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135 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Unidade III 5 TRABALHO E ENERGIA 5.1 Trabalho Frequentemente a palavra trabalho é aplicada a qualquer atividade que requeira um esforço físico e, às vezes, até mental. Na Física essa palavra é usada num sentido restrito. Um trabalho é realizado quando o ponto de aplicação da força é deslocado. Uma pessoa pode tentar empurrar um automóvel; se conseguir movimentá-lo, realizará trabalho; caso contrário, trabalho algum será realizado, apesar de a pessoa ficar muitas vezes cansada. Trabalho, um caso particular: consideremos em primeiro lugar um caso particular no qual a força é constante e o deslocamento de seu ponto de aplicação é um segmento de reta. Seja F uma força, cujo ponto de aplicação é P; sob ação dessa força constante em módulo, direção e sentido, o corpo é deslocado da posição P1 para P2 (figura a seguir). S θ P1 P2 F Figura 57 – Trabalho realizado pela força F deslocando o objeto da posição P1 para posição P2 Por definição, o trabalho realizado pela força F é dado pelo produto escalar: 2 1F (P P ) F .S.cos τ = × − τ = θ Onde S é o espaço percorrido entre os pontos P1 e P2. 136 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III O sinal do trabalho é dado pelo cosseno do ângulo θ: Cos(θ) > 0, τ > 0 trabalho motor. Cos(θ) < 0, τ < 0 trabalho resistente. Em geral a trajetória descrita pelo ponto de aplicação da força é qualquer, e a força é variável, dependendo da posição ou do tempo. Seja ϒ a trajetória do ponto de aplicação da força, P1 a posição inicial do corpo, e P2 sua posição final. Suponhamos que na posição P1 a força que atua sobre o corpo seja 1f e, na posição P2, admite-se que a força 2f varie em valor e direção de forma contínua com a posição do corpo. Para ser aplicável à definição anterior, considera-se um deslocamento Pˈ – P = ΔP, durante o qual a força f possa ser considerada constante. Para esse deslocamento: f PΔτ = × Δ Para o cálculo do trabalho total, de P1 até P2, supõe-se a trajetória dividida em deslocamentos tais como ΔP, de tal forma que: 2 1 f Pτ = Δτ = × Δ∑ ∑ Essa expressão representa um resultado aproximado, pois a trajetória do ponto de aplicação da força em cada deslocamento ΔP não é, a rigor, retilíneo, e não se pode dizer que nesse deslocamento a força f seja constante. O melhor resultado seria conseguido subdividindo a trajetória em deslocamentos cada vez menores, num número enorme, nos quais como melhor aproximação corda e arco pudessem ser confundidos e em cada um deles a força considerada constante. Isso corresponde a considerar na equação anterior: 2 2 1 P 0 1 f P f dP Δ → × Δ = × = τ∑ ∫ Considerando: f dP f .dS× = : 2 2 1 1 f dP f .cos .dSτ = × = θ∫ ∫ f ∙ cosθ é a projeção da força na direção do deslocamento, isto é, a componente da força que realmente trabalha. 137 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA 5.1.1 Energia cinética A noção de trabalho está intimamente associada à de energia. Quando uma força aplicada num corpo realiza trabalho, está ocorrendo variação da energia cinética. No caso de a resultante das forças aplicadas no corpo ser zero, há apenas modificação na posição do corpo. No caso de haver uma resultante não nula, o trabalho dessa resultante provoca uma modificação na sua velocidade. Seja P1 a posição inicial de um corpo de massa m no instante t1, quando possui velocidade v1; suponhamos que sob a ação de forças externas o corpo passe para a posição P2 no instante t2, quando possui velocidade v2. O trabalho realizado pela resultante das forças externas F , na passagem do corpo de P1 a P2, vale: P2 1 2 P1 F dP dv dP F dP d m dP mdv dt dt F dP d mdv v mv dv −τ = × × = τ = × = × × = τ = × = × ∫ Mas: 21 1 1v dv d[v v] dv 2vdv vdv 2 2 2 × = × = = = P v 22 2 2 1 P v1 1 2 2 2 1 2 1 v F dP m vdv m 2 1 1 mv mv 2 2 τ = × = = τ = − ∫ ∫ Por definição 1 2 mv2 é a energia cinética Ec do corpo de massa m e velocidade v, assim: 2 1 c2 c1E Eτ = − Isso é o trabalho realizado, é a variação da energia cinética do corpo. Como o trabalho é uma grandeza escalar, a energia cinética também é uma escalar. 5.1.2 Energia potencial Energia potencial pode ser considerada como o trabalho realizado pela força peso. Vamos supor que z é a trajetória descrita pelo ponto de aplicação da força f , que, no caso, representa o peso de um corpo. Essa é uma força constante em valor, direção e sentido, independentemente, portanto, de posição, desde que o corpo esteja nas proximidades da Terra. 138 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Nesse caso, diz-se que a força pertence a um campo conservativo. Em tal campo é possível atribuir um valor numérico para cada posição em que é a energia potencial. 2 1 2 1 2 1m.g(z z ) U Uτ = − − = − Onde: m = massa do corpo (considerada constante) g = aceleração da gravidade local z = altura do corpo em relação a um referencial Considerando que a energia potencial da força peso são constantes: 1 1 2 2 U m.g.z cte U m.g.z cte = + = + De maneira geral: U m.g.z cte= + A energia potencial é sempre determinada a menos de uma constante. Em geral, considerando-se U = 0 para z = 0, de modo que U(0) = 0 e U = m.g.z. A posição inicial do ponto de aplicação da força é P1. A posição final é P2. Na posição P da trajetória o deslocamento é dP. O trabalho elementar dτ. Pode ser calculado pela expressão: d f dPτ = × Considerando um sistema cartesiano com a orientação da figura a seguir temos que para dP: dP dx i dy j dzk= + + x y z dy dx dz Figura 58 – Elemento de massa no sistema cartesiano (x,y e z) orientado 139 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA A força f que representa o peso tem valor m ∙ g, direção vertical, ou seja, z e sentido de cima para baixo, portanto contrário ao vetor unitário k. f m.g.k= − Voltando à expressão de trabalho elementar: ( ) 2 1 2 1 2 1 2 2 11 d m.g.k dx i dy j dzk d m.g.dz m.g.dz mg dz mg(z z ) − − τ = − ∧ + + τ = − τ = − τ = − = − − ∫ ∫ Para z2 > z1, τ < 0, isto é, o corpo de massa m subindo, passando da cota Z1 para a cota Z2, o trabalho da força peso é negativo. É importante notar que esse trabalho depende somente das posições inicial e final. 