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Pneumonia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Pneumonias 
Alunos: Igor Diuliano Ferreira Martins, Jessé Castelo Souza Santana, Jhade Cordeiro e Natalia Pelegrini 
Professora: Ilza Maria Guedes Torquato Paredes
Disciplina: FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 1
Pneumonia 
(KLIEGMAN et al 2006)
Há um processo inflamatório que é a resposta do hospedeiro ao agente agressor
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Infecção 
Infecção do trato respiratório inferior
Bactérias, fungos, vírus e parasitas.
compromete as vias aéreas e o parênquima
Com ou sem consolidação dos espaços alveolares
(KUMAR, ABBAS e FAUSTO, 2010)
BRONCOPNEUMONIA
 Implica um padrão de distribuição inflamatório focal que geralmente envolve mais de um lobo resultando em uma infecção inicial dos brônquios e bronquíolos com extensão para os alvéolos adjacentes
PNEUMONIA LOBAR
 Os espaços aéreos contíguos de parte ou totalidade de um lobo estão homogeneamente preenchidos por um exsudato que pode ser visualizado em radiografias como consolidações segmentares
FISIOPATOLOGIA
Os mecanismos de defesa não estão funcionando corretamente 
 Uma grande quantidade de bactérias é inalada sobrecarregando as defesas normal
Ocorre a entrada de um organismo particularmente infeccioso
(KUMAR, ABBAS e ASTER, 2013).
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MECANISMOS DE DEFESA 
(SANTOS 1998)
se houver aderência do agente ao epitélio, pode haver colonização da via aérea, isto é, a presença do microorganismo no epitélio/mucosa, sem evidências de
efeitos adversos ou de reações do hospedeiro, fato que predispõe à infecção
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1. Filtração aerodinâmica
2. Mucosa e epitélio da naso e orofaringe.
Faz com que o microrganismo seja deglutidos, ou eliminados na expiração.
MECANISMOS DE DEFESA 
(SANTOS 1998)
 componentes celulares (MACRÓFAGOS E NEUTRÓFILOS) 
COMPONENTES FUNCIONAIS DO AMBIENTE ALVEOLAR (IMUNOGLOBULINAS, COMPLEMENTO E SURFACTANTE)
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3. Depuração mucociliar
4. Tosse 
Aprisionamento do agente no muco e a sua eliminação através da vibração ciliar.
5. COMPONENTES CELULARES e COMPONENTES FUNCIONAIS DO AMBIENTE ALVEOLAR
MECANISMOS DE DEFESA 
(SANTOS 1998)
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ADERÊNCIA DO AGENTE AO EPITÉLIO
COLONIZAÇÃO DA VIA AÉREA
INFECCÇÃO
AGENTE ETIOLÓGICOS
O patógeno não é identificado em até 60% dos casos de pneumonia, mas o conhecimento do perfil etiológico das pneumonias é indispensável para orientar a terapêutica.
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Bacterianas 
Streptococcus pneumoniae
Virais 
Haemophilus influenzae
Fúngicas 
Paracoccidioides brasiliensis
Alérgica
Não infecciosas 
Tóxica
 Neoplásica 
Aspiração
Corona Vírus 
EPIDEMIOLOGIA
PAC-11,8% das internações na região Sudeste em 2007.
No Brasil em 2007 ocorreu aproximadamente 733.209 internações por pneumonias;
A pneumonia por aspiração → estima-se que cerca de 50% dos adultos e 70% dos idosos, apresenta aspiração durante o sono.
QUADRO CLÍNICO
PNEUMONIA 
O quadro clínico é semelhante, independente do agente etiológico
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Febre alta
Dor torácica pleurítica
Taquidispneia com diminuição da expansibilidade respiratória
Mal-estar generalizado
Fraqueza e desânimo
Tosse seca ou purulenta
 Secreção de muco purulento.
Aumento do FTV 
 Macicez à percussão
Murmúrio vesicular preservado no local
 Presença de crepitos. 
FATORES DE RISCO PARA PNEUMONIA
 Pós cirúrgia 
 Trauma torácico
Paciente com sistema imunológico comprometido
Diabetes
 Insuficiência cardíaca
 Idade mais avançada 
 Doença pulmonar obstrutiva crônica 
(GOMES 2001)
TABAGISMO
FATORES DE RISCO PARA PNEUMONIA
(GOMES 2001)
Compromete a limpeza mucociliar 
Atividade de macrófagos pulmonares
FATORES DE RISCO PARA PNEUMONIA
(GOMES 2001)
Álcool 
Prejudica os reflexos da tosse e epiglote.
Interfere na mobilização de neutófilos e quimiotaxia. 
