Buscar

Revista ENAF Science 2018 parte 1

Prévia do material em texto

Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 3 
 
 
 
 
 VOLUME 13 - NÚMERO 01 - 2018 - MAGAZINE 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 4 
 
 
 
 
 
 
É com grande satisfação que, publicamos a Revista on-line ENAF SCIENCE. Tal 
publicação pode ser traduzida como uma forma de agradecimento e retribuição a 
todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento e 
aperfeiçoamento desse evento que integra o universo da atividade física e da saúde. 
 
No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formação de milhares de 
acadêmicos e profissionais da área de educação física, fisioterapia, nutrição, 
enfermagem, turismo e pedagogia. A partir de 2004 passamos a realizar o 
Congresso Científico vinculado ao ENAF, dando mais um passo na construção dos 
saberes que unem formação e produção. 
 
E a partir de 2006 pela Revista on-line ENAF SCIENCE. Esperamos que essa 
publicação enriqueça nossa área de ação. Nesta edição, estão presentes todos os 
trabalhos apresentados no Congresso Científico, seja sob forma de artigo completo 
ou como resumo na forma de pôster. 
 
Esperamos que este seja a continuação dos passos que pretendemos empreender 
na busca por um novo viés de conhecimento, fazendo com que o ENAF siga seu 
caminho mais essencial: participar da construção de uma ciência da atividade física. 
 
Fale Conosco: Tel.: (35) 3219-7850 
Contato@enaf.com.br 
www.enaf.com.br 
 
Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos respectivos autores, não 
sendo atribuível ao ENAF nenhuma forma de competência legal sobre os mesmos. 
mailto:Contato@enaf.com.br
http://www.enaf.com.br/
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 5 
 
 
 
 
ÍNDICE 
(Dica: clique no titulo abaixo para acessar a página do trabalho) 
 
ARTIGOS 
Sumário 
LESÕES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO EM JOGADORES DE FUTEVÔLEI: 
CAUSAS E PREVENÇÕES .................................................................................. 7 
DANÇAR NA TERCEIRA IDADE ........................................................................17 
CONHECIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS DOS PROFESSORES DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA .........................................................................................28 
OBESIDADE E A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA ....................................36 
INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO DESENVOLVIMENTO 
PSICOMOTOR DE CRIANÇAS COM IDADES ENTRE 5 E 6 ANOS. .......................46 
PREVALÊNCIA DE ACIDENTES POR QUEDAS EM IDOSOS PRATICANTES DE 
ATIVIDADE FÍSICA ..........................................................................................60 
A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA. UMA BREVE 
REVISÃO: PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E TENDÊNCIAS ....................................70 
 
 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 6 
 
 
 
 
 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 7 
 
 
 
 
LESÕES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO EM JOGADORES 
DE FUTEVÔLEI: CAUSAS E PREVENÇÕES 
FARIA, Í. L.¹; MEDEIROS, I.S.²; MEDEIROS, P.E.S.¹ ³ 
¹ Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – Divinópolis/MG 
² Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET – Araxá/MG 
³ Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS – Divinópolis/MG 
pauloedufmg@gmail.com 
RESUMO 
O futevôlei é um esporte de origem brasileira, e sua prática vem crescendo com o 
passar dos anos, porém há uma escassez de informações sobre esse esporte, 
principalmente quando se trata de lesões e até mesmo prevenção dessas lesões. 
Portanto, o objetivo deste estudo foi o de realizar uma revisão de literatura sobre as 
lesões mais recorrentes pela prática do futevôlei. De acordo com os estudos 
realizados, a região anatômica com maior incidência de lesões relacionadas ao 
futevôlei foi a da articulação do joelho isso se deve ao fato de que o futevôlei é um 
esporte que exige muito dos membros inferiores, por ser um esporte de alta 
intensidade e que necessita de muitos saltos e mudanças repentinas e bruscas de 
direção sobrecarregando a articulação do joelho. Este estudo retrata os principais e 
mais eficazes métodos de prevenção para lesões da articulação do joelho. Por fim, 
este estudo apresentou os achados dos artigos sobre as lesões de joelho e 
possíveis exercícios para prevenção em atletas de futevôlei e considera importante a 
necessidade de mais estudos de caráter experimental sobre as lesões recorrentes 
na prática do futevôlei. 
Palavras chave; Lesões de joelho, propriocepção, futevôlei, traumas articulares. 
ABSTRACT 
Footvolley is a sport of Brazilian origin, and its practice has grown over the years, but 
there is a shortage of information about this sport, especially when it comes to 
injuries and even prevention of these injuries. Therefore, the objective of this study 
was to perform a review of the literature on the most recurrent injuries by the practice 
of football. According to the studies carried out, the anatomical region with the 
highest incidence of footvolley-related injuries was that of the knee joint. This is due 
to the fact that footvolley is a sport that requires a lot of lower limbs because it is a 
high intensity sport and which requires many jumps and sudden and sudden changes 
of direction overloading the knee joint. This study depicts the main and most effective 
prevention methods for knee joint injuries. Finally, this study presented the findings of 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 8 
 
 
 
the articles on knee injuries and possible exercises for prevention in soccer players 
and considers important the need for more experimental studies on recurrent injuries 
in the practice of footvolley. 
Key words: Knee injuries, proprioception, footvolley, joint trauma. 
INTRODUÇÃO 
O futevôlei é um esporte que vem crescendo muito a cada dia, é de origem brasileira 
e surgiu por volta dos anos de 1960. Esse esporte já teve outros nomes até chegar a 
se chamar futevôlei, e um dos nomes dados a esse esporte era joguinho 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). 
Não existem relatos comprovados de quem foi o criador do esporte, porém um dos 
primeiros lugares onde o futevôlei foi praticado foi nas praias do Rio de Janeiro, 
onde os praticantes eram conhecidos por boleiros de praia, praieiros e ratos de 
praia. Por volta de 1960 o futebol nas praias do Rio de Janeiro havia sido proibido 
por intervenção militar, foi daí que surgiu o futevôlei (SOUSA, 2014). Logo após a 
proibição do futebol nas praias, os jogadores para não deixarem de praticarem 
esportes, uniram os fundamentos do vôlei com o futebol e foram para as quadras. 
No início da prática do futevôlei, os jogadores pegavam gols que havia nas praias e 
removiam suas redes, o chão era demarcado com riscos na areia dando aspecto de 
uma quadra, os gols ficavam no meio da quadra e eram usados como rede, eram 
divididos duas equipes, cada equipe de um lado da quadra, e não era permitido o 
toque de mão na bola, apenas pés e cabeça (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
FUTEVÔLEI, 2009). 
No surgimento do futevôlei as regras do jogo eram simples, a bola devia se manter 
no alto, o controle e o bom domínio era fundamental, o objetivo era fazer com que a 
bola tocasse o outro lado da quadra dentro da área demarcada da equipe adversária 
com no máximo três toques com a bola no ar. Com o passar dos anos o futevôlei foi 
evoluindo e novas regras surgindo fazendo com que o esporte se espalhasse pelo 
mundo inteiro (SOUSA, 2014).Atualmente a quadra de futevôlei possui 18m de comprimento por 9m de largura, e a 
altura de sua rede é de 2.00m para a categoria feminina e 2.20m para a categoria 
masculina tendo 1.00m metro de largura e 9.5m de comprimento. As regras atuais 
do esporte mudaram em relação ao surgimento, porém o futevôlei ainda é bem 
semelhante ao do inicial. O futevôlei é praticado em duplas (2x2) ou quartetos (4x4), 
sendo mais comum o formato em duplas. Em competições oficiais a marcação é de 
18 pontos por sete, porém deve haver uma diferença de 2 pontos para que o fim do 
sete seja concluído, e a cada 6 feitos pelas equipes deve-se trocar o lado da quadra. 
Já no formato 4x4 o sete vencedor é da equipe que realizar 25 pontos corridos 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 9 
 
 
 
Durante a partida as regras são básicas, cada equipe poderá tocar no máximo 3 
vezes na bola podendo voltá-la de primeira caso seja necessário, cada indivíduo 
poderá tocar apenas uma vez na bola com diversas partes do corpo, excluindo-se 
braço e mão, em casos de toque na rede por algum dos atletas é considerado falta e 
ponto da equipe adversária, também é considerado falta quando algum dos 
participantes invertam a ordem de saque ou saque com a bola em cima da linha 
(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). 
É de suma importância o conhecimento de todas as áreas em relação ao 
treinamento e lesões no futevôlei. Em primeiro momento por ser um esporte que 
está em constante crescimento no país e no mundo, sendo apresentado nas 
Olimpíadas de 2016 como um possível esporte que poderá entrar nas próximas 
olimpíadas. Já em segundo plano, por se tratar de um esporte tipicamente brasileiro 
que vem sendo jogado por diversas pessoas e que pela falta de adequação aos 
treinamentos, vêm sofrendo com o alto índice de lesões principalmente no joelho 
destes atletas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). 
No sentido de aprofundar o conhecimento sobre as práticas do futevôlei, os riscos 
de lesão e as possíveis formas de prevenção às lesões, faz-se necessário um 
agrupamento dos artigos científicos relacionados a esse esporte e, a transferência 
de informação sobre os possíveis mecanismos de lesão ocorridos no futevôlei, como 
similaridade em outros esportes como o futebol de areia e o vôlei de areia. Desta 
forma, vale apena considerar esportes como o vôlei e o futebol, por serem esportes 
similares ao futevôlei, a fim de fomentar os estudos iniciais a respeito da prevalência 
de lesões em praticantes de futevôlei (ALVES et a.l, 2015). 
Os principais movimentos e posturas adotadas na prática do futevôlei estão ligados 
diretamente com as lesões no esporte, o conjunto de movimentos exigem uma 
grande utilização de grupos musculares e suas principais ações, como é o caso da 
flexão e extensão de quadril, flexão e extensão de joelho, adução e abdução de 
quadril, flexão e extensão de tronco, protração e retração de cervical. Estes 
movimentos, quando combinados, formam os fundamentos técnicos utilizados no 
futevôlei, que são os passes de cabeça, com os pés, recepções com o peitoral e 
coxa, finalizações, defesas e saltos (SANTOS; PIUCCO; REIS, 2017; ALVES et al., 
2015). 
Desta forma, é possível fazer uma relação entre os movimentos provenientes dos 
fundamentos técnicos e as principais lesões ocorridas no futevôlei. Dentre as 
principais lesões ocorridas no futevôlei, a articulação mais acometida é a articulação 
do joelho (ALVES et al., 2015). Há diversos motivos que podem ocorrer lesões na 
articulação do joelho durante a sua prática, a assimetria muscular, desnível angular 
da articulação, baixa estabilidade da articulação do joelho, má execução de 
movimentos básicos do futevôlei, falta de alongamento e a instabilidade das quadras 
de areia são alguns dos vários fatores que causam lesões nesse esporte (ALMEIDA 
et al., 2010; PRATI 1998). 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
10 
 
