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Técnicas Anestésicas: 1. Injeção Supraperiosteal (ou Infiltrativa Terminal): - Eficaz em: dentes da maxila (todos) e incisivos da mandíbula. - Ineficaz em: ossos densos (ou seja, maior parte da mandíbula). • Indicada para: procedimentos dentários que se restrinjam a uma pequena área não -inflamada. • Vantagens: tecnicamente fácil e atraumático. • Desvantagens: não funciona para grandes áreas e nem em regiões sob inflamação. • Agulha: curta. • Região de punção: fundo de sulco. • Técnica: - Com o dedo polegar e indicador, pega-se o lábio, seja ele inferior ou superior, tensionando-o de maneira que a região do tecido a ser puncionada (fundo de sulco) fique estirada, tensa. - Com uma agulha curta, paralelamente ao longo eixo do dente em questão, traciona-se o tecido contra a agulha, depositando, lentamente, de forma gotejante, a solução anestésica e introduzindo cada vez mais a agulha até o nível do ápice do dente. - O bisel da agulha deverá ficarvoltado para o osso. 2. Técnicas Anestésicas para maxila: 2.1: Bloqueio do nervo alveolar superior posterior (tuberosidade baixa) - Muito eficaz para molares - Exeto a raiz mesivestibular do 1molar. - O risco de complicação também deve ser considerado quando se realiza a técnica ASP. - A penetração da agulha muito distalmente poderá produzir a formação de hematoma local, devendo-se considerar sempre o tamanho do paciente para se analisar a quantidade de penetração nos tecidos moles. - Deve-se sempre realizar aspiração ou refluxo durante esta injeção anestésica, a fim de evitar injeção intravascular inadvertida. • Áreas anestesiadas: Polpas dos terceiros, segundos e primeiros molares superiores EXCETO A RAIZ MESIOVESTIBULAR DO 1º MOLAR. Também anestesia tecido periodontal vestibular, tecido conjuntivo e membrana mucosa vestibular OBS: A mucosa palatina não é anestesiada, e se houver a necessidade de uma intervenção, deve-se complementar com anestesia submucosa na região. • Região de Punção: prega mucovestibular acima do segundo molar maxilar - Em direção à raiz disto-vestibular do 2° molar superior • Técnica: Introduzir a agulha curta calibre 27 na prega mucovestibular acima do segundo molar maxilar com o bisel da agulha voltado para o osso. Introduz a agulha avançando lentamente para cima, para dentro e para trás em um só movimento, formando um ângulo de 45° com o plano oclusal. Injetar aproximadamente 0.9ml a 1,8ml de anestésico. Esperar 3 a 5 minutos 2.2 Bloquei do nervo alveolar superior médio: - Utilizado para pré-molares superiores, utilizado quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produziu anestesia pulpar distal ao canino. • Área anestesiada: primeiro e segundo pré-molares superiores, raiz mesiovestibular do primeiro molar superior, tecidos periodontais, osso, periósteo e mucosa vestibular adjacente à região anestesiada. • Região de punção: A introdução da agulha deve ser feita na altura da prega mucovestibular acima do segundo prémolar. • Técnica: Recomenda-se agulha curta ou longa 27. A introdução da agulha deve ser feita na altura da prega mucovestibular acima do segundo prémolar. A área alvo é o osso maxilar acima do ápice do 2º pré-molar. Injetar uma quantidade de aproximadamente 0,9ml a 1,2ml de solução anestésica. Aguardar 3 a 5 minutos. Ocorre parestesia do lábio superior. 