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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS PELO DOCENTE NO ENSINO DO EMPREENDEDORISMO NO CONTEXTO ESCOLAR NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS PELO 
DOCENTE NO ENSINO DO EMPREENDEDORISMO NO CONTEXTO 
ESCOLAR NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. 
 
 
SANTOS, Jaqueline Maiara Martins dos1 
OLIVEIRA, Járede Sousa Barros de 2 
ROVANI, Iolanda Gouveia3 
 
Resumo: 
 
O presente artigo está relacionado a uma pesquisa para identificar as práticas pedagógicas 
desenvolvida pelo docente no ensino do empreendedorismo nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. 
O empreendedorismo é um campo de estudo que pode ser trabalhado em qualquer nível de 
escolaridade. Com intuito de formar indivíduos protagonistas, criativos, autônomos, persistentes e 
reflexivos. Tem como objetivo identificar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor no 
ensino do empreendedorismo nos anos iniciais do ensino fundamental. A metodologia aplicada, para o 
presente artigo foi do tipo quantitativa e abordagem descritiva com elaboração de uma pesquisa de 
campo e entrevista, na obtenção os resultados da mesma por meio da aplicação de um questionário 
quantitativo fechado para obtenção dos dados. As discussões dos resultados levaram a percepção de 
que existe uma fragmentação teórica no processo de ensino-aprendizagem referente às abordagens 
do ensino do empreendedorismo presentes às práticas docentes nas series iniciais do ensino 
fundamental. 
 
Palavras-chave: empreendedorismo. professor. práticas. ensino. 
 
 
Abstract: 
 
This article is related to a research to identify the pedagogical practices developed by the professor in 
the teaching of entrepreneurship in the Early Years of Elementary School. Entrepreneurship is a field of 
study that can be worked at any level of education. In order to form protagonist, creative, autonomous, 
persistent and reflective individuals. Its objective is to identify the pedagogical practices developed by 
the teacher in the teaching of entrepreneurship in the early years of elementary school. The 
methodology applied, for the present article, was quantitative type and descriptive approach with 
preparation of a field research and interview, in obtaining the results of the same through the application 
of a closed quantitative questionnaire to obtain the data. The discussions of the results led to the 
perception that there is a theoretical fragmentation in the teaching-learning process related to the 
approaches of entrepreneurship teaching present to teaching practices in the initial grades of elementary 
school. 
 
Keywords: entrepreneurship. teacher. practices. teaching. 
 
 
1 Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Balsas - UNIBALSAS. Linha de Pesquisa. 
E-mail: jackelinevip.martins123@gmail.com 
2 Professor Orientador do Grupo de Pesquisa linha 2 do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de 
Balsas - UNIBALSAS. E-mail: jaredesousa@ymail.com. 
3 Professor Orientador do Grupo de Pesquisa linha 2 do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de 
Balsas - UNIBALSAS. E-mail: iolanda38rovani@hotmail.com. 
 
2 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo mostra o resultado da pesquisa acerca das práticas 
pedagógicas desenvolvidas pelo professor no ensino do empreendedorismo no 
contexto escolar nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Dolabela (2003), destaca 
o empreendedorismo na escola e para a sociedade como um fator essencial na 
construção da identidade dos sujeitos, para o autor, por meio das práticas de 
empreender o discente terá a possibilidade de desenvolver características 
empreendedoras como, autoconhecimento, autoestima, criatividade, protagonistas e 
persistentes, que contribuíram para a vida pessoal, profissional e social. 
O artigo teve como objetivo conhecer o conceito de empreendedorismo as 
práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor no ensino de empreender nos 
Anos Iniciais do Ensino Fundamental a fim de identificar as práticas pedagógicas de 
empreender do docente, assim, contribuindo de forma significativa no ensino e na 
aprendizagem do aluno no espaço educativo. 
O interesse do tema deste artigo foi escolhido a partir de trabalhos realizados 
em escola da rede pública com alunos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e 
trabalhos apresentados em forma de artigo científico, no qual proporcionou interesse 
em desenvolver esta pesquisa em escola da rede privada com os professores que 
trabalha o ensino do empreendedorismo, para conhecer suas práticas realizadas em 
sala de aula. 
No decorrer do trabalho será apresentado o conceito do empreendedorismo 
e contexto histórico do termo, mostrará a importância do mesmo na Educação Básica 
e as metodologias que o professor utiliza na sala de aula com os alunos e a 
metodologia que foi utilizado para a realização da pesquisa a partir de pontuações 
teóricas, com autores que discutem a respeito do empreendedorismo na educação. 
Após será feito uma descrição do resultado da pesquisa das práticas pedagógicas 
utilizadas pelo docente nas práticas pedágogicas de empreender e as considerações 
finais do artigo. 
 