 
 
Para evitar possíveis lesões a prevenção tem papel fundamental, quando se 
tratando de lesões da articulação do joelho há muitos recursos que podem prevenir 
essas lesões. Existem diversos treinamentos voltados à prevenção, o treinamento 
proprioceptivo é um dos treinamentos utilizados tanto na prevenção quanto na 
reabilitação de atletas já lesionados (LEPARECE; METSAVAHT; SPOSITO, 2009). 
 A musculação também é fundamental na prevenção, pois a musculatura bem 
equilibrada pode trazer uma estabilidade maior para articulação do joelho. Além da 
musculação outro método muito importante de treinamento é o alongamento, 
quando se trabalhado de maneira adequada faz com que os músculos se tornem 
mais flexíveis a fim de evitar uma lesão. É necessário também dar uma atenção na 
correção postural e de movimentos durante a prática do futevôlei, pois a execução 
correta de movimentos e a postura adequada durante a prática diminuem os índices 
de lesões no esporte (DOMINGUES 2008; BRITO; SOARES; RABELO, 2009). 
 
OBJETIVO GERAL 
Identificar a causa das lesões recorrentes da articulação do joelho em praticantes de 
futevôlei. 
METODOLOGIA 
Para a realização desse artigo foi realizada uma revisão de literatura narrativa 
acerca das principais lesões da articulação do joelho em atletas de futevôlei. As 
buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas MEDLINE, SciELO, 
LILACS e GOOGLE ACADÊMICO, utilizando os termos lesões de joelho, futevôlei e 
prevenção de lesões. Todos os artigos em inglês, português e espanhol, 
relacionados ao tema de lesões no joelho, esporte na areia e prevenção de lesões 
foram adotados e utilizados nas citações deste trabalho. 
 
MECANISMOS DE LESÕES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO 
Há diversos fatores que podem influenciar um praticante de futevôlei a terem 
possíveis lesões na articulação do joelho, e um deles é a irregularidade das quadras 
de futevôlei, isso se deve ao fato de serem de areia, o solo sempre estará instável, 
com partes com mais areia, outras com menos, gerando montes e buracos que 
levam risco aos atletas a todo momento (MENEZES; XAVIER; SANTOS, 2017). 
Toda essa instabilidade pode ocasionar mecanismos de lesões, como uma 
hiperextensão de joelho que pode ocorrer quando o indivíduo pisa em um buraco na 
areia causando danos no ligamento cruzado posterior LCP (CALDAS et al, 2013). 
Outro mecanismo de lesão que pode ocorrer é o de rotação medial e lateral da 
articulação do joelho, isso pode ocorrer quando o pé do praticante fica preso na 
areia após a tentativa do indivíduo de girar o corpo sobre o joelho, para uma 
mudança de direção repentina ou até mesmo uma desaceleração para realizar 
alguma jogada, esse mecanismo pode causar danos tanto no ligamento cruzado 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
11 
 
 
 
anterior LCA quanto no ligamento colateral medial e colateral lateral (BRITO; 
SOARES; RABELO, 2009). 
Há outros fatores que podem influenciar diretamente em lesões da articulação do 
joelho, e um desses fatores é o grau de complexidade dos fundamentos do futevôlei, 
por serem movimentos extremamente difíceis e que exigem muito dos praticantes, 
podendo acarretar em possíveis lesões. O alto desgaste de um atleta de futevôlei 
em uma partida diminui o controle motor, fazendo com que os movimentos sejam 
realizados de forma incorreta, sobrecarregando a articulação do joelho e gerando 
lesões, como exemplo um ataque de cabeça que exige saltar, se o atleta saltar e 
cair com os joelhos completamente estendidos isso irá gerar um impacto muito 
grande na articulação do joelho podendo ocasionar em lesões no menisco. 
Tomando como exemplo um levantamento ou defesa com os pés, se o atleta realizaro movimento incorreto desse fundamento, girando o corpo inadequadamente 
causando uma rotação medial e lateral de joelho brusca, que pode ocasionar em um 
rompimento parcial ou total do LCA (CAMARGO; STEWIEN, 2005). Além desse 
conjunto de fatores citados acima ainda existem outros como, o desequilíbrio 
muscular dos membros inferiores que podem prejudicar a coordenação levando a 
má execução dos movimentos do futevôlei, a propriocepção ineficiente nos atletas e 
a falta de fortalecimento nos músculos estabilizadores de joelho e quadril, todos 
esses fatores são agravantes que podem gerar lesões na articulação do joelho 
(DOMINGUES, 2008; BENETTI; SCHNEIDER; MEYER, 2005). 
O Shark ataque é principal jogada do futevôlei, e também a mais complexa de ser 
executada. A técnica desse fundamento acontece quando a bola está muito próxima 
à rede e o praticante deve saltar em direção a bola e toca-la de cima pra baixo com 
a ponta do pé, mas por ser uma jogada com alto grau de complexidade ela está 
mais propensa a ocasionar uma lesão, pois além do salto ser extremamente alto 
necessita ter a técnica de queda, pelo fato que se o praticante cair de maneira 
inadequada pode ocorrer um mecanismo de lesão onde ocorre uma flexão total do 
joelho com o pé preso a areia onde pode causar danos no LCA (MEJIA; MELO, 
2014). 
LESÃO DE JOELHO MAIS RECORRENTES NO FUTEVÔLEI 
Existem alguns movimentos inerentes aos fundamentos técnicos do futevôlei que 
podem ser comparados aos fundamentos técnicos de outros esportes, como é o 
caso do futebol de areia e vôlei de areia. Desta forma, com base na pequena 
quantidade de artigos científicos encontrados sobre lesões no futevôlei e que os 
mecanismos de lesão presentes no futebol de areia e no vôlei de areia são similares 
aos mecanismos de lesão do futevôlei, foi possível fazer associações entre as 
lesões recorrentes no futevôlei com as lesões recorrentes no futebol de areia e no 
vôlei de areia. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
12 
 
 
 
Com base nas comparações entre os esportes as lesões tendinosas, mais 
especificamente a tendinite patelar, ocorrem com grande incidência nos esportes 
praticados na areia, principalmente no futevôlei. Isso se deve ao fato do esporte 
necessitar de muitos saltos, grande impulsão e movimentos repetidos durante a sua 
prática, gerando muito impacto na articulação do joelho e causando inflamação em 
suas estruturas (PRATI, 1998; AMATUZZI, et al, 2005). 
Em seguida outra lesão com grande recorrência no futevôlei é o rompimento total ou 
parcial do LCA, ela ocorre com frequência no esporte, pois o futevôlei necessita de 
mudanças bruscas de direção, muita impulsão, e ocorrem também por erros na 
execução dos movimentos utilizados no futevôlei, somados aos fatores externos, 
como instabilidade do piso nas quadras de areia, levando riscos ao indivíduo a todo 
o momento (PRATI, 1998; MEJIA; MELO, 2014; BRITO; SOARES; RABELO, 2009). 
 
MÉTODOS DE PREVENSÃO DE LESÕES DE JOELHO 
Em meio a tantos riscos de lesão durante as práticas esportivas, os métodos de 
prevenção tem papel fundamental para a saúde dos atletas. Atualmente, os esportes 
estão muito competitivos e cada vez com maior grau de intensidade, aumentando 
assim os índices de lesão (BRITO; SOARES; RABELO, 2009). 
Os métodos de prevenção de lesões tem extrema importância, pelo fato da grande 
necessidade em diminuir a incidência de lesões no âmbito esportivo. A prevenção 
tem por objetivo preparar melhor o corpo para que possa receber uma intensidade 
maior em meio às práticas de alto rendimento sem que possa acarretar em possíveis 
lesões (DOMINGUES, 2008). 
Existem vários métodos que são muito utilizados na prevenção de lesões no meio 
esportivo, entre eles, os métodos de treinamento neuromuscular, treinamento 
proprioceptivo, alongamentos e a musculação que tem muita importância na 
prevenção de lesões (BRITO; SOARES; RABELO, 2009; BALDAÇO et al, 2010). 
O treinamento neuromuscular é basicamente um treinamento com a combinação do 
sistema nervoso e muscular em que quanto maior a interação desses sistemas 
maior será a ativação neuromuscular. Segundo Brito, Soares e Rabelo (2009) o 
treinamento neuromuscular tem por objetivo a melhoria da habilidade do sistema 
nervoso para gerar padrões ideais de resposta muscular, melhora na estabilidade 
articular, diminuição das forças articulares e recuperação de padrões de movimento 
(ASADI, 2016). 
O treinamento neuromuscular na prevenção consiste em treinos multiarticulares, 
com exercícios livres usando o próprio peso corporal. O treino é basicamente a 
ativação do ciclo excêntrico e concêntrico do músculo, também conhecido como 
ciclo de alongamento-encurtamento e deve ser aplicado de acordo com a 
característica de cada esporte (ROSSI; BRANDALIZE, 2007). 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
13 
 