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE 
PAC
Streptococcus pneumoniae 	
Haemophilus influenzae 	
Moraxella catarrhalis 	
Staphylococcus aureus 	
Legionella pneumophila 	
Enterobacteriaceae (Klebsiella pneumoniae) e Pseudomonas spp. 	
(KUMAR, ABBAS e FAUSTO, 2010)
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE 
Streptococcus.Pneumoniae
Agentes encontrados na comunidade 
TODAS as faixas etárias
 Elevada morbidade e mortalidade.
11,8% das internações na região sudeste em 2007 no sistema único de saúde 
(KUMAR, ABBAS e ASTER, 2013).
Pneumonias Adquiridas em Hospital
Pneumonias Adquiridas em Hospital
(KUMAR, ABBAS e ASTER, 2013)
Adquiridas durante a internação hospitalar
comuns em pacientes hospitalizados portadores de alguma patologia anterior grave
Pacientes  imunossuprimidos
Pacientes que necessitam de ventilação mecânica 
Pneumonia + ventilação mecânica. 
	
Microbiota oral anaeróbia (Bacteroides, Prevotella, Fusobacterium, Peptostreptococcus) 
Misturados a bactérias aeróbias (S. pneumoniae, S. aureus, H. Influenzae e Pseudomonas aeruginosa) 	
	
Pneumonia por Aspiração 
(KUMAR, ABBAS e ASTER, 2013)
episódio de convulsão
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Pacientes debilitados 
Estado de inconsciência
Reflexos de deglutição anormais
Aspiram conteúdo gástrico
Origem química e bacteriana 
Opacidade alveolar no lobo inferior direito, e seio costofrênico pouco visível
CURB-65: 3 pontos, indicação de internação
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PAC
Streptococcus pneumoniae 
Perfil demonstram uma consolidação no segmento lateral do lobo médio do pulmão direito.
Radiografia de tórax em PA mostrando consolidação alveolar em lobos inferiores esquerdo e direito devido a uma infecção por S. pneumoniae.
Radiografia de tórax em PA demonstrando um envolvimento intersticial difuso periférico e bilateral.
A → condensação de padrão alveolar no terço superior do pulmão direito com retração da cissura
B → sete dias após antibiótico
RX
RX
C → 15 dias após tratamento com antibiótico de largo espectro
Adquirida a partir de infecções do trato respiratório por vírus.
Anormalidade nas trocas gasosas a nível alveolar, acompanhada por inflamação do parênquima pulmonar.
Podem acometer o trato respiratório baixo, causando bronquiolite, bronquite e pneumonia.
Alguns vírus têm causados casos graves de pneumonias, que levam à insuficiência respiratória e alta letalidade no mundo inteiro.
(Filho, 2016)
Pneumonias  
Virais
COVID-19
 alfa coronavírus HCoV-229E 
 alfa coronavírus HCoV-NL63
 beta coronavírus HCoV-OC43 
 beta coronavírus HCoV-HKU1
 SARS-CoV (causador da síndrome respiratória aguda grave ou SARS)
 MERS-CoV (causador da síndrome respiratória do Oriente Médio) 
 SARS-CoV-2
Epidemiologia do COVID-19
MINISTÉRIO DA SAÚDE
18 DE JUNHO 2020
978.142 CASOS CONFIRMADOS
47.748 ÓBITOS
BRASIL
482.102 INDIVÍDUOS RECUPERADOS.   
QUADRO CLINICO 
Febre
Tosse seca 
Dificuldade para respirar 
Dor na Garganta 
Coriza 
Quadro Clinco Grave 
Infecção do trato respiratório inferior pneumonia
Síndrome respiratória aguda grave
Insuficiência renal 
Óbito
DIAGNÓSTICO
 DO COVID-19
Presença ou ausência do material genético (RNA) do coronavírus sars-cov2 a partir da amplificação de 2
regiões do gene do nucleocapsídeo (N) viral do sars-cov-2.	
Em caso de resultado positivo, é necessário o exame confirmatório conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.
DIAGNÓSTICO
 DO COVID-19
Swab de nasofarínge
1-insira um cotonete na narina paralelamente ao palato. 
2-swab deve atingir profundidade igual à distância entre as narinas e a abertura externa da orelha. 
3-Deixe o cotonete no local por alguns segundos para absorver as secreções.
4- Remova lentamente o cotonete girando em 360º.
RELATO DE CASO
Mulher, 59 anos. 
RT-PCR positivo, sem contaminação simultânea
Leucopenia, com 4,1 × 109/L, linfopenia com 0,8 × 109 / L, nível apenas ligeiramente aumentado de PCR, com 18,4 mg / L e baixo nível de procalcitonina, com 0,01 ng / mL. 
