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FUNDAMENTOS DA GESTÃO DE PROJETOS Mylene Lemos Rodrigues Uniube EAD Mylene Lemos Rodrigues FUNDAMENTOS DA GESTÃO DE PROJETOS Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE Rodrigues, Mylene Lemos. R618f Fundamentos da gestão de projetos [livro eletrônico] / Mylene Lemos Rodrigues. – Uberaba: Universidade de Uberaba, 2018. 87 p. : il. color. Pró-Reitoria de Educação a Distância – Universidade de Uberaba. ISBN 978-85-7777-619-1 1. Administração. 2. Projetos. 3. Stakeholders. I. Universidade de Uberaba. Pró-Reitoria de Educação à Distância. II. Título. CDD 658.4 © 2018 by Universidade de Uberaba Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de Uberaba. Universidade de Uberaba Reitor Marcelo Palmério Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão André Luís Teixeira Fernandes Pró-Reitor de Educação a Distância Fernando César Marra e Silva Coordenação de Pós-Graduação a Distância Renata Maria de Almeida e Borges Editoração e Arte Produção de Materiais Didáticos-Uniube Preparação dos originais Márcia Regina Pires Revisão ortográfica, gramatical, textual e de estilos Faraides Maria Sisconeto de Freitas Márcia Regina Pires Raul Sérgio Reis Rezende Editoração eletrônica Rafael Jesus do Prado Projeto da capa Roberto Silva Araújo Assis Edição Universidade de Uberaba Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário Mylene Lemos Rodrigues Professora de Tecnologia de Informação e Gerenciamento de Projetos. Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Uberlândia, Pós-Graduada em Gestão de Projetos para Engenharia pela Universidade de Uberaba e MBA em Coaching pela Universidade Cândido Mendes. Atuação na coordenação dos cursos de MBA em Gestão de Projetos, Coaching e Liderança e Governança em TI. Coordenadora do curso de graduação em Engenharia da Computação da UNIUBE. Sobre a autora Sumário Apresentação .................................................................................. VII Capítulo 1 - Conceitos sobre gerenciamento de projetos ............1 1.1 Considerações iniciais ......................................................................................... 3 1.2 Certificações em gerenciamento de projetos ...................................................... 6 1.3 Causas de sucesso e fracasso em gerenciamento de projetos ....................... 12 1.4 Entendendo os stakeholders ............................................................................. 19 Capítulo 2 - Influências organizacionais e ciclo de vida do projeto ..........................................................................25 2.1 Considerações iniciais ....................................................................................... 27 2.2 Ciclo de vida de um projeto .............................................................................. 27 2.3 Fases do projeto ................................................................................................ 29 2.4 Ciclo de vida do projeto e ciclo de vida do produto ........................................... 29 2.5 Estruturas organizacionais ............................................................................... 32 2.6 Organização funcional ...................................................................................... 33 2.7 Organizações matriciais ................................................................................... 34 2.7.1 Matriz fraca .................................................................................................... 36 2.7.2 Matriz equilibrada ou balanceada .................................................................. 37 2.7.3 Matriz forte ..................................................................................................... 37 2.8 Estrutura organizacional projetizada ................................................................ 38 2.9 Influência da estrutura organizacional nos projetos .......................................... 40 Capítulo 3 - Processos para gerenciamento de projetos ............43 3.1 Considerações iniciais ....................................................................................... 45 3.2 Grupos de processos do PMBOK ..................................................................... 45 3.3 Interações entre os processos de gerenciamento de projetos ........................ 46 3.4 As áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos ............................. 47 3.5 Organização das áreas de conhecimento ........................................................ 48 Capítulo 4 - Gerenciamento da integração do projeto ................77 4.1 Considerações iniciais ....................................................................................... 79 4.2 Termo de abertura do projeto (Project Charter) .............................................. 80 4.3 Plano de encerramento do projeto .................................................................... 83 Referências .......................................................................................87 Prezado(a) aluno(a). De acordo com Sun Tzu, em “A Arte da Guerra” (2000, p.32), temos que Em princípio, comandar uma grande força é a mesma coisa que comandar alguns homens: é apenas uma questão de dividir seu efetivo. Combater com um grande exército sob seu comando, de modo algum é diferente de combater com um pequeno: é meramente uma questão de estabelecer sinais e senhas. Seguindo o conceito do autor de “A Arte da Guerra”, para gerenciar projetos é necessário estabelecer regras e seguir métodos de maneira a atingir o sucesso final. Dessa forma, este módulo visa apresentar os principais conceitos da Gestão de Projetos, uma vez que muitos dos conceitos aqui trabalhados serão utilizados no decorrer do curso. Iniciamos o módulo: FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PROJETOS, com carga horária de 40 horas, distribuídas entre leituras, videoaulas e avaliação on-line. Convidamos você a vir conosco e aproveitar essa trajetória de estudos no sentido de compreender as melhores práticas para gerenciamento de projetos, de acordo com o PMI – Project Management Institute. Durante nossa caminhada, serão abordados os seguintes conteúdos: • Conceitos de Gestão de Projetos • Certificações em Gerenciamento de Projetos • Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos • Gerenciamento da Integração do Projeto Bons estudos! Profa. Mylene Lemos Rodrigues Apresentação 1 Conceitos sobre gerenciamento de projetos Uniube 3 Fonte: Acervo Deposit Photos / EAD-Uniube. O gerenciamento de projetos é uma área relativamente nova da Administração, que visa realizar o controle e gestão de projetos desde sua concepção até sua entrega, com metodologias e ferramentas adequadas, de maneira que o projeto seja entregue no prazo e custo especificados e que o cliente esteja satisfeito com o resultado, ou seja, sendo entregue justamente o que o cliente necessitava. Projetos sempreexistiram ao longo da história. Podemos lembrar as grandes obras como a construção das pirâmides do Egito, canais, pontes e até mesmo as guerras e invasões. Todos são projetos que tiveram que ser estudados e analisados antes de serem implementados, pois, caso contrário, não teríamos os resultados que vemos hoje em dia. Apesar de termos diversos exemplos de grandes projetos que foram executados com sucesso, não temos um histórico de como esses projetos foram desenvolvidos e, em alguns casos, até hoje não sabemos ao certo como eles foram executados. Muitos deles permanecem um mistério! Considerações iniciais1.1 Figura 1: Gerenciamento de Projetos. 4 Uniube Durante as guerras militares, surgiram algumas técnicas com o intuito de padronizar e gerar estratégias para desenvolvimento de projetos. Depois do uso militar, essas técnicas foram aos poucos sendo incorporadas por inúmeras empresas. Além disso, diversos outros fatores incentivaram a adoção do gerenciamento de projetos, entre eles: • a reengenharia, um método que busca eficiência e eliminação de atividades que não possuam valor agregado, por meio de um novo desenho de processos de negócios, visando melhor integração entre as diversas áreas de uma organização. A reengenharia levou diversas corporações a reduzir seus quadros fixos de funcionários, e a ter operações mais enxutas, obrigando a que demandas excedentes fossem estruturadas em projetos, com o aporte de recursos humanos externos à organização; • a globalização, marcada pela crescente interdependência econômica dos países, pela profusão de empresas transnacionais, pelo aumento de integração e interação entre pessoas e equipes de diversas localidades do mundo. A globalização trouxe padronização no modo de gerenciar projetos nas empresas transnacionais, tornando possível que equipes em diferentes países trabalhem de maneira coordenada para atingir objetivos comuns em prazos preestabelecidos; • a automação de processos, que encurtou os ciclos de negócios, e fez com que a fonte fundamental de progresso econômico passasse a se basear na inteligência e capacidade de inovação. E quando se tratar de pôr em prática as inovações, as habilidades de gerenciamento de projetos devem ser utilizadas; • a popularização dos computadores, a qual permitiu que ferramentas de gerenciamento de projetos como o CPM estivessem disponíveis para a maioria dos gerentes de projeto; • a internet, com sua capacidade de comunicação e troca de documentos instantaneamente, integrando um grande número de pessoas dispersas geograficamente, potencializando a administração por projetos. (FREITAS, 2013 p. 20). Uniube 5 O principal objetivo da aplicação da metodologia de gerenciamento de projetos é acompanhar um projeto de forma a reduzir seus custos, diminuir seus riscos e erros nos processos produtivos. Para verificar se o gerenciamento de projetos realmente foi efetivo, é necessário analisar os indicadores de eficácia e de desempenho em todas as etapas do processo. Em um projeto, buscam-se resultados satisfatórios desde o início até o final de sua execução, isto é, atender às exigências e expectativas de clientes e acionistas da organização contratante. Nesse momento de nossa conversa, é importante que você assista à videoaula - Conceitos de gestão de projetos - a seguir, que explica os principais conceitos e definições na área de gerenciamento de projetos. 