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Resumo Processo de execução

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SUMÁRIO
1. Introdução	1
2. Partes no processo de execução	2
3. Requisitos necessários para realizar qualquer execução	3
4. Das diversas espécies de execução – Disposições Gerais	4
5. Da execução para entrega de coisa certa	6
6. Da execução para entrega de coisa incerta	7
7. Da execução das obrigações de fazer ou de não fazer	8
8. Conclusão	9
Referencias Bibliográficas	10
1. Introdução
É natural que ocorram conflitos nas relações humanas. Quando à pretensão do titular de um dos interesses em conflito, opõe o outro a resistência, o conflito assume as feições de uma verdadeira lide.
Segundo Carreira Alvim, “a lide nada mais é do que um modo de ser do conflito de interesses, qualificado pela pretensão de um dos interessados e pela resistência do outro”
Diante disso o Estado viu-se na obrigação de criar normas para que as lides fossem solucionadas, de modo à reestabelecer a ordem social. Assim o Estado exerce jurisdição sobre a lide. A jurisdição se materializa através do processo judicial, que do ponto de vista intrínseco, consiste na relação jurídica que se estabelece entre autor, juízo e réu, com a finalidade de acertar o direito controvertido, acautelar esse direito ou realiza-lo.
O processo traz particularidades, dependendo da finalidade para qual a jurisdição é provocada. O Código de Processo Civil em seu art. 270 apresenta três espécies de processo: de conhecimento (ou cognição), de execução e cautelar.
O processo executivo, que é o objeto específico deste trabalho, restringe-se a atos necessários à satisfação do direito do credor e, consequentemente, a compelir o devedor a adimplir a obrigação, seja de pagar quantia, entregar coisa, fazer ou não fazer.
Para que se proponha um processo de execução, deve existir em um primeiro plano o não cumprimento de uma obrigação assumida, assim a tutela executiva busca a satisfação ou realização de um direito já acertado ou definido em título judicial ou extrajudicial, a fim da eliminação de uma crise jurídica de inadimplemento. Na execução, o Estado atua como substituto, promovendo uma atividade que competia ao devedor exercer: a satisfação da prestação a que tem direito o credor. Somente quando o obrigado não cumpre voluntariamente a obrigação é que tem lugar a intervenção do órgão judicial executivo. Dai a denominação de "execução forçada", adotada pelo Código de Processo Civil, no art. 566, à qual se contrapõe a ideia de "execução voluntária" ou "cumprimento" da prestação, que vem a ser o adimplemento.
2. Partes no processo de execução 
Sobre as partes do processo de execução, para que haja melhor compreensão, será divido em legitimidade ativa e legitimidade passiva.
Legitimidade Ativa : Nos artigos 566 e 567 do Código de Processo Civil estão presentes as pessoas que têm tal legitimidade. São elas:
a) O credor, a que a lei confere título executivo: Sua legitimidade é ordinária, visto que estará em juízo em nome próprio, postulando direito que é seu;
b) O sucessor “causa mortis”: Quais sejam, o espólio, herdeiros e sucessores do credor, sempre que, “por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo” (art. 567, I, CPC). Aqui, a legitimidade continuará sendo ordinária, visto que o direito do credor passou aos seus herdeiros;
c) O cessionário: É aquele cujo qual o credor transferiu o título executivo. Legitimidade também ordinária já que, com a cessão, o cessionário passou a ser o titular de tal direito;
d) O Ministério Público: Postulará por interesse alheio – apenas nos casos previstos em lei –, razão pela qual a legitimidade será extraordinária;
e) O sub-rogado: Ocorre quando houve a transferência de direitos do credos àquele que resolveu a obrigação, ou emprestou o necessário para tanto. Legitimidade ordinária, visto que o agente que paga sub-roga-se na condição de novo credor;
f) O fiador sub-rogado: No mesmo caso acima, porém quando a dívida é paga pelo fiador;
g) A vítima do Processo Penal: Mesmo não figurando no título executivo, pode requerer a execução da indenização por danos que sofreu – logicamente, pressupõe-se a liquidação prévia para tanto;
h) O advogado: Diz respeito aos honorários que lhe são devidos. É possível que os honorários sejam executados em conjunto com o principal, em nome da parte exequente, ou que o principal seja executado em nome do exequente e, os honorários, em nome próprio do advogado.