2.3 Bloqueio do Nervo alveolar Superior Anterior: - Esse tipo de anestesia tem uma utilidade clínica para procedimentos que envolvem dentes anteriores maxilares (incisivo central, incisivo lateral e canino). • Nervo anestesiado: alveolar superior anterior • Áreas anestesiadas: Incisivo central, incisivo lateral ev canino, maxilar, tecidos periodontais, osso, periósteo, mucosa vestibular adjacente à região anestesiada e lábio superior. • Técnica: - Recomenda-se o uso de agulha curta de calibre 25 ou 27. - Área de puntura da agulha na prega muco-jugal acima do canino superior. - Secar a mucosa com gaze estéril e aplicar anestésico tópico. - Bisel da agulha Voltado para a superfície óssea. - Introduzir a agulha até que alcance uma posição acima do ápice do canino superior. - Injetar o anestesio lentamente (realizando refluxo ou aspiração) na quantidade de aproximadamente 0,9 a 1,2ml de solução anestésica. - Retirar agulha cuidadosamente. - Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico. 2.4 Bloqueio do Nervo Infraorbitário: - O nervo infra orbital é o ramo terminal do nervo maxilar superior. • Nervos anestesiados: alveolar superior anterior e alveolar superior médio. • Áreas anestesiadas: incisivos superiores. • Região de punção: A agulha poderá ser introduzida na altura prega muco-jugal, aconselha-se a puntura da agulha em direção ao pré-molar • Técnica: - Paciente colocado na cadeira de forma a que seu plano oclusal forme 45° com o plano horizontal (solo). - Localizar o forame infra-orbital. - Recomenda-se a utilização de agulha longa calibre 25 ou 27. - Local de penetração da agulha: A agulha poderá ser introduzida na altura prega muco-jugal, aconselha-se a puntura da agulha em direção ao pré-molar, visto ser esta região a que proporciona o menor trajeto até a área alvo. - Avançar com a agulha lentamente até que toque suavemente no osso, a agulha deve ser paralela ao longo eixo do dente enquanto é avançada para evitar contato prematuro com o osso. - Injetar o anestésico lentamente na quantidade de aproximadamente 0,9ml a 1,2ml de anestésico, manter pressão firme com o dedo sobre o local de forma a aumentar a difusão da solução anestésica para o forame infra-orbital, manter pressão direta sobre o local da injeção durante 1 a 2 minutos após a aplicação do anestésico. - Aguardar 3 a 5 minutos para efeito. 2.5 Bloqueio do nervo Palatino Maior: - A anestesia da porção posterior do palato duro é necessária para procedimentos odontológicos que envolvam a manipulação dos tecidos palatinos, como exemplo, as exodontias. - Outro nome utilizado para esta técnica é o bloqueio do nervo palatino anterior. - As injeções na região palatina são procedimentos traumáticos para muitos pacientes, sendo imperativo que o profissional utilize técnicas para que este procedimento torne-se o mais atraumático possível e diminua o desconforto do paciente. - Uma complicação importante associada a esta técnica anestésica é a isquemia e necrose dos tecidos moles palatinos, causadas geralmente pelo excesso da solução anestésica injetada ou também por soluções com concentrações altas de vasoconstritor. • Áreas anestesiadas: Porção posterior do palato duro e tecidos moles sobrejacentes até a região do 1º pré-molar e região medial do palato duro. Técnica: - Recomenda-se o uso de agulha curta calibre 27. - Ponto de reparo: forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino. - Área de introdução da agulha: região do forame palatino maior; o forame palatino maior fica localizado entre os segundos e terceiros molares superiores, aproximadamente a 1cm da margem gengival palatina, no sentido da linha média. - Posicionar a agulha de forma a que faça um ângulo reto com a região palatina, para isto é importante que o corpo da seringa esteja direcionado do lado oposto ao que será anestesiado. - Bisel orientado em direção aos tecidos palatinos. - Injeta-se a solução lentamente na quantidade 0,25 a 0,5ml de anestésico. - Retirar a agulha cuidadosamente. - Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico. 2.6 Bloqueio do Nasopalatino: - Pode ser denominado também de bloqueio do nervo incisivo ou bloqueio do nervo esfenopalatino. • Indicação: Esta técnica está indicada quando da necessidade de manipulação dos tecidos palatinos da região anterior maxilar durante tratamentos odontológicos, como nas exodontias. Pega de canino à canino. Nervos anestesiados: nervos nasopalatinos bilaterais. • Áreas anestesiadas: porção anterior do palato duro desde