6 TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA ELÁSTICA A força elástica é uma força aplicada em objetos que se deformam (r) e voltam a sua condição original (caso suas características físicas não sejam alteradas). Essa força pode ser representada como: f k.r= − 2 2 2 2 1 2 1 1 k k rdr (r r ) 2 τ = = − −∫ Supõe-se que uma das extremidades de um corpo elástico esteja fixa no ponto O. O seu comprimento é r0. Na posição inicial P1 o comprimento do corpo é r1 e se encontra sob ação da força 1f . Na posição final P2 o comprimento do corpo é r2 e se encontra sob a ação da força 2f . 2 2 2 12 1 2 1 k (r r ) U U 2 τ = − − = − De modo geral: 2kU r cte 2 = + Para r = 0, U(0), o corpo elástico não está deformado. 140 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III 6.1 Energia potencial gravitacional Consideremos um corpo de massa m inicialmente ocupando uma posição P1 situado à distância R1 do centro da Terra (C). Suponhamos que esse corpo seja deslocado ao longo de uma trajetória y até um ponto P2, situado a uma distância P2, situado a uma distância R2 do mesmo centro (C) (figura a seguir). c m r P dP R2 P2 R1 dθ eθ P1 er Figura 59 – Movimento de um corpo de massa m na superfície da Terra Seja P uma posição genérica do corpo, situado à distância r de C; a força de atração exercida pela Terra sobre o corpo em P será: r2 Mm F G e r = − Em que re é o versor da direção P-C e o sinal negativo indica que a força tem sentido contrário ao versor re , uma vez que é dirigida para C. Seja dP um deslocamento elementar do ponto P; podemos pensar em dP como a soma vetorial de dois deslocamentos elementares (dr re ) na direção de re , e de rdθ re na direção eθ (coordenadas polares). rdP dr.e rd .eθ= + θ Onde: dr ∙ re = componente radial do deslocamento rdθ ∙ eθ = componente transversal do deslocamento 141 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA O trabalho realizado pela força gravitacional no deslocamento (dP) é: r r2 r r r2 2 Mm d F dP G e (dre rd .e ) r Mm Mm d G dr(e e ) G rd .e d .e r r θ θ τ = × = − × + θ τ = − × − θ × θ Sabendo que: r re e 1× = (versores paralelos) re e 0θ× = (versores perpendiculares) Logo: 2 Mm d G dr r τ = − E o trabalho total realizado no deslocamento de P1 a P2 será: R2 2 1 2 R1 R2 2 2 1 2 1R1 Mm G dr r Mm Mm GMm r dr G G R R − τ = − τ = − = − ∫ ∫ Como 1/R1 > 1/R2, o trabalho é negativo, ou seja, deve ser fornecida energia ao corpo para que ele passe da posição P1 para a posição P2. Para definir o potencial num ponto, devemos escolher um ponto de referência onde este seja nulo. Em geral considera-se nulo o potencial de um ponto infinitamente afastado, e o potencial de um ponto qualquer será numericamente igual ao trabalho para levar um corpo de massa unitária desse ponto ao infinito. P 0 P P 1 1 Mm U GMm G R R R ∞ = τ = − = Caso de um ponto situado na superfície da Terra UTerra. Terra T M U G R = − 142 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Consequentemente: 2 T M G g R = Saiba mais O conceito de “energia” é uma ideia física que levou algum tempo para ser imaginado e utilizado. Ele é muito importante, mesmo que não possamos “ver” literalmente a energia. Para saber mais, pesquise em: BUCUSSI, A. A. Introdução ao conceito de energia. Porto Alegre: UFGRS, 2007. Disponível em: <https://www.if.ufrgs.br/tapf/v17n3_Bucussi.pdf>. Acesso em: 16 out. 2018. 6.1.1 Teorema da energia mecânica “O trabalho das forças não conservativas é igual à variação da energia mecânica”. Ou seja, a energia mecânica é a soma total das energias envolvidas no problema: forças 2 1 conservativas não conservativas 2 1 conservativas 1 2 n.c. 1 2 2 1 n.c. 2 2 1 1 n.c. 2 1 (EC) (EC) (EC) (EC) (EP) (EP) (EP) (EP) (EC) (EC) [(EC) (EP) ] [(EC) (EP) ] (EM) (EM) τ = − τ + τ = − τ = − τ + − = − τ = + − + τ = − Exemplo de aplicação Exemplo 53 Uma bola de massa 100 g é rebatida por um tenista com a velocidade de 36 km/h; a energia cinética, em joules, é igual a? Resolução Inicialmente, verificar se as unidades de medidas estão no Sistema Internacional [SI]. Transformando as medidas em metros por segundo, para encontrar a velocidade: 143 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA 36km 36000s 1000 x 36. 10 m / s x 1000m 3600 = ⇒ = = Transformando a massa em kg: 1kg 1000g 100 x 0,1kg x 100m 1000 = ⇒ = = Utilizando o teorema da energia cinética: 2 c 2 c 1 E mv 2 1 E 0,1.10 5J 2 = = = Exemplo 54 Um automóvel de massa de 1.000 kg com velocidade de 90 km/h tem energia cinética igual a? Resolução Inicialmente verificamos se as unidades de medidas estão no Sistema Internacional [SI]. Transformando o tempo em segundos e o espaço em metros para encontrar a velocidade: 90km 36000s 1000 x 90. 25 m / s x 1000m 3600 = ⇒ = = Utilizando o teorema da energia cinética: 2 c 2 c c 1 E mv 2 1 E 1000.25 312.500J 2 E 312,5kJ = = = = Lembrete O fato de a energia cinética ser proporcional ao quadrado da velocidade faz com que ela seja responsável por sérias consequências nos acidentes de automóveis em alta velocidade. 144 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Exemplo de aplicação Exemplo 55 Um elétron dentro de um tubo de televisão com massa de 9 × 10–31 kg e velocidade 3 × 107 m/s possui energia cinética igual a? Resolução As unidades estão no Sistema Internacional [SI]. Aplicando os valores na equação de energia cinética: 2 c 31 7 2 c 16 c 1 E mv 2 1 E 9x10 .