6 Uniube Certificações em gerenciamento de projetos1.2 Fonte: Acervo Deposit Photos / EAD-Uniube. Agora que você já assistiu ao primeiro vídeo e já compreendeu o que é o PMI – Project Management Institute, bem como os principais conceitos e terminologias do gerenciamento de projetos, você irá compreender melhor os tipos de certificação em gerenciamento de projetos que o PMI oferece. O PMI oferece um programa completo de certificações para profissionais de projetos de todos os níveis de escolaridade e de qualificação. Atualmente constituído por oito certificações, o programa demonstra tanto seu empenho na profissão quanto sua perícia por meio de educação, experiência e competência certificadas. Uma certificação reconhece que o Gerente de Projetos é um profissional apto e qualificado para gerenciar qualquer tipo de projeto em qualquer área. Já existem mais de 400.000 titulares de credenciais do PMI em todo mundo e em toda indústria, do setor da saúde, telecomunicações e finanças ao de TI – Tecnologia da Informação e construção, de acordo com o PMI. Figura 2: Certificações em gerenciamento de projetos Uniube 7 As certificações oferecidas e suas aplicações são descritas a seguir. • Project Management Professional (PMP)® A certificação PMP é a principal e padrão para gerenciamento de projetos. Ela é reconhecida e muitas vezes exigida por grandes empresas, pois valida a competência do gerente de projetos para gerenciar e liderar equipes em projetos. Um profissional com certificação PMP tem pleno conhecimento da metodologia de gerenciamento de projetos de uma maneira global, ou seja, em qualquer lugar do mundo. Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • Ensino Médio Completo; • ter, no mínimo, 7.500 horas comprovadas em gerenciamento de projetos; • ter, no mínimo, 35 horas de curso na área de gerenciamento de projetos. • Program Management Professional (PgMP)® Essa certificação é um nível mais avançado que a certificação PMP é indicada para gerentes com habilidade para gerenciar múltiplos projetos, desenvolver entre atividades complexas que expandem entre diferentes organizações, regiões ou culturas, alinhando resultados com as metas organizacionais. É destinada a gerentes de nível sênior, à frente de objetivos e estratégias organizacionais avançadas, que possuem liderança bem definida. Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • Ensino Médio Completo; 8 Uniube • ter, no mínimo, 6.000 horas comprovadas em gerenciamento de projetos; • ter, no mínimo, 10.500 horas de experiência em gerenciamento de programas. • Portfólio Management Professional (PfMP)® Essa certificação é destinada a executivos nível sênior, que gerenciam portfólios de projetos e programas alinhados com a estratégia organizacional. O gerenciamento formal de portfólio é a maneira mais efetiva de implementar iniciativas estratégicas porque ele preenche lacunas entre estratégia e implementação. Organizações que possuem um gerenciamento de portfólio bem estruturado possuem 62% de produtos com Retorno sobre o Investimento, de acordo com o PMI. Gerentes de portfólio são responsáveis por alinhar projetos, programas e operações com objetivos estratégicos, destinando recursos ao projeto melhor qualificado no momento, esperando o melhor retorno. Possuir uma certificação (PfMP)® significa que o profissional possui competências avançadas no gerenciamento coordenado de um ou mais portfólios com o objetivo de alcançar as estratégias definidas. Uniube 9 Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • possuir, no mínimo, 8 anos de experiência profissional; • Ensino Médio Completo; • ter, no mínimo, 10.500 horas de experiência em gerenciamento de portfólios. • Certified Associate in Project Management (CAPM)® Essa certificação é destinada a quem deseja gerenciar projetos e assumir mais responsabilidade, ou ainda, quem deseja reforçar habilidade de gerenciamento de projetos em projetos atuais, padronizando práticas. É destinada a quem ainda não tem muita experiência para se inscrever na certificação PMP. Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • Ensino Médio completo; • ter, no mínimo, 1.500 horas de atuação em projetos; OU • ter, no mínimo, 23 horas completas de curso na área de gerenciamento de projetos.• PMI Professional in Business Analysis (PMI-PBA)® É uma certificação destinada a gerentes que trabalham com times e gerenciam requisitos ou desenvolvimento de projetos, ou ainda a gerentes de projetos ou de programas que realizam análise de negócios. Requisitos inadequados estão nos primeiros lugares do ranking das causas de falha de projetos, sendo assim, um profissional qualificado é muito bem valorizado nas organizações. Essa certificação é muito bem vinda para profissionais que trabalham com stakeholders na definição de requisitos e saídas do projeto. 10 Uniube Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • Ensino Médio Completo; OU • ter, no mínimo, 7.500 horas de experiência em análise de negócio; • ter, no mínimo, 2.000 horas de experiência com times de projeto; • ter, no mínimo, 35 horas completas de curso na área de análise de negócios OU • ter graduação; • ter, no mínimo, 4.500 horas de experiência em análise de negócio; • ter, no mínimo, 2.000 horas de experiência com times de projeto; • ter, no mínimo, 35 horas completas de curso na área de análise de negócios. • PMI Agile Certified Practitioner (PMI-ACP)® É uma certificação destinada a profissionais que já trabalham com metodologias ágeis ou quando a organização irá adotar essas metodologias como práticas de gerenciamento. Essa certificação reconhece formalmente a habilidade em metodologias e técnicas ágeis. Um profissional certificado PMI-ACP possui conhecimento em diversas metodologias como Scrum, Kanbab, Lean, XP e TDD. Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • ter, no mínimo, 2.000 horas de experiência em projetos (profissionais que já possuem a certificação PMP ou PgMP não precisam comprovar essa carga horária de experiência); • ter, no mínimo, 1.500 horas de experiência com aplicação de metodologia ágil em projetos; • ter, no mínimo, 21 horas completas de curso na área de metodologias ágeis. Uniube 11 • PMI Risk Management Professional (PMI-RMP)® Esta certificação é destinada a quem possui conhecimento e experiência em gerenciamento de riscos, ou ainda a gerente de projetos focados em gerenciamento de riscos em projetos. Considerando que de acordo com o PMI < 83% das empresas de alta performance praticam o gerenciamento de riscos frequentemente, essa certificação trás um diferencial profissional. Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • Ensino Médio Completo; • ter, no mínimo, 4.500 horas de experiência em gerenciamento de riscos em projetos; • ter, no mínimo, 40 horas completas de curso na área de gerenciamento de riscos em projetos; OU • graduação em curso superior; • ter, no mínimo, 3.000 horas de experiência em gerenciamento de riscos em projetos; • ter, no mínimo, 30 horas completas de curso na área de gerenciamento de riscos em projetos; • PMI Scheduling Professional (PMI-SP)® Essa certificação é destinada a profissionais que possuem conhecimento e experiência avançada em desenvolvimento, gerenciamento e manutenção de cronogramas em projetos. Cronogramas são elementos fundamentais no gerenciamento de projetos, uma vez que 50% dos projetos iniciados não são finalizados de acordo com a estimativa inicial, de acordo com pesquisa do PMI. 12 Uniube Vale ressaltar que, atualmente, projetos e equipes estão locados globalmente e virtualmente e, dessa forma, os cronogramas são a chave para gerenciar atividades, recursos, dependências e saídas dos projetos. Pré-requisitos para se candidatar à certificação: • Ensino médio completo; • ter, no mínimo, 5.000 horas de experiência em gerenciamento de cronogramas em projetos; • ter, no mínimo, 40 horas completas de curso na área de gerenciamento de cronogramas em projetos; OU • Graduação em Curso Superior; • ter, no mínimo, 3.500 horas de experiência em gerenciamento de cronogramas em projetos; • ter, no mínimo, 30 horas completas de curso na área de gerenciamento de cronogramas em