 
3 
 
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DO EMPREEENDEDORISMO 
 
 
 Para compreender sobre o ensino de empreender é necessário conhecer 
conceitos e contexto histórico da palavra empreendedorismo. Diante das 
transformações, em que a sociedade tem passado, com a criação de tecnologias, que 
mudaram o estilo de vida da pessoas, percebe-se as contibuições do 
empreendedorismo no mundo atual. É importante ressaltar definições do 
empreendedorismo por alguns teóricos que já discutiram sobre o assunto. 
Durante a Revolução Industrial a palavra empreendedor para Chiavenato 
(2004), é derivada da palavra francesa entrepeneur, que significa “aquele que está 
entre” ou “intermediário”, onde foi usada pela primeira vez pelo economista irlandês 
Richard Cantillon para definir o indivíduo que assumia riscos. 
O Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE (2007, 
p.15), define o “empreendedorismo como processo de criar algo novo com valor, 
dedicando o tempo e o esforços necessários, assumindo os riscos financeiros, 
psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da 
satisfação e independência econômica e pessoal”. A partir dessa definição é possível 
perceber a relação do termo com o ambiente empresarial, ligando a satisfação das 
necessidades com a disposição para enfrentar riscos, explorando oportunidades e 
curiosidades de desenvolver algo com inovação e criatividade. 
Segundo Dornelas (2001) a definição do empreendedorismo “é o envolvimento 
de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em 
oportunidades”. Empreendedores são pessoas que colocam seus objetivos em 
práticas. Com isso Chiavenato (2007, p.05), define o termo empreendedor, “como uma 
pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma ideia, ou projeto pessoal 
assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”. Pessoas capazes 
de realizarem ações inovadores. 
Com essas definições sobre o empreendedorismo, percebe-se a relações dos 
autores nas definição do termo, que são pessoas que se ariscam, pessoas que 
desejam algo novo, então encontram-se algumas características referentes ao 
 
4 
 
empreendedor, como: autoconfiança, autonomia, inovação, criatividade, para 
transformar o ambiente social, coragem para assumir riscos e acertos. 
Segundo Stockmanns (2015), o termo empreendedorismo se originou no 
século XVII e XVIII, na época da Revolução Industrial, que houvem constantes 
mudanças em curtos períodos de tempos no capitalismo, houve as construções das 
máquinas a vapores, no período das navegações na necessidade de ampliar a 
capacidade de produção, visando o processo da economia, as presenças das 
tecnologias estavam conquistando espaço e percebeu-se que por trás das 
construções dessas ideias tinham sujeitos que possuíam características inovadoras, 
visionárias, questionadoras, autônomas, etc. pessoas que queriam algo novo, seres 
empreendedores.Segundo Antunes (2007), o estilo de produção que eram utilizados pelos 
empreendedores no século XX, focavam em produzir mais produtos, para gerar 
lucros, produção em série, em que se fabricam elevadas quantidades de produtos 
semelhantes. A produção passou então a ser mais flexível com uso das maquinas, 
valorizando a produção regional e artesanal com trabalho padronizado, com isso, 
surgiu novas e pequenas empresas. Com as modificações tecnológicas no século XX, 
trouxeram novos desafios para a sociedade, após o surgimento das mesmas passou 
então a valorizar as competências e habilidades humanas como processo essencial 
na relação do trabalho. 
Conforme Stockmanns (2015), percebeu-se que houve casos de desempregos 
no seculo XX, por se tratar de mudanças na forma de trabalho, o estilo tradicional, 
onde as pessoas utilizavam o esforço braçal, já não foram mais usados, onde os 
trabalhadores faziam o trabalho duro, que agora utilizam as máquinas nesse processo 
de produção, pois, o modelo do século XX, exigia pessoas preparadas para 
desenvolver atividade com o uso das tecnologias e as mesmas eram focadas nas 
vendas e prestação de serviços. 
Assim, o termo empreendedorismo vêm se modificando até nos dias atuais com 
autores discutindo sobre o assunto. Com o avanço das tecnologias que facilitaram na 
produção de massa e no crescimento financeiro do capital , os empreendedores foram 
 