(3x10 ) 2 E 4,05x10 J − − = = = Exemplo 56 Um automóvel com massa de 1.000 kg e velocidade inicial de 36 km/h é acelerado até atingir a velocidade de 108 km/h. Pede-se: a) a energia cinética inicial e final do automóvel; b) o trabalho da força resultante. Resolução Inicialmente, verificar se as unidades de medidas estão no Sistema Internacional [SI]. Transformando o tempo em segundo e o espaço percorrido em metros para encontrar a velocidade: 36km 36000s 1000 x 36. 10 m / s x 1000m 3600 108km 36000s 1000 x 108. 30m / s x 1000m 3600 = ⇒ = = = ⇒ = = a) Utilizando o teorema da energia cinética para calcular a energia inicial: 2 2 0 1 E mv 2 1 E 1000.10 50000J 2 = = = 145 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA 2 2 0 1 E mv 2 1 E 1000.10 50000J 2 = = = Energia cinética final, ou seja, na velocidade de 30 m/s: 2 2 1 E mv 2 1 E 1000.30 450000J 2 = = = b) Trabalho é variação da energia cinética, ou seja, energia final menos energia cinética inicial: c f oE E E 450000 50000 400000Jτ = Δ = − = − = Exemplo 57 Um lustre de massa 2 kg está pendurado no teto de uma casa à altura de 2,2 m em relação ao chão. Abaixo do lustre existe uma mesa de 80 cm. Considerando a aceleração da gravidade local igual a 10 m/s2, pede-se: a) a energia potencial gravitacional do lustre em relação à mesa; b) a energia potencial gravitacional do lustre em relação ao solo. Resolução Transformando a altura da mesa em metros para ficar no Sistema Internacional de medidas [SI]: 1m 100cm 80 x 0,8cm x 80cm 100 = ⇒ = = a) Utilizando o teorema da energia para calcular a energia potencial em relação à mesa: U m.g. h U 2.10.(2,2 0,8) U 28J= Δ = − = b) Utilizando o teorema da energia para calcular a energia potencial em relação ao chão: U m.g. h U 2.10.(2,2 0) U 44J = Δ = − = 146 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Exemplo 58 Qual a velocidade de escape para a gravidade da Terra? Considere a aceleração da gravidade g = 9,8 m/s2 e raio da Terra no equador 6.400 km. Resolução Inicialmente vamos converter o raio da Terra em metros: 1km 1000m x 6.400.000m 6400 x = ⇒ = Igualando a energia cinética com a energia cinética gravitacional e isolando a velocidade: c G 2 T 2 T E E 1 mv m.g.R 2 v 2.g.R v 2.9,8.6400000 11200m / s = = = = = Convertendo para km/s: 11200m 11,2 km / s 1000km = Exemplo 59 Uma mola de aço sofre alongamento de 5 cm quando puxada por uma força de 2,5 N. Pede-se: a) a constante elástica da mola em N/m; b) a energia potencial elástica quando a mola é puxada em 10 cm. Resolução Transformando o alongamento da mola de centímetros para metros: 1m 100cm 5 x 0,05m x 5cm 100 = ⇒ = = 147 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA a) Utilizando a lei de Hooke para encontrar a força elástica da mola: F F k.x k x 2,5 k 50N / m 0,05 = ⇒ = = = b) Utilizando o teorema do trabalho da força elástica para encontrar a energia potencial elástica: 2 2 2 2 1 2 1 1 2 p P k k rdr (r r ) 2 50 E (0,1 0) 2 E 0,25J τ = = − − = − − = ∫ Exemplo 60 Um corpo é abandonado de uma altura de 20 m em relação ao solo; determine a velocidade com que ele atinge o solo. Considere aceleração da gravidade igual a 10 m/s2 e ignore o atrito com o ar. A B 20 m Figura 60 – Corpo abandonado de uma altura h Resolução Pela conservação da energia, a energia na posição A é igual à energia na posição B, portanto, somamos as energias cinética e potencial na posição A, e igualamos as energias na posição B: E E E E E E m g h m v v g h v CA PA cB PB PA cB A B B A B � � � � � � � � � � � � � � � � 0 0 1 2 2 2 10 2 2 00 20� m s/ 148 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Observação Não é necessário saber a massa do corpo; só há transformação de energia cinética em potencial gravitacional, e ambas dependem de maneira igual da massa do corpo. Esse conceito está de acordo com o conteúdo visto antes, em que utilizamos somente as equações de movimento para calcularmos a velocidade do corpo. Exemplo de aplicação Exemplo 61 Um carro se solta em uma ladeira com inclinação de 53 graus. Se a massa do carro é 1.000 kg e o coeficiente de atrito na rua é µ = 1, determine qual a velocidade do carro após ele percorrer 100 m. Dados: cos ∙ (53) = 0,6 e sen ∙ (53) = 0,8. θ = 53 100 m Figura 61 – Carro solto em uma ladeira com atrito Resolução Inicialmente, vamos fazer um diagrama para colocar as forças envolvidas no movimento, conforme a figura a seguir. Fat N θ F = m . g F . cosθ F . senθ Direção do movimento Figura 62 149 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Girar a figura no sentido anti-horário para colocar as forças nos eixos x e y (figura a seguir) e considerar todas as forças a partir do ângulo θ inicial: A B Fat N θ F = m . g F . cosθ F . senθ Figura 63 – Diagrama das forças nos eixos x e y Resolvendo pelo teorema fundamental da Dinâmica: x x x x 2 F Fat m..a Fat .N .m.g.sen Fat 1.1000.10.0,8 8000 P m.g.cos P 1000.10.0,6 6000 P Fat m.a 8000 6000 a 2 m / s 1000 − = = µ = µ θ = = = θ = = − = − = = Utilizando a equação de Torricelli, que relaciona velocidade e posição: 2 2 0v v 2.a.S v 2.2.100 20 m / s = + = = Vamos resolver utilizando o teorema da conservação de energia cinética e potencial. Encontrando a altura da rampa pela lei dos senos: cateto.oposto sen hipotenusa cateto.oposto 100.sen(53) cateto.oposto 80m θ = = = 150 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III cat.adjacente cos hipotenusa cateto.adjacente 100.cos(53) cateto.adjacente 60m θ = = = Vamos colocar as forças atuantes no automóvel: força peso, normal e de atrito: A A Fat B B 2 2 A A B B 2 B 2 B B Ec Ep E Ec Ep 1 1 m.v m.g.h .m.g.h m.v m.g.h 2 2 1 0 1000 10 80 1 1000 10 60 1000 v 0 2 2.200000 v 1000 v 20 m / s + − = + + − µ = + + × × − × × × = × × + = = Exemplo 62 Um bloco é abandonado em uma rampa e desliza sem atrito por 1,8 m. Ao passar pelo ponto mais baixo, o bloco sobe 0,6 m, conforme a figura a seguir. Determine a velocidade do bloco ao atingir a altura de 0,6 m. Considere a aceleração da gravidade 10 m/s2. 