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Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 3 VOLUME 13 - NÚMERO 01 - 2018 - MAGAZINE Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 4 É com grande satisfação que, publicamos a Revista on-line ENAF SCIENCE. Tal publicação pode ser traduzida como uma forma de agradecimento e retribuição a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento desse evento que integra o universo da atividade física e da saúde. No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formação de milhares de acadêmicos e profissionais da área de educação física, fisioterapia, nutrição, enfermagem, turismo e pedagogia. A partir de 2004 passamos a realizar o Congresso Científico vinculado ao ENAF, dando mais um passo na construção dos saberes que unem formação e produção. E a partir de 2006 pela Revista on-line ENAF SCIENCE. Esperamos que essa publicação enriqueça nossa área de ação. Nesta edição, estão presentes todos os trabalhos apresentados no Congresso Científico, seja sob forma de artigo completo ou como resumo na forma de pôster. Esperamos que este seja a continuação dos passos que pretendemos empreender na busca por um novo viés de conhecimento, fazendo com que o ENAF siga seu caminho mais essencial: participar da construção de uma ciência da atividade física. Fale Conosco: Tel.: (35) 3219-7850 Contato@enaf.com.br www.enaf.com.br Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos respectivos autores, não sendo atribuível ao ENAF nenhuma forma de competência legal sobre os mesmos. mailto:Contato@enaf.com.br http://www.enaf.com.br/ Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 5 ÍNDICE (Dica: clique no titulo abaixo para acessar a página do trabalho) ARTIGOS Sumário LESÕES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO EM JOGADORES DE FUTEVÔLEI: CAUSAS E PREVENÇÕES .................................................................................. 7 DANÇAR NA TERCEIRA IDADE ........................................................................17 CONHECIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA .........................................................................................28 OBESIDADE E A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA ....................................36 INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE CRIANÇAS COM IDADES ENTRE 5 E 6 ANOS. .......................46 PREVALÊNCIA DE ACIDENTES POR QUEDAS EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA ..........................................................................................60 A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA. UMA BREVE REVISÃO: PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E TENDÊNCIAS ....................................70 Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 6 Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 7 LESÕES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO EM JOGADORES DE FUTEVÔLEI: CAUSAS E PREVENÇÕES FARIA, Í. L.¹; MEDEIROS, I.S.²; MEDEIROS, P.E.S.¹ ³ ¹ Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – Divinópolis/MG ² Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET – Araxá/MG ³ Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS – Divinópolis/MG pauloedufmg@gmail.com RESUMO O futevôlei é um esporte de origem brasileira, e sua prática vem crescendo com o passar dos anos, porém há uma escassez de informações sobre esse esporte, principalmente quando se trata de lesões e até mesmo prevenção dessas lesões. Portanto, o objetivo deste estudo foi o de realizar uma revisão de literatura sobre as lesões mais recorrentes pela prática do futevôlei. De acordo com os estudos realizados, a região anatômica com maior incidência de lesões relacionadas ao futevôlei foi a da articulação do joelho isso se deve ao fato de que o futevôlei é um esporte que exige muito dos membros inferiores, por ser um esporte de alta intensidade e que necessita de muitos saltos e mudanças repentinas e bruscas de direção sobrecarregando a articulação do joelho. Este estudo retrata os principais e mais eficazes métodos de prevenção para lesões da articulação do joelho. Por fim, este estudo apresentou os achados dos artigos sobre as lesões de joelho e possíveis exercícios para prevenção em atletas de futevôlei e considera importante a necessidade de mais estudos de caráter experimental sobre as lesões recorrentes na prática do futevôlei. Palavras chave; Lesões de joelho, propriocepção, futevôlei, traumas articulares. ABSTRACT Footvolley is a sport of Brazilian origin, and its practice has grown over the years, but there is a shortage of information about this sport, especially when it comes to injuries and even prevention of these injuries. Therefore, the objective of this study was to perform a review of the literature on the most recurrent injuries by the practice of football. According to the studies carried out, the anatomical region with the highest incidence of footvolley-related injuries was that of the knee joint. This is due to the fact that footvolley is a sport that requires a lot of lower limbs because it is a high intensity sport and which requires many jumps and sudden and sudden changes of direction overloading the knee joint. This study depicts the main and most effective prevention methods for knee joint injuries. Finally, this study presented the findings of Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 8 the articles on knee injuries and possible exercises for prevention in soccer players and considers important the need for more experimental studies on recurrent injuries in the practice of footvolley. Key words: Knee injuries, proprioception, footvolley, joint trauma. INTRODUÇÃO O futevôlei é um esporte que vem crescendo muito a cada dia, é de origem brasileira e surgiu por volta dos anos de 1960. Esse esporte já teve outros nomes até chegar a se chamar futevôlei, e um dos nomes dados a esse esporte era joguinho (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). Não existem relatos comprovados de quem foi o criador do esporte, porém um dos primeiros lugares onde o futevôlei foi praticado foi nas praias do Rio de Janeiro, onde os praticantes eram conhecidos por boleiros de praia, praieiros e ratos de praia. Por volta de 1960 o futebol nas praias do Rio de Janeiro havia sido proibido por intervenção militar, foi daí que surgiu o futevôlei (SOUSA, 2014). Logo após a proibição do futebol nas praias, os jogadores para não deixarem de praticarem esportes, uniram os fundamentos do vôlei com o futebol e foram para as quadras. No início da prática do futevôlei, os jogadores pegavam gols que havia nas praias e removiam suas redes, o chão era demarcado com riscos na areia dando aspecto de uma quadra, os gols ficavam no meio da quadra e eram usados como rede, eram divididos duas equipes, cada equipe de um lado da quadra, e não era permitido o toque de mão na bola, apenas pés e cabeça (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). No surgimento do futevôlei as regras do jogo eram simples, a bola devia se manter no alto, o controle e o bom domínio era fundamental, o objetivo era fazer com que a bola tocasse o outro lado da quadra dentro da área demarcada da equipe adversária com no máximo três toques com a bola no ar. Com o passar dos anos o futevôlei foi evoluindo e novas regras surgindo fazendo com que o esporte se espalhasse pelo mundo inteiro (SOUSA, 2014).Atualmente a quadra de futevôlei possui 18m de comprimento por 9m de largura, e a altura de sua rede é de 2.00m para a categoria feminina e 2.20m para a categoria masculina tendo 1.00m metro de largura e 9.5m de comprimento. As regras atuais do esporte mudaram em relação ao surgimento, porém o futevôlei ainda é bem semelhante ao do inicial. O futevôlei é praticado em duplas (2x2) ou quartetos (4x4), sendo mais comum o formato em duplas. Em competições oficiais a marcação é de 18 pontos por sete, porém deve haver uma diferença de 2 pontos para que o fim do sete seja concluído, e a cada 6 feitos pelas equipes deve-se trocar o lado da quadra. Já no formato 4x4 o sete vencedor