5 
 
vistos como pessoas que assumem riscos, que sempre buscam algo novo, seres 
criativos e autônomos. 
Segundo Dornelas (2008), o empreendedorismo no Brasil começou a ganhar 
importância e a ser estudado como fator essencial para a economia local a partir dos 
anos de 1990, quando entidades como Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e 
Pequenas Empresas — SEBRAE e o Sociedade Brasileira para Exportação de 
Software — SOFTEX, junto com o governo federal, deram apoio a esse termo dando 
suporte as pessoas que necessiavam montar uma empresa. O SEBRAE colaborava 
com informações e incentivos aos pequenos empresários brasileiros, para tentarem 
se tornar um empreendedor, que criam coragem e atitudes necessárias. Também 
ofereceria suporte necessário para a abertura de uma empresa, de acompanhar por 
meio de consultorias o andamento, ajudando nas soluções de pequenos problemas 
do negócio. Ainda ajudavam na divulgação de cultura empreendedora nas 
universidades brasileiras, promovendo desafio com competição entre acadêmico de 
várias faculdades/universidades nacionais, que tinha como objetivo, administrar uma 
empresa virtual. A SOFTEX trabalhava com o mercado de software, tornando mais 
fácil a exportação e incentivando a produção nacional, desenvolvendo as empresas 
existentes e conduzir para novas aberturas de empresa. Esse trabalho acontecia por 
meio de projetos de capacitação em gestão e tecnologia dos empresários da empresa. 
Em relação a educação, foram criandos meios para implementar as práticas de 
empreendedorismo nas escolas. Segundo Dolabela (2008), o primeiro ensino do 
empreendedorismo foi inalgurado por um curso de empreendedorismo no Brasil que 
iniciou em 1981, na Escola de Administração de Empresas Getúlio Vargas, em São 
Paulo e com o passar do tempo foi ganhando espaço e aderido pelo país. Percebe-se 
que, o ensino do empreendedorismo tem pouco tempo de existencia na educação 
básica. 
No Brasil existem diversos sujeitos, que buscam se tornarem empreendedores, 
e esta cultura interfere de modo significativo na economia do capitalismo, sendo uns 
dos fatores principais e responsável pelo crescimento do capitalismo, visando o 
aumento das ofertas de empregos, promovendo o crescimento do capital financeiro 
e formando sujeitos autônomos, criativos e visionários. 
 
6 
 
2.2 A importância do ensino do empreendedorismo na Educação Básica 
e as práticas pedagógicas de ensino 
 
 O ensino de empreendedorismo vem sendo discutido nas instituições 
educacionais públicas e privadas como fator essencial, tanto no nível da educação 
básica, como em cursos superiores e profissionalizantes. Conforme documento 
disponível no portal eletrônico do Ministério da Educação – MEC, com o título 
“Educação Econômica e Empreendedorismo na educação Pública: promovendo o 
protagonismo infanto-juvenil”, a implantação nos currículos escolares da disciplina de 
empreendedorismo, no sistema educacional, tem sido apresentada como uma 
ferramenta importante e também como forma de iniciativa positiva para o incremento 
da empregabilidade e, com possibilidade à construção do desenvolvimento social e 
econômico nos países. 
De acordo com o documento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 
de 1996 que discute sobre o empreendedorismo na escola: 
A LDB Deseja uma escola democrática e participativa, autônoma e 
responsável, flexível e comprometida, atualizada e inovadora, humana e 
holística. Esses princípios contidos nos seus artigos vão encontrar 
concordância com os princípios norteadores do empreendedorismo. Tanto as 
definições iniciais como as atualizadas do empreendedorismo exigem do 
empreendedor comportamento quanto os definidos pela LDB. Conclui-se que 
a LDB quer uma escola empreendedora. 
 
 Deste modo percebe-se que a educação empreendedora tem um papel 
importante na educação no que se refere construção de identidade humana, e 
também contribue em desenvolver e despertar atitudes como liderança, perseverança, 
autonomia, coragem, comprometimento, capacidade de se adaptar a novas situações 
e buscar soluções ou habilidades que vão contribuir na sociedade contemporânea. 
 Dolabela (2003, p. 130), afirma como o empreendedorismo pode contribuir na 
educação e a função do mesmo: 
A tarefa da educação empreendedora é principalmente fortalecer os valores 
empreendedores na sociedade. É dar sinalização positiva para a capacidade 
individual e coletiva de gerar valores para toda a comunidade, a capacidade 
de inovar, de ser autônomo, de buscar a sustentailidade, de ser protagonista. 
 
 
7 
 
 A escola pode ser um espaço em que o professor orienta os alunos para que 
possam desenvolver características empreendedoras como autoconhecimento, 
autoconfiança e autoestima, preparando os alunos na construção do conhecimento 
para atuarem em novos ambientes, sendo ele o mundo do trabalho e na sociedade. 
Neste sentido percebe-se que o ensino do empreendedorismo é importante para 
garantir uma sociedade que valoriza a coletividade. 
Assim o empreendedorismo na escola é fundamental na constituição dos 
sujeitos para atuarem em diferentes cenarios e da mesma forma como emerge para 
a construção da sociedade, no entanto “a Educação Empreendedora deve começar 
na mais tenra idade, porque diz respeito à cultura, que tem o poder de induzir ou de 
inibir a capacidade empreendedora” (DOLABELA 2003. p. 15). O ensino do 
empreendedorismo deve ser trabalhado desde anos inicias na escola, por ser a fase 
em que a criança está em constante formação, sabendo escolher o que deseja seguir 
e podendo ser influenciada de forma positiva nas suas escolhas para o futuro. 
Portanto, cabe ao docente desenvolver e despertar na criança a cultura 
empreendedora que pode ser adquirido desde dos primeiros anos de escolaridade 
do sujeito. 
 A Constituição da República Federativa do Brasil – CF, no seu artigo 205, prevê 
a “educação como direito de todos e garantia do pleno desenvolvimento da pessoa, 
do exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. A escola é um espaço onde 
o ser, tem o direito de se preparar para construir seus projetos de vida, e ter a 
qualidade de ensino, pois, é necessário que a instituição promova ações que os alunos 
possam desenvolver para desenvolver formação intelectual e moral, sem uma 
educação de qualidade o discente terá a possibilidade de ver seus sonhos frustrados. 
 De acordo com a Lei 9.394 (BRASIL, 1996), uma das finalidades da educação 
é “o aprimoramento do educando como pessoa humana,incluindo a formação ética e 
o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. Neste sentindo 
a educação tem função de formar seres humanos críticos e reflexivos e responsáveis. 
 O autor Dolabela, (2003, p. 31), destaca a importância de desenvolver atitudes 
que possam contribuir para o coletivo: 
 