1,2 m 0,6 m Figura 64 Resolução Inicialmente vamos considerar o trecho até o fim da rampa. Devemos considerar que a velocidade inicial do móvel é zero, e a altura, quando chega ao final da rampa, também é zero. Usando o princípio da conservação de energia temos que: 151 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA A A B B 2 2 A A B B 2 2 B A A B 2 B B Ec Ep Ec Ep 1 1 m.v m.g.h m.v m.g.h 2 2 1v 2.( .v g.h g.h )2 1v 2.( .0 10 1,8 10 0)2 v 6 m / s + = + + = + = + − = + × − × = Considerando do início da rampa até o trecho final, a diferença de altura é 1,2 m, então: A A C C 2 2 A A C C 2 2 C A A C 2 C C Ec Ep Ec Ep 1 1 m.v m.g.h m.v m.g.h 2 2 1v 2.( .v g.h g.h )2 1v 2.( 0 10 1,2 10 0)2 v 4,9 m / s + = + + = + = + − = × + × − × = Exemplo 63 Uma mola com constante elástica k = 2.000 N/m está comprimida a 0,1 m; ao soltá-la, ela empurra um bloco de 0,5 kg, que sobe uma rampa de 1,2 m, conforme a figura a seguir. Determine a velocidade com que o bloco chega ao final da rampa. Considere o bloco sem atrito e aceleração da gravidade 10 m/s2. 1,2 m Figura 65 – Bloco sendo empurrado pela mola para subir uma rampa Resolução Utilizando o teorema da energia mecânica e o princípio da conservação de energia, igualamos as equações das energias cinéticas e potencial nos dois trechos, mais a energia potencial elástica da mola somente no trecho A: 152 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III A A elástA B B 2 2 2 A A B B 2 2 2 B A A B 2 2 B B Ec Ep Ep Ec Ep 1 1 1 m.v m.g.h .k.x .m.v m.g.h 2 2 2 1 v 2.m. (m.v k.x ) m.g.(h h ) 2 1 v 2.0,5. (0 2000.0,10 ) 0,5.10.(0 1,2) 2 v 4 m / s + + = + + + = + = + + − = + + − = Lembrete Percebemos que não se pode cancelar a massa do objeto porque a energia potencial adquirida para subir a rampa depende da força elástica da mola. Exemplo de aplicação Exemplo 64 Um bloco de 0,5 kg desliza sem atrito até alcançar uma mola de constante elástica 18 N/m, comprimindo-a 0,1 m até parar; um desenho esquemáticopode ser visualizado na figura a seguir. Determine a velocidade do bloco ao atingir a mola. Figura 66 – Bloco com velocidade inicial constante, desliza sem atrito até parar o movimento na mola Resolução Como todos os valores estão no Sistema Internacional de Unidades [SI], não precisamos converter os valores. Vamos considerar que inicialmente a mola não está comprimida, mas a velocidade do bloco é máxima (A). Ao comprimir a mola, o bloco perde velocidade até que a velocidade seja zero na compressão máxima da mola (B). Considerando o teorema de conservação da energia mecânica, temos: 153 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA A elásticaA B elásticaB 2 2 2 2 A A B B 2 2 2 2 A B B A 2 2 2 A A Ec Ep Ec Ep 1 1 1 1 m.v .k.x .m.v .k.x 2 2 2 2 1 v (m.v k.(x x )) m 1 v .(0,5.0 18.(0,10 0 )) 0,5 v 0,6 m / s + = + + = + = + − = + − = Exemplo 65 Um carrinho é lançado por um trilho e sobe uma rampa de 4,8 m, conforme a figura a seguir. O carro chega ao final da rampa com velocidade 5 m/s. Calcule a velocidade com que o carrinho foi lançado. Considere nenhuma perda de energia durante o percurso e aceleração da gravidade 10 m/s2. 4,8 m Figura 67 – Carro sendo lançado em direção da rampa Resolução Como a energia potencial e cinética depende da massa do carro, ela pode ser eliminada. Definindo a altura inicial como zero e usando o teorema da energia mecânica, temos: A A B B 2 2 A A B B 2 2 A B B A 2 2 A B Ec Ep Ec Ep 1 1 m.v m.g.h m.v m.g.h 2 2 1 v 2. .v g.(h h ) 2 1 v 2. .5 10.(4,8 0) 2 v 11m / s + = + + = + = + − = + − = 154 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Exemplo 66 Um tubo vertical com uma mola presa em seu interior tem constante elástica k = 2 × 103 N/m. Uma esfera de 1 kg é abandonada de uma altura de 0,9 m da extremidade livre da mola (figura a seguir). Desprezando os atritos, determine a deformação da mola. Considere aceleração da gravidade 10 m/s2. Figura 68 – Esfera abandonada dentro de um tubo com uma mola Resolução Consideramos que a energia potencial elástica da mola é transformada em energia potencial da bola. Usando o teorema da conservação da energia cinética: pA elásticaA pB elásticaB 2 2 A A B B 2 2 B A A B 2 3 2 B 3 B E Ep E Ep 1 1 m.g.h .k.x m.g.h .k.x 2 2 2 1 x .( .k.x m.g.(h h )) k 2 2 1 x .( .2x10 .0 1.10.(0,90 0)) 22x10 x 0,09m + = + + = + = − + − = + − = Exemplo 67 Uma bola é lançada horizontalmente e deve ultrapassar um obstáculo de 1,8 m, conforme a figura a seguir. Qual a velocidade mínima para que a bola ultrapasse o obstáculo? Considere a aceleração da gravidade 10 m/s2 e que a bola não perca energia por atrito com o solo. 1,8 m Figura 69 – Bola lançada em direção ao obstáculo 155 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Resolução Utilize a energia cinética e potencial e iguale as duas. A A B B 2 2 A A B B 2 2 A B B A 2 2 A A Ec Ep Ec Ep 1 1 m.v m.g.h m.v m.g.h 2 2 1 v 2. .v g.(h h ) 2 1 v 2. .0 10.