projetos. Causas de sucesso e fracasso em gerenciamento de projetos 1.3 Vejamos a Figura 3, a seguir, que mostra as causas de fracasso no Gerenciamento de Projetos . Figura 3: Causas de fracasso no Gerenciamento de Projetos. Fonte: http://www.maturityresearch.com/novosite/2008/imagens/img_analiseti2008_figura15.jpg. Acesso em: dez. 2016. Uniube 13 Sem a presença de uma pessoa, cuja função seja direcionar o esforço global, interesses e diferenças pessoais podem levar à falta de alinhamento em relação aos objetivos do projeto. Além disso, com a crescente globalização, os desafios lançados às organizações se tornam mais complexos, mais competitivos e, consequentemente, mais críticos. Uma das maneiras para responder a estes desafios seria por meio da aplicação intensiva dos conhecimentos em gerenciamento de projetos, permitindo a implementação de objetivos estratégicos para as organizações, tais como: • permitir rápidas respostas às mudanças das condições do mercado e novas oportunidades estratégicas; • possibilitar que a organização produza mais com menos recursos; • reduzir perdas financeiras por meio da monitoração das fases iniciais dos projetos, encerrando aqueles que não atendam às premissas planejadas; • permitir uma melhor tomada de decisões por parte das organizações, baseada em métricas internacionais; • maximizar iniciativas nas organizações, privilegiando o foco e a comunicação aberta. Além disso, do ponto de vista do profissional, o gerenciamento de projetos também possibilita uma série de vantagens, tais como: • busca assegurar que o seu trabalho seja utilizado da melhor forma pela organização; • permite seguir uma carreira única, com novos desafios a cada projeto, e possibilita uma série de novos conhecimentos, como os de gestão, negócios e técnicos; • possibilita uma valorização cada vez maior da carreira de gerente de projeto, levando naturalmente a posições de liderança nas organizações. 14 Uniube Esses benefícios também se relacionam com as lições aprendidas com o gerenciamento de projetos, permitindo a criação de uma base de conhecimento e, dessa forma, documentando uma série de fatores que podem levar ao fracasso ou ao sucesso dos projetos. Com relação ao sucesso da execução de um projeto, ele é considerado bem-sucedido quando: • produziu todas as entregas planejadas; • foi completado dentro do cronograma aprovado; • foi executado dentro do orçamento aprovado; • foi entregue de acordo com todas as especificações funcionais, de performance e de qualidade; • alcançou todas as suas metas, objetivos e propósitos; • atingiu todas as expectativas das partes interessadas (FREITAS, 2013). Embora o aprendizado das melhores práticas em muito facilite o entendimento da ciência de gerenciamento de projetos, olhar para o passado e resgatar experiências malsucedidas também pode ser muito importante para o planejamento dos projetos futuros. Entre os erros comuns no gerenciamento de projetos, podemos listar: • o não entendimento do alinhamento do projeto com a organização; • a falta de gerenciamento das expectativas das partes interessadas em relação ao projeto; • a falta de acordo das partes interessadas em relação aos fatores de sucesso do projeto; • a falta de um cronograma realista, em que fatores como quantidade de trabalho, dependências obrigatórias, estimativas de custos e nivelamento de recursos tenham sido previstos; • a falta de definição e comunicação sobre as responsabilidades da equipe do projeto; • a falta de aceitação formal do cronograma do projeto; • a falta de identificação preliminar de riscos para o projeto; Uniube 15 • a falta de recursos humanos capacitados e disponíveis para trabalhar no projeto; • a falta de definição de requerimentos e escopo doprojeto; • a inadequação do gerenciamento e liderança da equipe do projeto (VALLE et al., 2010). Após a análise dos principais itens que tornam um projeto bem-sucedido, e olhando uma série de elementos que podem levar um projeto ao fracasso, podemos perceber uma série de características compartilhadas por projetos bem-sucedidos, tais como: a) o projeto está alinhado com os objetivos da organização; b) o projeto tem apoio efetivo da alta administração; c) o projeto tem uma liderança efetiva; d) todas as partes interessadas estão de acordo com o propósito, as metas e os objetivos do projeto; e) todas as partes interessadas compartilham uma visão comum dos resultados e têm expectativas realistas a respeito do projeto; f) as expectativas das partes interessadas são continuamente gerenciadas e validadas no decorrer do projeto; g) o escopo, a abordagem e as entregas do projeto são claramente definidos e acordados durante o seu planejamento; h) o papel e a responsabilidade de cada parte interessada e de membros da equipe do projeto são claramente comunicados e entendidos; i) o cronograma é realista e acordado entre todas as partes interessadas; j) as comunicações do projeto são consistentes, efetivas e focadas no entendimento; k) o progresso do projeto é medido frequentemente em relação a uma linha de base; l) um forte senso de colaboração e trabalho em grupo é alcançado; m) expectativas e mudanças em relação a escopo, cronograma, custos e qualidade são gerenciadas cuidadosamente; n) os recursos humanos do projeto são capacitados e estão disponíveis quando necessário; o) a equipe do projeto identifica proativamente seus riscos e trata 16 Uniube essas vulnerabilidades diminuindo a sua exposição (VALLE et al, 2010). Decompondo algumas dessas características, é importante destacar os pontos indicados a seguir: • Segundo Wysocki (2011), uma metodologia de gerenciamento de projetos deve possuir um processo formal para o estabelecimento de objetivos claros de negócio. Projetos que são iniciados sem essa informação frequentemente se tornam problemáticos, a não ser que a metodologia proporcione uma forma de compensação para essa falha. • Todos os envolvidos no projeto devem compartilhar a mesma visão, que deve ser clara, concisa e compreensiva, tornando explícitos os objetivos do projeto. Além disso, todos os objetivos devem possuir fatores mensuráveis de sucesso e devem permitir um direcionamento para a visão da corporação. • Um ponto muito importante que deve ser ressaltado é que, a despeito de todos os esforços para a definição clara do objetivo e meta do projeto, eles não são estáticos e podem mudar com o tempo, já que as condições do mercado podem ser alteradas, a competição força as empresas a reagir e o próprio negócio da corporação pode mudar de um dia para o outro. Isso impõe desafios para o gerenciamento dos projetos, que devem estar alinhados com os outros processos de negócio das corporações. • Escopo realista – Uma característica quase onipresente nos projetos é que quanto mais extenso o seu escopo, maior o risco e possibilidade de mudanças. A mudança de escopo altera o plano do projeto e com isso é aumentada a possibilidade de alterações no seu cronograma e nos seus custos. • Grandes projetos são, frequentemente, decompostos em diversos projetos menores e interdependentes, que devem possuir entregas específicas. • A infraestrutura necessária para o trabalho do projeto é um importante fator de sucesso. Isso inclui investimentos em tecnologia da informação, telecomunicações e no próprio ambiente de trabalho. A ausência desses fatores pode levar a riscos como atrasos, uso incorreto de recursos humanos, incapacidade de alcançar as necessidades dos clientes e uma série de outros impactos Uniube 17 relacionados. • Segundo Wysocki (2003), metodologias replicáveis e adaptáveis de gerenciamento de projetos são valiosas para as organizações, já que proporcionam normas, melhores práticas, desenvolvimento de habilidades e outros inúmeros benefícios para as organizações. • Estimativos confiáveis - as estimativas históricas, quando confrontadas com o cronograma e custos sendo executados, são as melhores ferramentas para a produção de novas estimativas. A disponibilidade e manutenção dessas informações históricas é um sinal de maturidade do gerenciamento do projeto. • Habilidade dos recursos humanos - Wysocki (2003) nota que existem dois fatores a considerar sob este aspecto. O primeiro diz respeito à habilidade dos recursos humanos da organização, atendendo às necessidades atuais do projeto. Segundo o PMBOK®, as seguintes habilidades interpessoais indicadas , a seguir são fundamentais para o gerenciamento de projetos. • Infraestrutura disponível e comunicação eficaz – a troca de informações. • Influência sobre a organização – a capacidade de “fazer com que as coisas aconteçam”. • Liderança – desenvolver uma visão e uma estratégia e provocar a motivação nas pessoas para que alcancem essa visão e essa estratégia. • Motivação – estimular as pessoas para que alcancem altos níveis de desempenho e superem as barreiras que impedem as mudanças. • Negociação e gerenciamento de conflitos – conversar com outras pessoas para chegar a um entendimento ou a um acordo. • Resolução de problemas – a combinação entre definição do problema, identificação e análise de alternativas e tomada de decisões. Outro aspecto se refere à extensão da habilidade da equipe do projeto, de forma a atender às demandas que o projeto se propõe. Sendo um dos mais importantes ativos