Legitimidade Passiva : No artigo 568 do Código de Processo Civil estão presentes as pessoas que têm tal legitimidade. São elas:
a) O devedor, reconhecido como tal no título executivo: Se a execução for atinente à título judicial, é aquele contra quem foi imposta a condenação; se à título extrajudicial, o que no título figura como devedor;
b) O sucessor “causa mortis”: Aplicam-se as mesmas regras quando da legitimidade ativa. No entanto, observar-se-á que a dívida não pode ultrapassar o valor da herança;
c) O novo devedor: É aquele que assumiu, com consentimento do credor, a obrigação proveniente do título executivo. É obrigatório que a assunção do débito tenha anuência do credor, visto que, como o devedor responde com seu patrimônio, em o novo devedor possuindo patrimônio menor, o credor será prejudicado;
d) O fiador judicial: É aquele que assume a responsabilidade pelo pagamento do débito garantido. Mesmo não tendo participado do processo de cognição, poderá lhe ser demandado, em sede de execução, o débito pelo qual tornou-se responsável;
e) O responsável tributário: É de competência da legislação tributária indicar quem é o responsável;
f) O avalista: É quem presta garantia do pagamento do título de crédito, em o devedor inadimplindo com tal obrigação. O aval deve ser consignado no título. Em razão da autonomia do instituto, a execução poderá ser realizada diretamente contra o avalista, o qual, pagando a dívida, sub-rogar-se-á no crédito.
3. Requisitos necessários para realizar qualquer execução
Requisitos necessários e indispensáveis para toda e qualquer execução, quais sejam:
a) Título: é indispensável ao ato executório (tanto Cumprimento de Sentença, quanto Execução) e é considerado um pressuposto de direito, ou seja, se não houver um título executivo, independentemente se for judicial ou extrajudicial, não há como ocorrer a Execução ou Cumprimento de Sentença;
b) Inadimplemento: o devedor da obrigação deve não ter cumprido com tal, para que assim, seja possível executar ou cumprir a sentença, uma vez que, o título deve estar vencido e não pago para justificar seu cumprimento ou execução.
Por fim, valer ressaltar que o título executivo possui 3 requisitos que são imprescindíveis para que possa ser executado ou cumprido, e estão previstas no art. 783 CPC. São elas: certeza, liquidez e exigibilidade.
Certeza: É certo o título quando não deixa dúvida alguma a respeito da sua validade. Em se tratando de cotas/verbas condominiais, o débito será certo desde que previsto na Convenção ou/e aprovado em Assembleia Geral, observando-se seu quórum específico para cada despesa, em consonância com o Código Civil;
Liquidez: É líquido quando o título não deixa dúvida em relação ao seu objeto.Tem que constar de forma expressa a importância da prestação (valor). Tais valores devem, obrigatoriamente, por força da lei, estar em perfeita conformidade com os aprovados em assembleia;
Exigibilidade: Decorre quando o cumprimento desta obrigação, ou seja, o pagamento, não depende de termo ou condição, nem está sujeito a outras limitações. No caso das dívidas condominiais, elas precisam estar vencidas. Via de regra, o vencimento dessas despesas está previsto em ata de assembleia, cuja alteração poderá ser realizada através de assembleia geral, em decorrência da necessidade financeira de cada condomínio.
4. Das diversas espécies de execução – Disposições Gerais
As diversas espécies de execução abordam as formas de cobrar o devedor qual sejam pagar, entregar coisa, fazer ou não fazer e as subespécies da execução de prestação alimentícia, da execução contra a fazenda pública e da execução fiscal. A própria leiexige que o credor aponte o título executivo à petição inicial, exceto se for judicial. A execução de obrigação de fazer e não fazer consiste em ser determinado ao devedor construir um muro ou não construir um muro, por exemplo, sendo uma obrigação positiva e outra negativa. Execução de entrega da coisa, pode ser certa ou incerta, a coisa certa consiste em entrega de uma pintura de um pintor celebre, a coisa incerta será indicada, ao menos, por gênero e quantidade exemplo entregar sacas de soja. Execução de pagar quantia certa incide nas circunstâncias em que há uma obrigação do devedor em pagar a seu credor quantia certa em dinheiro, através de título executivo judicial ou extrajudicial. As execuções especiais são elas: a execução contra a fazenda pública, execução de prestação alimentícia e a execução fiscal.
Onde pode fundar-se em título judicial ou extrajudicial; no primeiro caso trata-se do chamado cumprimento sentença instituído pela reforma do processo executivo através da lei 11.232/2006. Há que se fazer referência, ainda, ao procedimento de execução por quantia certa contra devedor insolvente, este de caráter coletivo, e guardadas as devidas peculiaridades, mais parecido como procedimento de falência da pessoa jurídica.
A escolha do tema está ligada as formas de execução que não é somente de pagar um determinado valor fixado na sentença, e que se caso o devedor não adimplir com a sentença será obrigado a cumprir deveres e assim satisfazer o crédito do credor lesado. Será explanado as espécies de execução e como cada uma funciona, de acordo com o tipo de obrigação cujo adimplemento se reclama.