(1,8 0) 2 v 4,2 m / s + = + + = + = + − = + − = Exemplo 68 Um corpo de massa m = 5 kg está apoiado num plano perfeitamente liso, inclinado em 30° em relação à horizontal. O corpo está preso a uma mola de constante elástica K. No ponto A o corpo é abandonado a partir do repouso, quando a mola está comprimida em 1,2 m. O corpo sobe o plano inclinado e para em B após alongar a mola em 0,5 m em relação ao seu comprimento natural, conforme a próxima figura. Pede-se: a) a constante elástica K da mola; b) a altura do corpo quando atinge a velocidade máxima; c) a máxima velocidade atingida pelo corpo. K A 30 B Figura 70 – Corpo lançado de uma mola, em uma superfície inclinada Resolução a) O percurso máximo do bloco é 1,7 m. Utilizando a lei dos senos para encontrar a altura máxima atingida pelo corpo: 156 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III cat.oposto sen hipotenusa cat.oposto(h) 1,7.sen30 0,85m θ = = = Utilizando o teorema da energia mecânica: A B 2 2 A B 2 2 A B 2 2 EM EM 1 1 Kx K m.g.H 2 2 2.m.g.h K x x 2.5.10.0,85 K 71,4 N / m 1,2 0,5 = = + = − = = − b) Utilizando a equação da força elástica: k.x m.g.sen m.g.sen x k 5.10.sen30 x 0,35m 71,4 = θ θ = = = c) A velocidade máxima é obtida quando a resultante é nula: A B 2 2 2 A B C 2 2 2 C A B 2 2 2 C C EM EM 1 1 1 k.x k.x m.g.h m.v 2 2 2 k v (x x ) 2.g.h m 71,4 v (1,2 0,35 ) 2.10.0,425 5 v 3,2 m / s = = + + = − − = − − = Exemplo 69 Suspende-se um tijolo, a prumo, lentamente. O peso do tijolo é P = 20 N, o alçamento é h = 2,0 m. Calcular o trabalho das forças: a) peso; 157 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA b) acionamento; c) resultante. Resolução a) O movimento é lento, logo o processo é quase estático. O trabalho da força peso é oposto ao deslocamento, o ângulo é 180°. F .d.cosτ = θ Substituindo os valores, encontramos: p P P F .d.cos 20.2.cos180º 40J τ = θ τ = τ = − b) O trabalho do operador é contrário ao deslocamento, portanto: q = 0°. Substituindo os valores, encontramos: op op P F .d.cos 20.2.cos0º 40J τ = θ τ = τ = c) O trabalho da força resultante exercida pelo tijolo é nulo. Logo: resultante P op resultante 40 40 0 τ = τ + τ τ = − = Substituindo os valores, encontramos o trabalho resultante: tresultante = 0. Lembrete O trabalho da força resultante é nulo porque é a soma dos trabalhos realizados por força atuante no processo: a força peso e a força do operador. 158 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Exemplo 70 Um plano inclinado tem extensão AB = 20 m e forma com o horizonte o ângulo de 37°. Nele apoia-se um bloco tendo massa m = 100 kg, conforme a próxima figura. Adotar g = 10 m/s2. Lentamente traciona-se o bloco rampa acima por toda a extensão. O coeficiente de atrito é µ = 0,30. Pede-se no processo: a) trabalho externo; b) trabalho interno; c) o trabalho resultante. Fpeso = m.g F. cos θ F. sen θ θ Fat A B F N Figura 71 – Bloco sendo tracionado lentamente por plano inclinado Resolução A melhor visualização das forças: giramos a figura no sentido horário, conforme a figura a seguir. F. cos θ F. sen θ θ Fat A B F N Figura 72 – Forças atuantes no corpo inclinado, em coordenadas x e y 159 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA As forças externas são o peso, a força de acionamento e as forças que imobilizam o bloco no plano inclinado: ext x x F P Fat 0 Fat .N .m.g.cos P m.g.sen F m.g.sen .m.g.cos F m.g.(sen .cos ) τ = − − == µ = µ θ = θ = θ + µ θ = θ + µ θ a) Forças externas: peso, acionamento e forças que imobilizam o plano inclinado. ext ext ext F.AB P.AB.cos( 90º ) m.g.(sen .cos ).AB m.g.AB .m.gcos .AB τ = + θ + τ = θ + µ θ − τ = µ θ b) Forças internas são: normal e Fat, em conjunto com suas opostas. int at int Fat.AB .m.g.cos .AB τ = τ = τ = −µ θ c) Trabalho resultante é nulo. ext int 0τ + τ = Exemplo 71 Em um piso horizontal e liso apoia-se um bloco B; neste apoia-se um bloco A, conforme a próxima figura. Cada bloco tem massa m = 1,0 kg. Entre A e B o coeficiente de atrito é µ = 0,20 (considere o atrito estático igual ao dinâmico). Adotar g = 10 m/s2. Inicialmente todas as partes do sistema estão em repouso. Aplica-se ao bloco A uma força horizontal constante de intensidade F = 10 N. O bloco A desliza sobre o bloco B arrastando-o, que desliza sobre o piso, enquanto B faz o percurso SB = 1,0 m sobre o piso. Pede-se: a) percurso do bloco A; b) percurso de deslizamento de A sobre B; c) trabalho de atrito sobre A, e sobre B; d) trabalho de atrito no sistema dos blocos A e B. 160 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Fat -Fat A F B Figura 73 – Bloco A com força inicial de 10 N, apoiado em bloco B Resolução a) As forças de atrito exercidas são: Fat .m.g Fat 0,2.1.10 Fat 2N = µ = = Aceleração do bloco A: 2 F Fat m.a F Fat 10 2 a m 1 a 8 m / s − = − − = = = Aceleração do bloco B: 2 Fat m.a Fat 2 a m 1 a 2 m / s = = = = Duração do percurso de B: 2 B 0 0 2 B t S (t) a. v .t S 2 2.S 2.1 t a 2 t 1s = + + = = = 161 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Usando a equação horária do movimento para o bloco B, com aceleração de A de 8 m/s2, e percurso em 1,0 s, encontramos o percurso do bloco A: SA = 4,0 m. 2 A 0 0 2 A A t S (t) a. v .t S 2 1 S (1) 8. 2 S (1) 4m = + + = = b) O deslizamento entre as distâncias: d a b d 4 1 3m = − = − = c) Trabalho de atrito sobre A: A A A Fat .d .cos0 2.4.1 8J τ = − τ = − = − Trabalho de atrito sobre B: B B B Fat .d .cos0 2.1.1 2J τ = − τ = = d) Trabalho do atrito: AB A B AB 8 2 6J τ = τ + τ τ = − + = − Exemplo 72 Uma partícula percorre um eixo (Ox) versor i . Uma mola exerce na partícula uma força ( F ) dirigida de P para O e tendo intensidade que segue a lei | F | = k ∙ |x|. Sendo x em metro a abscissa de P e k = 8 kN/m a constante elástica da mola. Exprimir o vetor F = F ∙ i , desde –1 a 1 m e fazer diagrama cartesiano (x; F). Adotar energia potencial nula em O. Exprimir a energia potencial (EP) da mola em função de x. 162 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Resolução Como temos o valor da constante elástica (k), e utilizando o conceito de força elástica F = –k ∙ x, podemos montar um gráfico de força em função do comprimento da mola. O gráfico da força elástica da mola pode ser visualizado na figura a seguir. Como podemos observar, o