a face medial do primeiro pré-molar superior esquerdo ao primeiro pré- molar superiordireito. • Pontos de punção: papila incisiva e incisivos centrais superiores. • Técnica (injeção única): - Recomenda-se agulha curta de calibre 27. - Posicionar o paciente de forma a que fique com a boca aberta e a cabeça ligeiramente inclinada para uma melhor visualização da papila incisiva. - Secar a mucosa palatina e aplicar anestésico tópico. - Pode-se nessa técnica também utilizar a compressão local mencionada na técnica do bloqueio do nervo palatino maior. - A área de introdução inicial é a mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva. - Esta área é menos sensível que a região da papila incisiva, e esta manobra visa à promoção de uma leve isquemia local com o objetivo de diminuir a dor durante a inserção da agulha. - Introduzir a agulha lateralmente à papila incisiva, depositar uma pequena quantidade de anestésico, remover a agulha e observar a isquemia na região da papila incisiva. - Reintroduzir imediatamente a agulha, agora direcionada para a papila incisiva. - A agulha deverá penetrar formando um ângulo de aproximadamente 45° em direção à papila palatina. - Penetrar a agulha na profundidade de 5mm. - Injetar lentamente uma pequena quantidade de solução anestésica. - Retirar a agulha cuidadosamente. Aguardar 3 a 5 OBS: Nessa técnica pode também ocorrer isquemia e necrose dos tecidos moles da região anterior do palato, causadas pelo excesso de solução anestésica injetada ou soluções com concentrações altas de vasoconstritor. 3. Técnica Anestesica para mandibula: 3.1 Anestesia do nervo alveolar inferior: - Bloqueio dos nervos alveolar inferior, incisivo, bucal, mentoniano e lingual (técnica indireta); - Bloqueio pulpar de todos os dentes do hemi-arco inferior; - Anestesia do corpo da mandíbula, do periósteo e de tecidos moles mandibulares; - Anestesia dos 2/3 anteriores da língua e do assoalho da boca (daquele lado) • Indicações: Procedimentos em múltiplos dentes de um quadrante inferior;Anestesia de tecidos moles na região inferior, tanto por vestibular quanto por lingual. • Áreas anestesiadas: Bloqueio dos nervos alveolar inferior, incisivo, bucal, mentoniano e lingual (técnica indireta); Bloqueio pulpar de todos os dentes do hemi-arco inferior; Anestesia do corpo da mandíbula, do periósteo e de tecidos moles mandibulares; Anestesia dos 2/3 anteriores da língua e do assoalho da boca (daquele lado) • Ponto de Punção: 1cm acima do plano oclusal, com o bisel da agulha voltado para a face interna do ramo; Manter a seringa paralela ao plano oclusal, alinhada com a superfície oclusal dos molares inferiores; • Técnica: - Identificar as linhas formadas pelo ramo ascendente e pelo ligamento pterigomandibular; - Traçar a bissetriz do ângulo dessas linhas; - Posicionar o canhão da carpule entre os pré-molares inferiores do lado oposto; - Punção da bissetriz, 1cm acima do plano oclusal com o bisel da agulha voltado para a face interna do ramo; - Introduzir a agulha até que ela toque o osso, injetando um pouco de anestésico no trajeto; - Recuar 1mm; - Aspirar - Injetar o restante do anestésico. 3.2 Bloqueio do Nervo Mentual - O bloqueio do nervo mentoniano ou mentual não é uma técnica muito usual na odontologia. - É usado como alternativa para a técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior. - Ao se injetar no forame mentoniano, a solução difundi-se pelo canal mentoniano, que e muito curto (3 a 6mm), e bloqueia o próprio nervo alveolar inferior. • Áreas anestesiadas: dentes anteriores e pré-molares, de sua gengiva vestibular e da pele e mucosa do mento e lábio inferior. • Técnica - Localizar o forame (palpar) -Seringa na vertical, levemente inclinada (de trás para frente, de fora para dentro); - Aspirar - Injetar ½ a 1 tubete; - Fazer pressão digital para forçar a entrada do anestésico no forame.
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