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Apendicite Aguda A apendicite é a causa cirúrgica mais comum de dor abdominal em atendimento de urgência. Seu diagnóstico é habitualmente fácil e essencialmente clínico.. A apendicite aguda é quando ocorre inflamação do apêndice vermiforme e é causado por uma obstrução repentina de sua luz. epidemiologia É a causa mia socmum de abdome agudo não traumático. É mais comum entre os 10 e 30 anos de idade. É a emergência cirúrgica mais comum e utilizar precocemente da via cirúrgica melhora os resultados. Sua sintomatológia clássica está presente em 60% dos casos. fisiopatologia A obstrução apendicular pode ser causada por fecalitos (massas fecais duras), cálculos, hiperplasia linfoide, processos infecciosos e tumores benignos ou malignos. O lúmen obstruído favorece o crescimento bacteriano e a secreção da mucosa favorece pressão sobre a luz. Quando a inflamação ultrapassa a serosa e entra em contato com o peritônio parietal que ocorre estimulação da inervação aferente parietal. Quando a obstrução do apêndice é a cuasa da apendicite, a obstrução leva ao aumento da pressão luminal e intramural, resultando em trombose e oclusão dos pequenos vasos na parede apendicular e estase do fluxo linfático. À medida que o comprometimeneto linfático e vascular progride, a parede do apêndice se torna isquêmica e depois necrótica, que normallmente pode evoluir para perfuração caso não ocorra intervenção cirúrgica nas primeiras 48 horas. O omento e o intestino delgado podem bloquear a perfuração e, é formado um abscesso localizado. A perfuração pode ser livre na cavidade peritoneal e sua consequência é a formação de diversos abscessos intraperitoneais e posteior choque séptico. A flora no apêndice normal possui várias bactérias aeróbicas e anaeróbicas facultativas. Escherichia coli, Streptococcus viridans e espécies de Bacteroides e Pseudomonas são frequentemente isolados. quadro clínico A apresentação sintomática característica da apendicite aguda é quadro inicial de dor abdominal inespecífica (dor referida), de intensidade moderada, localizada em região periumbilical, que cirsa com náuseas e anorexia. Cerca de 12h após o início dos sintomas, a dor migra para a fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney. A migração da dor é o sintoma mais importante para o diagnóstico da apendicite aguda. Náuseas e vômitos também podem acompanhar a dor e a febre. Alguns pacientes também apresentam: indigestão, flatulências, alteração do hábito intestinal, diarreia, mal estar generalizado. Perfuração bloqueada: é quando um abscesso é formado, o paciente queixa-se de desconforto em fossa ilíaca direita e pode haver presença de massa palpável; Perfuração livre: ocorre dor de grande intensidade e com aspecto difuso. O abdome do paciente se apresenta em tábua com rigidez generalizada e temperatura maior que 39 graus. Pode evoluir para sepse; No caso de perfuração o paciente pode apresentar: febril, com temperatura em torno de 38 graus; hipersensibilidade à palpação, principalmente no ponto de McBurney; Hipersensibilidade cutânea no quadrante inferior direito (achado precoce); Sinal de Blumberg +; Sinal de rosving +; Sinal de psoas+; Massa em fossa ilíaca direita = abscesso; No exame físico o paciente está: Beatriz Reis apendicite em situações especiais Em criança há um quadro atípico. O paciente apresenta letargia, febre alta, vômitos intensos e diarreia frequente. O diagnóstico geralmente é tardio; Nos idosos a apresentação é atípica. Temperatura menos elevada e dor no abdome é mais insidiosa. A apendicite é a emergência extrauterina mais comum em grávidas. O útero gravídico descola o apêndice superior e lateralmente, por isso dificulta o diagnóstico. A gestante pode apresentar dor em hipocôndrio direito diagnóstico “O diagnóstico da apendicite aguda é clínico, exames complementares podem ajudar, mas NÃO DEVEM ATRASAR A INTERVENÇÃO CIRURGICA”. A radiografia simples de abdome, apesar de uso comum é útil apenas para excluir diagnóstico de litíase urinária, úlcera perfurada e obstrução de intestino delgado. É pouco útil para apendicite; A ultrassonografias possuem 85% de sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de apendicite aguda. A tomografia computadorizada é o exame de maior acurácia. É ideal utilizar em idosos, pois seus casos são duvidosos; classificação A classificação depende dos exames de imagem e da cirurgia. tratamento A maioria dos pacientes é tratada por remoção cirúrgica imediata do apêndice (apendicectomia por laparoscopia ou cirurgia aberta). Devem ser utilizados antibióticos pré-operatórios, e feita a correção de distúrbios hidreletrolíticos. Beatriz Reis
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