 
 
Outro método de prevenção de lesões muito utilizado é o treinamento proprioceptivo, 
há estudos que mostram que esse método aplicado em futebolistas reduz 
diretamente a incidência de lesões no LCA (DOMINGUES, 2008). A Propriocepção 
nada mais é que um mecanismo de percepção corporal que está ligado diretamente 
com o sistema nervoso central, cujo seu objetivo é organizar e comandar os sinais 
enviados que terá a função de manter a postura e equilíbrio do indivíduo 
(BALDAÇO, et al 2010). 
O treinamento proprioceptivo além de trabalhar diretamente a parte muscular, age 
também no desenvolvimento psicológico, fazendo com que o praticante tenha mais 
confiança para realizar determinado esporte, ou até mesmo perca o medo no retorno 
a práticas esportivas depois de determinada lesão, diminuindo assim seu tempo de 
recuperação (DOMINGUES, 2008; LEPARACE et al, 2009). 
A musculação também não fica para trás quando se trata de prevenção de lesões. 
O excesso de prática esportiva requer muito das articulações. No caso do futevôlei, 
como exemplo, existe uma grande utilização dos membros inferiores, principalmente 
da articulação do joelho. Desta forma, este esporte exige que seus adeptos tenham 
a musculatura dos membros inferiores equilibrada. Um trabalho muscular adequado 
evita uma série de fatores que podem acarretar em possíveis lesões da articulação, 
como desequilíbrio entre as forças geradas pelo joelho, que pode causar desnível 
articular, alterações musculoesqueléticas e desnível muscular, que ocorre quando 
uma musculatura está mais desenvolvida que a outra (ALMEIDA; JÚNIOR, 2010). 
A musculação quando se trabalhada de maneira correta tem extrema importância na 
prevenção de lesões da articulação do joelho, pois a musculatura bem desenvolvida 
dos MMII protege a articulação melhorando a função musculo-articular dando maior 
estabilidade na articulação (ALMEIDA; JÚNIOR, 2010). 
Outro método que é sempre utilizado na prevenção de lesões esportivas é o 
alongamento, pois um músculo encurtado apresenta maior risco de ocorrer uma 
lesão, principalmente no futevôlei, que requer grandes amplitudes de movimento dos 
membros inferiores (ALMEIDA et al., 2009). 
Tomando como exemplo lesões da articulação do joelho, o futevôlei, por ser um 
esporte que exige grandes amplitudes de movimento, faz com que ocorra um 
desequilíbrio em relação à musculatura dos membros inferiores, propiciando assim, 
riscos de lesões. Desta forma, o alongamento é fundamental, principalmente na 
musculatura dos membros inferiores, visando prevenir que ocorra uma lesão 
(BONVICINE; GONÇALVES; BATIGÁLIA, 2005). Em casos de tendinite patelar, o 
alongamento tem extrema importância, pois com sessões de alongamento tanto 
para a musculatura anterior e posterior de coxa promove uma diminuição do 
processo inflamatório da tendinite, causando uma melhora (KAUTZNER, 2004). 
Existem vários métodosde alongamento que podem ser utilizados na prevenção de 
lesões, e alguns desses métodos são: alongamento ativo, passivo, e facilitação 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
14 
 
 
 
neuromuscular proprioceptiva (FNP), todos os três métodos são utilizados tanto na 
prevenção quanto na reabilitação de lesões (ALMEIDA et al., 2009). 
A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO FUTEVÔLEI 
O futevôlei como qualquer outro esporte requer treinamento, e por ser um esporte 
com alto grau de complexidade necessita um acompanhamento mais de perto, pois 
seus fundamentos exigem muita prática para que sejam executados de maneira 
correta (GHILARD, 1998). A inserção e acompanhamento de um profissional de 
Educação física habilitado tem extrema importância no treinamento do futevôlei, 
mesmo que muita das vezes o futevôlei seja praticado como hobby e brincadeiras 
em praias e clubes não deixa de ser um esporte de alto rendimento com um grau de 
intensidade elevado, isso se deve ao fato do esporte ser praticado na areia o que 
aumenta ainda mais sua intensidade, aumentando também os índices de lesões. 
 O profissional de Educação Física é quem vai acompanhar e orientar os praticantes 
corrigindo possíveis erros na execução de movimentos, posicionamentos e 
fundamentos do esporte (GHILARD, 1998). O profissional de educação física além 
de atuar na orientação e acompanhamento para correção de possíveis erros, 
também vai atuar na prevenção de lesões, realizando treinamentos específicos para 
fortalecimento muscular, voltados para o futevôlei. 
Os métodos de prevenção quando aplicados adequadamente por um profissional 
habilitado tem muita importância para o atleta de futevôlei, isso se deve ao fato de 
quanto mais á musculatura está bem equilibrada, menores são os índices de lesões 
no esporte. O futevôlei é um esporte que apresenta grande demanda de destreza e 
resistência muscular, principalmente nos membros inferiores, para realizar os 
fundamentos técnicos do esporte, como saltos para ataque e defesa de todas as 
formas (BENETTI; SCHNEIDER; MEYER, 2005). 
Além do mais o acompanhamento do profissional de educação física ajuda na 
melhora do rendimento geral no futevôlei, desenvolvendo sua parte aeróbica para 
que o atleta aguente altos níveis de intensidade em partidas de longa duração, além 
de se garantir a agilidade e flexibilidade por ser um esporte rápido e de jogadas de 
grande amplitude de movimento. 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As lesões no esporte são, de fato, um problema de ordem pública, tanto para 
esportistas profissionais quanto para amadores, visto que o esporte, além do 
espetáculo, é uma maneira de se garantir saúde e qualidade de vida. Contudo, a 
prática esportiva sem os devidos conhecimentos, pode deixar de ser uma prática 
benéfica para se tornar um malefício na vida de quem a pratica, como é o caso 
específico das lesões ocasionadas no esporte. 
Com o estudo dos mecanismos das lesões citado neste trabalho, foi possível 
encontrar similaridades entre as lesões ocasionados no futevôlei e as lesões 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
15 
 
 
 
encontrados no futebol de areia e no vôlei de areia. Também, com base na 
compreensão de como ocorrem às lesões, foi possível citar alguns trabalhos que 
trouxeram novas perspectivas de treinamento esportivo visando à prevenção das 
lesões. Espera-se, assim, que este trabalho possa agregar mais conhecimento a 
área esportiva, e, principalmente, ao futevôlei. 
Por fim, com intuito de garantir uma prática saudável aos praticantes de futevôlei, 
este trabalho apresenta a necessidade dos profissionais de Educação Física se 
engajar no esporte futevôlei e, principalmente, que sejam realizados mais estudos 
de cunho experimental sobre as lesões recorrentes no futevôlei e seus métodos de 
prevenção. 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, R. F.; JUNIOR, A. A. P. Avaliação funcional do joelho em praticantes 
de musculação. Conexões: Rev da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, 
Campinas, v. 8, n. 2, p. 83 -92, maio/ago. 2010. 
ALMEIDA, P. H. F.; BARANDALIZE, D.; RIBAS, D. I. R.; GALLON, D.; MACEDO, A. 
C. B.; GOMES, A. R. S. Alongamento muscular: Suas implicações na 
performance e prevenção de lesões. Rev Fisioter. Mov., Curitiba. Jul./set. 2009. 
ALVES, A. T.; OLIVEIRA, D. M.; VALENÇA, J. G. S.; MACEDO, O. G.; MATHEUS, J. 
P. C. Lesões em atletas de futevôlei. Rev brasileira de ciência do esporte. São 
Paulo; 37(2):185---190. ago/set. 2015. 
AMATUZZI, M. M.; DELGADO, L. A. P; ALBUQUERQUE, R. F. M.; SASAKI, S. U. 
Tratamento cirúrgico da tendinite distal da patela. Rev. Acta ortop. bras. vol.13 
n.3 São Paulo, jan/abr. 2005. 
ASADI, A. Exercícios neuromusculares do tipo pliométrico como tratamento de 
déficits no controle postural de jogadores de voleibol: Um estudo de caso. Rev 
andal medicina desportiva; 9(2):75-79. Out, 2016. 
BONVICINI, C.; GONÇALVES, C.; BATIGÁLIA, C. Comparação do ganho de 
flexibilidade isquiotibial com diferentes técnicas de alongamento passivo. Rev 
ACTA FISIATR; 12(2): 43-47. Set/Out. 2005. 
BALDAÇO, F. O.; CADÓ, V. P.; SOUZA, J.; MOTA, C.B.; LEMOS, J. C. Análise do 
treinamento proprioceptivo no equilíbrio de atletas de futsal feminino. Rev. 
Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 2, p. 183-192, abr./jun. 2010. 
BENETTI, G.; SCHNEIDER, P.; MEYER, F. Os benefícios da treinabilidade da 
força muscular de pré-púberes atletas de voleibol. Rev. Bras. Cineantropom. 
Desempenho. Hum.; 7(2):87-93. Jan/Fev. 2005. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
16 
 
 
 