coeficiente de atrito ou coeficiente angular é linear e negativo para a mola. x(m) 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 F(kN) -1 1-0,5 0,50 Figura 74 – Gráfico da constante elástica da mola A energia potencial elástica varia com o quadrado do alongamento da mola: EP = k 2 ∙ x2. O gráfico de energia com o alongamento da mola pode ser visualizado na figura a seguir. Podemos observar que a energia varia com coeficiente quadrático e matematicamente tem o formato de uma parábola. x(m) E(J) -1 1-0,5 0,50 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 -0,5 Figura 75 – Gráfico da energia em função do comprimento da mola 163 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA 6.1.2 Potência A velocidade em que o trabalho é realizado é chamada de potência. O trabalho é uma grandeza escalar executada em um intervalo de tempo (Dt). P t τ = Δ Pelo princípio fundamental da Dinâmica, a potência pode ser descrita como a velocidade da força. d P dt f .dx P dt P f .v τ = = = A grandeza que expressa a potência é o watt, símbolo W, que é o mesmo que joule vezes segundo (J ∙ s). Saiba mais As corridas de Fórmula 1 são muito populares no mundo. Esses carros utilizam motores de explosão que possuem maior potência que motores elétricos de outra categoria conhecida como Fórmula E. Procure saber mais acessando o site da Federação Internacional de Automobilismo (FIA): <www.fia.com>. Exemplo de aplicação Exemplo 73 Um paraquedista tendo peso P = 800 N desce uniformemente com velocidade v = 6 m/s. Com que potência a resistência do ar dissipa a energia mecânica? Resolução A velocidade é constante, portanto a resistência do ar equilibra a força peso: F P 800N= = 164 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Potência: d dP P F F.v dt dt τ = ⇒ × ⇒ Substituindo a força peso e a velocidade, encontramos P = 4800 W Exemplo 74 Uma locomotiva de massa ml = 180 t traciona uma composição de vagões mv = 600 t em via reta horizontal. A força de tração nas rodas motrizes equivale a 1/6 do peso da máquina. O coeficiente de atrito ao movimento é µ = 0,005. Pede-se: a) aceleração da composição; b) potência dissipada à velocidade de 72 km/h. Resolução a) A força necessária para mover a locomotiva nos trilhos é: 1 1 F .m.g .180000.10 6 6 F 300000N = = = A força de resistência é: resistência vagões resistência resistência F .(m m ).g F 0,005.(180000 600000).10 F 39000N = µ + = + = Aceleração é: tr resist vagões resistência vagões 2 F F (m m ).a F F 300000 39000 a m m 600000 180000 a 0,33 m / s − = − − − = = + + = b) Transformando a velocidade de 72 km/h em metros por segundo: 72000 20 m / s 3600s = 165 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Potência dissipada: resistP F .v P 39000 20 P 780000W = = ⋅ = Exemplo 75 Um avião com massa m = 5.000 kg alça voo em inclinação de 30°, com velocidade constante v = 600 km/h. Adotar g = 10 m/s2. A resistência do ar tem intensidade R = k ∙ v2, com k = 2,0 [SI]. Determinar a potência de tração. Resolução Inicialmente vamos converter a velocidade em metros por segundo: 600000m 166,6 m / s 3600s = Vamos colocar na tabela a seguir as forças às quais o avião é submetido. Tabela 37 – Esquema das forças que atuam no avião Fat (F3) Tração (F1) θ1 = 0º Normal (F2) Eixo y Eixo x (0º) Direção do movimento Peso B (F4) θ4 θ2 θ3 Eixo x – Direção do movimento Fx 1 1 2 2 3 3 4 4 1 2 3 4 1 3 4 m.a F .cos F .cos F .cos F .cos m.a F cos0º F .cos90º F .cos180º F .cos240º m.a F F 0,5F m.a = θ + θ + θ + θ = + + + = − − = ∑ Eixo y – Perpendicular ao movimento Fy1 1 2 2 3 3 4 4 0 1 2 3 4 2 4 0 F .sen F .sen F .sen F .sen 0 F .sen0 F .sen90º F .sen180º F .sen240º 0 F 0,866F 0 = θ + θ + θ + θ = + + + = − = ∑ A força de empuxo (F1) deve contrabalancear a resistência do ar (F3) e a força peso (F4), mas o avião sobe com velocidade constante, logo a aceleração é zero: 1 3 4 2 1 F F 0,5.F 0 F K.v 0,5.m.g 0 − − = − − = 166 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Potência de propulsão: 2 2 6 P F .v (K.v 0,5.m.g).v P (2.166,6 0,5.5000.10).166,6 P 5,1x10 W = = − = − = Exemplo 76 Uma partícula com massa m = 1,0 kg, inicialmente estacionária, é submetida a uma força resultante invariável. Após t = 2 s a velocidade é v = 2 m/s. Determinar: a) o trabalho realizado desde o início até a data t’ = 6 s; b) a potência média durante esse tempo; c) as potências instantâneas iniciais e finais. Resolução a) Inicialmente, encontrar a aceleração através da equação do movimento uniformemente acelerado: 20 o v vv 2 0 a 1m / s t t t 2 0 −Δ − = = = = Δ − − Depois de encontrada a aceleração, montamos a equação do movimento e substituímos o tempo em 6 s. 0v v a.t v 0 1 6 6m / s = + = + × = Trabalho é variação da energia cinética, portanto: c 22 2 2 0 E m.vm.v 1.6 1 0 18J 2 2 2 2 τ = Δ − τ = − ⇒ − = b) Potência média é a variação do trabalho pelo tempo médio: 0 média 0 18 0 P 3W t t t 6 0 τ − τΔτ − = = = = Δ − − 167 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA c) Potência instantânea é calculada no tempo muito curto 0 e 6 s: F m.a F.S.cos m.a.S.cos m.a.S.cos 1 1 0 cos180 P 0W t t 0 m.a.S.cos m.a.v.t.cos 1 1 6 6 cos180 P 6W t t t 6 = τ = θ τ = θ τ θ × × × = = = = τ θ θ × × × × = = = = = Exemplo 77 Em um fuzil, a bala percorre o cano em 0,00125 s e adquire energia cinética igual a 4.000 J. Qual a potência que desenvolve o fuzil durante o disparo? Resolução Força é massa multiplicada pela aceleração: F = m ∙ a. Energia cinética é massa multiplicada pela velocidade: Ec = m ∙ 2v 2 Trabalho é variação da energia cinética: τ = ΔEc. Trabalho é força durante o deslocamento: τ = F ∙ S Potência é o trabalho pelo tempo: P = t τ c 6 E 4000 P t 0,00125 P 3,2x10 W = = = Exemplo 78 Uma bala de massa 30 g, com velocidade horizontal v0 = 540 