8 
 
 
Educar quer dizer evoluir sem mudar as nossas raízes; pelo contrário, 
reconhecendo e ampliando as energias que dela emanam. È também 
despertar a rebeldia, a criatividade, a força da inovação para construir um 
mundo melhor. Mas é principalmente construir a capacidade de cooperar, de 
dirigir energias para a construção do coletivo. 
 
 
 O docente tem um importante papel na educação e na sociedade, por meio do 
ensino de empreeender, o discente tem a possibilidade de construir características 
positivas, que vão ser necessária para a construção da formação da sua identidade, 
cidadania, provocar o senso crítico e reflexivos dos mesmos, fazendo compreender a 
realidade que vive e entender as múltiplas mudanças que ocorre por meio do 
empreendedorismo, tanto na vida pessoal, como no capitalismo. 
 Dolabela (2003, p. 104), também trata sobre o ensino do empreendedorismo 
ao afirmar que “a tarefa do professor será criar o ambiente em que o aluno irá 
aprender”, dependendo da necessidade dos discentes, do espaço físico, o docente 
tem a possibilidade de adaptar-lo e montar estratégias para serem trabalhadas em 
sala de aula, sendo assim, cabe o docente planejar aulas verificando quais as 
dificuldades dos alunos e o que devem serem feitos para que os mesmos consigam 
aprender. 
 As principais necessidades do professor para as práticas de ensino para o 
empreendedorismo no contexto escolar segundo Stockmanns, (2015, p. 23) “é de 
construir novos valores positivos em uma sociedade heterogênica com uma 
diversidade cultural”. Percebe-se o professor empreendedor no seu trabalho 
pedagógico em sala de aula, estará diante de uma tarefa de desenvolver identidades 
humanas, com naturezas próprias, visão de mundo diversos e de construir uma 
sociedade com valores éticos, e, não somente de transferir conhecimentos, 
 Uma das alternativas apresentas para a solução dessas necessidades citada 
anteriormente conforme Stockmanns (2015, p. 25): 
É educar as futuras gerações para o espírito empreendedor. Não se trata aqui 
de criar novas disciplinas, no âmbito curricular da escola, e, sim tomada de 
atitudes, metodologias que propiciem e favoreçam a construção do 
conhecimento, estimulem a criatividade, insiram os alunos no contexto social 
com ações de pesquisa de campo e discutindo alternativas ou ampliação de 
 
9 
 
ações voltadas para o contexto real e o conhecimento científico de cada área 
do conhecimento do currículo escolar. 
 
 Com isso o ensino do empreendedorismo é um fenômeno cultural que relaciona 
o processo educacional na formação de novas gerações, viabilizando na formação de 
sujeito que conhece a si mesmo, suas habilidades e competências, capaz de criar e 
enfrentar a realidade social e econômica, ou seja, que possa enfrentar e criar diversas 
formas de garantir sua subsistência e favorecendo na construção do conhecimento. 
 Para Dolabela (2003), no ensino do empreendedorismo o professor deve 
utilizar linguagens claras e simples na comunicação dos conteúdos, que contribuirá 
na construção de conhecimento pelo próprio aluno, com perguntas iniciais: “Qual é 
seu sonho e como você vai realizá-lo?”. Com isso potencializa o discente para que ele 
perceba as condições possíveis para a sua realização. 
 A autora Stockmanns (2015, p.45) também ressalta essas questões iniciais 
para as práticas de ensino de empreender: 
A partir disto, o professor orientador deverá iniciar a aula com os seguintes 
questionamentos: qual é o seu sonho? Fruto das temáticas, o professor pode 
levantar problematizações como: o que gosta? Ou, o que te traz o sentimento 
de auto realização, de felicidade? E o que necessita para ser feliz? Como 
segunda etapa, o professor pode pedir aos alunos, que, a partir da oralidade 
ou por escrito ou mesmo em forma de desenhos, demonstrem os seus 
sonhos. 
 