do projeto, a habilidade da equipe pode ser 18 Uniube assegurada por meio dos seguintes elementos: • identificação das competências necessárias; • disponibilização de um programa de treinamento relevante, de qualidade e contínuo; • recrutamento interno e externo; • fornecimento de incentivos à equipe; • verificação de aderência ao foco do projeto. Todas essas características, ou a ausência delas, podem ser constatadas por meio da análise de algumas pesquisas, como a realizada na seção Rio de Janeiro do PMI, que vem desenvolvendo anualmente um relatório de benchmarking em empresas brasileiras (PMI, RJ, 2015). Agora que você está familiarizado com as causas e sucesso e fracasso em projetos, assista à videoaula - O papel do gerente do projeto - que mostra o papel do gerente de projetos. Uniube 19 Fonte: Acervo Deposit Photos / EAD-Uniube. O conceito de stakeholder inclui qualquer grupo, entidades, instituições ou indivíduo que possa afetar ou ser afetado pela realização dos objetivos de uma empresa. Com o objetivo de melhor especificar o conceito, Gomes (2005) considerou que as relações entre os stakeholders e as organizações devem envolver o sentido da perda ou de um risco associado. Neste sentido, o autor diferenciou os stakeholders em voluntários e involuntários. O stakeholder voluntário é aquele que incorre em algum risco por ter investido alguma forma de capital, humano ou financeiro, ou seja, algum tipo de valor no empreendimento. Os stakeholders involuntários são aqueles que estão sujeitos a riscos decorrentes da atuação do empreendimento. Outros stakeholders diretos, incluindo clientes, empregados, competidores, fornecedores e credores, têm interesses ou riscos econômicos na empresa – eles podem afetar ou ser diretamente afetados pelo sucesso financeiro do empreendimento. Os sindicatos de trabalhadores, grupos comunitários, organizações ambientalistas, organizações de direitos humanos e dos consumidores estão expostos ao risco dos impactos da empresa sobre as pessoas e o ambiente, bem como do impacto econômico. (GOMES, 2005, p.17). Entendendo os stakeholders1.4 Figura 4: Stakeholders.20 Uniube Ainda, para Gomes (2005), somente podem ser considerados como stakeholders pessoas ou grupos que têm o poder para afetar o futuro da organização. Contudo, a definição dos stakeholders deve considerar, além do poder para influenciar o comportamento da empresa, a legitimidade das reivindicações e o seu impacto sobre a organização. Segundo Barbi (2009), a Análise dos Stakeholders é um processo sistemático de coleta e análise de informação sobre os interesses, objetivos e preferências dos interessados para se mapear os riscos e as necessidades de comunicação do projeto. Resumidamente, os passos são: • o primeiro passo é determinar quem pode afetar o projeto – a lista deve ser exaustiva; • o segundo passo é identificar os contatos de cada uma dessas pessoas; • o terceiro passo é identificar como cada interessado pode ajudar e atrapalhar o andamento do projeto, são as influências positivas e negativas; • o quarto passo é quantificar os graus de poder/influência e interesse de cada interessado. Isso pode ser subjetivo, obtido a partir do levantamento do comportamento passado ou mais objetivo, usando um modelo probabilístico. Um outro ponto importante é listar os nomes e cargos de todos os interessados em uma coluna, seguido pelo grau de influência de cada uma dessas pessoas, sendo uma coluna para identificar as influências positivas e outra para identificar as influências negativas. Em seguida, acrescente uma nota (de 1 a 10 por exemplo) para dimensionar o grau de influência de cada interessado, sendo 1 o grau mais baixo e 10 o grau mais elevado. Por fim, acrescente uma coluna que especifique o grau de interesse de cada pessoa no projeto (de 0 a 10 por exemplo). Também é possível acrescentar mais uma coluna na qual fique Uniube 21 identificado a maneira que você irá tratar o stakeholder: monitorar (acompanhar a distância), manter informado, manter satisfeito e gerenciar. Como o patrocinador tem poder total sobre todas as etapas do projeto, ele é um stakeholder crítico que deve ser gerenciado, isto é, deve receber um acompanhamento muito próximo. Pela natureza do seu conteúdo, este documento é estratégico e sigiloso. Observe o modelo apresentado a seguir: Stakeholder Positivas Negativas GR. Poder GR. Interes- se Atitude Patrocinador Apoio polí- tico e com verbas Excesso de pressão 10 10 Gerenciar Equipe Bom am- biente de trabalho, cooperação Disputas internas e sabotagem 8 4 Manter satisfeito Fornecedores Entregas no prazo e nas especifica- ções Insumos fora de especi- ficação ou com defeito 3 8 Manter informado Gerente Rival Competição saudável Concorrência por recursos e prioridade 3 2 Monitorar Usuários Apoio Pressão jun- to a agentes públicos e imprensa 2 6 Manter informado Fonte: Gomes (2005). Para sobreviver no futuro, as organizações deveriam estabelecer objetivos para as suas relações com os stakeholders atuais e potenciais, como parte de seu processo de gerenciamento estratégico. Esses objetivos deveriam considerar o impacto potencial sobre as estratégias corporativas. 22 Uniube Ao focar no potencial de risco e de cooperação dos stakeholders- chave, pode-se evitar a implementação de planos que irão ser por eles combatidos, reconhecer suas necessidades emergentes, modificar planos para envolvê-los e evitar os problemas associados com uma organização por eles pressionada. O processo de gerenciamento dos intervenientes (stakeholders ou partes interessadas) é um passo importante na estratégia do gerenciamento de projetos. Cabe ao gerente de projeto procurar o exato perfil de cada um dos envolvidos e constatar a forma mais efetiva para interagir com as partes interessadas e produzir os resultados esperados para o projeto. O processo de gerenciamento dos interessados é dividido em duas fases: identificação e análise (VALLE et al, 2007). 1) Identificação dos intervenientes A identificação da parte interessada é prioritária no processo de gerenciamento. A equipe de projetos e alguns subcontratados são os intervenientes, na categoria de entrega de resultados. No uso de produtos, há os usuários internos ou clientes; os executivos, patrocinadores dos projeto, gerentes de negócio, financiadores, investidores e acionistas que constituem a autoridade financeira; e, na categoria de contribuintes, há como intervenientes, grupos de serviços, fornecedores e subcontratados. Os grupos de suporte técnico seriam os intervenientes no suporte a produtos; os grupos de revisão técnica, grupos de qualidade, grupos de consumidores, auditores, agências reguladoras e agências ambientais estão na análise e auditoria. O público, a imprensa, o sindicado, os concorrentes, as organizações de negociação são os afetados pelos resultados. (MENDES, 2009; VALLE, 2007). Uniube 23 2) Análise dos intervenientes Segundo Valle et al. (2016, p.1): Depois da identificação das partes interessadas, o próximo passo é a sua análise, que pode ser realizada por meio das seguintes ações: • comprometimento necessário – necessidade de ações, crença ou buy-in, entendimento e conscientização; • suporte do interveniente (stakeholder ou parte interessada) - contrato (apoiador ou opositor) e confiança (confiante ou não); • prioridades do interveniente (stakeholder ou parte interessada) - foco em custo, prazo, qualidade do produto, interesses no projeto e critérios de sucesso; • previsão de comportamento, volatilidade, reação a eventos futuros, impacto potencial do comportamento futuro. Agora que você já compreendeu os conceitos básicos iniciais sobre gerenciamentos de projetos, no próximo capítulo iremos falar sobre as diferentes estruturas organizacionais e seu impacto no gerenciamento de projetos. 2 Influências organizacionais e ciclo de vida do projeto Uniube 27 Os projetos e o gerenciamento de projetos são executados em um ambiente mais amplo que o do projeto propriamente dito. É importante que a equipe de gerenciamento de projetos entenda este amplo contexto para que possa selecionar adequadamente as fases do ciclo de vida, os processos, as ferramentas e as técnicas apropriadas ao projeto. Ciclo de vida de um projeto 2.2 Todo projeto pode ser subdivido em determinadas fases de desenvolvimento. Compreender estas fases permite ao time do projeto realizar um melhor controle dos recursos gastos para atingir as metas estabelecidas. O ciclo de vida é o conjunto destas fases. O ciclo de vida pode ser dividido em um conjunto de fases, normalmente fixas para todos os tipos de projeto, as quais contêm as principais etapas do processo de contextualizar, desenhar, desenvolver e colocar em operação uma determinada necessidade do projeto. Essas fases são subdivididas em estágios específicos de cada natureza de projeto (construção, desenvolvimento de produtos etc). Esses estágios são subdivididos em atividades ou tarefas específicas de cada projeto, conforme observado na Figura 1: Figura 1: Estágios e fases de um projeto. Considerações iniciais2.1 28 Uniube O conhecimento das fases do ciclo de vida proporciona benefícios para quaisquer tipos de projetos. Seguem os principais benefícios: • a correta análise do ciclo de vida determina o que foi, ou não, feito pelo