é da equipe que realizar 25 pontos corridos (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 9 Durante a partida as regras são básicas, cada equipe poderá tocar no máximo 3 vezes na bola podendo voltá-la de primeira caso seja necessário, cada indivíduo poderá tocar apenas uma vez na bola com diversas partes do corpo, excluindo-se braço e mão, em casos de toque na rede por algum dos atletas é considerado falta e ponto da equipe adversária, também é considerado falta quando algum dos participantes invertam a ordem de saque ou saque com a bola em cima da linha (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). É de suma importância o conhecimento de todas as áreas em relação ao treinamento e lesões no futevôlei. Em primeiro momento por ser um esporte que está em constante crescimento no país e no mundo, sendo apresentado nas Olimpíadas de 2016 como um possível esporte que poderá entrar nas próximas olimpíadas. Já em segundo plano, por se tratar de um esporte tipicamente brasileiro que vem sendo jogado por diversas pessoas e que pela falta de adequação aos treinamentos, vêm sofrendo com o alto índice de lesões principalmente no joelho destes atletas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEVÔLEI, 2009). No sentido de aprofundar o conhecimento sobre as práticas do futevôlei, os riscos de lesão e as possíveis formas de prevenção às lesões, faz-se necessário um agrupamento dos artigos científicos relacionados a esse esporte e, a transferência de informação sobre os possíveis mecanismos de lesão ocorridos no futevôlei, como similaridade em outros esportes como o futebol de areia e o vôlei de areia. Desta forma, vale apena considerar esportes como o vôlei e o futebol, por serem esportes similares ao futevôlei, a fim de fomentar os estudos iniciais a respeito da prevalência de lesões em praticantes de futevôlei (ALVES et a.l, 2015). Os principais movimentos e posturas adotadas na prática do futevôlei estão ligados diretamente com as lesões no esporte, o conjunto de movimentos exigem uma grande utilização de grupos musculares e suas principais ações, como é o caso da flexão e extensão de quadril, flexão e extensão de joelho, adução e abdução de quadril, flexão e extensão de tronco, protração e retração de cervical. Estes movimentos, quando combinados, formam os fundamentos técnicos utilizados no futevôlei, que são os passes de cabeça, com os pés, recepções com o peitoral e coxa, finalizações, defesas e saltos (SANTOS; PIUCCO; REIS, 2017; ALVES et al., 2015). Desta forma, é possível fazer uma relação entre os movimentos provenientes dos fundamentos técnicos e as principais lesões ocorridas no futevôlei. Dentre as principais lesões ocorridas no futevôlei, a articulação mais acometida é a articulação do joelho (ALVES et al., 2015). Há diversos motivos que podem ocorrer lesões na articulação do joelho durante a sua prática, a assimetria muscular, desnível angular da articulação, baixa estabilidade da articulação do joelho, má execução de movimentos básicos do futevôlei, falta de alongamento e a instabilidade das quadras de areia são alguns dos vários fatores que causam lesões nesse esporte (ALMEIDA et al., 2010; PRATI 1998). Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 10 Para evitar possíveis lesões a prevenção tem papel fundamental, quando se tratando de lesões da articulação do joelho há muitos recursos que podem prevenir essas lesões. Existem diversos treinamentos voltados à prevenção, o treinamento proprioceptivo é um dos treinamentos utilizados tanto na prevenção quanto na reabilitação de atletas já lesionados (LEPARECE; METSAVAHT; SPOSITO, 2009). A musculação também é fundamental na prevenção, pois a musculatura bem equilibrada pode trazer uma estabilidade maior para articulação do joelho. Além da musculação outro método muito importante de treinamento é o alongamento, quando se trabalhado de maneira adequada faz com que os músculos se tornem mais flexíveis a fim de evitar uma lesão. É necessário também dar uma atenção na correção postural e de movimentos durante a prática do futevôlei, pois a execução correta de movimentos e a postura adequada durante a prática diminuem os índices de lesões no esporte (DOMINGUES 2008; BRITO; SOARES; RABELO, 2009). OBJETIVO GERAL Identificar a causa das lesões recorrentes da articulação do joelho em praticantes de futevôlei. METODOLOGIA Para a realização desse artigo foi realizada uma revisão de literatura narrativa acerca das principais lesões da articulação do joelho em atletas de futevôlei. As buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas MEDLINE, SciELO, LILACS e GOOGLE ACADÊMICO, utilizando os termos lesões de joelho, futevôlei e prevenção de lesões. Todos os artigos em inglês, português e espanhol, relacionados ao tema de lesões no joelho, esporte na areia e prevenção de lesões foram adotados e utilizados nas citações deste trabalho. MECANISMOS DE LESÕES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO Há diversos fatores que podem influenciar um praticante de futevôlei a terem possíveis lesões na articulação do joelho, e um deles é a irregularidade das quadras de futevôlei, isso se deve ao fato de serem de areia, o solo sempre estará instável, com partes com mais areia, outras com menos, gerando montes e buracos que levam risco aos atletas a todo momento (MENEZES; XAVIER; SANTOS, 2017). Toda essa instabilidade pode ocasionar mecanismos de lesões, como uma hiperextensão de joelho que pode ocorrer quando o indivíduo pisa em um buraco na areia causando danos no ligamento cruzado posterior LCP (CALDAS et al, 2013). Outro mecanismo de lesão que pode ocorrer é o de rotação medial e lateral da articulação do joelho, isso pode ocorrer quando o pé do praticante fica preso na areia após a tentativa do indivíduo de girar o corpo sobre o joelho, para uma mudança de direção repentina ou até mesmo uma desaceleração para realizar alguma jogada, esse mecanismo pode causar danos tanto no ligamento cruzado Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 11 anterior LCA quanto no ligamento colateral medial e colateral lateral (BRITO; SOARES; RABELO, 2009). Há outros fatores que podem influenciar diretamente em lesões da articulação do joelho, e um desses fatores é o grau de complexidade dos fundamentos do futevôlei, por serem movimentos extremamente difíceis e que exigem muito dos praticantes, podendo acarretar em possíveis lesões. O alto desgaste de um atleta de futevôlei em uma partida diminui o controle motor, fazendo com que os movimentos sejam realizados de forma incorreta, sobrecarregando a articulação do joelho e gerando lesões, como exemplo um ataque de cabeça que exige saltar, se o atleta saltar e cair com os joelhos completamente estendidos isso irá gerar um impacto muito grande na articulação do joelho podendo ocasionar em lesões no menisco. Tomando como exemplo um levantamento ou defesa com os pés, se o atleta realizaro movimento incorreto desse fundamento, girando o corpo inadequadamente causando uma rotação medial e lateral de joelho brusca, que pode ocasionar em um rompimento parcial ou total do LCA (CAMARGO; STEWIEN, 2005). Além desse conjunto de fatores citados acima ainda existem outros como, o desequilíbrio muscular dos membros inferiores que podem prejudicar a coordenação levando a má execução dos movimentos do futevôlei, a propriocepção ineficiente nos atletas e a falta de fortalecimento nos músculos estabilizadores de joelho e quadril, todos esses fatores são agravantes que podem gerar lesões na articulação do joelho (DOMINGUES, 2008; BENETTI; SCHNEIDER; MEYER, 2005). O Shark ataque é principal jogada do futevôlei, e também a mais complexa de ser executada. A técnica desse fundamento acontece quando a bola está muito próxima à rede e o praticante deve saltar em direção a bola e toca-la de cima pra baixo com a ponta do pé, mas por ser uma jogada com alto grau de complexidade ela está mais propensa a ocasionar uma lesão, pois além do salto ser extremamente alto necessita ter a técnica de queda, pelo fato que se o praticante cair de maneira inadequada pode ocorrer um mecanismo de lesão onde ocorre uma flexão total do joelho com o pé preso a areia onde pode causar danos no LCA (MEJIA; MELO, 2014). LESÃO DE JOELHO MAIS RECORRENTES NO FUTEVÔLEI Existem alguns movimentos inerentes aos fundamentos técnicos do futevôlei que podem ser comparados aos fundamentos técnicos de outros esportes, como é o caso do futebol de areia e vôlei de areia. Desta forma, com base na pequena quantidade de artigos científicos encontrados sobre lesões no futevôlei e que os mecanismos de lesão presentes no futebol de areia e no vôlei de areia são similares aos mecanismos de lesão do futevôlei, foi possível fazer associações entre as lesões recorrentes no futevôlei com as lesões recorrentes no futebol de areia e no vôlei de areia. Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 12 Com base nas comparações entre os esportes as lesões tendinosas, mais especificamente a tendinite patelar, ocorrem com grande incidência nos esportes praticados na areia, principalmente no futevôlei. Isso se deve ao fato do esporte necessitar de muitos saltos, grande impulsão e movimentos repetidos durante a sua prática, gerando muito impacto na articulação do joelho e causando inflamação em suas estruturas (PRATI, 1998; AMATUZZI, et al, 2005). Em seguida outra lesão com grande recorrência no futevôlei é o rompimento total ou parcial do LCA, ela ocorre com frequência no esporte, pois o futevôlei necessita de mudanças bruscas de direção, muita impulsão, e ocorrem também por erros na execução dos movimentos utilizados no futevôlei, somados aos fatores externos, como instabilidade do piso nas quadras de areia, levando riscos ao indivíduo a todo o momento (PRATI, 1998; MEJIA; MELO, 2014; BRITO; SOARES; RABELO, 2009). MÉTODOS DE PREVENSÃO DE LESÕES DE JOELHO Em meio a tantos riscos de lesão durante as práticas esportivas, os métodos de prevenção tem papel fundamental para a saúde dos atletas. Atualmente, os esportes estão muito competitivos e cada vez com maior grau de intensidade, aumentando assim os índices de lesão (BRITO; SOARES; RABELO, 2009). Os métodos de prevenção de lesões tem extrema importância, pelo fato da grande necessidade em diminuir a incidência de lesões no âmbito esportivo. A prevenção tem por objetivo preparar melhor o corpo para que possa receber uma intensidade maior em meio às práticas de alto rendimento sem que possa acarretar em possíveis lesões (DOMINGUES, 2008). Existem vários métodos que são muito utilizados na prevenção de lesões no meio esportivo, entre eles, os métodos de treinamento neuromuscular, treinamento proprioceptivo, alongamentos e a musculação que tem muita importância na prevenção de lesões (BRITO; SOARES; RABELO, 2009; BALDAÇO et al, 2010). O treinamento neuromuscular é basicamente um treinamento com a combinação do sistema nervoso e muscular em que quanto maior a interação desses sistemas maior será a ativação neuromuscular. Segundo Brito, Soares e Rabelo (2009) o treinamento neuromuscular tem por objetivo a melhoria da habilidade do sistema nervoso para gerar padrões ideais de resposta muscular, melhora na estabilidade articular, diminuição das forças articulares e recuperação de padrões de movimento (ASADI, 2016). O treinamento neuromuscular na prevenção consiste em treinos multiarticulares, com exercícios livres usando o próprio peso corporal. O treino é basicamente a ativação do ciclo excêntrico e concêntrico do músculo, também conhecido como ciclo de alongamento-encurtamento e deve ser aplicado de acordo com a característica de cada esporte (ROSSI; BRANDALIZE, 2007). Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 13 Outro método de prevenção de lesões muito utilizado é o treinamento proprioceptivo, há estudos que mostram que esse método aplicado em futebolistas reduz diretamente a incidência de lesões no LCA (DOMINGUES, 2008). A Propriocepção nada mais é que um mecanismo de percepção corporal que está ligado diretamente com o sistema nervoso central, cujo seu objetivo é organizar e comandar os sinais enviados que terá a função de manter a postura e equilíbrio do indivíduo (BALDAÇO, et al 2010). O treinamento proprioceptivo além de trabalhar diretamente a parte muscular, age também no desenvolvimento psicológico, fazendo com que o praticante tenha mais confiança para realizar determinado esporte, ou até mesmo perca o medo no retorno a práticas esportivas depois de determinada lesão, diminuindo assim seu tempo de recuperação (DOMINGUES, 2008; LEPARACE et al, 2009). A musculação também não fica para trás quando se trata de prevenção de lesões. O excesso de prática esportiva requer muito das articulações. No caso do futevôlei, como exemplo, existe uma grande utilização dos membros inferiores, principalmente da articulação do joelho. Desta forma, este esporte exige que seus adeptos tenham a musculatura dos membros inferiores equilibrada. Um trabalho muscular adequado evita uma série de fatores que podem acarretar em possíveis lesões da articulação, como desequilíbrio entre as forças geradas pelo joelho, que pode causar desnível articular, alterações musculoesqueléticas e desnível muscular, que ocorre quando uma musculatura está mais desenvolvida que a outra (ALMEIDA; JÚNIOR, 2010). A musculação quando se trabalhada de maneira correta tem extrema importância na prevenção de lesões da articulação do joelho, pois a musculatura bem desenvolvida dos MMII protege a articulação melhorando a função musculo-articular dando maior estabilidade na articulação (ALMEIDA; JÚNIOR, 2010). Outro método que é sempre utilizado na prevenção de lesões esportivas é o alongamento, pois um músculo encurtado apresenta maior risco de ocorrer uma lesão, principalmente no futevôlei, que requer grandes amplitudes de movimento dos membros inferiores (ALMEIDA et al., 2009). Tomando como exemplo lesões da articulação do joelho, o futevôlei, por ser um esporte que exige grandes amplitudes de movimento, faz com que ocorra um desequilíbrio em relação à musculatura dos membros inferiores, propiciando assim, riscos de lesões. Desta forma, o alongamento é fundamental, principalmente na musculatura dos membros inferiores, visando prevenir que ocorra uma lesão (BONVICINE; GONÇALVES; BATIGÁLIA, 2005). Em casos de tendinite patelar, o alongamento tem extrema importância, pois com sessões de alongamento tanto para a musculatura anterior e posterior de coxa promove uma diminuição do processo inflamatório da tendinite, causando uma melhora (KAUTZNER, 2004). Existem vários métodosde alongamento que podem ser utilizados na prevenção de lesões, e alguns desses métodos são: alongamento ativo, passivo, e facilitação Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 14 neuromuscular proprioceptiva (FNP), todos os três métodos são utilizados tanto na prevenção quanto na reabilitação de lesões (ALMEIDA et al., 2009). A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO FUTEVÔLEI O futevôlei como qualquer outro esporte requer treinamento, e por ser um esporte com alto grau de complexidade necessita um acompanhamento mais de perto, pois seus fundamentos exigem muita prática para que sejam executados de maneira correta (GHILARD, 1998). A inserção e acompanhamento de um profissional de Educação física habilitado tem extrema importância no treinamento do futevôlei, mesmo que muita das vezes o futevôlei seja praticado como hobby e brincadeiras em praias e clubes não deixa de ser um esporte de alto rendimento com um grau de intensidade elevado, isso se deve ao fato do esporte ser praticado na areia o que aumenta ainda mais sua intensidade, aumentando também os índices de lesões. O profissional de Educação Física é quem vai acompanhar e orientar os praticantes corrigindo possíveis erros na execução de movimentos, posicionamentos e fundamentos do esporte (GHILARD, 1998). O profissional de educação física além de atuar na orientação e acompanhamento para correção de possíveis erros, também vai atuar na prevenção de lesões, realizando treinamentos específicos para fortalecimento muscular, voltados para o futevôlei. Os métodos de prevenção quando aplicados adequadamente por um profissional habilitado tem muita importância para o atleta de futevôlei, isso se