 É importante que o professor planeje aulas que irão despertar o interesse dos 
alunos para buscarem informações e apontar quais seus objetivos e como desejam 
realizá-los, sentir o prazer de aprender, de participar, discutir, indagar, com o objetivo 
de formar seres capazes para atuarem de forma autônoma, com criatividade, 
persistência, com atitudes, desenvolver as características empreendedoras, que irão 
contribuir para a vida profissional, pessoal, social e na economia do país. 
 Neste sentido Dolabela (2008, p.16) destaca a importância de o professor 
planejar aulas de acordo com a necessidades dos alunos, “a sala de aula se 
transforma em um ambiente em que os alunos geram os conhecimentos de que irão 
necessitar para empreender, diferentemente do ensino convencional, em que o 
conhecimento é transmitido pelo professor”. Cabe ao professor criar e encontrar 
métodos para que o aluno desperte o interessar em aprender, dessa forma o professor 
desempenhará um papel importante no ensino, sendo o orientador e facilitador do 
 
10 
 
conhecimento, cuja função é mediar os alunos na construção de uma nova forma de 
pensar. Em vez da simples transmissão de informações, permitir quer os alunos 
desenvolvam e estimulam a aprenderem a aprender, a aprenderem como pensar em 
termos de empreendedores. 
 O docente tem possibilidade de desenvolver atividades que envolvam o 
trabalho em grupo, assim o aluno terá possibilidade de desenvolver a comunicação, 
interação, liderança, confiança, segundo Perpétuo e Gonçalves (2005), o trabalho em 
grupo constitui um valioso instrumento educacional que pode ser utilizado como 
prática no ensino-aprendizagem. Quando são trabalhadas as dinâmicas, interação, 
comunicação, a cooperação entre as pessoas, o professor estará optando por uma 
educação que valoriza tanto a teoria quanto a prática e considerando importante todos 
os envolvidos neste processo como sujeitos. Em relação a isso a autora Riess (2010), 
diz que o grupo tem como fator essencial a orientação, o esclarecimento, o apoio, a 
proteção e a ajuda, para trabalhar em grupo. 
 Algumas sugestões de ações que podem ser desenvolvidas para o ensino do 
empreendedorismo, conforme Henrique e Cunha (2008) enfatiza as características de 
se empreender não segue os princípios tradicionais de educação e adotam 
metodologias de formas diversas no processo de ensino-aprendizado, tais como: 
solucionar problemas, interagir com outras pessoas por meio de trocas com o 
ambiente, trabalhar, refletir sobre as técnicas empreendedoras, tomada de decisão, 
aproveitar oportunidade, aprender com os próprios erros e pelo feedback. Assim os 
sujeitos desenvolvem a capacidade de refletirem sobre suas ações. 
 O docente, ao realizar atividades que possam contribuir na construção 
da compreensão dos conteúdos dos alunos, nas práticas de empreender onde 
poderão desenvolver dinamicamente sua própria metodologia didática. 
Conforme Dolabela (2003, p. 109): 
 
Eliminar, sempre que possível, aulas expositivas, adotando estratégias que 
representem a realidade que se quer abordar. A utilização intensiva de 
recursos teatrais, jogos, filmes, notícias, dinâmicas, biografias, depoimentos 
em sala de aula, trarão vida aos encontros, descortinando ricas 
oportunidades de aprendizagem. Apoiar a inserção transversal do conteúdo 
empreendedor, fazendo com que os diversos conteúdos curriculares, em 
todas as séries, explicitem os seus vínculos com o saber empreendedor. 
 
11 
 
Utilizar a pergunta como estímulo ao entendimento e a compreensão: evitar 
dar respostas. 
 
 Essas práticas despertam os interesses dos alunos em aprender, tornando as 
aulas mais prazerosas e evolvendo os alunos para que não se tornem seres passivos, 
que não participam, não dáexpões suas ideias e evitando os desperdícios das aulas. 
Essas práticas diversificadas servem como instrumentos fundamentais para o 
professor, nessa formação de sujeitos empreendedores. 
 Segundo Albuquerque (2015), o conhecimento que a criança adquire na escola 
pela prática do empreendedorismo irá ajudá-lo a projetar e implementar as buscas 
individuais estimulando a criatividade. Por meio das práticas diversificadas o aluno 
sente o prazer em aprender e participar das atividades que são propostas pelo 
professor. 
 O lúdico pode ser desenvolvido como prática pedagógica no ensino do 
empreendedorismo, pois são atividades livres e prazerosas, que podem ser realizadas 
em grupos ou individuais, onde compartilham experiências, possibilidades de 
conhecerem coisas novas e preparando os discentes para superar os desafios do 
cotidiano, na visão de Almeida (2014), o lúdico é uma atividade que contribui para 
promover a criatividade também colabora na formação do ser, no seu 
desenvolvimento pessoal e consequentemente no desenvolvimento de uma 
autoestima satisfatória. 
 Os Jogos são práticas pedagógicas que estimulam o raciocínio, memorização, 
estratégias, criatividade das crianças favorecendo a construção do conhecimento 
científico, proporcionando a vivência de situações reais ou imaginárias colocando as 
crianças diante de desafios e instigando-a a buscar soluções para as situações que 
se apresentam, levando-a a raciocinar, trocar ideias e tomar decisões. Assim 
conforme Albuquerque (2015), afirma que o professor poderia planejar métodos que 
envolvam os jogos como, “propor desafios com jogos de estratégia e avaliar se algo 
deu errado; posteriormente, analisar com a criança ou jovem se o aprendizado 
ocasionado pelo erro vai compensar o prejuízo”. Os jogos são instrumentos que 
podem ser desenvolvidos pelo professor, pois dependendo de qual atividade está 
 