BRITO, J.; SOARES, J.; RABELO, A. N. Prevenção de Lesões do Ligamento 
Cruzado Anterior em Futebolistas. Rev Bras Med Esporte. Jan/Fev, 2009. 
CALDAS, M. T. L.; BRAGA, G. F.; MENDES, S. L.; SILVEIRA, J. M.; KOPKE, R. M. 
Lesões do ligamento cruzado posterior: características e associações mais 
frequentes. rev bras ortop.;48(5):427–431. 2013. 
CAMARGO, O. P. A.; STEWIEN, E. T. M. Ocorrência de entorse e lesões do 
joelho em jogadores de futebol da cidade de Manaus, Amazonas. Rev ACTA 
ORTOP BRAS 13(3) – Out/Nov. 2005. 
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI (CBFV). 2009. 
DOMINGUES, M. L. P. Treino proprioceptivo na prevenção e reabilitação de 
lesões nos jovens atletas. Rev desporto e saúde, 4(4): 2 29-37. Ago/Set. 2008. 
GHILARD, R. Formação profissional em educação física: A relação teoria e 
prática. Rev MOTRIZ - Volume 4, Númer1, Junho. 1998. 
KAUTZNER, N. M. J. Principais lesões no atleta de voleibol. Revista Digital - 
Buenos Aires - Año 10 - N° 68 – Jan. 2004. 
LEPARECE, G.; METSAVAHT, L.; SPOSITO, M. M. M. Importância do 
treinamento da propriocepção e do controle motor na reabilitação após lesões 
músculo-esqueléticas. Rev. ACTA FISIATR; 16(3): 126-131. Jun. 2009. 
MEJIA, D. P. M.; MELO, F. P. Reabilitação na lesão do ligamento cruzado 
anterior: Da anatomia ao tratamento. Rev desporto e saúde da fundação técnica e 
cientifica do desporto 7(1):39-93. Out. 2014. 
MENEZES, F. S.; XAVIER, R. B. P M.; SANTOS, G. M. Análise das lesões mais 
frequentes nos atletas de voleibol de praia masculino de elite. EFDeportes.com 
Rev Digital Nº233. 2017. 
PRATI, S. R. A.; VIEIRA, J. L. L. Análise das causas e consequências de lesões 
na articulação do joelho em atletas de esporte coletivo. Rev da educação 
física/UEM 9(1):83-91, nov. 1998. 
ROSSI, L. P.; BRANDALIZE, M. Pliometria aplicada a reabilitação de atletas. Rev 
Salus-Guarapuava-PR. jan./jun. 2007. 
SANTOS, S. G.; PIUCCO, T.; REIS, D. C. Fatores que interferem nas lesões de 
atletas amadores de voleibol. Rev Brasileira de Cineantropometria e Desempenho 
Humano. V.19, Nº 2. Jun/ago. 2017. 
SOUSA, D. Caracterização de lesões musculoesqueléticas em praticantesde 
futevôlei em Brasilia-DF, 2014. 36 f. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
17 
 
 
 
DANÇAR NA TERCEIRA IDADE 
 
 
NASCIMENTO – CARDOSO, A.M, 1 
AMARAL, K. J. B. 2 
SOARES, K.F.3 
FRANÇA, RICARDO. A.S. 4 
 
1 Universidade do Estado de Minas Gerais ( UEMG/Divinópolis) – Minas Gerais 
– Brasil 
2 Universidade do Estado de Minas Gerais ( UEMG/Divinópolis) – Minas Gerais 
– Brasil 
3 Universidade do Estado de Minas Gerais ( UEMG/Divinópolis) – Minas Gerais 
– Brasil 
4 Universidade José do Rosário Velano (UNIFENAS/Divinópolis) – Minas Gerais 
– Brasil 
 
amanda.mncardoso@gmail.com 
 
 
RESUMO 
 
O Projeto “Dançar na Terceira Idade” desenvolvido na cidade de Divinópolis, 
atendeu cerca de 40 idosos, oferecendo atividades de Ginástica e Dança adequadas 
à faixa etária da população. Quanto aos seus impactos aumentou-se o número de 
pessoas que frequentam o local CAPIT-SEST/SENAST para a prática de atividade 
física melhorando a qualidade de vida dos mesmos. Como avaliação foram 
aplicados questionários em 14 idosas, sendo 13 nascidas em Minas Gerais e uma 
em São Paulo, com média de idade de ± 68,92 anos. 12 delas representando 
85,7%, são alfabetizadas. Quanto ao nível de escolaridade 8 idosas concluíram o 
antigo ginásio (aproximadamente 57%) e 2 concluíram o 2° grau (aproximadamente 
14%) e nenhuma possui Ensino Superior. Das entrevistadas 10 (71,42%) são viúvas 
e 3 permanecem casadas por aproximadamente 35 anos e apenas 1 divorciada. 
Todas têm filhos (em média ± 5,4). 4 delas sendo 28,57% da amostra moram 
sozinhas, 3 com o cônjuge, 5 com filhos ou filhas e todas alegam que têm bom 
relacionamento com tais pessoas.6 idosas recebem algum tipo de ajuda familiar seja 
pela companhia , moradia ou financeira. Apenas 3 não auxiliam seus familiares e 3 
não receberam visitas na última semana.Com relação aos fatores motivacionais de 
permanência no projeto foram recolhidos alguns depoimentos e alguns deles 
expostos :Idosa I “A cada dia que venho aqui sinto que tenho mais 3 anos de vida 
prolongados.”Idosa II “Gosto de vir para fazer a Ginástica mas também para ver os 
amigos que fiz aqui.São como parte de minha família.”Idosa III “Depois que meu filho 
faleceu fiquei muito tempo sem sair de casa, agora venho para cá e me sinto 
melhor.”Idosa IV “Domingo no meu aniversário meus amigos da Dança foram 
mailto:amanda.mncardoso@gmail.com
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
18 
 
 
 
comemorar comigo lá em casa.”Idosa VI “ Faço exercício porque faz bem para o 
corpo e para cabeça.”Observa-se que as idosas se sentem bem no aspecto 
biopsicossocial reafirmando a dança como instrumento de socialização e reinserção 
social. O grupo pesquisado se mostra ativo e consciente dos benefícios do exercício 
físico para manutenção da saúde proporcionando um envelhecimento com 
possibilidades de amenizar sintomas de doenças comuns nessa faixa etária. 
PALAVRA CHAVE: dança, Idosos, saúde 
 
Abstract 
 
 
The project "Dancing in the Elderly" developed in the city of Divinópolis, 
attended about 40 elderly people, offering activities of Gymnastics and 
Dance adapted to the age group of the population. As for their impacts, the 
number of people who attended the site (CAPIT-SEST / SENAST) 
increased their quality of life. As an evaluation, questionnaires were applied 
to 14 elderly women, 13 of whom were born in Minas Gerais and one in 
São Paulo, with a mean age of ± 68.92 years. 12 of them representing 
85.7%, are literate. Regarding education level, 8 elderly women completed 
the old gymnasium (approximately 57%) and 2 finished high school 
(approximately 14%) and none of them had higher education. Of the 
interviewees 10 (71.42%) are widows and 3 remain married for 
approximately 35 years and only 1 divorced. All have children (mean ± 5.4). 
4 of them being 28.57% of the sample live alone, 3 with their spouse, 5 with 
sons or daughters and all claim that they have good relationships with such 
persons.6 elderly people receive some kind of family help, whether by 
company, housing or financial. Only 3 did not assist their relatives and 3 did 
not receive visitors in the last week. Regarding the motivational factors of 
permanence in the project, some testimonies were collected and some of 
them exposed: Idosa I "Every day that I come here I feel that I have another 
3 years of life "Ilda II" I like to come to do gymnastics but also to see the 
friends I made here. They are part of my family. "Elder III" After my son died 
I stayed a long time without leaving home, now I come to "I am exercising 
because it is good for the body and for the head." It is observed that the 
elderly women feel like they are in the middle of the day. well in the 
biopsychosocial aspect reaffirming the dance as an instrument of 
socialization and social reintegration. The researched group is active and 
aware of the benefits of physical exercise for health maintenance, providing 
an aging with the possibility of alleviating symptoms of common diseases in 
this age group. 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
19 
 
 
 
KEYWORD: Dance, Elderly, Health 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No domínio da pesquisa sobre a prática de atividade física para a saúde, há 
concordância na literatura de que as pessoas consideradas ativas encontram-se nas 
recomendações propostas pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e 
pelo American College of Sports Medicine (ACSM), ou seja, de que todo adulto deve 
acumular 30 minutos ou mais de atividade física de intensidade moderada na 
maioria, preferencialmente, todos dias da semana (PATE, 1995), o equivalente a 
150 min/sem, embora não haja um consenso sobre a classificação do indivíduo 
como sedentário (HALLAL et al, 2003). Mais recentemente, o ACSM e a American 
Heart Association (AHA) propuseram um “update” da recomendação proposta pela 
CDC/ACSM (PATE, 1995) separando recomendações para adultos idosos (com 
idade  65 anos) e para adultos com 50 a 64 anos com condições crônicas 
clinicamente significativas e/ou com limitações funcionais (NELSON et al., 2007). 
As recomendações do ACSM e AHA (NELSON, 2007) são preventivas e o 
engajamento de idosos em cada um dos tipos de atividade física pode reduzir o risco 
de doenças crônicas, mortalidade prematura, limitações funcionais e incapacidades. 
Essas recomendações podem ser incorporadas em programas de atividade física 
para idosos juntamente com a proposta de avaliação periódica do nível de atividade 
física dos participantes destes programas. Esta recomendação está detalhada no 
Quadro 1. 
 
Quadro 1. Descrição das atividades físicas propostas pelo ACSM e AHA para 
promoção e manutenção da saúde de adultos idosos (NELSON et al, 2007) 
ATIVIDADES DESCRIÇÃO 
Aeróbias 
 
 30 minutos de atividades físicas de intensidade moderada (5 
dias/sem) ou 
 20 min de atividades de intensidade vigorosa (3 dias/sem) 
ou ainda 
 a combinação de atividades moderadas e vigorosas que 
atendam a recomendação. A intensidade a ser considerada está 
relacionada ao esforço desempenhado em relação à aptidão física 
individual que, em uma escala de 10 pontos, 0 equivale a estar 
sentado e 10 a máximo esforço. Atividade moderada equivale de 5 
a 6 pontos, correspondendo a um aumento notável na freqüência 
cardíaca e respiratória. Atividade vigorosa equivale de 7 a 8 pontos 
na mesma escala o que corresponde a um grande aumento da 
freqüência cardíaca e respiratória. 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
20 
 
 
 
De força muscular  Exercícios de resistência para treinamento de grandes 
gruposmusculares com 8 a 10 exercícios utilizando 10 a 15 
repetições para cada exercício (2 a 3 dias não consecutivos/sem). 
 O nível de esforço deve ser de moderado a alto, ou seja, 5 a 
6, em uma escala de 10 pontos em que 0 é nenhum movimento e 
10 é máximo esforço. 
 
