas civilizações haviam sofrido influências europeias e que suas origens estavam vinculadas ao Continente Europeu. 9. O movimento de independência dos países africanos criou, por parte de uma nova elite política e intelectual, a necessidade da elaboração das identidades africanas dentro do Continente, e deste diante do mundo. Para esse intento, era necessário retornar ao passado em busca de elementos que legitimassem uma História Africana rica e diversificada, tanto quanto a história da Europa. De acordo com Kwame Anthony Appiah, entre esses primeiros pensares pós- independência estaria o aparecimento de ideologias que defendiam e ressignificavam a identidade africana. Essas ideologias ficaram conhecidas como: a) Black power e a negritude. b) Cem por cento negro e pan-africanismo. c) Movimento negro e dos panteras negras. d) Pan-africanismo e a negritude. UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Alun... https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n... 5 of 6 28/08/2020 17:44 Por muito tempo, teóricos defenderam a ideia que a África não tinha história. Após a Segunda Guerra Mundial, devido às descobertas arqueológicas, os processos de independência e os movimentos de libertação dos países africanos, o Continente Africano começou a ser revelado no cenário mundial. Até então, o registro escrito da África e a participação dos povos africanos na história mundial era explicado pelas matrizes teóricas do positivismo e do materialismo histórico e a partir da década de 1940 e 1950, na perspectiva da Escola de Annales. Se amparando em uma das correntes historiográficas supramencionadas, alguns estudiosos, como, por exemplo, os eurocentristas, defendiam que a África nunca participou da História Universal, ou ainda, que a única marca dos africanos na história foi a deixada pelos negociantes sudaneses através do comércio euro-asiático. Outros, os pesquisadores progressistas, reivindicavam uma investigação séria sobre a história da África e dos povos africanos, sem preconceitos e embasada em teorias e métodos de análise. Com relação à historiografia afrocêntrica e à abordagem dos estudiosos que trabalhavam nesta perspectiva, analise as sentenças a seguir: I- A historiografia afrocêntrica é uma corrente que surge intimamente ligada ao nacionalismo africano e é caracterizada por valorizar excessivamente as realizações dos povos africanos. II- As investigações realizadas na perspectiva do corrente afrocêntrica procuravam valorizar os grandes reinos da África e grandes monumentos erguidos pelos africanos, destacando a originalidade das civilizações dos continentes. Por vezes, os historiadores chegaram a afirmar a superioridade Africana com relação às demais regiões do mundo. III- Os historiadores afrocêntricoseram críticos da historiografia tendenciosa sobre a África e do seu radicalismo como extremo oposto ao do eurocentrismo ao recusar a influência que os europeus exerceram sobre a História da África. IV- Buscando valorizar a história africana e principalmente combater os preconceitos acadêmicos a respeito, alguns historiadores formados em prestigiosas universidades dos Estados Unidos e Europa, procuraram utilizar em seus escritos, os mesmos argumentos e a mesma metodologia que tradicionalmente se utiliza para a história europeia. V- Essa perspectiva da historiografia afrocêntrica foi criticada por muitos estudiosos que alegaram que a África é uma região de grande autonomia e criatividade, que não necessita de parâmetros europeus para ser estudada. Assinale a alternativa CORRETA: FONTE: Historiografia Africana. Disponível em: <https://escola.mmo.co.mz/historia/historiografia-africana/>. Acesso em: 24 maio 2017. a) As sentenças II, III, IV e V estão corretas. b) As sentenças II, III e V estão corretas. c) As sentenças I, II, IV e V estão corretas. d) As sentenças I, III e IV estão corretas. * Observação: A questão número 10 foi Cancelada. Prova finalizada com 5 acertos e 5 questões erradas. UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Alun... https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n... 6 of 6 28/08/2020 17:44
Compartilhar