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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Direito Penal – Parte Geral ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lei Penal no Espaço �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lugar do Crime��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Extraterritorialidade�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
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Direito Penal – Parte Geral
Lei Penal no Espaço
A lei penal no espaço é regida por vários princípios, dependendo se o crime foi cometido em ter-
ritório brasileiro ou estrangeiro� A regra é a aplicação do PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE 
de lei brasileira, diga-se, aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos em território brasileiro� Mas o 
que vem a ser território brasileiro?
Considera-se território brasileiro a porção geográfica mais aquilo que se entende por território 
por extensão�
 → PORÇÃO GEO: compreende o espaço terrestre, aéreo, subsolo e até 12 milhas marítimas mar adentro;
 → PORÇÃO POR EXTENSÃO: compreende as embarcações e aeronaves públicas fora do territó-
rio� Ainda se considera território por extensão as embarcações privadas a serviço do Brasil em 
território estrangeiro ou embarcações privadas em “mar de ninguém”�
ATENÇÃO! A embaixada estrangeira no Brasil NÃO É considerada território estrangeiro! Assim, 
se ocorrer um homicídio dentro dessa repartição, quem investigará ou julgará o caso será o Brasil, 
salvo em se tratando de autoridade com imunidade!
Art. 5º – Aplica-se a lei brasileira, SEM PREJUÍZO de convenções, tratados e regras de direito internacio-
nal, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º – Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aero-
naves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem 
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, res-
pectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º – É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações 
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no 
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Excepcionalmente, poderá ser aplicada a lei estrangeira em território brasileiro, como no caso de 
tratado internacional previsto entre países� É o que acontece quando o presidente norte americano 
vem ao Brasil e aqui bate em um brasileiro� Nesse caso, aplica-se a lei norte americana ao presidente 
estadunidense� Isso é chamado de INTRATERRITORIALIDADE�
ATENÇÃO! Como é possível a aplicação de lei estrangeira no Brasil, a doutrina e as bancas afirmam 
que o Brasil adota a teoria da territorialidade TEMPERADA OU MITIGADA!
Lugar do Crime
Foi visto que, em relação a lei penal no tempo, é aplicado a teoria da atividade, ou seja, considera-
se praticado o crime no momento da ação ou da omissão, independente do momento do resultado� O 
mesmo não acontece com o lugar do crime� A teoria adotada aqui é a da ubiquidade ou mista, a qual 
afirma que é considerado local de crime tanto o local em que ocorrer a ação ou a omissão quanto o 
local que produziu ou que deveria se produzir o resultado�
Art. 6º – Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Vale dizer que o Art� 6º do CP só se aplica aos crimes a distância, crimes em que parte do crime 
acontece no Brasil, outra parte ocorre no estrangeiro, diferente nos crimes plurilocais, em que a 
ação/omissão e resultado acontecem sempre no Brasil�
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Ex�: Na cidade de São Paulo foi produzida uma carta bomba com destino ao México� Ao ser enviada, 
a carta foi interceptada e explodiu na Bolívia� Nessa situação, o Brasil, México ou Bolívia poderão 
aplicar a lei penal�
ATENÇÃO! Macete:
ATENÇÃO! O princípio da passagem inocente versa que se um fato é cometido a bordo de um navio 
ou avião estrangeiro de propriedade privada, que esteja apenas de passagem pelo território brasilei-
ro, não será aplicado a lei brasileira, se o crime não afetar em nada interesses brasileiros�
Outros princípios de lei penal no espaço
1) PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU NACIONALIDADE ATIVA: aplica-se a lei penal do 
país a que pertence o agente ativo do crime, pouco importando o local do crime, a nacionalidade 
da vítima ou o bem jurídico violado� 
2) PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU NACIONALIDADE PASSIVA: aplica-se a lei da na-
cionalidade do ofendido� Há doutrina que também afirma que o agente deve ferir o bem jurídico 
do seu próprio estado�
3) PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO OU DEFESA REAL: aplica-se a lei da nacionalidade do bem 
jurídico lesado, não importando o local da infração ou a nacionalidade do agente�
4) PRINCÍPIO DA JUSTIÇA PENAL UNIVERSAL: o agente fica sujeito à lei do país onde for 
encontrado, não importando o bem jurídico, a nacionalidade ou a vítima� Está presente princi-
palmente em tratados internacionais�
5) PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO, PAVILHÃO OU BANDEIRA: aplica-se a lei penal 
nacional aos crimes cometidos em embarcações e aeronaves privados quando em local sem juris-
dição ou quando praticados no estrangeiro e lá não forem julgados�
Extraterritorialidade
O artigo 7ª do CP inaugura o que se chama de extraterritorialidade de lei penal (aplicada apenas 
a crimes, contravenções nunca), a qual consiste na aplicação da lei penal fora do Brasil obedecidas 
algumas hipóteses� Assim, o inciso I apresenta algumas situações em que sempre haverá aplicação 
de lei brasileira, independente se o agente foi ABSOLVIDO ou CUMPRIU PENA no estrangeiro� 
Por isso, o inciso I do art� 7ª é chamado de EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA�
Art. 7º – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I – os crimes:
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a) contra a VIDA ou a LIBERDADE do Presidente 
da República;
Ex.: o Presidente brasileiro é morto fora do Brasil. 
