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Estética no Envelhecimento Facial
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1
2/216
Estética no Envelhecimento Facial
Autoria: Cristiane Zanin
Como citar este documento: Zanin, Cristiane I. C. B. Estética no envelhecimento facial. Valinhos: 
2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Teorias do envelhecimento 04
Unidade 2: Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento 27
Unidade 3: Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento 54
Unidade 4: Alterações visíveis da pele e tipos de pele 81
2/216
Unidade 5: Fatores causais e rugas 107
Unidade 6: Avaliação clínica, objetivos do tratamento e abordagem terapêutica 135
Unidade 7: Microcorrentes 161
Unidade 8: Ativos contra o envelhecimento 190
3/216
Apresentação da Disciplina
A proposta da disciplina Estética no Envel-
hecimento Facial reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvi-
mento do estudo com qualidade e segu-
rança. O material foi desenvolvido de uma 
forma clara e dinâmica com o objetivo de 
facilitar o entendimento por parte do alu-
no. Pretende-se, que com este material, o 
aluno amplie os conhecimentos específicos 
sobre as teorias do envelhecimento, suas 
modificações morfológicas e funcionais, 
alterações fisiológicas e histológicas rel-
acionadas ao envelhecimento, alterações 
visíveis da pele e a relação dos sinais de en-
velhecimento com cada tipo de pele, fatores 
agravantes e causais relacionados à beleza 
e à estética facial, rugas, avaliação clíni-
ca, objetivos do tratamento e abordagem 
terapêutica, microcorrentes: característi-
cas físicas, frequência e intensidade usual 
para o envelhecimento, efeitos fisiológicos, 
efeitos terapêuticos, eletrodos, indicação e 
contraindicação, técnicas de aplicação vol-
tadas para o envelhecimento, ativos contra 
o envelhecimento e suas características, 
bem como os critérios utilizados na escolha 
dos ativos. Espera-se, que esse material de 
estudo levante pontos de debate para que 
o aluno se aprofunde em alguns assuntos 
específicos de seu interesse e proporcione 
uma visão ampla sobre planejamento, ex-
ecução e gestão de serviços relacionados 
à estética, beleza e saúde e atue de forma 
competente no mercado de trabalho e que 
utilize este material como uma ferramenta 
para o seu sucesso!
4/216
Unidade 1
Teorias do envelhecimento
Objetivos
1. O presente estudo tem como obje-
tivo abordar as principais teorias do 
envelhecimento humano, correlacio-
nando-as com as modificações que 
ocorrem no organismo. Além disso, o 
aluno deverá entender o processo de 
envelhecimento e desenvolver estra-
tégias que atenuem os efeitos da se-
nescência.
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento5/216
Introdução
Nas últimas décadas, o número de pesqui-
sas e trabalhos voltados para o envelheci-
mento aumentou significativamente. Tal 
fato pode ser relacionado com a expansão 
da expectativa de vida, uma vez que a popu-
lação idosa tem demonstrado crescimento 
expressivo. Os avanços tecnológicos, sem 
dúvida, contribuíram significativamente 
para o ocorrido, pois a síntese de novos me-
dicamentos “possibilitou um amplo con-
trole e tratamento eficiente de doenças in-
fectocontagiosas e crônico-degenerativas, 
às quais somadas às estratégias modernas 
de diagnóstico e cirurgia proporcionaram 
uma elevação da vida média da população” 
(REVISTA CONTEXTO & SAÚDE, 2011). En-
velhecer é um processo natural, contudo, a 
qualidade do envelhecimento está relacio-
nada diretamente com a qualidade de vida 
à qual o organismo foi submetido (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004). A dinâmica da senescência 
fez com que diversos estudos fossem de-
senvolvidos para tentar minimizar ou mes-
mo evitar esse processo. A partir desse con-
texto, surgem diversas teorias com um con-
junto de conceitos, fatos e indicadores, mas 
com um único propósito, explicar as causas 
desse fenômeno. Entre as diversas teorias 
existentes destacam-se: Teoria do relógio 
biológico, Teoria do uso e desgaste e Teoria 
dos radicais livres, sendo esta a mais aceita 
atualmente. 
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento6/216
1. Causas do envelhecimento
A preocupação constante com a aparência é 
fato na vida da maioria das pessoas, contu-
do, ela se intensifica à medida que os sinais 
de envelhecimento começam a aparecer. 
“O envelhecimento é um fenômeno que 
atinge todos os seres humanos, indepen-
dentemente, sendo caracterizado como um 
processo dinâmico, progressivo e irreversí-
vel, ligados intimamente a fatores biológi-
cos, psíquicos e sociais” (INTERSCIENCE-
PLACE, 2012, s.p.). 