De flexibilidade 
 
 10 min em 2 dias/sem como tempo requerido para uma 
rotina de alongamento geral que envolve articulações e grandes 
grupos musculares com 30 segundos de alongamento estático e 3 
a 4 repetições de cada alongamento. 
 
De equilíbrio  Embora a freqüência e a duração do treinamento de 
equilíbrio ainda não estejam claramente especificados na literatura, 
três vezes por semana foi recomendado por ter se mostrado 
efetivo em quatro estudos de prevenção de quedas. 
 
Para atender à demanda da população idosa que cresce , aumentam o 
número de projetos de extensão direcionados à população idosa em todo país onde 
os mesmos se tornam cada vez mais conscientes de serem agentes atuantes na 
busca da melhora de sua qualidade de vida. Tais projetos buscam incentivo à 
prática de atividade física regular como um hábito que trará com ele ou em sua 
consequência a promoção da saúde ou a prevenção de doenças.Dentre as práticas 
de exercício físico recomendadas à população idosa destaca-se a dança pelo 
número de benefícios aos praticantes sejam eles no aspecto físico proporcionando 
tonicidade e flexibilidade ou no psicossocial sendo um meio de reinserção social . 
De acordo com dados do CENSO (2010) realizado pelo IBGE (Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística) o número de idosos (pessoas entre 60 e 79 
anos de idade) no Brasil, corresponde a 9,2% do total de habitantes (o que 
representa mais de 17 milhões de pessoas). 
Gonçalves (2001) alega que a estimativa para o número dessa fatia da 
população, no ano de 2025, poderá atingir a marca de 15% (34 milhões de 
pessoas), havendo também um aumento de 6,5% ao ano dessa classe da 
sociedade. Com relação a esses dados, o autor afirma que “com o envelhecimento 
da sociedade, o brasileiro vai conviver mais com idosos, permitindo às gerações que 
amadurecerem ter um paradigma do que é ser velho. Para combater a inércia à qual 
os idosos estão confinados, nada melhor do que o movimento. Sendo ele uma forma 
de adiar o repouso absoluto. 
O envelhecimento é um processo progressivo e irreversível que ocorre em 
todos os indivíduos, mas em diferentes taxas de declínio. A variabilidade do declínio 
fisiológico e funcional é uma das características mais importantes no processo de 
envelhecimento (TOSCANO e OLIVEIRA, 2009; MATSUDO, 2002; UENO, 1999). 
Este processo inicia-se pôr volta da terceira década de vida, de forma insidiosa e 
linear (FARO, LOURENÇO e NETO, 1996), podendo ser maior na quarta década de 
vida e se intensifica a partir da quinta década (LINDLE et al. 1997). 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
21 
 
 
 
O envelhecer não pode ser evitado, tal fenômeno é um processo natural que 
ocorre de forma gradativa com o passar dos anos e que vem acompanhado de 
alterações biológicas, psicológicas e sociais de cada indivíduo (ZAGO e GOBBI, 
2003), podendo causar um declínio em suas funções fisiológicas e funcionais 
(KIRKWOOD e AUSTAD, 2000). Os efeitos ocasionados pelo avanço da idade 
cronológica são inúmeros; de acordo com Rebelatto et al (2006) ocorre uma 
diminuição do desempenho do sistema neuromuscular, redução da amplitude de 
movimento, da força, da resistência e da mobilidade articular. Também são 
provocadas alterações nas dimensões corporais e no sistema cardiovascular e 
respiratório (MATSUDO et al, 2000). 
Segundo Papaléo (1996) até a segunda e terceira década de vida os 
indivíduos conseguem desenvolver suas capacidades funcionais regulares, porém 
após essa fase se inicia um declínio nas funções que provocam uma delimitação nas 
atividades diária, ocasionando um déficit na qualidade de vida dessa população. 
Leal e Haas (2009) destacam que nos dias atuais dá-se mais atenção para 
esse público por meio de ações e programas socioeducativos. No Brasil já existem 
instituições preocupadas com a terceira idade, mas pode ocorrer a não adequação 
das atividades propostas influenciando na qualidade de vida e manutenção da saúde 
do idoso. 
A dança permite aos idosos a vivência de descontração, alegria e liberdade 
podendo ser utilizada como elemento para o rompimento de preconceitos e maior 
possibilidade de conhecer novas vivências corporais desconstruindo a imagem de 
desvalorização do idoso no mundo capitalista. Nesse sentido, percebe-se que a 
dança em seus diversificados estilos e formas tem sido utilizada por idosos em 
diferentes locais como academias, bailes da terceira idade, em suas residências, 
instituições, dentre outros ambientes. Segundo Hoffman e Harris (2002), dança tem 
um caráter espontâneo, utilizada, exclusivamente, para expressar festejo e prazer; já 
em outras, dança-se simplesmente para sentir-se bem, para usufruir dos bons 
sentimentos relacionados ao movimento do corpo, no ritmo da música: “a dança 
social pode lhe permitir expressar uma parte de si que é difícil de expressar de 
qualquer outra forma”. 
Em um estudo Sebastião et al. (2008) buscou verificar os efeitos de um 
programa regular de dança sobre a capacidade funcional em mulheres acima de 50 
anos, mostrou que em quatro meses de prática houve melhora significativa os níveis 
de resistência, de força e coordenação motora e manter os níveis de flexibilidade, 
agilidade, equilíbrio dinâmico e de resistência aeróbia geral, promovendo uma 
melhora geral nas capacidades funcionais. Em outros estudos realizados com dança 
de salão e do ventre mostraram que, além de trazer benefícios para a saúde física, 
como melhora cardiovascular e postural, a dança pode estar relacionado 
positivamente com estados emocionais positivos (RIED, 2003; ABRÃO; PEDRÃO, 
2005). 
Carli (2000) mostra em seus estudos que a dança, quando praticada 
regularmente, possibilita a aquisição de habilidades e auxilia na melhora de 
aspectos físicos, psíquicos e sociais e influencia na prevenção de doenças 
degenerativas. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
22 
 
 
 
Sendo assim, essa pesquisa se encaminhou no sentido de compreender os 
aspectos motivacionais sob o ponto de vista do próprio idoso, podendo assim, 
contribuir nas ofertas de programas de atividades atendendo à expectativa dos 
idosos e ampliando a possibilidade de novas adesões e permanências em tais 
programas, com ressonâncias diretas nos âmbitos da saúde e qualidade de vida 
desta população. Oferecendo atividades diversificadas de dança orientadas para a 
população idosa da cidade de Divinópolis, bem como disponibilizou atividades de 
orientação sobre prevenção e promoção da saúde, adequadas às pessoas com 
idade igual ou acima de 60 anos (NASCIMENTO, 2014). 
 
2. METODOLOGIA 
 
As atividades foram ministradas na sede no CAPIT-SEST/SENAST 
localizado na rua Martins Cyprien no bairro Bela Vista na cidade de Divinópolis-MG. 
 No programa “Dançar na Terceira Idade” foram oferecidas danças 
diversificadas relacionadas à promoção da saúde dos idosos, que foram divididas 
em 3 grupos, todas com utilização de música: parte inicial, parte principal e parte 
final. A parte inicial, destinada ao aquecimento e alongamento com duração de 
aproximadamente 10 minutos, nesse momento foi realizado uma preparação geral 
da musculatura corporal antes da prática, a fim de amenizar ou evitar lesões. A parte 
principal, que consistiu na prática da dança propriamente dita e durou 
aproximadamente 40 minutos, caracterizou-se pela execução dos gestos motores. O 
programa abordou o maior número possível de ritmos (forró, samba de gafieira, 
sertanejo, rock anos60, 70, 80, zumba dentre outros) a fim de motivar positivamente 
todas os participantes.A parte final se constituiu da volta à calma, onde será 
realizado trabalhos de respiração, alongamentos mais leves para auxiliar o retorno 
da frequência cardíaca a níveis mais próximos do repouso e relaxamento da 
musculatura corporal. 
 As atividades de dança prescritas foram adequadas à faixa de idade e a 
condição de saúde das pessoas envolvidas. Na implementação das atividades, 
foram levados em consideração: o ritmo, a velocidade de movimento, o peso dos 
materiais, o as limitações de movimento, dentre outros ajustes que se fizeram 
necessários para a execução correta e segura das atividades propostas. 
Foi também utilizada atividades complementares como a ginástica na 
cadeira afim de criar hábitos mais saudáveis estimulando a prática de atividade 
física no cotidiano utilizando materiais e recursos alternativos. Contou-se também 
com 30 minutos de recreação na piscina enfatizando e explorando os benefícios das 
atividades aquáticas. As atividades foram disponibilizadas uma vez por semana no 
período da tarde e com a duração de 60 minutos de aula. 
Para traçar o perfil do idoso que participou do programa, bem como captar 
informações sobre os fatores sociais que giram em torno deste participante foram 
utilizadas as seções “informações gerais” e “recursos sociais” do questionário Brazil 
Old Age Schedule (BOAS) (QUESTIONÁRIO, 2009). 
Para a avaliação do nível de atividade física (NAF) foi aplicado o 
Questionário Internacional de Atividade física (IPAQ) (GUIDELINES, 2008). O IPAQ 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
23 
 
 
 