12 
 
sendo realizada contribuem na construção da cooperação, criatividade, autonomia, 
etc. 
 No ensino do empreendedorismo, o professor poderá desenvolver diversas 
práticas com os alunos, para despertarem atitudes empreendedoras. A autora 
Albuquerque (2015) ressalta a importância da contação de história junto com as 
brincadeiras que as mesmas tem a possibilidade de despertar a curiosidade, estimula 
a imaginação, autonomia, a inovação, “pode se iniciar a brincadeira contando uma 
história e, de repente, outra pessoa interrompe e continua essa história dando um 
novo rumo, dando novas características aos personagens, mudando novos finais”. 
Essa atividade e uma oportunidade para o aluno estimular a criatividade, trabalhar a 
cooperação, ajudando na compreensão dos valores sociais, sustentando os princípios 
morais e éticos. 
. Os métodos adaptados com as necessidades dos discentes para o ensino é 
possível que o mesmo desperte o interesse em ser empreendedor, que desenvolva 
as principais características de empreender, que não desista de seus objetivos, que 
perceba além de contribuir para sua vida pessoal, como também fazer a diferença 
para a comunidade, agindo de forma responsável e pensando na coletividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3 METODOLOGIA 
 
 A metodologia aplicada no presente artigo pode ser classificada como 
descritiva conforme Gil (2008), onde a mesma descreve, as características de 
determinados fatos ou fenômenos. Uma de suas características está na utilização de 
métodos padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação. 
A pesquisa descritiva tem como objetivo descrever as principais características de 
uma população, de um fenômeno ou de uma experiência. 
Enquanto procedimento, foi realizada uma pesquisa do tipo quantitativa, de 
acordo com Gressler (2007), pesquisa quantitativa, tem a função de apresentar dados 
da pesquisa por meio de gráficos que mostrará comportamentos, atitudes e 
motivações de um determinado público-alvo, a mesma se caracteriza-se pela 
formulação de hipóteses, visando garantir a precisão dos resultados, evitar distorções 
de análises e interpretação dos resultados. 
Para a realização da pesquisa foi utilizado instrumento para a coleta de dados 
com questionário online com perguntas fechadas. A mesma foi desenvolvida em dois 
momentos, o primeiro momento que se caracterizou por estudo de teorias de autores 
da área do empreendedorismo, como autores Albuquerque ( 2015), Dolabela (2003), 
SEBRAE (2015), Stockmanns (2015), com pesquisas bibliográficas com artigos 
científicos, livros, revistas e internet. E o segundo momento foi a aplicação do 
questionário com os professores que trabalham o empreendedorismo em sala de aula. 
Ess ferramenta permitiu conhecer as metodologias utilizadas pelos os docentes em 
sala de aula que contribuam para a construção da identidade dos alunos voltados à 
prática no ensino do empreendedorismo. Para Marconi e Lakatos (2010, p. 184), “o 
questionário é um instrumento de coleta de dados constituídos por uma série 
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem presença do 
investigador”. O material documentado sobre as respectivas análises foi organizadas 
em componente do estudo que foi construido. 
A pesquisa foi realizada em 3 escolas da rede privada, na cidade de Balsas-
MA, foram entrevistados 9 (nove) professores da área do empreendedorismo, nos 
anos iniciais do Ensino Fundamental, para obtenção os dados para coleta dos 
resultados. 
 