(HUYUT, 2020)
Figura 1 – Imagens axiais de TC. (A-B): Na hospitalização, a TC mostra a presença bilateral de GGO leve no parênquima. (C-D): No dia 6, uma TC de repetição foi consistente com a crescente expansão dos GGOs e com as consolidações em andamento, chamadas de “pavimentação em mosaico”. (E-F): No dia 12, umaTC de repetição mostrou que as consolidações anteriores e GGOs em ambos os pulmões tinham sido absorvidos em sua maioria, deixando lesões fibrosas que podem indicar pneumonia residual em organização. TC: tomografia computadorizada, GGOs: opacidades em vidro fosco. 
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Estudo Randomizado: grupo controle com DEXAMETASONA x 
grupo controle
Dose: 6mg de dexametasona via oral ou endovenosa 1x/dia por 10 dias
 33,3% redução de mortalidade (paciente com COVID-19 em ventilação mecânica)
20% redução de mortalidade (pacientes com necessidade de oxigênio e sem ventilação mecânica)
*sem diferença em pacientes que não necessitam de oxigênio.
Sociedade Brasileira de Infectologia: todo paciente com COVID-19 em ventilação mecânica e que necessitam de oxigênio fora da UTI devem receber esse tratamento
Referências 
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. J Bras. Pneumol. 2006. Disponível:  <https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v32s7/02.pdf > Acessado: 08 junho 2020.
ARAUJO-FILHO, J.A.B. et al. Pneumonia por COVID-19: qual o papel da imagem no diagnóstico? J. bras. pneumol. vol.46 no.2 São Paulo  2020  Epub Mar 27, 2020. ISSN 1806-3756.
BRASIL, Ministério da Saúde. Asma: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível: <https://saude.gov.br/saude-de-a-z/asma> Acesso 08 junho 2020
BRASIL, Ministério da Saúde. Doenças Respiratórias Crônicas. Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica, n. 25. Brasília, DF, 2010.
BUSTOS M.E.F. BRONQUIECTASIAS. Disponível: <https://www.sbct.org.br/wp-content/uploads/2015/04/bronquiectasias.pdf> Acessado: 09 junho 2020.
CAMPOS H.S. Asma: suas origens, seus mecanismos inflamatórios e o papel do corticosteroide. Rev. Bras. Pneumol. Sanit 2007; Disponível: <http://scielo.iec.gov.br/pdf/rbps/v15n1/v15n1a07.pdf> Acessado: 08 junho 2020.
CUNHA, C.S; REZENDE, F; MELO, J.B. Doença pulmonar obstrutiva crônica associada ao uso do tabaco. Saberes Interdisciplinares, n. 25, p. 61-69, janeiro-junho 2020
DIAS, F.L.T. et al. Doenças respiratórias no Triângulo Mineiro: Análise epidemiológica e projetiva com a pandemia de COVID-19. J. Health Biol Sci. 2020;8(1):1-6. DOI: 10.12662/2317-3219jhbs.v8i1.3206.p1-6.2020.
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FILHO, G.B. Bogliolo Patologia. 9. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
KAWANO-DOURADO, L; KAIRALLA, R.A; CARVALHO, C.R.R. Fibrose Pulmonar Idiopática: Uma Atualização. Pulmão RJ 2013;22(1):33-37.
KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; ASTER, J.C. Robbins. Patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Referências 
 
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LIMA, C.M.A.O. Informações sobre o novo coronavírus (COVID-19). Radiol Bras vol.53 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2020. Epub Apr 17, 2020. ISSN: 1679-7099.
MASCARENHA et al. Sintomas de asma e fatores associados em adolescentes de Salvador, Bahia. REV BRAS EPIDEMIOL JAN-MAR 2016; 19(1): 181-193. Disponível: <https://www.scielosp.org/pdf/rbepid/2016.v19n1/181-193/pt>  Acessado: 08 junho 2020.
PEREIRA et al. Consenso brasileiro sobre bronquiectasia não fibrocísticas. J Bras. Pneumol. 2019 Disponível: <https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v45n4/pt_1806-3713-jbpneu-45-04-e20190122.pdf> Acessado: 09 junho 2020.
SANTOS, D.B. et al. Cuidados de enfermagem á pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC. Unicatólica; 2019. ISSN: 2448-1203
TAMINATO, M. et al. Máscaras de tecido na contenção de gotículas respiratórias – revisão sistemática. Acta Paul Enferm. 2020:eAPE20200103. DOI: 10.37689/acta-ape/2020AR0103.
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