m/s, atravessa um poste de madeira de espessura 15 cm. A resistência que a madeira opõe ao movimento da bala é 500 kgf, suposta invariável. Com que velocidade a bala sai da madeira? Resolução Transformar os valores para o [SI]: 168 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III m = 1.000 g = 1 kg → 30 g = 0,03 kg S = 100 cm = 1 m → 15 cm = 0,15 m F = 1 kgf = 10 N → 500 kgf = 5.000 N Como a energia cinética final é menor que a energia cinética inicial, o trabalho é negativo, e as forças não são conservadas. c2 c1 22 0 2 2 0 E E m.vm.v F.S 2 2 2.F.S 2.5000.0,15 v v 540 m 0,03 v 491,5 m / s τ = − − = − = − = − = Exemplo 79 Um menino desce em um tobogã por declive de altura 10 m. A gravidade local tem intensidade 10 m/s2. O menino parte do repouso. Do trabalho da gravidade são dissipados 28%. Com que velocidade o menino atinge a base do tobogã? Resolução Trabalho é variação da energia mecânica: m m p c E E E E τ = Δ = + Consideramos que a energia potencial se transforma em energia mecânica e as forças são conservativas. m2 m1 p2 c2 p2 c1 2 2 2 1 2 1 E E E E E E m.v m.v m.g.h m.g.h 2 2 = + = + + = + De acordo com o enunciado, a velocidade inicial v1 é zero, e na base do tobogã a altura h2 é zero. Como a massa está nos dois lados da equação, ela pode ser cancelada. 169 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA 2 1 2 2 v 2.g.h .0,72 v 2.10.10.0,72 v 12m / s = = = Observação O escorregamento de um objeto em um plano inclinado obedece às mesmas leis da queda livre, ou seja, a massa pode ser desprezada e utilizamos somente as equações do movimento, ou, no caso, da energia. No plano inclinado a aceleração é constante, como se fosse a aceleração da gravidade, mas com valor menor. 6.1.3 Quantidade de movimento A quantidade de movimento linear é um vetor p definido pelo produto da massa (m) do corpo pelo vetor ( v ), que representa a sua velocidade p = m v . O princípio fundamental da Dinâmica pode ser enunciado a partir dessa grandeza. dp d f (mv) dt dt = = Da expressão: dp f dt = , obtém-se dp fdt d(mv)= = A expressão f dt é chamada impulso da força f no intervalo de tempo elementar dt. Consideremos um corpo que no instante inicial t1 ocupe a posição P1 e esteja dotado de movimento v1. No instante t2 ocupe a posição P2 e movimento v2. A variação da quantidade de movimento entre essas duas posições será? P t t t2 2 2 2 2 1 P t t t1 1 1 1 dv p dp fdt m dt m dv mv mv dt Δ = = = = = −∫ ∫ ∫ ∫ A expressão t2 t1 fdt I=∫ chama-se impulso da força f no intervalo de tempo t2-t1. 170 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Exemplo de aplicação Exemplo 80 Uma força de intensidade 20N atua horizontalmente na direção do centro de massa em um bloco por 5,0 s. Qual o módulo do impulso dessa força? Resolução A integral da força entre os tempos inicial e final é o impulso. Então: t2 t1 5 5 0 0 fdt I I fdt 20 dt 20.(5 0) I 20.5 100N.s = = = = − = = ∫ ∫ ∫ Exemplo 81 Um bloco de massa 0,5 kg desliza com velocidade 2 m/s sobre uma superfície sem atrito. No instante t0 = 0 passa a atuar sobre ele uma força horizontal de intensidade 1,0 N na mesma direção e sentido da velocidade. Pede-se: a) o impulso no intervalo de tempo 0 a 2 s; b) a quantidade de movimento inicial do bloco; c) a quantidade de movimento no instante 2 s; d) a velocidade no instante 2 s. Resolução a) Utilizando o tempo de 2 s aplicado à força de 1,0 N: t2 t1 2 2 0 0 fdt I I fdt 1 dt 1.(2 0) I 1.2 2N.s = = = = − = = ∫ ∫ ∫ 171 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA b) Pela quantidade de movimento linear no instante inicial: p m.v p 0,5.2 p 1kg m / s = = = c) Como o impulso é a variação da quantidade de movimento linear: 2 1 2 2 I m.v m.v 2 p 1 p 3kg m / s = − = − = d) Utilizando a quantidade de movimento linear no instante 2 s: 2 2 2 2 p m.v 3 0,5.v v 6 m / s = = = Exemplo 82 Um bloco de concreto é arrastado por uma força F de 300 N, que forma um ângulo de 37 graus com a horizontal. O bloco se desloca horizontalmente por 5 m em 10 s. Determine a potência desenvolvida para arrastar o bloco.Desconsidere o atrito. Resolução O trabalho realizado no bloco: F.S.cos 300.5.cos37 1200J τ = θ τ = τ = Cálculo da potência: d P dt 1200 P 10 P 120W τ = = = 172 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Exemplo 83 Um elevador de massa 800 kg sobe a uma gravidade de 10 m/s2. Sobe 2,5 m em 4,6 s e com aceleração de 1,5 m/s2. Determine a potência do motor. Resolução Todas as grandezas estão no Sistema Internacional [SI]. Inicialmente, vamos calcular a força que puxa o elevador e seu peso: pesoF F m.a F m.a m.g F m(a g) F 800.(1,5 10) F 9200N − = = + = + = + = O trabalho da força que puxa o elevador por 2,5 m a 90 graus: F.S.cos 9200.2,5.cos90 23000J τ = θ τ = τ = Potência do motor, a qual é o trabalho realizado em 4,6 s: d P dt 23000 P 4,6 P 5000W τ = = = Resumo Trabalho: Força necessária para produzir um deslocamento (S) do objeto na trajetória: F .S.cosτ = θ 173 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Onde: τ = trabaho realizado em joules (J) F = força em newtons (N) S = deslocamento do objeto em metros (m) Energia cinética: A força aplicada num corpo e realizando trabalho (τ) provoca a variação da energia cinética. A energia cinética é definida como: 2 c 1 E mv 2 = Onde: Ec = energia cinética em joules (J) m = massa do corpo em quilogramas (kg) v = velocidade do corpo em metros por segundo (m ∙ s–1) Energia potencial: Valor numérico para posição do corpo em relação a um ponto de origem no sentido vertical à superfície da Terra: U m.g.z= Onde: U = energia potencial do corpo em joules (J) m = massa do corpo em quilogramas (kg) g = aceleração da gravidade local medida em (m ∙ s–2) z = variação da posição vertical do corpo medido em