deve ao fato de quanto mais á musculatura está bem equilibrada, menores são os índices de lesões no esporte. O futevôlei é um esporte que apresenta grande demanda de destreza e resistência muscular, principalmente nos membros inferiores, para realizar os fundamentos técnicos do esporte, como saltos para ataque e defesa de todas as formas (BENETTI; SCHNEIDER; MEYER, 2005). Além do mais o acompanhamento do profissional de educação física ajuda na melhora do rendimento geral no futevôlei, desenvolvendo sua parte aeróbica para que o atleta aguente altos níveis de intensidade em partidas de longa duração, além de se garantir a agilidade e flexibilidade por ser um esporte rápido e de jogadas de grande amplitude de movimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS As lesões no esporte são, de fato, um problema de ordem pública, tanto para esportistas profissionais quanto para amadores, visto que o esporte, além do espetáculo, é uma maneira de se garantir saúde e qualidade de vida. Contudo, a prática esportiva sem os devidos conhecimentos, pode deixar de ser uma prática benéfica para se tornar um malefício na vida de quem a pratica, como é o caso específico das lesões ocasionadas no esporte. Com o estudo dos mecanismos das lesões citado neste trabalho, foi possível encontrar similaridades entre as lesões ocasionados no futevôlei e as lesões Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 15 encontrados no futebol de areia e no vôlei de areia. Também, com base na compreensão de como ocorrem às lesões, foi possível citar alguns trabalhos que trouxeram novas perspectivas de treinamento esportivo visando à prevenção das lesões. Espera-se, assim, que este trabalho possa agregar mais conhecimento a área esportiva, e, principalmente, ao futevôlei. Por fim, com intuito de garantir uma prática saudável aos praticantes de futevôlei, este trabalho apresenta a necessidade dos profissionais de Educação Física se engajar no esporte futevôlei e, principalmente, que sejam realizados mais estudos de cunho experimental sobre as lesões recorrentes no futevôlei e seus métodos de prevenção. REFERÊNCIAS ALMEIDA, R. F.; JUNIOR, A. A. P. Avaliação funcional do joelho em praticantes de musculação. Conexões: Rev da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 8, n. 2, p. 83 -92, maio/ago. 2010. ALMEIDA, P. H. F.; BARANDALIZE, D.; RIBAS, D. I. R.; GALLON, D.; MACEDO, A. C. B.; GOMES, A. R. S. Alongamento muscular: Suas implicações na performance e prevenção de lesões. Rev Fisioter. Mov., Curitiba. Jul./set. 2009. ALVES, A. T.; OLIVEIRA, D. M.; VALENÇA, J. G. S.; MACEDO, O. G.; MATHEUS, J. P. C. 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A.S. 4 1 Universidade do Estado de Minas Gerais ( UEMG/Divinópolis) – Minas Gerais – Brasil 2 Universidade do Estado de Minas Gerais ( UEMG/Divinópolis) – Minas Gerais – Brasil 3 Universidade do Estado de Minas Gerais ( UEMG/Divinópolis) – Minas Gerais – Brasil 4 Universidade José do Rosário Velano (UNIFENAS/Divinópolis) – Minas Gerais – Brasil amanda.mncardoso@gmail.com RESUMO O Projeto “Dançar na Terceira Idade” desenvolvido na cidade de Divinópolis, atendeu cerca de 40 idosos, oferecendo atividades de Ginástica e Dança adequadas à faixa etária da população. Quanto aos seus impactos aumentou-se o número de pessoas que frequentam o local CAPIT-SEST/SENAST para a prática de atividade física melhorando a qualidade de vida dos mesmos. Como avaliação foram aplicados questionários em 14 idosas, sendo 13 nascidas em Minas Gerais e uma em São Paulo, com média de idade de ± 68,92 anos. 12 delas representando 85,7%, são alfabetizadas. Quanto ao nível de escolaridade 8 idosas concluíram o antigo ginásio (aproximadamente 57%) e 2 concluíram o 2° grau (aproximadamente 14%) e nenhuma possui Ensino Superior. Das entrevistadas 10 (71,42%) são viúvas e 3 permanecem casadas por aproximadamente 35 anos e apenas 1 divorciada. Todas têm filhos (em média ± 5,4). 4 delas sendo 28,57% da amostra moram sozinhas, 3 com o cônjuge, 5 com filhos ou filhas e todas alegam que têm bom relacionamento com tais pessoas.6 idosas recebem algum tipo de ajuda familiar seja pela companhia , moradia ou financeira. Apenas 3 não auxiliam seus familiares e 3 não receberam visitas na última semana.Com relação aos fatores motivacionais de permanência no projeto foram recolhidos alguns depoimentos e alguns deles expostos :Idosa I “A cada dia que venho aqui sinto que tenho mais 3 anos de vida prolongados.”Idosa II “Gosto de vir para fazer a Ginástica mas também para ver os amigos que fiz aqui.São como parte de minha família.”Idosa III “Depois que meu filho faleceu fiquei muito tempo sem sair de casa, agora venho para cá e me sinto melhor.”Idosa IV “Domingo no meu aniversário meus amigos da Dança foram mailto:amanda.mncardoso@gmail.com Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 18 comemorar comigo lá em casa.”Idosa VI “ Faço exercício porque faz bem para o corpo e para cabeça.”Observa-se que as idosas se sentem bem no aspecto biopsicossocial reafirmando a dança como instrumento de socialização e reinserção social. O grupo pesquisado se mostra ativo e consciente dos benefícios do exercício físico para manutenção da saúde proporcionando um envelhecimento com possibilidades de amenizar sintomas de doenças comuns nessa faixa etária. PALAVRA CHAVE: dança, Idosos, saúde Abstract The project "Dancing in the Elderly" developed in the city of Divinópolis, attended about 40 elderly people, offering activities of Gymnastics and Dance adapted to the age group of the population. As for their impacts, the number of people who attended the site (CAPIT-SEST / SENAST) increased their quality of life. As an evaluation, questionnaires were applied to 14 elderly women, 13 of whom were born in Minas Gerais and one in São Paulo, with a mean age of ± 68.92 years. 12 of them representing 85.7%, are literate. Regarding education level, 8 elderly women completed the old gymnasium (approximately 57%) and 2 finished high school (approximately 14%) and none of them had higher education. Of the interviewees 10 (71.42%) are widows and 3 remain married for approximately 35 years and only 1 divorced. All have children (mean ± 5.4). 4 of them being 28.57% of the sample live alone, 3 with their spouse, 5 with sons or daughters and all claim that they have good relationships with such persons.6 elderly people receive some kind of family help, whether by company, housing or financial. Only 3 did not assist their relatives and 3 did not receive visitors in the last week. Regarding the motivational factors of permanence in the project, some testimonies were collected and some of them exposed: Idosa I "Every day that I come here I feel that I have another 3 years of life "Ilda II" I like to come to do gymnastics but also to see the friends I made here. They are part of my family. "Elder III" After my son died I stayed a long time without leaving home, now I come to "I am exercising because it is good for the body and for the head." It is observed that the elderly women feel like they are in the middle of the day. well in the biopsychosocial aspect reaffirming the dance as an instrument of socialization and social reintegration. The researched group is active and aware of the benefits of physical exercise for health maintenance, providing an aging with the possibility of alleviating symptoms of common diseases in this age group. Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 19 KEYWORD: Dance, Elderly, Health 1. INTRODUÇÃO No domínio da pesquisa sobre a prática de atividade física para a saúde, há concordância na literatura de que as pessoas consideradas ativas encontram-se nas recomendações propostas pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e pelo American College of Sports Medicine (ACSM), ou seja, de que todo adulto deve acumular 30 minutos ou mais de atividade física de intensidade moderada na maioria, preferencialmente, todos dias da semana (PATE, 1995), o equivalente a 150 min/sem, embora não haja um consenso sobre a classificação do indivíduo como sedentário (HALLAL et al, 2003). Mais recentemente, o ACSM e a American Heart Association (AHA) propuseram um “update” da recomendação proposta pela CDC/ACSM (PATE, 1995) separando recomendações para adultos idosos (com idade 65 anos) e para adultos com 50 a 64 anos com condições crônicas clinicamente significativas e/ou com limitações funcionais (NELSON et al., 2007). As recomendações do ACSM e AHA (NELSON, 2007) são preventivas e o engajamento de idosos em cada um dos tipos de atividade física pode reduzir o risco de doenças crônicas, mortalidade prematura, limitações funcionais e incapacidades. Essas recomendações podem ser incorporadas em programas de atividade física para idosos juntamente com a proposta de avaliação periódica do nível de atividade física dos participantes destes programas. Esta recomendação está detalhada no Quadro 1. Quadro 1. Descrição das atividades físicas propostas pelo ACSM e AHA para promoção e manutenção da saúde de adultos idosos (NELSON et al, 2007) ATIVIDADES DESCRIÇÃO Aeróbias 30 minutos de atividades físicas de intensidade moderada (5 dias/sem) ou 20 min de atividades de intensidade vigorosa (3 dias/sem) ou ainda a combinação de atividades moderadas e vigorosas que atendam a recomendação. A intensidade a ser considerada está relacionada ao esforço desempenhado em relação à aptidão física individual que, em uma escala de 10 pontos, 0 equivale a estar sentado e 10 a máximo esforço. Atividade moderada equivale de 5 a 6 pontos, correspondendo a um aumento notável na freqüência cardíaca e respiratória. Atividade vigorosa equivale de 7 a 8 pontos na mesma escala o que corresponde a um grande aumento da freqüência cardíaca e respiratória. Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 20 De força muscular Exercícios de resistência para treinamento de grandes gruposmusculares com 8 a 10 exercícios utilizando 10 a 15 repetições para cada exercício (2 a 3 dias não consecutivos/sem). O nível de esforço deve ser de moderado a alto, ou seja, 5 a 6, em uma escala de 10 pontos em que 0 é nenhum movimento e 10 é máximo esforço. De flexibilidade 10 min em 2 dias/sem como tempo requerido para uma rotina de alongamento geral que envolve articulações e grandes grupos musculares com 30 segundos de alongamento estático e 3 a 4 repetições de cada alongamento. De equilíbrio Embora a freqüência e a duração do treinamento de equilíbrio ainda não estejam claramente especificados na literatura, três vezes por semana foi recomendado por ter se mostrado efetivo em quatro estudos de prevenção de quedas. Para atender à demanda da população idosa que cresce , aumentam o número de projetos de extensão direcionados à população idosa em todo país onde os mesmos se tornam cada vez mais conscientes de serem agentes atuantes na busca da melhora de sua qualidade de vida. Tais projetos buscam incentivo à prática de atividade física regular como um hábito que trará com ele ou em sua consequência a promoção da saúde ou a prevenção de doenças.Dentre as práticas de exercício físico recomendadas à população idosa destaca-se a dança pelo número de benefícios aos praticantes sejam eles no aspecto físico proporcionando tonicidade e flexibilidade ou no psicossocial sendo um meio de reinserção social . De acordo com dados do CENSO (2010) realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o número de idosos (pessoas entre 60 e 79 anos de idade) no Brasil, corresponde a 9,2% do total de habitantes (o que representa mais de 17 milhões de pessoas). Gonçalves (2001) alega que a estimativa para o número dessa fatia da população, no ano de 2025, poderá atingir a marca de 15% (34 milhões de pessoas), havendo também um aumento de 6,5% ao ano dessa classe da sociedade. Com relação a esses dados, o autor afirma que “com o envelhecimento da sociedade, o brasileiro vai conviver mais com idosos, permitindo às gerações que amadurecerem ter um paradigma do que é ser velho. Para combater a inércia à qual os idosos estão confinados, nada melhor do que o movimento. Sendo ele uma forma de adiar o repouso absoluto. O envelhecimento é um processo progressivo e irreversível que ocorre em todos os indivíduos, mas em diferentes taxas de declínio. A variabilidade do declínio fisiológico e funcional é uma das características mais importantes no processo de envelhecimento (TOSCANO e OLIVEIRA, 2009; MATSUDO, 2002; UENO, 1999). Este processo inicia-se pôr volta da terceira década de vida, de forma insidiosa e linear (FARO, LOURENÇO e NETO, 1996), podendo ser maior na quarta década de vida e se intensifica a partir da quinta década (LINDLE et al. 1997). Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 21 O envelhecer não pode ser evitado, tal fenômeno é um processo natural que ocorre de forma gradativa com o passar dos anos e que vem acompanhado de alterações biológicas, psicológicas e sociais de cada indivíduo (ZAGO e GOBBI, 2003), podendo causar um declínio em suas funções fisiológicas e funcionais (KIRKWOOD e AUSTAD, 2000). Os efeitos ocasionados pelo avanço da idade cronológica são inúmeros; de acordo com Rebelatto et al (2006) ocorre uma diminuição do desempenho do sistema neuromuscular, redução da amplitude de movimento, da força, da resistência e da mobilidade articular. Também são provocadas alterações nas dimensões corporais e no sistema cardiovascular e respiratório (MATSUDO et al, 2000). Segundo Papaléo (1996) até a segunda e terceira década de vida os indivíduos conseguem desenvolver suas capacidades funcionais regulares, porém após essa fase se inicia um declínio nas funções que provocam uma delimitação nas atividades diária, ocasionando um déficit na qualidade de vida dessa população. Leal e Haas (2009) destacam que nos dias atuais dá-se mais atenção para esse público por meio de ações e programas socioeducativos. No Brasil já existem instituições preocupadas com a terceira idade, mas pode ocorrer a não adequação das atividades propostas influenciando na qualidade de vida e manutenção da saúde do idoso. A dança permite aos idosos a vivência de descontração, alegria e liberdade podendo ser utilizada como elemento para o rompimento de preconceitos e maior possibilidade de conhecer novas vivências corporais desconstruindo a imagem de desvalorização do idoso no mundo capitalista. Nesse sentido, percebe-se que a dança em seus diversificados estilos e formas tem sido utilizada por idosos em diferentes locais como academias, bailes da terceira idade, em suas residências, instituições, dentre outros ambientes. Segundo Hoffman e Harris (2002), dança tem um caráter espontâneo, utilizada, exclusivamente, para expressar festejo e prazer; já em outras, dança-se simplesmente para sentir-se bem, para usufruir dos bons sentimentos relacionados ao movimento do corpo, no ritmo da música: “a dança social pode lhe permitir expressar uma parte de si que é difícil de expressar de qualquer outra forma”. Em um estudo Sebastião et al. (2008) buscou verificar os efeitos de um programa regular de dança sobre a capacidade funcional em mulheres acima de 50 anos, mostrou que em quatro meses de prática houve melhora significativa os níveis de resistência, de força e coordenação motora e manter os níveis de flexibilidade, agilidade, equilíbrio dinâmico e de resistência aeróbia geral, promovendo uma melhora geral nas capacidades funcionais. Em outros estudos realizados com dança de salão e do ventre mostraram que, além de trazer benefícios para a saúde física, como melhora cardiovascular e postural, a dança pode estar relacionado positivamente com estados emocionais positivos (RIED, 2003; ABRÃO; PEDRÃO, 2005). Carli (2000) mostra em seus estudos que a dança, quando praticada regularmente, possibilita a aquisição de habilidades e auxilia na melhora de aspectos físicos, psíquicos e sociais e influencia na prevenção de doenças degenerativas. Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 22 Sendo assim, essa pesquisa se encaminhou no sentido de compreender os aspectos motivacionais sob o ponto de vista do próprio idoso, podendo assim, contribuir nas ofertas de programas de atividades atendendo à expectativa dos idosos e ampliando a possibilidade de novas adesões e permanências em tais programas, com ressonâncias diretas nos âmbitos da saúde e qualidade de vida desta população. Oferecendo atividades diversificadas de dança orientadas para a população idosa da cidade de Divinópolis, bem como disponibilizou atividades de orientação sobre prevenção e promoção da saúde, adequadas às pessoas com idade igual ou acima de 60 anos (NASCIMENTO, 2014). 