14 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 O presente tópico apresentará a descrição das práticas dos professores por 
meio de discussões, tendo em vista, que tais discussões têm como objetivo verificar 
as metodologias utilizadas pelo professor no ensino do empreendedorismo no 
contexto escolar nos Anos Inicias do Ensino Fundamental. 
 Os 9 (noves) docentes das três escolas pesquisadas são do sexo feminino, 
possui idade entre 30 a 40 anos, 4 (quatro) professores entrevistados possuem 
apenas graduação e 5 (cinco) professores possuem especialização. No que diz a 
respeito ao tempo de experiência profissional dos professores nos Anos Iniciais do 
Ensino Fundamental possuem de 1 a 20 anos. E na experiência profissional com o 
ensino de empreendedorismo, os docentes possuem de 1 a 3 anos. Os professores 
entrevistados trabalham o ensino do empreendedorismo na sala de aula, então 
percebe-se que as escolas aceitaram os desafios de trabalhar o empreendedorismo 
no contexto escolar. 
 Os noves professores entrevistados dizem conhecer sobre o termo 
empreendedorismo para trabalhar em sala de aula. É essencial que o professor 
conheça sobre o assunto, para que possa trabalhar em sala de aula. Diante da ideia 
de Dolabela (2003, p. 103), “a ênfase no auto aprendizado não diminui o âmbito de 
ação do educador. Aumenta sua importância, já que cabe a ele ampliar as referências 
e fontes de aprendizado e redefinir o próprio conceito do saber”. Pois nesse processo 
o professor atuara com um empreendedor, estimulando aluno para despertar atitudes 
empreendedoras. 
 De acordo com todos os noves professores entrevistados dizem que é 
importante trabalhar o empreendedorismo nas escolas nos Anos Iniciais do Ensino 
Fundamental. O ensino deve ser desenvolvido desde primeiros anos na escola, pois 
a criança está em processo de formação e o professor pode interfirir depertando 
cultura empreendedora nos discentes. De acordo com o pensamento de Dolabela 
(2003, p.16), deve-se, “[…] trabalhar o empreendedorismo com crianças e 
adolescentes, da pré-escola ao nível médio, dos 4 aos 17 anos”. Visando como 
objetivo, a formação de indivíduos protagonistas, criativos, autônomos, persistentes e 
 
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reflexivos. 
 Todos os 9 (nove) professores entrevistados dizem que as práticas 
desenvolvidas em sala de aula pelo professor no ensino do empreendedorismo 
contribuem para a formação das identidades dos alunos. Podemos concluir no 
pensamentode Pereira e Cartolo (2016), a escola enquanto espaço de aprendizagem 
tem função tantos nos aspectos culturais, cognitivos, afetivos, sociais e históricos, 
preparar o aluno para ser protagonista de sua vida, preparar o aluno para o mercado 
de trabalho, formar cidadãos críticos e reflexivos que possam contribuir para a 
sociedade. Onde o discente tem a possibilidade de construir características positivas, 
que vão ser necessária para a construção da formação de identidade. 
 
Gráfico 1. Porque você considera importante trabalhar o empreendedorismo na 
educação? 
 
Fonte: autora, 2019. 
 
 O gráfico 1, mostra a importância de trabalhar o empreendedorismo na 
educação. Dos professores entre 33,3% afirma que, desenvolve características 
empreendedoras nos alunos. Com isso conforme Dolabela (2003), o ensino do 
empreendedorismo tem papel importante nas escolas como formação da cidadania e 
tem possíveis funções de desenvolver e despertar atitudes que vão contribuir na 
sociedade contemporânea, como autonomia, coragem, persistência, capacidade de 
se adaptar a novas situações e buscar soluções. 
 Para 33,3% dos entrevistados arfimam que os professores criam situações em 
que o alunos desenvolvam a resolução de problemas, segundo SEBRAE (2015); “A 
Educação Empreendedora é, por fim, uma proposta de educar para formação do ser 
 
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autônomo capaz de tomar decisões, superar desafios, realizar sonhos, construir 
propostas inovadoras e empreender”. A sociedade busca seres capazes e solucionar 
problema precisa do empreendedor devido às mudanças que ocorrem em todos os 
meios sociais, profissionais e pedagógicos. 
 Para 22,2% considera importante, pois desperta a autoconfiança e a 
autoestima dos alunos, como diz Dolabela (2003, p.32). “O autoconhecimento e a 
autoestima são elementos fundamentais na aprendizagem e na construção a pulsão 
empreendedora com o outro e com o mundo”, em decorrência das necessidades 
atribuidas a formação social do indivíduo. 
 E os outros 11,1% responderam que consideram importante pois prepara o 
aluno para o mercado de trabalho. Segundo a Lei 9.394 (BRASIL, 1996), “A educação 
escolar deverá vincular-se ao mercado de trabalho e à prática social”; o que fortalece 
a necessidade de ofertar contextos curriculares que possam preparar o aluno para o 
mercado de trabalho. 
 
Gráfico 2. Qual metodologia você trabalhada no ensino do empreendedorismo com 
os alunos? 
 
Fonte: autora, 2019. 
 
 O gráfico 2, diz a respeito às metodologias utilizadas pelo professor no ensino 
do empreendedorismo, 55,6% dos entrevistados responderam que utilizam 
metodologia do ensino do empreendedorismo por meio do trabalho em equipe. 
Conforme o pensamento da autora Riess (2010), o trabalho em equipe proporciona 
uma interação entre as pessoas, comunicação, participação, autonomia, liderança, a 
partir disso os alunos tantos aprendem como são sujeitos do saber, dessa forma, ao 
 
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mesmo tempo em que aprendem, ensinam. Sob o ensino do empreendedorismo 
segundo Dolabela (2003), o ser não deve trabalhar isoladamente, precisa do coletivo. 
E essa metodologia contribuem na formação da identidade, na formação de perfil 
empreendedores, como lideres, confiantes, autônomos, que assume riscos, que dá 
iniciativa em algo. 
 Sendo que 44,4% responderam que trabalha apenas o material didático, 
percebe-se que alguns professores não estão aprofundando os conhecimentos a 
respeito de metodologias que despertam o perfil de um empreendedor, assim como o 
autor Dolabela destaca. 
 