metros (m) Trabalho de uma força elástica: Força necessária para deslocar o objeto entre as posições inicial e final: 2 2 1 2 2 1 k (r r ) 2− τ = − − τ = trabalho da força elástica em joules (J) 174 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III k = constante elástica do objeto r1 = posição inicial do corpo medida em metros (m) r2 = posição final do corpo medida em metros (m) Energia potencial elástica: Variação do trabaho de uma força elástica: 2kU r 2 = Onde: U = energia potencial do corpo em joules (J) k = constante elástica do objeto r = posição do corpo em relação à origem medida em metros (m) Energia potencial gravitacional: Trabalho para movimentar um corpo de massa (m) em um campo gravitacional: P P Mm U G R = Onde: U = energia potencial do corpo em joules (J) G = constante gravitacional m = massa do corpo medida em quilogramas (kg) M = massa do segundo corpo medida em quilogramas (kg) R = posição do corpo em relação à origem medida em metros (m) Potência: Definida como a velocidade em que o corpo se move da posição inicial até a posição final, ou seja, velocidade em que é realizado o trabalho: P t τ = Δ 175 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Onde: P = potência medida em watt (W) ou joules por segundo (J ∙ s–1) τ = trabalho medido em joules (J) Dt = intervalo de tempo medido em segundos (s) Impulso: Variação da quantidade de movimento linear, ou seja, a variação da velocidade entre um intervalo de tempo (t). Pode ser obtido pela multiplicação da massa (m) pela velocidade do corpo. p mv= Onde: P = impulso medido em newton vezes segundo (N ∙ s) m = massa medida em quilograma (kg) v = velocidade medida em metros por segundo (m ∙ s–1) Exercícios Questão 1. Os ensaios de impacto foram desenvolvidos na primeira metade do século XX para determinar a sensibilidade que possuem os materiais à propagação de trincas, quando estes são submetidos a um choque. Sua concepção é simples: um corpo de prova padronizado com um entalhe é rompido pela ação de um martelo em forma de pêndulo. O equipamento utilizado está mostrado na figura. Martelo Local do corpo de prova Figura 76 – Máquina de ensaio de impacto O princípio de operação pode ser analisado pela sequência mostrada na figura a seguir. 176 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Escala Ponteiro Martelo Posição de início Posição final (A) (B) (C) a Bigorna Corpo de prova Figura 77 – Sequência de operações no ensaio de impacto O pêndulo é levado até uma posição tal que o seu centro de gravidade fique a uma altura a em relação a uma referência qualquer (figura 77A). Desprezando a resistência do ar e o atrito no pivô, uma vez liberado e na ausência do corpo de prova, o pêndulo deverá atingir a mesma altura do outro lado pelo princípio da conservação da energia. Se o corpo de prova é inserido e rompido pelo impacto do pêndulo (figura 77B), a energia absorvida nessa operação faz o pêndulo atingir, no outro lado, uma altura máxima b menor que a (figura 77C). Considere que no ensaio de um material a altura a é de 1 m, que a massa do martelo é igual a 10 kg e que a altura b, após o martelo romper o corpo de prova, é igual a 0,7 m. Considerando desprezíveis os atritos existentes no equipamento e considerando que a aceleração da gravidade é igual a 10 m/s2, a energia absorvida pelo corpo de prova no ensaio é de: A) 100 J. B) 70 J. C) 30 J. D) 60 J. E) 140 J. Resposta correta: alternativa C. Análise das alternativas O enunciado informa que a energia absorvida pelo corpo de prova é igual à diferença entre as energias potencias do martelo nas posições a e b. 177 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a MECÂNICA CLÁSSICA Sabendo que a energia potencial (Ep) é dada por: Ep m g h= ⋅ ⋅ Em que m é a massa do corpo, g a aceleração da gravidade e h a altura, a energia absorvida pelo corpo (Ecorpo) fica: ( ) corpo a b corpo a b E m g h m g h E m g h h = ⋅ ⋅ − ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ − Em que ha é a altura inicial do martelo, hb é a altura que o martelo atinge após romper o corpo de prova e m é a massa do martelo. Assim, ( ) ( )corpo a b corpo 2 corpo m E m g h h E 10 kg 10 1 m 0,7 m s E 30 J = ⋅ ⋅ − = ⋅ ⋅ − = A) Alternativa incorreta. Justificativa: na alternativa está apresentada a energia potencial do martelo na posição inicial. B) Alternativa incorreta. Justificativa: na alternativa está apresentada a energia potencial do martelo na posição final. C) Alternativa correta. Justificativa: ver a solução. D) Alternativa incorreta. Justificativa: não há razão para essa resposta. E) Alternativa incorreta. Justificativa: na alternativa está apresentado o dobro da energia potencial do martelo na posição final. Questão 2. Nas competições de motocross é muito comum acontecerem os saltos com as motocicletas. Esses saltos, além de servirem de meio para que os pilotos mostrem suas habilidades, permitem que o tempo de percurso no circuito seja reduzido. 178 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr amaç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III O piloto de uma determinada equipe foi alertado por sua equipe que a suspensão dianteira de sua motocicleta só suportaria o impacto no solo se a velocidade de impacto não ultrapassasse 18 km/h. Figura 78 Disponível em: <http://www.tvreplay.com.br/wp-content/uploads/2016/02/1111.jpg>. Acesso em: 17 out. 2018. Adaptada. Considerando essa situação, sabendo que a massa da motocicleta é igual a 150 kg e a do piloto igual a 70 kg, e considerando a aceleração da gravidade como 10 m/s2, a altura máxima que o motociclista pode saltar é: A) 10 m. B) 2,5 m. C) 1,25 m. D) 5 m. E) 15 m. Resolução desta questão na plataforma.
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