Execução contra a fazenda pública
Por compreender a fazenda pública como um conjunto dos meios financeiros tendo à finalidade a proteção dos interesses da coletividade, os bens pertencentes à União, Estado e Munícipio, são legalmente impenhoráveis. Daí a impossibilidade de execução contra a fazenda nos moldes comuns, ou seja, mediante penhora e expropriação. Realiza-se por meio de simples requisição de pagamento, feita entre o Poder Judiciário e Poder Executivo. A prestação de quantia certa por um procedimento complementar incidental denominado “cumprimento de sentença’’. O processo de execução por quantia certa, aplica-se as autarquias e demais pessoas jurídicas de direito público interno, como as fundações de direito público, sendo impenhoráveis não acontece com a sociedade de economia mista e as empresas públicas organizadas pelo Poder Público para prática de operações econômicas em concorrências com as empresas privadas.
Execuções de prestação alimentícia
A execução de prestação alimentícia se baseia em sentença ou acordo homologado em juízo para cumprimento de uma obrigação. A execução de sentença condenatória de prestação alimentícia é uma execução por quantia certa, subordinada, em princípio, ao mesmo procedimento das demais dividas de dinheiro a penhora em dinheiro, caso em que o oferecimento de embargos não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação, o que será feito independentemente de caução. O desconto da pensão em folha de pagamento, o que, evidentemente, importa certas alterações no procedimento comum na execução por quantia certa. Se o devedor exercer o cargo público, militar ou civil, direção ou gerência de empresa, bem como emprego sujeito a legislação do trabalho, a execução de alimentos será feita mediante ordem judicial de desconto em folha de pagamento. Nestes casos “a comunicação será feita à autoridade, à empresa ou ao empregador, por ofício, de que constarão os nomes do credor, do devedor, a importância da prestação e o tempo de sua duração.’’ Quando não for possível o desconto em folha de pagamento, o devedor será citado para, em três dias,
Execuções fiscais 
A execução fiscal está tipificada na lei 6.830/80 e tem por escopo dar o fisco um instrumento célere de cobrança de sua vida ativa (crédito), ou seja, a Fazenda ingressa em juízo para a cobrança forçada ao crédito tributário não adimplido. A Execução Fiscal é a existência da dívida regulamente inscrita como dívida ativa, pois do contrário não haverá o título executivo reclamado em toda espécie de Execução. Neste prisma, a certidão de dívida ativa é extraída com base nos dados previamente inscritos pela própria Administração Pública, sendo arrolado pelo CPC como título executivo extrajudicial. Tem-se por Dívida Ativa aquela regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento.
5. Da execução para entrega de coisa certa
A coisa certa é a coisa especificada, determinada, caracterizada e individuada entre todas as demais de sua espécie. A obrigação de dar é positiva, é a conduta humana que tem por objeto uma coisa. Por sua vez, a obrigação de dar coisa certa traduz o vínculo jurídico em que o devedor se compromete a entregar ao credor determinado bem móvel ou imóvel, perfeitamente individualizado.
A obrigação de dar coisa certa está prevista no Código Civil nos artigos 233 a 242. Nesta ação para entrega de coisa certa, o magistrado determina a citação do executado para cumprir a obrigação especificada no título executivo. De modo a coagir o executado a cumprir a obrigação, o juiz poderá fixar multa por dia de atraso. Diante do silêncio da norma, é de se admitir a possibilidade de fixação de ofício, em patamar que desestimule o executado a resistir, motivo pelo que se permite a sua revisão caso verificado ser insuficiente ou excessivo o valor inicialmente estipulado. Neste sentido: “Tratando-se de entrega de coisa certa, resulta viável juridicamente a imposição de multa em decisão interlocutória, podendo o juiz utilizar-se desta faculdade (art. 621 c/c art. 461, §§ 3º e 4º, do CPC).  Não cumprida a obrigação, autoriza o código a utilização de técnica sub-rogatória, que deverá vir expressa já no mandado de citação, coincidente com a imissão na posse, caso se trate coisa imóvel, ou de  expedição de busca e apreensão, se de coisa móvel. Para que o oficial de justiça pratique tais atos executivos, basta que o executado não efetue, no prazo legal (15 dias), a satisfação da obrigação, com a respectiva entrega da coisa em juízo. Encontrado o bem e estando em perfeito estado, fica satisfeita a obrigação.
6. Da execução para entrega de coisa incerta
A execução para entrega de coisa incerta está prevista no art 629. Tem cabimento nos casos de títulos q prevejam a entrega de coisas determinadas pelo gênero e quantidade. Excluem-se da execução das obrigações de dar coisa incerta, naturalmente as de dinheiro, que embora sendo fungíveis, são objeto de execução própria, e tem quantia certa.