é um instrumento que estima o nível de atividade física por meio de informações 
sobre a frequência (dias por semana) e a duração (minutos por dia) da realização de 
atividades físicas moderadas, vigorosas e da caminhada do indivíduo 
Como instrumento para a análise da motivação dos idosos foi utilizado a 
observação da frequência as vivências durante os encontros e depoimentos 
recolhidos. 
Todos os questionários e escalas aplicados aos idosos foram administrados 
por meio de entrevista individual. Os dados foram analisados por meio de estatística 
descritiva, utilizando de valores como média e desvio-padrão e porcentagem. A 
utilização desses dados para fins de pesquisa foi vinculada à autorização do 
participante por meio da assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido 
que foi apresentado e explicado logo no início das atividades. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os questionários foram aplicados em 14 idosas, sendo 13 nascidas em 
Minas Gerais e uma em São Paulo, com média de idade de 68,92 anos. 12 delas 
representando 85,7% são alfabetizadas. Quanto ao nível de escolaridade 8 idosas 
concluíram o antigo ginásio (aproximadamente 57%) e 2 concluíram o 2° grau 
(aproximadamente 14%) e nenhuma possui Ensino Superior. 
Das entrevistadas 10 (71,42%) são viúvas.3 permanecem casadas por 
aproximadamente 35 anos e uma divorciada.Todas tem filhos (em média 5,4).4 
delas sendo 28,57% da amostra moram sozinhas, 3 com o cônjuge, 5 com filhos ou 
filhas e todas alegam que têm bom relacionamento com tais pessoas. 
Das idosas, seis recebem algum tipo de ajuda familiar seja pela companhia , 
moradia ou financeira.Apenas 3 não auxiliam seus familiares e 3 não receberam 
visitas na última semana. 
Quanto à prática de atividade física, destacou-se o tempo por dia em 
minutos (média) que as idosas realizam caminhada seja como forma de transporte, 
lazer ou como forma de exercício em relação ao de atividades vigorosas conforme o 
Gráfico1. 
 
Gráfico 1. Descrição da prática de atividade física de tempo por dia em minutos 
(média) das idosas 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
24 
 
 
 
 
Um estudo feito por Nascimento (2014) com 20 idosas quanto ao nível de 
atividade física, observou-se que 60% delas se encontraram no nível moderado e 
10% não havia contato com atividade física mostrando um perfil diferente do que é 
mostrado no gráfico desse estudo. 
Com relação aos fatores motivacionais de permanência no projeto foram 
colhidos depoimentos e alguns deles expostos : 
 
Idosa I “A cada dia que venho aqui sinto que tenho mais 3 anos de vida 
prolongados.” 
Idosa II “Gosto de vir para fazer a Ginástica mas também para ver os amigos que fiz 
aqui.São como parte de minha família.” 
Idosa III “Depois que meu filho faleceu fiquei muito tempo sem sair de casa, agora 
venho para cá e me sinto melhor.” 
Idosa IV “Domingo no meu aniversário meus amigos da Dança foram comemorar 
comigo lá em casa.” 
Idosa VI “ Faço exercício porque faz bem para o corpo e para cabeça.” 
 
Leal e Haas (2009), em um estudo qualitativo abordando o significado da 
dança para a terceira idade, realizado com oito idosas, constataram que a dança 
contribuiu para que elas se sentissem melhor, mais alegres e com prazer pela vida 
e que para as praticantes, a dança também está associada com melhoras nos 
aspectos físicos, psicológicos, sociais e saúde. Observou-se melhora na 
coordenação, no ritmo, na consciência corporal, no equilíbrio, na resistência, na 
lateralidade e na memorização além da interação social dada pela melhora na 
relação alunas-alunas e alunas-professora. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Observa-se que as idosas se sentem bem no aspecto biopsicossocial 
reafirmando a dança como instrumento de socialização e reinserção social. O grupo 
pesquisado se mostra ativo e consciente dos benefícios do exercício físico para 
manutenção da saúde proporcionando um envelhecimento com possibilidades de 
amenizar sintomas de doenças comuns nessa faixa etária sugerindo uma saída na 
questão da saúde pública. A vivência no Projeto Paex enriquece aos envolvidos 
devido a sua abrangência e contato com a comunidade levando a bagagem 
adquirida no processo de graduação para campo. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABRÃO, A. C.; PEDRÃO, L. J. A Contribuição da dança do ventre para a educação 
corporal, saúde física e mental de mulheres que frequentam uma academia de 
ginástica e dança. Revista Latino-Americana de Enfermagem , Ribeirão Preto, v. 
13, n. 2, p. 243-248, 2005. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
25 
 
 
 
 
BALBINOTTI, M. A. A.; BARBOSA, M. L. L. Inventário de Motivação à Prática 
Regular de Atividades Físicas (IMPRAF – 126). Manual Técnico de Aplicação. 
Laboratório de Psicologia do Esporte – Universidade Federal do Rio Grande do Sul: 
Porto Alegre, 2006. 
 
CARLI, S. C. O idoso e a dança: aptidão física, auto-imagem e auto-estima. 
Monografia de especialização. UFSC, Florianópolis. 2000. 
 
FARO JUNIOR, M.P., LOURENÇO, A.F.M., BARROS NETO, T.L., Alterações 
fisiológicas e atividade física na terceira idade: Prescrição do exercício. Âmbito 
Medicina Desportiva, v.2, n. 20, 1996. 
 
GONÇALVES AK. Novo ritmo da terceira idade. Pesquisa Fapesp, 2001; nº. 67, pág. 
68. 
 
GUIDELINES for Data Processing and Analysis of the International Physical Activity 
Questionnaire(IPAQ) 
Disponível 
em:http://www.ipaq.ki.se/doc/IPAQ%20LS%20Scoring%20Protocols_Nov05.pdf 
Acesso em: 10 de maio de 2015. 
 
HALLAL, P. C.; VICTORA, C. G.; WELLS, J. C. K.; LIMA, R. C. Physical Inactivity: 
Prevalence and Associated Variables in Brazilian Adults. Medicine and. Sciense in 
Sports and Exercise, v. 35, n. 11, p. 1894 -1900, 2003. 
 
HOFFMAN, S. J.; HARRIS, J. C. Cinesiologia – O Estudo da Atividade Física. São 
Paulo: Artmed, 2002. 
 
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: 
http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 17/11/2015. 
 
KIRKWOOD, T.B.L., AUSTAD, S.N. Why do we age? Nature, vol. 408, nov, 2000. 
 
LEAL, I. J.; HAAS, A. N.; O significado da dança na terceira idade. Revista 
Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano. v. 3, n.1, p.64-71, 2006. 
 
LINDLE, R.S., METTER, E.J., LYNCH, N.A., FLEG, J.L., FOZARD, J.L., TOBIN, J. 
ROY. T.A, HURLEY, B.F. Age and gender comparisons of muscle strength in 654 
women and men 20-93 yr. Revista Physiology, mar, 2008. 
 
MATSUDO, S.M; et al. Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, 
neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Revista Brasileira Ciência e 
Movimento. Brasília, 2000; vol. 08, nº. 04, pág. 21-32. 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
26 
 
 
 
MATSUDO,Sandra M. et al. - Nível de atividade física da população dos Estado de 
São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, 
distribuição geográfica e de conhecimento. Revista brasileira ciência e 
movimento. v. 10, n. 4, p.41-50, 2002. 
 
NAKAMURA, A.L.L. Envelhecimento: um olhar sobre a perspectiva de saúde, 
autonomia e promoção da saúde em programa de atividade física. Dissertação 
(Mestrado em Educação Física) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2007. 
119p. 
 
NASCIMENTO-CARDOSO. Fatores Motivacionais de idosos associados à prática 
regular de exercícios físicos. Dissertação ( Mestrado em Ciências da Motricidade) 
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2014. 122 p. 
 
NELSON, M. E. W. J.; REJESKI, S. N.; BLAIR, P. W.; DUNCAN. J. 0.; JUDGE, A. C.; 
KING, C. A.; MACERA, CASTANEDASCEPPA, C. Physical Activity and Public 
Health in Older Adults: Recommendation from the American College of Sports 
Medicine and the American Heart Association. Medicine and Sciense of Sports and 
Exercise. v. 39, n. 8, p. 1435-1445, 2007. 
 
PATE, R. R.; PRATT, M; BLAIR, S. N.; HASKELL, W. L; MACERA, C. A.; 
BOUCHARD, C.; BUCHNER, D.; ETTINGER, W.; HEATH, G. W.; KING, A. C.; 
KRISKA, A.; LEON, A.; MARCUS, B. H.; MORRIS, J.; PAFFENBARGER JR, R. S.; 
PATRICK. K.; POLLOCK, M. L.; RIPPE, J. M.; SALLIS, J.; WILMORE, J. H. Physical 
activity and public health: A recommendation from the Centers for Disease Control 
and Prevention and the American College of Sports Medicine. JAMA - The Journal 
of The American Medical Association, v.273, n.5, p.402-407, 1995. 
 
QUESTIONÁRIO e MANUAL BOAS. Disponível em: 
http://www.unati.uerj.br/boas/q_boas.htm Acesso em 10 de maio de 2015. 
 
RIED, B. Fundamentos de dança de salão . Londrina: Midiograf, 2003. Programa 
Internacional de Dança de Salão. 
 
SEBASTIÃO, E. et. al. Efeitos da prática regular de dança na capacidade funcional 
de mulheres acima de 50 anos. R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 19, n. 2, p. 
205-214, 2. trim. 2008. 
 
REBELLATO JR.; et al. Influência de um programa de atividade física de longa 
duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres 
idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia, 2006; vol. 10, nº. 01, pág. 127-132. 
 
PAPALÉO NETO, M. Autonomia e independência. In:______. Gerontologia: a 
velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu, 1996; pág. 
313-330. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
27 
 
 
 
 
TOSCANO, J.J.O., OLIVEIRA, A.C.C. Qualidade de vida em idosos com distintos 
níveis de atividade física. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2009, v.15, 
n.3, pp. 169-173. ISSN 1517-8692. 
 
UENO, L.M. A influência da atividade física na capacidade funcional: 
Envelhecimento. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. v.4,n.1, 1999. 
 
