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clinica de peq - tvt

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Tvt 
Tumor venéreo transmissível 
 
 
1. Introdução 
 
O Tumor Venéreo Transmissível é 
uma das principais neoplasias que 
acometem cães e, que em 
condições naturais, afeta somente a 
espécie canina (ROGERS, 1997). O 
tumor venéreo transmissível ou 
Tumor de Sticker é a neoplasia de 
ocorrência espontânea mais comum 
dos órgãos genitais, não 
envolvendo qualquer agente 
infeccioso em sua etiologia. Sua 
transmissão ocorre quando células 
tumorais e/ou neoplásicas são 
implantadas mecanicamente, 
através de montas naturais e 
também por lambedura excessiva 
da área genital, podendo ocasionar 
lesões em nariz, boca, cavidade oral 
e até mesmo na pele (TILLEY e 
SMITH, 2008). 
 
A idade de maior ocorrência desta 
neoplasia é entre dois e cinco anos, 
momento em que os cães estão no 
auge de sua fase reprodutiva 
(FONSECA, 2009). Quanto à 
predisposição sexual, estudos 
apontam maior incidência em 
fêmeas comparada aos machos 
(ALABANESE et al., 2002; 
BRANDÃO et al., 2002). 
 
2. Sinais clínicos 
 
Os sinais clínicos podem variar 
dependendo da localização. Na 
vulva, os pacientes apresentam 
aumento de volume, odor fétido e 
secreção serosanguinolenta. Em 
machos, quando localizado em 
pênis ou prepúcio, podem ser 
observados aumento de volume, 
dificuldade de expor o pênis, 
descarga prepucial 
serosanguinolenta, odor forte, 
fimose ou parafimose, hematúria e 
disúria. Em cavidade nasal pode 
ocorrer aumento de volume, 
desconforto respiratório, epistaxe, 
secreção purulenta ou 
serosanguinolenta. Na cavidade 
oral é mais comum a ocorrência de 
ulceração, dificuldade de 
mastigação e fístula oronasal. Em 
pele, as lesões se apresentam como 
formações nodulares algumas vezes 
localizadas ou disseminadas, 
podendo apresentar ulceração ou 
	 	
não (TINUCCI-COSTA, 2009; 
MORGAN, 2010). 
 
 
 
3. Diagnóstico 
 
Para o diagnóstico, o histórico 
clínico é útil e deve considerar: cães 
vindos de abrigos ou das ruas, 
animais semidomiciliados e fêmeas 
que fugiram durante o cio ou que 
tiveram contato sexual com cães 
desconhecidos. O exame físico tem 
o objetivo de pesquisar os locais 
que ocorrem as lesões, obter 
informação quanto à característica 
das lesões para obter diagnóstico 
presuntivo compatível com TVT, é 
importante que haja meticuloso 
exame nos órgãos genitais e em 
machos deve ser realizada a 
exposição completa até a base do 
pênis e em fêmeas é útil o exame 
com auxílio de vaginoscópio. 
 
Para o diagnóstico definitivo é 
necessário técnica citológica que 
pode ser realizada por meio de 
impressão sobre lâmina de 
microscopia das regiões com 
tumorações ou por meio de 
Citologia Aspirativa por Agulha Fina 
(CAAF). 
 
4. Tratamento 
 
O fármaco mais amplamente 
empregado é a vincristina (0,5 - 
0,7mg/m2 via endovenosa, uma vez 
por semana, durante mais ou 
menos um mês), há outros 
protocolos que recomendam a 
associação de vincristina ao 
metotrexate ou ciclofosfamida, 
também semanalmente. 
Outro quimioterápico utilizado é a 
doxorrubicina a cada três semanas. 
É comum notar regressão da massa 
tumoral desde a primeira aplicação 
e remissão completa até a 4ª 
aplicação. 
Outras modalidades terapêuticas 
que podem ser avaliadas é a 
excisão cirúrgica, 
eletroquimioterapia, terapia 
fotodinâmica, radioterapia e 
criocirurgia. 
 
Obs: No manuseio da vincristina, 
deve-se tomar precauções, evitando 
o contato desta com a mucosa da 
pele, pois ela pode causar irritações 
e ulcerações dolorosas. A melhor 
forma de ser usada é seguindo as 
normas de paramentação 
completas, visando a proteção física 
do individuo. 
Aconselha-se a utilização de luvas e 
botas de borracha, avental plástico 
ou de material impermeável com 
mangas longas, gorro e máscara de 
materiais impermeáveis e óculos de 
proteção. Essa paramentação deve 
ser estendida a todos os ocupantes 
da sala de quimioterapia. 
 
 
5. Referências 
 
HUPPES, R. R. et al. Tumor venéreo 
transmissível (TVT): estudo 
retrospectivo de 144 casos. Ars 
veterinária, Jaboticabal. v. 30, n. 1, 
p. 013-018, 2014. 
 
SILVA, M. C.V. et al. Avaliação 
epidemiológica, diagnóstica e 
terapêutica do tumor venéreo 
transmissível (TVT) na população 
canina atendida no hospital 
veterinário da UFERSA. Acta 
Veterinaria Brasilica, v. 1, n. 1, p. 28-
32, 2007.

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