Nas obrigações de coisa incerta, a escolha segundo o título, pode ser do credor ou do devedor. Se é do credor, deverá ele individualizar as coisas devidas na petição inicial da execução. Se for do devedor será este citado para entrega-las individualizadas a seu critério. Não se abre um incidente especial para definir, previamente a individualização da coisa, a citação é única e a resposta do executado já deve se dar pela entrega ou deposito da coisa escolhida, no prazo do art 621. Tanto a escolha do credor quanto a do devedor, podem ser impugnadas pela parte contraria nas 48 horas seguintes a manifestação de vontade (art 630). O prazo para a escolha do devedor é o da citação para a entrega dez dias (art 621). Tudo se passa dentro do procedimento executivo sem maiores formalidades.
Os critérios para escolha são os do art 244 com código civil atual, isto é o devedor não poderá dar coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. A apreciação da impugnação deve ser sumaria, decidindo-a o juiz de plano, se julgar necessário porém, poderá louva-se em perito, observando-se os procedimentos normais dos exames periciais (art 630). Superada a fase de individualização das coisas genéricas, o procedimento de execução é o mesmo observado na entrega da coisa certa.
7. Da execução das obrigações de fazer ou de não fazer
Execução das obrigações de fazer 
Vem tratando noart. 814 NCPC, as obrigações de fazer são aquelas em que o devedor se compromete a realizar uma prestação, consiste em atos ou serviços de natureza material ou imaterial. Distingue-se das obrigações de dar porque nestas o interesse do credor não está no fazer propriamente dito, mas na coisa. O que interessa credor é a restituição da coisa, não a conduta do devedor. Já nas obrigações de fazer, o interesse concentra-se na atividade dele, e suas qualidades pessoais podem adquirir grande importância. (Proferido o juiz de admissibilidade da petição inicial (que observará as regras do art. 798), o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o magistrado designar, salvo se outro constar do título executivo art. 815). A determinação do magistrado poderá ser – e na pratica o é – fortalecida pela cominação de multa nos moldes do art. 814 ou de outra medida de cunho coercitivo que se justifique diante do caso concreto. Se não satisfeita a obrigação, o exequente pode buscar seu cumprimento à custa do executado ou, desde logo, requerer sua reversão em perdas e danos, a serem liquidadas no mesmo processo, que converter-se á em execução por quantia certa (art. 816).
Execução das obrigações de não fazer
Só se pode falar em execução de obrigação de não fazer quando o devedor pratica o ato do qual, por força do título executivo, estava obrigado a abster-se. A obrigação, que tem conteúdo negativo, acaba adquirindo caráter positivo, porque, se o devedor a descumprir, será obrigado a desfazer aquilo a que, por força do título, não deveria ter realizado. O art. 822, pressupondo a descrição do inadimplemento tal qual o do precipitado art. 251 do C.C, na petição inicial autoriza o magistrado a assinar o prazo ao executado para desfazer o que não deveria, por força de lei ou de contrato, ter feito. Também aqui é plenamente justificável a cominação de multa coercitiva do art. 814, que poderá ser adotado em combinação e sem prejuízo de outras medidas de apoio. Se houver recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato à custa do próprio executado, que responderá por perdas e danos (art. 823, caput). Se o desfazimento não for possível, a obrigação resolve-se em perdas e danos a serem apurados (liquidados) no mesmo processo, que prosseguirá como execução por quantia certa (art. 823, parágrafo único).
8. Conclusão
Podemos concluir que que o procedimento executório de muito evoluiu. É claro que a facilidade de um credor receber um débito, não é das mais fáceis, não é só o Juiz declarar o seu direito e o mesmo executar a sua pretensão declarada. Há de observar que o sistema processual não impôs medidas rigorosas ao devedor.
Diferente dos métodos elencados no corpo deste trabalho. Hoje o devedor para eximir de sua obrigação imposta ou declarada, faz de tudo para que não pagar suas dívidas. A exemplo colocam seus bens em nome de outras pessoas denominadas popularmente como laranjas.
De outro lado com a evolução o devedor passou a ter a oportunidade de defender-se, ou seja, mesmo que não tenha bens para nomear a penhora, para daí embargar a execução. Pode, nos casos de não ter nada a propor para quitação do débito, arguir exceção de pré-executividade na possibilidade de apresentação de defesa em processo de execução – onde se ataca o direito de ação de execução, ou mesmo embargos do devedor – onde se resiste ao direito carregado na ação, sem que tenha havido constrição judicial.
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