2. METODOLOGIA As atividades foram ministradas na sede no CAPIT-SEST/SENAST localizado na rua Martins Cyprien no bairro Bela Vista na cidade de Divinópolis-MG. No programa “Dançar na Terceira Idade” foram oferecidas danças diversificadas relacionadas à promoção da saúde dos idosos, que foram divididas em 3 grupos, todas com utilização de música: parte inicial, parte principal e parte final. A parte inicial, destinada ao aquecimento e alongamento com duração de aproximadamente 10 minutos, nesse momento foi realizado uma preparação geral da musculatura corporal antes da prática, a fim de amenizar ou evitar lesões. A parte principal, que consistiu na prática da dança propriamente dita e durou aproximadamente 40 minutos, caracterizou-se pela execução dos gestos motores. O programa abordou o maior número possível de ritmos (forró, samba de gafieira, sertanejo, rock anos60, 70, 80, zumba dentre outros) a fim de motivar positivamente todas os participantes.A parte final se constituiu da volta à calma, onde será realizado trabalhos de respiração, alongamentos mais leves para auxiliar o retorno da frequência cardíaca a níveis mais próximos do repouso e relaxamento da musculatura corporal. As atividades de dança prescritas foram adequadas à faixa de idade e a condição de saúde das pessoas envolvidas. Na implementação das atividades, foram levados em consideração: o ritmo, a velocidade de movimento, o peso dos materiais, o as limitações de movimento, dentre outros ajustes que se fizeram necessários para a execução correta e segura das atividades propostas. Foi também utilizada atividades complementares como a ginástica na cadeira afim de criar hábitos mais saudáveis estimulando a prática de atividade física no cotidiano utilizando materiais e recursos alternativos. Contou-se também com 30 minutos de recreação na piscina enfatizando e explorando os benefícios das atividades aquáticas. As atividades foram disponibilizadas uma vez por semana no período da tarde e com a duração de 60 minutos de aula. Para traçar o perfil do idoso que participou do programa, bem como captar informações sobre os fatores sociais que giram em torno deste participante foram utilizadas as seções “informações gerais” e “recursos sociais” do questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS) (QUESTIONÁRIO, 2009). Para a avaliação do nível de atividade física (NAF) foi aplicado o Questionário Internacional de Atividade física (IPAQ) (GUIDELINES, 2008). O IPAQ Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 23 é um instrumento que estima o nível de atividade física por meio de informações sobre a frequência (dias por semana) e a duração (minutos por dia) da realização de atividades físicas moderadas, vigorosas e da caminhada do indivíduo Como instrumento para a análise da motivação dos idosos foi utilizado a observação da frequência as vivências durante os encontros e depoimentos recolhidos. Todos os questionários e escalas aplicados aos idosos foram administrados por meio de entrevista individual. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, utilizando de valores como média e desvio-padrão e porcentagem. A utilização desses dados para fins de pesquisa foi vinculada à autorização do participante por meio da assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido que foi apresentado e explicado logo no início das atividades. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os questionários foram aplicados em 14 idosas, sendo 13 nascidas em Minas Gerais e uma em São Paulo, com média de idade de 68,92 anos. 12 delas representando 85,7% são alfabetizadas. Quanto ao nível de escolaridade 8 idosas concluíram o antigo ginásio (aproximadamente 57%) e 2 concluíram o 2° grau (aproximadamente 14%) e nenhuma possui Ensino Superior. Das entrevistadas 10 (71,42%) são viúvas.3 permanecem casadas por aproximadamente 35 anos e uma divorciada.Todas tem filhos (em média 5,4).4 delas sendo 28,57% da amostra moram sozinhas, 3 com o cônjuge, 5 com filhos ou filhas e todas alegam que têm bom relacionamento com tais pessoas. Das idosas, seis recebem algum tipo de ajuda familiar seja pela companhia , moradia ou financeira.Apenas 3 não auxiliam seus familiares e 3 não receberam visitas na última semana. Quanto à prática de atividade física, destacou-se o tempo por dia em minutos (média) que as idosas realizam caminhada seja como forma de transporte, lazer ou como forma de exercício em relação ao de atividades vigorosas conforme o Gráfico1. Gráfico 1. Descrição da prática de atividade física de tempo por dia em minutos (média) das idosas Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 24 Um estudo feito por Nascimento (2014) com 20 idosas quanto ao nível de atividade física, observou-se que 60% delas se encontraram no nível moderado e 10% não havia contato com atividade física mostrando um perfil diferente do que é mostrado no gráfico desse estudo. Com relação aos fatores motivacionais de permanência no projeto foram colhidos depoimentos e alguns deles expostos : Idosa I “A cada dia que venho aqui sinto que tenho mais 3 anos de vida prolongados.” Idosa II “Gosto de vir para fazer a Ginástica mas também para ver os amigos que fiz aqui.São como parte de minha família.” Idosa III “Depois que meu filho faleceu fiquei muito tempo sem sair de casa, agora venho para cá e me sinto melhor.” Idosa IV “Domingo no meu aniversário meus amigos da Dança foram comemorar comigo lá em casa.” Idosa VI “ Faço exercício porque faz bem para o corpo e para cabeça.” Leal e Haas (2009), em um estudo qualitativo abordando o significado da dança para a terceira idade, realizado com oito idosas, constataram que a dança contribuiu para que elas se sentissem melhor, mais alegres e com prazer pela vida e que para as praticantes, a dança também está associada com melhoras nos aspectos físicos, psicológicos, sociais e saúde. Observou-se melhora na coordenação, no ritmo, na consciência corporal, no equilíbrio, na resistência, na lateralidade e na memorização além da interação social dada pela melhora na relação alunas-alunas e alunas-professora. 4. CONCLUSÃO Observa-se que as idosas se sentem bem no aspecto biopsicossocial reafirmando a dança como instrumento de socialização e reinserção social. O grupo pesquisado se mostra ativo e consciente dos benefícios do exercício físico para manutenção da saúde proporcionando um envelhecimento com possibilidades de amenizar sintomas de doenças comuns nessa faixa etária sugerindo uma saída na questão da saúde pública. A vivência no Projeto Paex enriquece aos envolvidos devido a sua abrangência e contato com a comunidade levando a bagagem adquirida no processo de graduação para campo. REFERÊNCIAS ABRÃO, A. C.; PEDRÃO, L. J. A Contribuição da dança do ventre para a educação corporal, saúde física e mental de mulheres que frequentam uma academia de ginástica e dança. 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Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 28 CONHECIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA MACHADO-JÚNIOR, M.R.¹; AMARAL, K.J.B.¹ ²; BILLA, W.C.²; CARBALLO, F.P.¹ ² MEDEIROS, P.E.S.