ZAGO,A.S, GOBBI,S. Valores normativos da aptidão funcional de mulheres de 60 e 
70 anos. Revista Brasileira Ciência e Movimentos, 2003; vol. 11, nº. 02, pág. 77-
86. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
28 
 
 
 
CONHECIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS DOS 
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
MACHADO-JÚNIOR, M.R.¹; AMARAL, K.J.B.¹ ²; BILLA, W.C.²; CARBALLO, F.P.¹ ² 
MEDEIROS, P.E.S.¹ ² 
¹ Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – Divinópolis/MG 
² Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS – Divinópolis/MG 
paulofisic@yahoo.com.br 
 
RESUMO 
O conhecimento sobre os primeiros socorros são de suma importância em diversas 
áreas de atuação profissional. Quando se trata da Educação Física Escolar, o 
conhecimento dos professores em relação aos primeiros socorros é essencial, visto 
que as aulas de Educação Física possuem diversos movimentos de coordenação 
motora grossa, como saltar, correr, arremessar, entre outros que de certa forma, 
podem ocasionar acidentes corriqueiros. Com base nos preceitos supracitados, este 
trabalho tem por objetivo avaliar o conhecimento dos professores de Educação 
Física Escolar em relação aos primeiros socorros. Para isso foi aplicado um 
questionário de 12 perguntas de múltipla escolha em situações recorrentes de 
acidentes que possam ocorrer durante a aula de Educação Física. E foi observado 
que os professores obtiveram conhecimento para aplicar os primeiros socorros de 
forma correta em 50% das situações. Desta forma, percebemos que os 
conhecimentos adquiridos pelos professores sobre primeiros socorros são de 
extrema importância, visto que geralmente ele é o indivíduo mais próximo 
capacitado para auxiliar imediatamente o aluno acidentado. 
Palavras chaves: Conhecimento de Primeiros Socorros. Professores de Educação 
Física. Acidente Escolar. 
 
ABSTRACT 
The knowledge about the first aid is of paramount importance in several areas of 
professional performance. When it comes to Physical School Education, the 
teachers' knowledge about first aid is essential, since Physical Education classes 
have several movements of gross motor coordination, such as jumping, running, 
throwing, among others that in a certain way, can accidents. Based on the 
aforementioned precepts, this work aims to evaluate the knowledge of Physical 
Education School teachers in relation to first aid. For this, a questionnaire of 12 
multiple choice questions was applied in recurrent situations of accidents that may 
occur during Physical Education class. It was observed that teachers obtained 
knowledge to apply first aid correctly in 50% of situations. In this way, we realize that 
the knowledge acquired by the teachers about first aid is of extreme importance, 
since it is usually the closest individual able to immediately assist the injured student. 
Keywords: Knowledge of First Aid. Teachers of Physical Education. School Accident. 
 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
29 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Primeiros socorros são os cuidados emergenciais prestados adequadamente dentro 
das normas e rapidamente a uma vítima de acidentes em geral (ALBERNETHY et 
al., 2003). 
É correto destacar a extrema importância do conhecimento sobre primeiros socorros, 
pois com esses conhecimentos muitas complicações pós-acidentes podem ser 
evitadas. Aplicando de forma correta, os primeiros socorros podem até diminuir o 
sofrimento da vítima e em alguns casos salvar a vidas (PERGOLA; ARAÚJO, 2008). 
Existe uma confusão quanto à função dos profissionais envolvidos em atendimentos 
de primeiros socorros e as situações de emergência e urgência. O termo socorrista é 
designado somente para profissionais habilitados para os atendimentos de 
emergência e urgência. O atendente de emergências é denominado todo indivíduo 
que têm o curso básico de Primeiros Socorros, ficando limitado a executar alguns 
procedimentos básicos (MANCINI; ROSENBAUM; FERRO, 2002). 
Emergência é caracterizada por momentos em que certo indivíduo conceituado 
como vítima, necessita de atendimentos para a manutenção de sua saúde em 
estado crítico ou em acidentes. Já a urgência sãosituações ainda mais críticas, em 
seu último nível de gravidade, em que deve ser prestado atendimento prioritário e 
rapidamente à vítima (MENON, 2009). 
Existe um número geral para o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) 
que é 192. Este número pode ser acionado de qualquer telefone fixo ou celular. 
Porém o mesmo pode apresentar falhas por diferentes motivos. Diante disso, 
existem telefones secundários para cada cidade, em que o indivíduo deverá se 
informar na prefeitura da própria cidade. 
Os primeiros socorros são importantes na vida de qualquer cidadão. No Artigo 135 
do Código Penal Brasileiro diz que qualquer cidadão que deixar de prestar os 
primeiros socorros e/ou acionar o serviço de emergência, será enquadrado no crime 
de Omissão de Socorro e resulta-lhe em uma pena de 1 (um) ano a 6 (seis) meses 
de prisão ou multa. Em alguns casos a pena é aumentada se a vítima evoluir para 
um quadro mais grave devido à falta do atendimento (BRASIL, 2003). 
Não prestar os primeiros socorros é não dar nenhum tipo de assistência à vítima. 
Porém, se o socorrista chamar o SAMU, perante a lei já é considerado como 
prestação de primeiros socorros. A vítima tem o direito de recusar o atendimento 
pelo atendente de emergência ou pelos socorristas. Neste caso o dever do 
atendente é esperar o SAMU enquanto tenta convencer a vítima dos atendimentos 
prévios. (Decreto de Lei N° 2.848 de 07 de Dezembro de 1940). 
Nas Leis de Trânsito para obtenção de qualquer habilitação, é obrigatório que todo 
motorista seja aprovado na prova sobre primeiros socorros; e em demais entidades 
a formação em primeiros socorros também é obrigatória. Porém, em poucas 
graduações têm em sua grade curricular a matéria de primeiros socorros. 
Fica evidenciada, então, a importância do conteúdo de primeiros socorros ser 
incluído em todas as graduações de licenciatura, principalmente da Educação 
Física, visto que esses profissionais lidam diretamente com o aluno em diferentes 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
30 
 
 
 
faixas etárias e que estão sujeitos a acidentes escolares conforme mostra os altos 
índices desses ocorridos (WHO, 2010). 
Ainda percebe-se a importância de ser obrigatória também já nos anos escolares de 
todo cidadão; desta forma irá preparar o indivíduo melhor para eventuais situações e 
para obtenção de títulos, como em graduações futuras (ABRALDES et al., 2009). 
Relacionado às importâncias supracitadas, nota-se também a necessidade de um 
Kit de Primeiros Socorros disponíveis nas escolas, e ainda a obrigatoriedade do 
fornecimento do mesmo pelo governo e sua disponibilização nas escolas. É 
fundamental que o professor de Educação Física esteja preparado para prestar os 
primeiros socorros aos seus alunos e que saiba manusear o kit de primeiros 
socorros (FERNANDO, 2014). 
 
2. OBJETIVO 
Avaliar o conhecimento de primeiros socorros dos professores de Educação Física. 
 
 
3. METODOLOGIA 
Foi realizado um estudo descritivo por meio de corte transversal caracterizado pela 
aplicação de um questionário, composto por 12 (doze) questões de múltipla escolha, 
referentes ao conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre primeiros 
socorros. 
Este questionário foi previamente apresentado a professores da Universidade do 
Estado de Minas Gerais (UEMG). Os professores desta instituição fizeram sugestões 
de reformulação que foram atendidas antes de se iniciar a coleta de dados. 
Após a validação com os professores da UEMG, o questionário foi passado a 
professores graduados no curso de licenciatura de Educação Física que trabalham 
em escolas estaduais e municipais situadas no município de Itaúna-MG. 
As 12 (doze) questões, de múltipla escolha, presentes no questionário atendem à 
Resolução do Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 466/2012. Estas questões 
descreveram casos clínicos de situações recorrentes de acidentes durante as aulas 
de Educação Física e passíveis de atuação em primeiros socorros pelo professor 
responsável. 
O questionário, juntamente com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi 
entregue aos profissionais de Educação Física, atuantes nas escolas públicas da 
cidade de Itaúna-MG. Os professores assinaram o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido e, logo após, iniciaram o preenchimento do questionário. 
Após recolher os questionários, foram realizadas análises nos dados para 
apresentação dos resultados. A amostra coletada representa uma parcela dos 
professores de Educação Física das redes estaduais e municipais da cidade de 
Itaúna. 
 
 
 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
31 
 
 
 
4. RESULTADOS 
Tabela 1 
Conhecimento dos professores em situações de primeiros socorros 
Situações Acertos Erros 
Acertos Abaixo 
da Média 
Entorse de Tornozelo 90% 10% 
 
Escoriações 10% 90% X 
Desmaio 0% 100% X 
Sangramento Nasal 50% 50% X 
Fratura Fechada 90% 10% 
 
Continuidade das Compressões, Ventilações 
e Profundidade das Compressões 
50% 50% X 
Velocidade e Quantidade de Compressões e 
Ventilações 
60% 40% 
 
Indicativos de uma PCR 90% 10% 
 
Os resultados obtidos mostram que a porcentagem de acertos abaixo da média foi 
em 4 das 8 situações de primeiros socorros nas aulas perguntas no questionário. 
 
Tabela 2 
Classificação das situações mais conhecidas pelos dos professores 
Situações Acertos Erros 
Entorse de Tornozelo 90% 10% 
Fratura Fechada 90% 10% 
Indicativos de uma PCR 90% 10% 
Velocidade, Quantidade de Compressões e Ventilações - RCP 60% 40% 
Continuidade das Compressões, Ventilações e Profundidade das 
Compressões - RCP 
50% 50% 
Sangramento Nasal 50% 50% 
Escoriações 10% 90% 
Desmaio 0% 100% 
 
Os estudos mostraram na Tabela 2 que Entorse, Fratura, Indicativos de uma PCR e 
Velocidade e Quantidade de Compressões e Ventilações em uma RCP foram os 
temas que mais foram respondidos corretamente pelos professores. Enquanto, 
Continuidade das Compressões e Ventilações e Profundidade das Compressões em 
uma RCP, Sangramento Nasal, Escoriações e Desmaio foram os temas mais 
respondidos erroneamente. 
 
 
 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
32 
 
 
 
Tabela 3 
Relação de tempo de trabalho dos professores com o nível de conhecimento em 
situações de primeiros socorros 
Professor Tempo de Trabalho em Anos Acertos Erros 
1 7 60% 40% 
2 20 60% 40% 
3 7 60% 40% 
4 5 50% 50% 
5 5 40% 60% 
6 7 60% 40% 
7 6 50% 50% 
8 17 50% 50% 
9 6 75% 25% 
10 12 50% 50% 
11 22 40% 60% 
12 7 75% 25% 
Na Tabela 3 não foi evidenciada diferença significativa sobre a relação do tempo de 
trabalho associado ao nível de conhecimento de primeiros socorros aplicados nas 
aulas. 
 
Tabela 4 
Respostas dos professores em relação as melhorias que devem ser realizadas na 
formação em Primeiros Socorros 
Melhorias na Formação em Primeiros Socorros Professores Votaram 
Alteração na Carga Horária de Aulas Práticas 100% 
Alteração na Carga Horária de Aulas Teóricas 25% 
Temas Relevantes Ensinados 16% 
Material nas Aulas Práticas e Teóricas 25% 
Qualidade do Professor Ministrante da Matéria 35% 
Outras Melhorias 0% 
Na Tabela 4, as duas respostas mais respondidas pelos professores foram Alteração 
na Carga Horária de Aulas Práticas com 100% de resposta por todos os professores 
e a Qualidade do Professor Ministrante da Matéria com 35%, e as duas menos 
escolhidas foram Temas Relevantes Ensinados com 16% e Outras Melhorias com 
0%. 
 
5. DISCUSSÃO 
Os resultados encontrados na Tabela 1 do presente estudo, conforme a ordem das 
perguntas sugere que 90% dos professores de educação física da cidade de 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgãode divulgação científica 
 
 Página 
33 
 
 
 
Itaúna/MG, que participaram da pesquisa, têm conhecimento para aplicar os 
primeiros socorros nas aulas em situações de entorse de tornozelo; também 
apresentaram somente 10% sobre Escoriações, 0% sobre Desmaio, 50% sobre 
Sangramento Nasal, 90% sobre Fratura Fechada, 50% sobre Continuidade das 
Compressões, Ventilações e Profundidade das Compressões em uma RCP em 
crianças e adultos, 60% sobre Velocidade e Quantidade de Compressões e 
Ventilações em uma RCP e 90% sobre Indicativos de uma PCR. Ou seja, os 
professores de Educação Física que participaram da pesquisa estão preparados 
para aplicar os primeiros socorros em suas aulas na metade dos assuntos 
questionados. 
Na Tabela 2, o estudo mostra que os professores não apresentaram conhecimento 
básico satisfatório para escoriações, desmaio, sangramento nasal, e tempo de 
continuidade das compressões, ventilações e a profundidade das compressões. Ou 
seja, o tema que os professores mais souberam responder foi Entorse, Fratura e 
Indicativos de PCR e o tema que mais erraram foi Desmaio. Sugere-se que os temas 
que mais foram respondidos corretamente e erroneamente estão relacionadas aos 
acidentes que mais ocorrem. Entorses são situações que ocorrem com mais 
freqüência do que o desmaio, isso faz com que o professor tenha mais contato com 
a situação de entorses do que o desmaio, acarretando uma maior procura por parte 
do professor para saber lidar com a situação, consequentemente um maior 
conhecimento sobre o assunto. 
Outra variável observada passível de mais estudos é que os assuntos Entorse, 
Fratura, Indicativos de uma PCR, Velocidade e Quantidade de Compressões e 
Ventilações em uma RCP são possivelmente mais expostos em vários meios de 
comunicação como televisão e entre outros do que o desmaio. Desta forma 
acarretando uma maior falta de conhecimento sobre os primeiros socorros no 
desmaio (EMERY; TYREMAN, 2009). 
E ainda os assuntos Entorse, Fratura, Indicativos de uma PCR e Velocidade e 
Quantidade de Compressões e Ventilações em uma RCP estão relacionados com 
outros assuntos comuns da área da saúde que são divulgados; possivelmente 
colocando o indivíduo mais exposto durante a vida a esses tipos de informação; 
porém é necessário mais estudos a respeito. 
As diferenças de acertos e erros na Tabela 3, relacionadas pelo tempo de trabalho 
apresentaram que não se pode concluir uma relação de maior conhecimento com 
maior tempo de trabalho. Pois, os professores 9 e 12 com 6 e 7 anos de tempo de 
trabalho respectivamente, apresentaram um conhecimento superior aos professores 
2, 8 e 11 com 20, 17 e 22 anos respectivamente, que pela hipótese deveriam 
apresentar um maior nível de conhecimento do que os professores com menos 
tempo de trabalho. 
Foi possível perceber um pequeno aumento da porcentagem de acertos e 
diminuição da porcentagem de erros comparando os professores com 5 anos de 
tempo de trabalho com os professores com 7 anos. 
Em contrapartida, o professor com 12 anos de tempo de trabalho apresentou uma 
porcentagem de acertos menor do que o de 5 anos, que pela hipótese o professor 
com 12 anos deveria ter uma porcentagem maior de acertos. Sendo assim, os dados 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
34 
 
 
 
encontrados na Tabela 3 são poucos significativos para relacionar o tempo de 
trabalho com um maior nível de conhecimento. 
Na tabela 4, o item “Alteração na Carga Horária de Aulas Práticas” para 100% teve 
indicação por todos os professores avaliados. A Qualidade do Professor Ministrante 
da Matéria ficou com 35% foram as duas respostas mais respondidas pelos 
professores como melhorias para a formação em primeiros socorros dos professores 
de Educação Física. E as duas menos escolhidas foram Temas Relevantes 
Ensinados com 16% e Outras Melhorias com 0%. 
Os resultados refletem as consequências da atual situação educacional, financeira e 
política do país; exigindo uma reformulação principalmente da carga horária prática, 
que consequentemente está atrelada a infraestrutura para realização dessas aulas 
práticas nas instituições de ensino superior. 
Os resultados apresentados na tabela 3 não representam a totalidade dos 
professores do município de Itaúna, onde foi entregue o questionário a 23 
professores e somente 12 retornaram respondidos fazendo assim parte da pesquisa 
conforme os critérios obrigatórios de ter cursado a matéria de primeiros socorros em 
sua formação acadêmica e já estar formado. 
 
6. CONCLUSÃO 
Considera-se, desta forma, que os professores de Educação Física que participaram 
desta pesquisa, apresentaram níveis de conhecimento acima da média na metade 
das situações de primeiros socorros realizadas nas aulas. 
Assim, percebe-se que os conhecimentos adquiridos pelos professores sobre 
primeiros socorros são de extrema importância, e percebe-se ainda a grande 
responsabilidade que é incumbida aos professores de Educação Física, visto que 
geralmente é o indivíduo mais próximo capacitado para auxiliar imediatamente o 
aluno acidentado. 
Para a melhoria da realização dos primeiros socorros realizados nas aulas de 
Educação Física não é necessário somente o progresso realizados por terceiros, 
mas fundamentalmente é necessária a busca pelo conhecimento constante por parte 
do professor. 
 
REFERÊNCIAS 
ABERNETHY, L., MACAULEY, D., MCNALLY, O., MCCANN, S. (2003). Immediate 
care of school sport injury. Injury Prevention, 9(3), 270–
273.http://doi.org/10.1136/ip.9.3.270 
ABRALDES, J.A.; CÓRCOLES, C.M.; MUÑOZ, C.M.; MORENO, A. (2011). 
Valoración de los primeiros auxílios em estudiantes de Educación Física. 
Trances, 3(1), 88–104. 
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência 
de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio 
Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação 
Oswaldo Cruz, 2003. 170p. 1. Primeiros Socorros. 2. Atendimento emergencial. 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
35 
 
 
 
EMERY, C.; TYREMAN, H. (2009). Sport participation, sport injury, risk factors 
and sport safety practices in Calgary and área junior high schools. Paediatrics 
Child Health, 14(7),439–444. 
FERNANDO, S.E. Primeiros Socorros e a Educação Física. São Paulo: Revista 
CREF4 de São Paulo. n° 42. 2014. 
MANCINI, H.B.; ROSENBAUM, J.L.; FERRO, M.A.C. Organização de um serviço 
de primeiros socorros em uma empresa. Campo Grande, MS, 2002. 
MENON R.; Humberto et al. Uma visão assistencial da urgência e emergência no 
sistema de saúde. São Paulo: Revista Bioética, 2009. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. (2010). Global recommendations on physical 
activity for health. Genebra: World Health Organization. Obtido de 
http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599979_eng.pdf 
Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 Página 
36 
 
 
 
OBESIDADE E A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA 
 
PATROCINIO, K. de P; MORAIS, C. da S; SIMÕES, L. B. M; FAVERO, R. H. C; 
SANT’ANNA, S. da S 
Claretiano Centro Universitário 
Pólo Vitória – ES – Brasil. 
katiane.pp@gmail.com 
 
RESUMO: A obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de gordura 
corporal que ocorre principalmente devido ao baixo gasto energético e ao aumento 
da ingestão de alimentos como fontes de energia. O sedentarismo e a obesidade é 
um problema complexo e de saúde pública, envolvendo o desenvolvimento de 
medicamentos, de alimentos e produtos alimentares modificados. Existe grande 
margem de ação para a prevenção da obesidade, por meio de abordagens 
integradas envolvendo crianças, adolescentes e adultos. Sendo a atividade física 
regular o melhor benefício para o organismo, melhorando a

Continue navegando