projeto; • o ciclo de vida avalia o progresso do projeto até a data atual; • o ciclo de vida permite identificar qual o momento exato em que o projeto se encontra. • ao longo do ciclo de vida, considerações podem ser feitas, dentre elas destacam-se: • as características do projeto tendem a mudar com a conclusão de cada fase do projeto; • aincerteza relativa aos prazos e custos tende a diminuir com o término de cada fase doprojeto. Com relação à velocidade de desenvolvimento do projeto, Hozumi (2006) afirma que o ciclo de vida dos projetos pode ser caracterizado, na maioria das vezes, por um início lento seguido de um progresso acelerado até atingir um pico e, logo em seguida, em desaceleramento até atingir seu término. Fonte:http://wpm.wdfiles.com/local--files/conceito:caracteristicas-do-ciclo-de-vida-do-projeto/ figura21.JPG. Acesso em: dez. 2016. Figura 2: Ciclo de vida de um projeto. Uniube 29 Geralmente os ciclos de vida do projeto compartilham características comuns. Veja a seguir. • Possuem normalmente fases sequenciais, que são definidas por algum formulário de transferência de informações técnicas ou de entrega de componentes técnicos. • Os níveis de custo de pessoal são baixos no início, atingem o valor máximo durante as fases intermediárias e caem rapidamente conforme o projeto é finalizado. Os projetos são divididos em fases, visando um melhor controle gerencial e uma ligação mais adequada de cada projeto aos seus processos operacionais contínuos. No mínimo, um projeto terá uma fase inicial ou iniciação, uma ou várias fases intermediárias e uma fase final. A quantidade de fases irá depender da complexidade do projeto e do segmento da indústria. As fases do projeto evoluem através do ciclo de vida em uma série e passagens. O final de uma fase marca o início da outra. O término de cada fase é identificado pelo resultado prático específico (deliverable),ou vários resultados, que marcam o seu final. Este resultado deve ser produzido para concluir a fase ou o projeto. Os resultados devem ser tangíveis podendo ser avaliados e comprovados. Deve-se estar atento para distinguir ciclo de vida do produto e ciclo de vida do projeto. Por exemplo, um projeto para lançar no mercado um novo computador de mesa é somente um aspecto ou fase do ciclo de vida deste produto. Fases do projeto2.3 Ciclo de vida do projeto e ciclo de vida do produto2.4 30 Uniube Os produtos possuem dois tipos de ciclo de vida distintos: um é relativo a sua vida como produto no mercado (uso) conhecido por ciclo de vida do produto e o outro é relativo ao seu projeto (construção), que tem uma vida finita conhecida no seu início o qual é denominado ciclo de vida do projeto. Fonte : http://webinsider.com.br/wp-content/uploads/pmbok2004.jpg. Acesso em: Dez. 2016. Agora que você está familiarizado com o ciclo de vida de um projeto, assista à videoaula - Projeto, produto do projeto e operações contínuas -, a seguir, que tráz um exemplo de como diferenciar um projeto de operações contínuas e também sobre a importância de diferenciar o projeto e o produto. Figura 3: Ciclo de vida do produto. Uniube 31 Os ciclos de vida são subdivididos em dois subtipos que ocorrem simultaneamente. Cada um desses subtipos é constituído por um conjunto de processos e executados por personagens diferentes. Um grupo contém processos necessários para a construção do produto do projeto (processos técnicos) e outro com as atividades de gerenciamento deste produto (processos gerenciais). As atividades necessárias para a construção do produto geralmente são conduzidas por especialistas ou consultores e, diferem em função do tipo de produto a ser implementado. Já as atividades de gerenciamento são, normalmente, conduzidas pelos gerentes de projeto e seus processos pouco diferem em função do tipo do projeto. As mudanças nas operações de negócios podem ser objeto de um projeto dedicado, especialmente se houver mudanças significativas nas operações de negócio resultantes da entrega de um novo produto ou serviço. As operações contínuas estão fora do escopo de um projeto; 32 Uniube entretanto, há pontos de interseção onde as duas áreas se cruzam. De acordo com o PMBOK (2015), os projetos podem cruzar com as operações em vários pontos durante o ciclo de vida do produto, como: • em cada fase de encerramento; • no desenvolvimento de um novo produto, na atualização de um produto, ou na expansão das saídas; • na melhoria das operações ou no processo de desenvolvimento do produto; ou • até o final do ciclo de vida do produto. Em cada ponto, as entregas e o conhecimento são transferidos entre o projeto e as operações para implementação do trabalho entregue. Esta implementação ocorre através da transferência dos recursos do projeto para operações perto do término do projeto, ou através da transferência de recursos operacionais para o projeto no seu início. As operações são esforços contínuos que geram saídas repetitivas, com recursos designados para realizar basicamente o mesmo conjunto de tarefas, de acordo com os padrões institucionalizados no ciclo de vida do produto. Diferente da natureza contínua das operações, os projetos são esforços temporários. Estruturas organizacionais 2.5 Os projetos normalmente fazem parte de uma organização que é maior que o projeto. Mesmo quando se trata de um projeto externo, ele ainda será influenciado pela organização ou organizações que o iniciaram. A maturidade da organização em relação ao seu sistema de gerenciamento de projetos, sua cultura, seu estilo e sua estrutura organizacional, normalmente influenciam o projeto. Uniube 33 O nível de autoridade de um gerente de projeto é delineado pela estrutura organizacional. As estruturas serão apresentadas a seguir para um melhor entendimento de como funciona o gerenciamento de projetos em cada uma delas. Organização funcional 2.6 O tipo mais comum de estrutura organizacional é a funcional. É possível que esse seja o estilo mais antigo de organização. É conhecido como o método tradicional de organizar empresas. Essa estrutura agrupa as pessoas por especialização (por exemplo: marketing, contratos, contabilidade, engenharia etc). As pessoas se centralizam em especialidades e são agrupadas por função; por isso o termo organização funcional. A organização funcional pode ter departamento de recursos humanos, departamento financeiro, departamento de marketing e outros. O trabalho executado nesses departamentos é especializado e exige que as pessoas tenham aptidões específicas e experiência nas funções para cumprir as responsabilidades do departamento. A Figura 4, a seguir, mostra um organograma de uma organização deste tipo. Fonte: PMBOK ( 2015). Figura 4: Organização Funcional. 34 Uniube Nesse tipo de estrutura, os funcionários se reportam aos gerentes, que se reportam aos chefes de departamentos, que se reportam aos vice-presidentes, que são subordinados ao CEO. Em outras palavras, cada funcionário se reporta a um único gerente e, em última análise, só existe uma pessoa responsável no topo. Nessa estrutura, o gerente do projeto não tem autoridade formal sobre os recursos do projeto e precisa confiar na estrutura informal de poder e em suas próprias habilidades interpessoais para obter dos gerentes funcionais o comprometimento de recursos. VANTAGENS DESVANTAGENS Estrutura organizacional duradoura O gerente do projeto tem pouca ou nenhuma autoridade oficial Carreira profissional transparente com separação de funções, permitindo des- tacar as habilidades específicas Vários projetos disputam recursos limitados e prioridades Os funcionários tem um supervisor com cadeia de comando transparente Os integrantes da equipe do projeto são leais ao gerente funcional. Organizações matriciais 2.7 As organizações matriciais surgiram para minimizar as diferenças e se beneficiar dos pontos fortes e fracos das organizações funcionais e das estruturadas por projetos. O propósito é obter o melhor das duas estruturas organizacionais, combinando-as em uma só. Os objetivos do projeto são atendidos, técnicas eficientes de gerenciamento de projetos são aplicadas,enquanto também é mantida uma estrutura hierárquica na organização. Os funcionários de uma organização matricial se reportam ao gerente funcional e há, no mínimo, um gerente de projeto. Os funcionários podem Uniube 35 ser subordinados a vários gerentes de projeto, caso trabalhem em vários projetos simultaneamente. Os gerentes funcionais respondem pelas obrigações administrativas e alocam funcionários aos projetos. Também monitoram o trabalho de seus funcionários nos diversos projetos. O gerente de projeto é responsável por executar o projeto e distribuir as tarefas, de acordo com as atividades previstas. Os gerentes de projeto e gerentes funcionais dividem a responsabilidade das avaliações de desempenho dos funcionários. Em resumo, os gerentes funcionais alocam funcionários aos projetos, enquanto os gerentes de projeto atribuem as tarefas associadas ao projeto. As organizações matriciais permitem que os gerentes de projeto se concentrem no projeto e no esforço do projeto, exatamente como em uma organização estruturada por projetos. A equipe do projeto está livre para se dedicar aos objetivos do projeto, sem as distrações do departamento funcional. Os gerentes de projeto devem ter cuidado ao elaborar estimativas para atividades e para o projeto em uma organização matricial. As estimativas devem ser transmitidas aos gerentes funcionais como entrada antes de anunciadas. Cabe ao gerente funcional alocar ou liberar recursos para os projetos. Se o gerente de projeto estiver contando com determinado funcionário para trabalhar em determinado horário, deverá tratar com antecedência da disponibilidade desse funcionário com o gerente funcional. Talvez seja necessário modificar as estimativas do projeto se o funcionário em questão não estiver disponível quando necessário. (HELDMAN, 2006, p.18). Como mencionado, há muita comunicação e negociação entre o gerente de projeto e o gerente funcional. Isto requer um equilíbrio de poder entre os dois; caso contrário, um dominará o outro. Este tipo de estrutura possui uma série de variantes em função do poder do gerente de projetos em relação aos recursos do projeto. 