Gráfico 3. Durante suas práticas de empreender você trabalha a participação dos 
alunos? 
 
Fonte: autora, 2019. 
 
 O gráfico 3, ilustra se professor durante suas práticas de empreender trabalha 
a participação dos alunos. O gráfico mostra que 66,7% dos entrevistados utilizam 
essa metodologia. Assim afirma o autor Dolabela (2003, p.104), que a função do 
professor é “alguém que provoca o desequilíbrio nas relações do aluno com o mundo, 
através de perguntas […], e, ao mesmo tempo oferece o apoio necessário para ele, 
diante de conflitos cognitivos, desenvolva uma ação auto organizada”. Para que haja 
uma aprendizagem eficaz, necessário que haja metodologia ativa, onde o professor 
precisa planejar atividades em que o aluno participe, discuta, pergunte sobre o 
assunto, sendo estimulado na construção do conhecimento ao invés de recebê-lo de 
forma passiva do docente. 
 
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 Sendo que 33,3% dos professores entrevistados quase não utilizam essa 
prática que envolver os alunos a participar das aulas durante o trabalho do 
empreendedorismo em sala, privando o mesmo da interação com a turma e das 
atividades reaizadas. 
 
Gráfico 4. Você desenvolve práticas empreendedoras por meio do lúdico? 
 
Fonte: autora, 2019. 
 
 No gráfico 4, mostra se os professores desenvolvem práticas empreendedoras 
por meio do lúdico. Percebe-se que 66,7% dos entrevistados utilizam o lúdico como 
prática pedagógica. De acordo com o pensamento de Almeida (2014), para garantir 
processo ensino-aprendizagem o professor deve utilizar-se várias metodologias para 
garantir o ensino, entre eles as atividades lúdicas. Tais atividades precisam estimular 
o interesse, a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, 
inventar e relacionar conteúdos e conceitos. O espaço para a realização das 
atividades, deve ser um ambiente agradável, e que as crianças possam se sentirem 
descontraídas e confiantes. O lúdico nas práticas de empreender é um fator essencial 
na construção da identidade do aluno, as atividades envolvendo jogos infantis 
permitem a livre expressão da criança. 
 Para 33,3% dos docentes entrevistados dizem que não adotam frequentemente 
práticas utilizando o lúdico, percebe-se que dão prioridades a outras metodologias, 
que não utilizam jogos ou brincadeiras, sendo que são atividades essenciais para os 
desenvolvimentos de características empreendedoras. 
 
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CONSIDERAÇOES FINAIS 
 
 Ao termino deste artigo, o qual foi desenvolvido a partir de estudos 
bibliográficos, tendo como metodologia a pesquisa de campo de abordagem 
quantitativa, dessa forma, obtivemos algumas conclusões das quais estão 
relacionadas ao objetivo central da pesquisa. A problematização da pesquisa teve 
intuito de conhecer quais metodologias são utilizadas pelos professores no ensino do 
empreendedorismo nos anos iniciais do ensino fundamental. 
 Após a pesquisa realizada, pode-se evidenciar que alguns professores 
trabalham o empreendedorismo em sala de aula com objetivo de formar seres 
empreendedores, se preocupando com a construção da identidade dos alunos, 
engajando de metodologia em que o aluno participe, interaja, que desperta atitudes 
empreendedoras com autoconhecimento, autonomia, formando seres críticos e 
reflexivos. 
 Para alcançar os resultados foram seguidos alguns objetivos, primeiramente 
conhecer o conceito do empreendedorismo, apresentar a importância das práticas de 
empreender a partir de pontuações teóricas, assim, perceber a relação das práticas 
utilizadas pelos professores de acordo com a fundamentação dos autores que 
discutem sobre o empreendedorismo no contexto escolar. 
 Diante do exposto, foi possível perceber a influência que o ensino do 
empreendedorismo traz para a educação, assim, contribuindo nas práticas dos 
docentes para trabalhar com os alunos, despertando o interesse dos mesmos e 
influenciando de forma positiva para a construção da identidade dos alunos. 
Considerando isso, é importante trabalhar práticas de empreender com os alunos, 
para formar seres autônomos, protagonistas, críticos e reflexivos, então precisa de 
professores empreendedores que conhecem sobre o assunto. Promovendo assim, 
que os alunos se tornem empreendedores e que busque realizar seus objetivos. 
 
 
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