¹ ² ¹ Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – Divinópolis/MG ² Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS – Divinópolis/MG paulofisic@yahoo.com.br RESUMO O conhecimento sobre os primeiros socorros são de suma importância em diversas áreas de atuação profissional. Quando se trata da Educação Física Escolar, o conhecimento dos professores em relação aos primeiros socorros é essencial, visto que as aulas de Educação Física possuem diversos movimentos de coordenação motora grossa, como saltar, correr, arremessar, entre outros que de certa forma, podem ocasionar acidentes corriqueiros. Com base nos preceitos supracitados, este trabalho tem por objetivo avaliar o conhecimento dos professores de Educação Física Escolar em relação aos primeiros socorros. Para isso foi aplicado um questionário de 12 perguntas de múltipla escolha em situações recorrentes de acidentes que possam ocorrer durante a aula de Educação Física. E foi observado que os professores obtiveram conhecimento para aplicar os primeiros socorros de forma correta em 50% das situações. Desta forma, percebemos que os conhecimentos adquiridos pelos professores sobre primeiros socorros são de extrema importância, visto que geralmente ele é o indivíduo mais próximo capacitado para auxiliar imediatamente o aluno acidentado. Palavras chaves: Conhecimento de Primeiros Socorros. Professores de Educação Física. Acidente Escolar. ABSTRACT The knowledge about the first aid is of paramount importance in several areas of professional performance. When it comes to Physical School Education, the teachers' knowledge about first aid is essential, since Physical Education classes have several movements of gross motor coordination, such as jumping, running, throwing, among others that in a certain way, can accidents. Based on the aforementioned precepts, this work aims to evaluate the knowledge of Physical Education School teachers in relation to first aid. For this, a questionnaire of 12 multiple choice questions was applied in recurrent situations of accidents that may occur during Physical Education class. It was observed that teachers obtained knowledge to apply first aid correctly in 50% of situations. In this way, we realize that the knowledge acquired by the teachers about first aid is of extreme importance, since it is usually the closest individual able to immediately assist the injured student. Keywords: Knowledge of First Aid. Teachers of Physical Education. School Accident. Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 29 1. INTRODUÇÃO Primeiros socorros são os cuidados emergenciais prestados adequadamente dentro das normas e rapidamente a uma vítima de acidentes em geral (ALBERNETHY et al., 2003). É correto destacar a extrema importância do conhecimento sobre primeiros socorros, pois com esses conhecimentos muitas complicações pós-acidentes podem ser evitadas. Aplicando de forma correta, os primeiros socorros podem até diminuir o sofrimento da vítima e em alguns casos salvar a vidas (PERGOLA; ARAÚJO, 2008). Existe uma confusão quanto à função dos profissionais envolvidos em atendimentos de primeiros socorros e as situações de emergência e urgência. O termo socorrista é designado somente para profissionais habilitados para os atendimentos de emergência e urgência. O atendente de emergências é denominado todo indivíduo que têm o curso básico de Primeiros Socorros, ficando limitado a executar alguns procedimentos básicos (MANCINI; ROSENBAUM; FERRO, 2002). Emergência é caracterizada por momentos em que certo indivíduo conceituado como vítima, necessita de atendimentos para a manutenção de sua saúde em estado crítico ou em acidentes. Já a urgência sãosituações ainda mais críticas, em seu último nível de gravidade, em que deve ser prestado atendimento prioritário e rapidamente à vítima (MENON, 2009). Existe um número geral para o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) que é 192. Este número pode ser acionado de qualquer telefone fixo ou celular. Porém o mesmo pode apresentar falhas por diferentes motivos. Diante disso, existem telefones secundários para cada cidade, em que o indivíduo deverá se informar na prefeitura da própria cidade. Os primeiros socorros são importantes na vida de qualquer cidadão. No Artigo 135 do Código Penal Brasileiro diz que qualquer cidadão que deixar de prestar os primeiros socorros e/ou acionar o serviço de emergência, será enquadrado no crime de Omissão de Socorro e resulta-lhe em uma pena de 1 (um) ano a 6 (seis) meses de prisão ou multa. Em alguns casos a pena é aumentada se a vítima evoluir para um quadro mais grave devido à falta do atendimento (BRASIL, 2003). Não prestar os primeiros socorros é não dar nenhum tipo de assistência à vítima. Porém, se o socorrista chamar o SAMU, perante a lei já é considerado como prestação de primeiros socorros. A vítima tem o direito de recusar o atendimento pelo atendente de emergência ou pelos socorristas. Neste caso o dever do atendente é esperar o SAMU enquanto tenta convencer a vítima dos atendimentos prévios. (Decreto de Lei N° 2.848 de 07 de Dezembro de 1940). Nas Leis de Trânsito para obtenção de qualquer habilitação, é obrigatório que todo motorista seja aprovado na prova sobre primeiros socorros; e em demais entidades a formação em primeiros socorros também é obrigatória. Porém, em poucas graduações têm em sua grade curricular a matéria de primeiros socorros. Fica evidenciada, então, a importância do conteúdo de primeiros socorros ser incluído em todas as graduações de licenciatura, principalmente da Educação Física, visto que esses profissionais lidam diretamente com o aluno em diferentes Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 30 faixas etárias e que estão sujeitos a acidentes escolares conforme mostra os altos índices desses ocorridos (WHO, 2010). Ainda percebe-se a importância de ser obrigatória também já nos anos escolares de todo cidadão; desta forma irá preparar o indivíduo melhor para eventuais situações e para obtenção de títulos, como em graduações futuras (ABRALDES et al., 2009). Relacionado às importâncias supracitadas, nota-se também a necessidade de um Kit de Primeiros Socorros disponíveis nas escolas, e ainda a obrigatoriedade do fornecimento do mesmo pelo governo e sua disponibilização nas escolas. É fundamental que o professor de Educação Física esteja preparado para prestar os primeiros socorros aos seus alunos e que saiba manusear o kit de primeiros socorros (FERNANDO, 2014). 2. OBJETIVO Avaliar o conhecimento de primeiros socorros dos professores de Educação Física. 3. METODOLOGIA Foi realizado um estudo descritivo por meio de corte transversal caracterizado pela aplicação de um questionário, composto por 12 (doze) questões de múltipla escolha, referentes ao conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre primeiros socorros. Este questionário foi previamente apresentado a professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Os professores desta instituição fizeram sugestões de reformulação que foram atendidas antes de se iniciar a coleta de dados. Após a validação com os professores da UEMG, o questionário foi passado a professores graduados no curso de licenciatura de Educação Física que trabalham em escolas estaduais e municipais situadas no município de Itaúna-MG. As 12 (doze) questões, de múltipla escolha, presentes no questionário atendem à Resolução do Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 466/2012. Estas questões descreveram casos clínicos de situações recorrentes de acidentes durante as aulas de Educação Física e passíveis de atuação em primeiros socorros pelo professor responsável. O questionário, juntamente com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi entregue aos profissionais de Educação Física, atuantes nas escolas públicas da cidade de Itaúna-MG. Os professores assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e, logo após, iniciaram o preenchimento do questionário. Após recolher os questionários, foram realizadas análises nos dados para apresentação dos resultados. A amostra coletada representa uma parcela dos professores de Educação Física das redes estaduais e municipais da cidade de Itaúna. Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 31 4. RESULTADOS Tabela 1 Conhecimento dos professores em situações de primeiros socorros Situações Acertos Erros Acertos Abaixo da Média Entorse de Tornozelo 90% 10% Escoriações 10% 90% X Desmaio 0% 100% X Sangramento Nasal 50% 50% X Fratura Fechada 90% 10% Continuidade das Compressões, Ventilações e Profundidade das Compressões 50% 50% X Velocidade e Quantidade de Compressões e Ventilações 60% 40% Indicativos de uma PCR 90% 10% Os resultados obtidos mostram que a porcentagem de acertos abaixo da média foi em 4 das 8 situações de primeiros socorros nas aulas perguntas no questionário. Tabela 2 Classificação das situações mais conhecidas pelos dos professores Situações Acertos Erros Entorse de Tornozelo 90% 10% Fratura Fechada 90% 10% Indicativos de uma PCR 90% 10% Velocidade, Quantidade de Compressões e Ventilações - RCP 60% 40% Continuidade das Compressões, Ventilações e Profundidade das Compressões - RCP 50% 50% Sangramento Nasal 50% 50% Escoriações 10% 90% Desmaio 0% 100% Os estudos mostraram na Tabela 2 que Entorse, Fratura, Indicativos de uma PCR e Velocidade e Quantidade de Compressões e Ventilações em uma RCP foram os temas que mais foram respondidos corretamente pelos professores. Enquanto, Continuidade das Compressões e Ventilações e Profundidade das Compressões em uma RCP, Sangramento Nasal, Escoriações e Desmaio foram os temas mais respondidos erroneamente. Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 32 Tabela 3 Relação de tempo de trabalho dos professores com o nível de conhecimento em situações de primeiros socorros Professor Tempo de Trabalho em Anos Acertos Erros 1 7 60% 40% 2 20 60% 40% 3 7 60% 40% 4 5 50% 50% 5 5 40% 60% 6 7 60% 40% 7 6 50% 50% 8 17 50% 50% 9 6 75% 25% 10 12 50% 50% 11 22 40% 60% 12 7 75% 25% Na Tabela 3 não foi evidenciada diferença significativa sobre a relação do tempo de trabalho associado ao nível de conhecimento de primeiros socorros aplicados nas aulas. Tabela 4 Respostas dos professores em relação as melhorias que devem ser realizadas na formação em Primeiros Socorros Melhorias na Formação em Primeiros Socorros Professores Votaram Alteração na Carga Horária de Aulas Práticas 100% Alteração na Carga Horária de Aulas Teóricas 25% Temas Relevantes Ensinados 16% Material nas Aulas Práticas e Teóricas 25% Qualidade do Professor Ministrante da Matéria 35% Outras Melhorias 0% Na Tabela 4, as duas respostas mais respondidas pelos professores foram Alteração na Carga Horária de Aulas Práticas com 100% de resposta por todos os professores e a Qualidade do Professor Ministrante da Matéria com 35%, e as duas menos escolhidas foram Temas Relevantes Ensinados com 16% e Outras Melhorias com 0%. 5. DISCUSSÃO Os resultados encontrados na Tabela 1 do presente estudo, conforme a ordem das perguntas sugere que 90% dos professores de educação física da cidade de Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgãode divulgação científica Página 33 Itaúna/MG, que participaram da pesquisa, têm conhecimento para aplicar os primeiros socorros nas aulas em situações de entorse de tornozelo; também apresentaram somente 10% sobre Escoriações, 0% sobre Desmaio, 50% sobre Sangramento Nasal, 90% sobre Fratura Fechada, 50% sobre Continuidade das Compressões, Ventilações e Profundidade das Compressões em uma RCP em crianças e adultos, 60% sobre Velocidade e Quantidade de Compressões e Ventilações em uma RCP e 90% sobre Indicativos de uma PCR. Ou seja, os professores de Educação Física que participaram da pesquisa estão preparados para aplicar os primeiros socorros em suas aulas na metade dos assuntos questionados. Na Tabela 2, o estudo mostra que os professores não apresentaram conhecimento básico satisfatório para escoriações, desmaio, sangramento nasal, e tempo de continuidade das compressões, ventilações e a profundidade das compressões. Ou seja, o tema que os professores mais souberam responder foi Entorse, Fratura e Indicativos de PCR e o tema que mais erraram foi Desmaio. Sugere-se que os temas que mais foram respondidos corretamente e erroneamente estão relacionadas aos acidentes que mais ocorrem. Entorses são situações que ocorrem com mais freqüência do que o desmaio, isso faz com que o professor tenha mais contato com a situação de entorses do que o desmaio, acarretando uma maior procura por parte do professor para saber lidar com a situação, consequentemente um maior conhecimento sobre o assunto. Outra variável observada passível de mais estudos é que os assuntos Entorse, Fratura, Indicativos de uma PCR, Velocidade e Quantidade de Compressões e Ventilações em uma RCP são possivelmente mais expostos em vários meios de comunicação como televisão e entre outros do que o desmaio. Desta forma acarretando uma maior falta de conhecimento sobre os primeiros socorros no desmaio (EMERY; TYREMAN, 2009). E ainda os assuntos Entorse, Fratura, Indicativos de uma PCR e Velocidade e Quantidade de Compressões e Ventilações em uma RCP estão relacionados com outros assuntos comuns da área da saúde que são divulgados; possivelmente colocando o indivíduo mais exposto durante a vida a esses tipos de informação; porém é necessário mais estudos a respeito. As diferenças de acertos e erros na Tabela 3, relacionadas pelo tempo de trabalho apresentaram que não se pode concluir uma relação de maior conhecimento com maior tempo de trabalho. Pois, os professores 9 e 12 com 6 e 7 anos de tempo de trabalho respectivamente, apresentaram um conhecimento superior aos professores 2, 8 e 11 com 20, 17 e 22 anos respectivamente, que pela hipótese deveriam apresentar um maior nível de conhecimento do que os professores com menos tempo de trabalho. Foi possível perceber um pequeno aumento da porcentagem de acertos e diminuição da porcentagem de erros comparando os professores com 5 anos de tempo de trabalho com os professores com 7 anos. Em contrapartida, o professor com 12 anos de tempo de trabalho apresentou uma porcentagem de acertos menor do que o de 5 anos, que pela hipótese o professor com 12 anos deveria ter uma porcentagem maior de acertos. Sendo assim, os dados Revista ENAF Science Volume 13, número 1, Junho de 2018 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 34 encontrados na Tabela 3 são poucos significativos para relacionar o tempo de trabalho com um maior nível de conhecimento. Na tabela 4, o item “Alteração na Carga Horária de Aulas Práticas” para 100% teve indicação por todos os professores avaliados. A Qualidade do Professor Ministrante da Matéria ficou com 35% foram as duas respostas mais respondidas pelos professores como melhorias para a formação em primeiros socorros dos professores de Educação Física. E as duas menos escolhidas foram Temas Relevantes Ensinados com 16% e Outras Melhorias com 0%. Os resultados refletem as consequências da atual situação educacional, financeira e política do país; exigindo uma reformulação principalmente da carga horária prática, que consequentemente está atrelada a infraestrutura para realização dessas aulas práticas nas instituições de ensino superior. Os resultados apresentados na tabela 3 não representam a totalidade dos professores do município de Itaúna, onde foi entregue o questionário a 23 professores e somente 12 retornaram respondidos fazendo assim parte da pesquisa conforme os critérios obrigatórios de ter cursado a matéria de primeiros socorros em sua formação acadêmica e já estar formado. 6. CONCLUSÃO Considera-se, desta forma, que os professores de Educação Física que participaram desta pesquisa, apresentaram níveis de conhecimento acima da média na metade das situações de primeiros socorros realizadas nas aulas. Assim, percebe-se que os conhecimentos adquiridos pelos professores sobre primeiros socorros são de extrema importância, e percebe-se ainda a grande responsabilidade que é incumbida aos professores de Educação Física, visto que geralmente é o indivíduo mais próximo capacitado para auxiliar imediatamente o aluno acidentado. Para a melhoria da realização dos primeiros socorros realizados nas aulas de Educação Física não é necessário somente o progresso realizados por terceiros, mas fundamentalmente é necessária a busca pelo conhecimento constante por parte do professor. REFERÊNCIAS ABERNETHY, L., MACAULEY, D., MCNALLY, O., MCCANN, S. (2003). Immediate care of school sport injury. Injury Prevention, 9(3), 270– 273.http://doi.org/10.1136/ip.9.3.270 ABRALDES, J.A.; CÓRCOLES, C.M.; MUÑOZ, C.M.; MORENO, A. (2011). Valoración de los primeiros auxílios em estudiantes de Educación Física. Trances, 3(1), 88–104. Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003. 170p. 1. Primeiros Socorros. 2. Atendimento emergencial. 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