36 Uniube Estão subdivididas em três tipos: • Matriz Fraca • Matriz Balanceada ou Equilibrada • Matriz Forte Matriz fraca 2.7.1 Uma organização matricial mantém as linhas funcionais verticais de autoridade e ao mesmo tempo estabelece uma estrutura horizontal relativamente permanente contendo os gerentes dos diversos projetos. Os gerentes de projeto interagem com todas as unidades funcionais que estão apoiando seus projetos. Em uma estrutura de matriz fraca, o equilíbrio de poder se inclina mais para o gerente funcional do que para o gerente do projeto. Ou seja, os relacionamentos administrativos dos funcionários, a proximidade física e os tempos relativos consumidos favorecem o gerente funcional . Fonte: PMBOK (2015). Figura 5: Estrutura organizacional funcional fraca. Uniube 37 Matriz equilibrada ou balanceada 2.7.2 A matriz equilibrada é uma estrutura que inclui características de uma matriz fraca e características de matriz forte. A autoridade do gerente do projeto é considerada de baixa a moderada dado que somente 15% a 60% do pessoal da organização são designados para o trabalho de projeto. Fonte: PMBOK (2015). Matriz forte 2.7.3 A estrutura de matriz forte é a mesma da matriz fraca, porém o equilíbrio de poder favorece o gerente do projeto que possui autoridade de média a alta. Eles podem convencer os gerentes funcionais a renunciar a seus melhores recursos a favor dos projetos. Figura 6: Estrutura organizacional matriz balanceada. 38 Uniube Segundo Heldman (2006, p. 16), As organizações estruturadas por projetos (projectized organizations) são praticamente o oposto das organizações funcionais. O enfoque desse tipo de organização é o próprio projeto. A ideia que respalda uma organização estruturada por projetos é cultivar lealdade ao projeto, não a um gerente funcional. A Figura 7, a seguir, apresenta um organograma comum de uma organização estruturada por projetos. Fonte: PMBOK (2015). Estrutura organizacional projetizada 2.8 Figura 7: Estrutura organizacional matriz forte. Uniube 39 Fonte: PMBOK (2015). Nessa estrutura, os recursos organizacionais são dedicados aos projetos e ao esforço dos projetos. Quase sempre, os gerentes de projeto têm total autoridade sobre o projeto e se reportam ao CEO, sem intermediários. Em uma organização estritamente orientada a projetos, os departamentos de apoio, como recursos humanos e contabilidade, também podem se reportar diretamente ao gerente de projeto. Os gerentes de projeto são responsáveis pela tomada de decisões relacionadas ao projeto e à aquisição e alocação de recursos. Eles têm autoridade para escolher e alocar recursos de outras áreas da organização ou para contratar recursos externos, se necessário, e se existirem recursos financeiros disponíveis ao projeto. Uma estrutura vertical separada é estabelecida para cada projeto. O pessoal é designado para determinados projetos em tempo integral. O gerente do projeto tem total autoridade sobre o projeto, estando sujeito somente às restrições de tempo, custo e desempenho especificadas nos objetivos do projeto. Figura 8: Estrutura organizacional projetizada. 40 Uniube Influência da estrutura organizacional nos projetos2.9 O quadro, a seguir, resume características importantes relacionadas a projetos dos principais tipos de estruturas organizacionais: Estrutura Organizacional Funcional Matricial Fraca Matricial Balanceada Matricial Forte Projetizada Característica do Projeto Autoridade do Gerente de Projetos Pouca ou nenhuma Limitada Baixa a moderada Moderada a alta Alta a quase total Disponibilidade de Recursos Pouca ou nenhuma Limitada Baixa a moderada Moderada a alta Alta a quase total Quem controla o orçamento do projeto Gerente Funcional Gerente Funcional Misto Gerente de Projetos Gerente de Projetos Função do Gerente de Projetos Tempo Parcial Tempo Parcial Tempo Integral Tempo Integral Tempo Integral Equipe Administrativa do Gerenciamento de Projetos Tempo Parcial Tempo Parcial Tempo Integral Tempo Integral Tempo Integral Assista à vídeoaula - Influência do gerente de projetos nas diferentes estruturas organizacionais - a seguir que exemplificará o papel de um gerente de projetos, em um mesmo projeto, nas diferentes estruturas organizacionais estudadas. Uniube 41 3 Processos para gerenciamento de projetos Uniube 45 Visando auxiliar a compreensão do aspecto integrador do gerenciamento de projetos, ele é descrito através de processos e suas interações. De acordo com o PMBOK, os processos do gerenciamento de projetos organizam e descrevem o trabalho do projeto. São executados por pessoas e, como as fases do projeto, também estão inter-relacionados e dependem uns dos outros. Grupos de processos do PMBOK3.2 O PMBOK descreve cinco grupos, os quais são definidos como os grupos de processos de gerenciamento de projetos. São eles: 1) Iniciação Esse grupo de processos define e autoriza o início do projeto ou o início de uma fase do projeto. 2) Planejamento O grupo de processos de planejamento define e refina os objetivos, planeja ações necessárias para alcançar os objetivos e o escopo proposto pelo projeto. O planejamento possui mais processos que os demais processos do gerenciamento, sendo que os grupos de processos execução, controle e encerramento dependem do planejamento e da documentação gerada para executar suas funções. 3) Execução Materializa,através da integração de pessoas e outros recursos, o plano de gerenciamento do projeto. 4) Monitoramento e controle Acontece paralelamente ao planejamento operacional e à execução do projeto. Tem como objetivo medir e monitorar o progresso a fim de verificar variações em relação ao plano de gerenciamento de projetos Considerações iniciais3.1 46 Uniube tomando ações corretivas em caso de desvio. 5) Encerramento Formaliza a aceitação do produto, serviço ou resultado. Nesse processo, o contrato, se houver, é encerrado e todas as informações do projeto (lições aprendidas) são reunidas e armazenadas para referência futura. Interações entre os processos de gerenciamento de projetos 3.3 Os cinco grupos de processos descritos, a seguir, são interativos e não devem ser interpretados como processos que não se repetem. Geralmente, as saídas de um processo se tornam entradas para outro processo ou são entregas do projeto (Figura 1). Fonte: http://pt.slideshare.net/fcastello/3processosgerenciaprojetosv5impressao. Acesso em: dez. 2016. Os grupos de processos se ligam pelos resultados que produzem . O resultado de um grupo torna-se entrada para outro. Além disso, os grupos de processos são atividades sobrepostas que ocorrem em diversos níveis de intensidade durante todo o projeto. A Figura 2 apresenta o nível de sobreposição em momentos diferentes dentro de um projeto. Figura 1: Interação entre os processos Uniube 47 Fonte: http://www.diegomacedo.com.br/wp-content/uploads/2011/12/nivel-interacao-processos. jpg Acesso em: dez. 2016 As áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos 3.4 As áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos descrevem seus processos e componentes. Esses processos são organizados em nove grupos integrados, como ilustra a Figura 3 a seguir. Fonte: Acervo EAD-Uniube. Figura 2: Sobreposição dos processos em Gerenciamento de Projetos Figura 3: Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. 