CUIDADO que não vale para crimes contra o patrimô-
nio (furto, roubo...)
b) contra o PATRIMÔNIO ou a FÉ PÚBLICA da 
União, do Distrito Federal, de Estado, de Territó-
rio, de Município, de empresa pública, sociedade de 
economia mista, autarquia ou fundação instituída 
pelo Poder Público;
Ex.: alguém falsifica moeda brasileira no estrangeiro
c) contra a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, por 
quem está A SEU SERVIÇO;
Ex.: diplomata brasileiro subtrai dinheiro de repartição 
brasileira no estrangeiro (peculato)
PRINCÍPIO DA DEFESAREAL
d) de GENOCÍDIO, quando o agente for brasileiro 
ou domiciliado no Brasil;*
Ex.: dois brasileiros que, no estrangeiro, envenenam 
água, causando morte de parte de indígenas
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA 
UNIVERSAL
*Cléber Masson  P� da nacio-
nalidade ativa
O inciso II, parágrafos 1º e 2º do CP apresenta a chamada EXTRATERRITORIALIDADE 
CONDICIONADA� Para aplicar esse inciso, é preciso o agente do crime obedecer a algumas situa-
ções� São elas:
II – os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou 
a reprimir;
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA UNI-
VERSAL
b) praticados por brasileiro; PRINCÍPIO DA NACIONA-LIDADE ATIVA
c) praticados em aeronaves ou embarcações bra-
sileiras, mercantes ou de propriedade privada, 
quando em território estrangeiro e aí não sejam 
julgados.
PRINCÍPIO DA REPRESEN-
TAÇÃO
§ 1º – Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado 
no estrangeiro.
§ 2º – Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibili-
dade, segundo a lei mais favorável.
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ATENÇÃO! Aplica-se as cinco condições CUMULATIVAMENTE!
Por fim, ainda é preciso estudar outra hipótese de extraterritorialidade de lei penal brasileira, tal 
qual chamada pela doutrina de hipercondicionada� Essa última hipótese se utiliza do princípio da 
NACIONALIDADE PASSIVA e deve ser aplicada ao ESTRANGEIRO QUE COMETE CRIME 
CONTRA O BRASILEIRO FORA DO BRASIL, logo, há possibilidade de punir o estrangeiro caso 
sejam obedecidas as condições da extraterritorialidade condicionada associada ao parágrafo 3º:
§ 3º – A lei brasileira aplica-se também ao CRIME COMETIDO POR ESTRANGEIRO CONTRA BRA-
SILEIRO FORA DO BRASIL, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Exercícios
01. A extraterritorialidade presente no art� 7º do Código Penal se divide em condicionada e incon-
dicionada� Na extraterritorialidade incondicionada, aplica-se a lei nacional a determinados 
crimes cometidos fora do território, independentemente de qualquer condição, ainda que o 
acusado seja absolvido ou condenado no estrangeiro, EXCETO
a) quando o crime for contra a vida ou a liberdade do Presidente da República�
b) quando o crime for contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de 
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, au-
tarquia ou fundação instituída pelo Poder Público�
c) no caso de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil�
d) quando, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado�
e) quando o crime for contra a administração pública, por quem está a seu serviço�
02. Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço do 
governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro�
Certo ( ) Errado ( )
03. Segundo o art� 6º do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu 
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria se produzir 
o resultado� Existem várias teorias acerca do lugar do crime� Qual é a Teoria adotada pelo 
Código Penal vigente?
a) Teoria da Atividade�
b) Teoria do Resultado�
c) Teoria da Ubiquidade�
d) Teoria do Assentimento�
e) Teoria da Relatividade�
Gabarito
01 - D
02 - Certo
03 - C

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