48 Uniube Esses dez grupos ou áreas do conhecimento contêm quarenta e sete processos distribuídos em cinco grupos de processos. Cada um desses processos possui um detalhamento específico e uma abrangência própria, entretanto, estão integrados com os demais formando um todo único e organizado. Organização das áreas de conhecimento 3.5 Cada área de conhecimento é composta por seus processos, e cada processo é composto por: • entradas: documentos ou itens que serão utilizados como fonte de trabalho. • técnicas e ferramentas: mecanismos que serão aplicados às entradas para criar as saídas. • saídas: documentos ou itens que serão gerados no processo (e que podem alimentar outras entradas). Veremos, a partir deste tópico, detalhadamente, as fases do gerenciamento de projetos e seus principais produtos. O Guia PMBOK® descreve a natureza dos processos de gerenciamento de projetos em termos da integração entre os processos, suas interações e seus objetivos. Os processos de gerenciamento de projetos são agrupados em cinco categorias conhecidas como grupos de processos de gerenciamento de projetos (ou grupos de processos). • Grupo de processos de iniciação. Os processos executados para definir um novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente através da obtenção de autorização para iniciar o projeto ou fase. • Grupo de processos de planejamento. Os processos necessários para definir o escopo do projeto, refinar os objetivos e definir a linha de ação necessária para alcançar os objetivos para os quais o projeto foi criado. Uniube 49 • Grupo de processos de execução. Os processos realizados para executar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto para satisfazer as especificações do projeto. • Grupo de processos de monitoramento e controle. Os processos exigidos para acompanhar, analisar e controlar o progresso e desempenho do projeto, identificar quaisquer áreas nas quais serão necessárias mudanças no plano, e iniciar as mudanças correspondentes. • Grupo de processos de encerramento. Os processos executados para finalizar todas as atividades de todos os grupos de processos, visando encerrar formalmente o projeto ou fase. A Figura 4 ilustra cada um desses processos divididos em cada fase, de acordo com a 5º Edição do PMBOK. ÁREAS DE CONHE- CIMEN- TO GRUPOS DE PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS - GUIA PMBOK® 5ª EDIÇÃO Inicia- ção Planejamento Execução Monitora- mento e Controle Encerra- mento 4. Geren- ciamento da Inte- gração 4.1 Desen- volver o Termo de Aber- tura do Projeto 4.2 Desenvol- ver o Plano de Gerenciamento do Projeto 4.3 Orientar e Gerenciar o Trabalho do Projeto 4.4 Mo- nitorar e Controlar o Trabalho do Projeto; 4.5 Re- alizar o Controle Integrado de Mudan- ças. 4.6 En- cerrar o Projeto ou Fase 5. Ge- rencia- mento do Es- copo 5.1 Planejar o Gerenciamento do Escopo; 5.2 Coletar os Requisitos; 5.3 Definir o Escopo; 5.4 Criar a EAP. 5.5 Validar o Escopo; 5.6 Con- trolar o Escopo. 50 Uniube 6. Ge- rencia- mento do Tempo 6.1 Planejar o Gerenciamento do Cronograma; 6.2 Definir as Atividades; 6.3 Sequenciar as Atividades; 6.4 Estimar os Recursos das Atividades; 6.5 Estimar as Durações das Atividades; 6.6 Desenvolver o Cronograma. 6.7 Con- trolar o Cronogra- ma 7. Ge- rencia- mento dos Custos 7.1 Planejar o Gerenciamento dos Custos; 7.2 Estimar os Custos; 7.3 Determinar o Orçamento. 7.4 Con- trolar os Custos 8. Geren- ciamento da Quali- dade 8.1 Planejar o Gerenciamento da qualidade 8.2 Realizar a Garantia da Qualidade 8.3 Con- trolar a Qualidade 9. Geren- ciamento dos Re- cursos Huma- nos 9.1 Planejar o Gerenciamento dos Recursos Humanos 9.2 Mobilizar a Equipe do Projeto; 9.3 Desenvol- ver a Equipe do Projeto; 9.4 Gerenciar a Equipe do Projeto. 10. Geren- ciamento das Comuni- cações 10.1 Planejar o Gerenciamento das Comunica- ções 10.2 Geren- ciar as Comu- nicações 10.3 Con- trolar as Comunica- ções Uniube 51 11. Geren- ciamento dos Riscos 11.1 Planejar o Gerenciamento dos riscos; 11.2 Identificar os Riscos; 11.3 Realizar a Análise Qualitati- va dos Riscos; 11.4 Realizar a análise Quantita- tiva dos Riscos; 11.5 Planejar as Respostas aos Riscos. 11.6 Mo- nitorar e Controlar os Riscos 12. Geren- ciamento das Aquisi- ções 12.1 Planejar as Aquisições. 12.2 Conduzir as aquisições 12.3 Admi- nistrar as Aquisições 12.4 En- cerrar as Aquisi- ções 13. Geren- ciamento das Partes Interes- sadas 13.1 Identi- ficar as Partes Interes- sadas 13.2 Planejar o Gerenciamento das Partes Inte- ressadas 13.3 Geren- ciar o En- gajamento das Partes Interessadas 13.4 Con- trolar o En- gajamento das Partes Interessa- das Figura 4: Processos em cada fase. Fonte: http://dicasgp.pmtech.com.br/planilha-processos-pmbok5/. Acesso em: dez. de 2016. Agora, para compreender melhor como funcionam os grupos de processo, assista à videoaula - Mudanças nas versões do PMBOK - que faz uma comparação sobre o que muda entre uma edição do PMBOK e outra. 52 Uniube Além disso, conforme já descrito anteriormente, para cada um dos processos, são demonstradas entradas, ferramentas, técnicas e saídas. Uma apresentação de cada uma delas está ilustrada na Figura 5, a seguir, que aponta as informações para as 9 áreas de conhecimento, da 5ª edição do PMBOK. Veja. PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO Entradas Ferramentas e técnicas Saídas IN IC IA Ç Ã O 4.1 Desenvolver o termo de abertura doprojeto O processo de desenvolver um documento que formalmen- te autoriza a existência de um projeto e dá ao gerente do projeto a autoridade necessária para aplicar recursos orga- nizacionais às atividades do projeto. Declaração do trabalho do projeto Opinião especiali- zada Termo de abertura do projeto Business Case Técnicas de facilita-ção Acordos Fatores ambientais da empresa Uniube 53 Ativos de processos organizacionais PL A N EJ A M EN TO 4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto O processo de definir, preparar e coordenar todos os planos auxiliares e integrá-los a um plano de gerenciamento de projeto abrangente. Termo de abertura do projeto Opinião especiali- zada Plano de Gerencia- mento do Projeto Saídas de outros pro- cessos Técnicas de facilita- ção Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacionais EX EC U Ç Ã O 4.3 Orientar e gerenciar o trabalho do projeto O processo de liderança e realização do trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto e implementação das mudanças aprovadas para atingir os objetivos do mesmo. Plano de gerenciamento do projeto Opinião especiali- zada Entregas Solicitações de mudança aprovadas Sistema de infor- mações do ger. de projetos Dados sobre o de- sempenho do trabalho EX EC U Ç Ã O Fatores ambientais da empresa Reuniões Solicitações de mu- dança Ativos de processos organizacionais Atualizações no plano de ger. do projeto Atualizações nos documentos do pro- jeto C O N TR O LE 4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto O processo de acompanhamento, análise e registro do pro- gresso para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento do projeto. Plano de Gerenciamento do Projeto Opinião especiali- zada Solicitações de mudança Previsões de cronogra- ma Técnicas analíticas Relatórios sobre o desempenho do trabalho 54 Uniube Previsões de custos Sistema de infor- mações do ger. de projetos Atualizações no plano de ger. do projeto Mudanças validadas Reuniões Atualizações nos documentos do pro- jeto Informações sobre o de- sempenho do trabalho C O N TR O LE 4.5 Realizar o controle integrado de mudanças O processo de revisar todas as solicitações de mudança, aprovar as mudanças e gerenciar as mudanças sendo feitas nas entregas, ativos de processos organizacionais, documentos do projeto e no plano de gerenciamento do projeto, e comunicar a disposição dos mesmos. Plano de gerenciamento do Projeto Opinião especiali- zada Solicitações de mu- dança aprovadas Relatórios sobre o de- sempenho do trabalho Reuniões Registro de mudan- ças Solicitações de mudança Ferramentas de con-trole de mudanças Atualizações no plano de ger. do projeto Fatores ambientais da empresa Atualizações nos documentos do pro- jeto Ativos de processos organizacionais EN C ER R A M EN TO 4.6 Encerrar o projeto ou fase O processo de finalização de todas as atividades de todos os Grupos de Processos de Gerenciamento do Projeto para encerrar formalmente o projeto ou a fase. Plano de Gerenciamento do Projeto Opinião especiali- zada Transição do produto, serviço ou resultado final Entregas aceitas Técnicas analíticas Atualizações nos ativos de processos organizacionais Ativos de processos organizacionais Reuniões Uniube 55 PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DO ESCOPO Entradas Ferramentas e técnicas Saídas PL A N EJ A M EN TO 5.1 Planejar o gerenciamento do escopo O processo de criar um plano de gerenciamento do escopo do projeto que documenta como tal escopo será definido, validado e controlado. Plano de gerencia- mento do projeto Opinião especializada Plano degerenciamento do escopo Termo de abertura do projeto Reuniões Plano de gerenciamento dos requisitos Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacionais PL A N EJ A M EN TO 5.2 Coletar os requisitos O processo de determinar, documentar e gerenciar as neces- sidades e requisitos das partes interessadas a fim de atender aos objetivos do projeto. Plano de gerencia- mento do escopo Entrevistas Documentação dos requisitos Plano de gerencia- mento dos requi- sitos Grupos de discussão Matriz de rastreabilidade dos requisitos PL A N EJ A M EN TO Plano de gerencia- mento das partes interessadas Oficinas facilitadas Termo de abertura do projeto Técnicas de criatividade em grupo Registro das partes interessadas Técnicas de tomada de decisão em grupo Questionários e pesqui- sas Observações Protótipos Benchmarking Diagramas de contexto Análise de documentos 56 Uniube PL A N EJ A M EN TO 5.3 Definir o escopo O processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do produto. Plano de gerencia- mento do escopo Opinião especializada Declaração do escopo do projeto Termo de abertura do projeto Análise de produto Atualizações nos docu- mentos do projeto Documentação dos requisitos Geração de alternativas Ativos de processos organizacionais Oficinas facilitadas PL A N EJ A M EN TO 5.4 Criar a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis. Plano de gerencia- mento do escopo Decomposição Linha de base do escopo Declaração do es- copo do projeto Opinião especializada Atualizações nos docu- mentos do projeto Documentação dos requisitos Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacionais C O N TR O LE 5.5 Validar o escopo O processo de formalização da aceitação das entregas con- cluídas do projeto. Plano de gerencia- mento do projeto Inspeção Entregas aceitas Documentação dos requisitos Técnidas de tomada de decisão em grupo Solicitações de mudança Matriz de rastreabi- lidade dos requi- sitos Informações sobre o de- sempenho do trabalho Entregas verifica- das Atualizações nos documento do projeto Dados sobre o desempenho do trabalho Uniube 57 C O N TR O LE 5.6 Controlar o escopo O processo de monitoramento do progresso do escopo do projeto e escopo do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo. Plano de gerencia- mento do projeto Análise de variação Informações sobre o de- sempenho do trabalho Documentação dos requisitos Solicitações de mudança Matriz de rastreabi- lidade dos requi- sitos Atualizações no plano de gerenciamento do projeto Dados sobre o desempenho do trabalho Atualizações nos documentos do projeto Ativos de processos organizacionais Atualizações nos ativos de processos organiza- cionais PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DO TEMPO Entradas Ferramentas e técnicas Saídas PL A N EJ A M EN TO 6.1 Planejar o gerenciamento do cronograma O processo de estabelecer as políticas, os procedimentos, e a documentação para o planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do cronograma do projeto. Plano de gerenciamento do projeto Opinião especia- lizada Plano de geren- ciamento do cronograma Termo de abertura do projeto Técnicas analí-ticas Fatores ambientais da empresa Reuniões Ativos de processos organizacio- nais 6.2 Definir as atividades O processo de identificação e documentação das ações específicas a serem realizadas para produzir as entregas do projeto. 58 Uniube PL A N EJ A M EN TO Plano de gerenciamentodo cro- nograma Decomposição Lista das ativi- dades Linha de base do escopo Planejamento em ondas sucessivas Atributos das atividades Fatores ambientais da empresa Opinião especia-lizada Lista de marcos Ativos de processos organizacio- nais PL A N EJ A M EN TO 6.3 Sequenciar as atividades O processo de identificação e documentação dos relaciona- mentos entre as atividades do projeto. Plano de gerenciamento do cro- nograma Método do dia- grama de prece- dência (MDP) Diagramas de rede do crono- grama do projeto Lista de atividades Determinação de dependência Atualizações nos documentos do projeto Atributos das atividades Antecipações e esperas Lista de marcos Declaração do escopo do projeto Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacio- nais PL A N EJ A M EN TO 6.4 Estimar os recursos das atividades O processo de estimativa dos tipos e quantidades de ma- terial, pessoas, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade. Plano de gerenciamento do cro- nograma Opinião especia- lizada Requisitos de recursos das atividades Lista das atividades Análise de alter-nativas Estrutura analíti- ca dos recursos Atributos das atividades Dados publica- dos para auxilio a estimativas Atualizações nos documentos do projeto Calendários dos recursos Estimativa “bottom-up” Uniube 59 Registro dos riscos Software de ge- renciamento de projetos Estimativas dos custos das ativi- dades Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacio- nais PL A N EJ A M EN TO 6.5 Estimar as durações das atividades O processo de estimativa do número de períodos de traba- lho que serão necessários para terminar atividades especí- ficas com os recursos estimados. Plano de gerenciamento do cronograma Opinião especiali- zada Estimativas de duração das atividades Lista de atividades Estimativa análoga Atualizações nos documentos do projeto PL A N EJ A M EN TO Atributos das atividades Estimativa para-métrica Requisitos de recursos das atividades Estimativas de três pontos Calendário dos recursos Técnicas de toma- da de decisão em grupo Declaração do escopo do projeto Análise de reser-vas Registro dos riscos Estrutura analítica dos recursos Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organiza- cionais 6.6 Desenvolver o cronograma O processo de análise das sequências das atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o modelo do cronograma do projeto. Plano de gerenciamento do cronograma Análise de rede do cronograma Linha de base do cronograma 60 Uniube PL A N EJ A M EN TO Lista de atividades Método do cami-nho crítico Cronograma do projeto Atributos das atividades Método da corren-te crítica Dados do cro- nograma Diagrama de rede do cronogra- ma do projeto Técnicas de otimi- zação de recursos Calendários do projeto Requisitos de recursos das atividades Técnicas de cria- ção de modelos Atualizações no plano de gerenciamento do projeto Calendários de recursos Antecipações e esperas Atualizações nos documen- tos do projeto Estimativa das durações das atividades Compressão de cronograma Declaração do escopo do projeto Ferramenta de cronograma Registro dos riscos Designações do pessoal do projeto Estrutura analítica dos recursos Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organiza- cionais C O N TR O LE 6.7 Controlar o cronograma O processo de monitoramento do andamento das atividades do projeto para atualização do seu progresso e gerencia- mento das mudanças feitas na linha de base do cronogra- ma para realizar o planejado. Plano de gerenciamento do projeto Análises de de- sempenho Informações so- bre o desempe- nho do trabalho Cronograma do projeto Software de gerenciamento de projetos Previsões de cronograma Dados sobre o desempenho do trabalho Técnicas de otimi- zação de recursos Solicitações de mudança Calendários do projeto Técnicas de de- senvolvimento de modelos Atualizações no plano de geren- ciamento do projeto Uniube 61 Dados do cronograma Antecipações e esperas Atualizações nos documentos do projeto Ativos de processos organiza- cionais Compressão do cronograma Atualizações nos ativos de processos orga- nizacionais Ferramenta de cronograma PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DOS CUSTOS Entradas Ferramentas e técnicas Saídas PL A N EJ A M EN TO 7.1 Planejar o gerenciamento dos custos O processo de estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação para o planejamento, gestão, despesas, e controle dos custos do projeto. Plano de gerenciamen- to do projeto Opinião especializada Plano de gerenciamen- to dos custos Termo de abertura do projeto Técnicas analíticas Fatores ambientais da empresa Reuniões Ativos de processos organizacionais PL A N EJ A M EN TO 7.2 Estimar os custos O processo de desenvolvimento de uma estimativa de custos dos recursos monetários necessários para terminar as atividades do projeto. Plano de gerenciamen- to dos custos Opinião especializada Estimativas de custos das atividades Plano de gerencia- mento dos recursos humanos Estimativa análoga Bases das estimativas Linha de base do escopo Estimativa paramétrica Atualizações nos docu- mentos do projeto Cronograma do projeto Estimativa “bottom-up” Registro dos riscos Estimativas de três pontos 62 Uniube Fatores ambientais da empresa Análise de reservas Ativos de processos organizacionais Custo da qualidade (CDQ) Software de gerencia- mento de projetos Análise de proposta de fornecedor Técnicas de tomada de decisão em grupo PL A N EJ A M EN TO 7.3 Determinar o orçamento O processo de agregação dos custos estimados de ativida- des individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base autorizada dos custos. Plano de gerenciamen- to dos custos Agregação de custos Linha de base dos custos Linha de base do escopo Análise de reservas Requisitos de recursos financeiros do projeto Estimativas de custos das atividades Opinião especializada Atualizações nos docu- mentos do projeto Bases das estimativas Relações históricas Cronograma do projeto Reconciliação dos limites de recursos financeiros Calendário dos recur- sos Registro dos riscos Acordos Ativos de processos organizacionais C O N TR O LE 7.4 Controlar os custos O processo de monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudan- ças feitas na linha de base dos custos. Plano de gerenciamen- to do projeto Gerenciamento do valor agregado Informações sobre o desempenho do tra- balho Requisitos de recursos financeiros do projeto Previsão Previsões de custos Dados sobre o desem- penho o trabalho Índice de desempenho para término (IDPT) Solicitações de mu- dança Uniube 63 Ativos de processos organizacionais Análise de desempe- nho Atualizações no plano de gerenciamento do projeto Software de gerencia- mento de projetos Atualizações nos documentos do projeto Análise de reservas Atualizações nos ativos de processos organizacionais PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DA QUALIDADE Entradas Ferramentas e técnicas Saídas PL A N EJ A M EN TO 8.1 Planejar o gerenciamento da Qualidade O processo de identificação dos requisitos e/ou padrões da qualidade do projeto e suas entregas,
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