As causas do envelhecimento podem es-
tar relacionadas a dois fatores: intrínsecos 
e extrínsecos. O envelhecimento intrínseco 
também pode ser chamado cronológico e é 
um processo natural, em que se observam 
a diminuição das funções vitais do corpo, 
comprometimento na renovação celular 
(organismo mais suscetível a infecções) e 
queda na produção de elastina e colágeno, 
que conferem tonicidade e firmeza à pele, 
resultando em uma pele mais fina e flácida, 
com presença de rugas finas superficiais e 
também acometida pela atrofia. Já os fato-
res extrínsecos, também conhecidos como 
fotoenvelhecimento, são agressões que o 
organismo sofre de fatores externos, como 
poluição ambiental, fumo, álcool e princi-
palmente a exposição exagerada ao sol. Es-
ses e outros fatores podem levar ao enve-
lhecimento precoce (REBELLO, 2014). Além 
disso, algumas partes do corpo como face, 
pescoço, dorso das mãos e antebraço, que 
diariamente se encontram expostas às in-
tempéries, têm maior tendência à senilida-
de.
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento7/216
O estudo das causas do envelhecimento é 
um campo amplo, no qual diversas teorias 
são propostas, cada qual com um conjunto 
de conceitos, fatos e indicadores. Contudo, 
não se tem uma teoria certa ou errada, uma 
vez que muitas delas se relacionam. Além 
disso, não significa que o “caminho das ex-
plicações esteja concluído e menos ainda 
nos permite assegurar que essas explica-
ções sejam definitivas” (GUIRRO; GUIRRO, 
2004, p. 281).
2.1 Teoria do relógio biológico
Também conhecida como Teoria genética, 
foi uma das primeiras teorias criadas com o 
intuito de explicar o fenômeno do envelhe-
cimento. Ela afirma que a senescência seria 
controlada por um “relógio biológico” celu-
lar que marcaria o período quando suas ca-
racterísticas se fariam mais visíveis. 
Os defensores dessa teoria acreditam que os 
responsáveis por controlar o envelhecimen-
to são os hormônios, com centro regulador 
situado no cérebro. “Acredita-se simultane-
amente que estaria localizado no nível dos 
ácidos nucleicos (DNA e RNA), encarrega-
dos da transmissão do código genético e da 
síntese proteica” (GUIRRO; GUIRRO, 2004, p. 
281). Dessa forma, cada ser vivo apresenta-
ria uma duração de vida estipulada pelo seu 
padrão genético.
Outro mecanismo genético que se correla-
ciona com o envelhecimento é o encurta-
mento dos telômeros. 
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento8/216
Uma vez que os telômeros são responsáveis 
pela proteção dos cromossomos bem como 
a replicação do DNA cromossomal, o encur-
tamento deles aparece como fator determi-
nante no desencadeamento do envelheci-
mento.
As células se dividem constantemente. 
Quando se trata de células somáticas, este 
é o fator responsável pelo encurtamento 
dos telômeros, conforme ilustrado na Figu-
ra 1.1. 
Figura 1.1 | Encurtamento dos telômeros provoca-
do pela divisão celular em células somáticas
Fonte: Amaral Neto (2015).
As células germinativas, presentes em cé-
lulas-tronco e nas células neoplásicas, não 
apresentam encurtamento dos telômeros, 
uma vez que possuem a enzima telomerase, 
capaz de produzir telômeros a partir de um 
modelo de RNA.
Para saber mais
Os telômeros são sequências repetitivas de DNA 
que estão presentes nas extremidades dos cro-
mossomos humanos. Eles têm a função de sepa-
rar e proteger os cromossomos.
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento9/216
“No caso das células somáticas, quando ostelômeros chegam a um comprimento mí-
nimo específico para cada célula, ocorre a 
sinalização que determina a senescência 
celular, submetendo-a ao limite de Hayfli-
ck” (TEIXEIRA; GUARIENTO, 2010, s.p.).
“A teoria de que os telômeros são “relógios 
moleculares das células”, embora recente, 
já apresenta confirmação científica emba-
sada em diversos estudos” (AMARAL NETO, 
2015, s.p.). A clonagem da ovelha Dolly, di-
vulgada em 1997, foi um dos experimentos 
fundamentais sobre a relação dos telôme-
ros no processo de envelhecimento. Para 
fazer a clonagem os cientistas utilizaram 
células das glândulas mamárias de uma 
ovelha adulta, sendo assim, os telômeros 
dessas células eram menores, uma vez que 
havia ocorrido desgaste de ciclos reprodu-
tivos anteriores. Dolly viveu apenas 6 anos. 
Morreu devido à doença crônica e degene-
rativa nos pulmões e ao longo de sua vida 
apresentou diversos sintomas de envelheci-
mento precoce. 
Link
Hayflick realizou diversos estudos sobre o proces-
so de envelhecimento. Sua contribuição a respeito 
da senescência celular e do encurtamento dos te-
lômeros foi de fundamental importância. Para 
conhecer um pouco mais sobre o pesquisador e 
entender o conceito do limite de Hayflick acesse 
o link: <http://teoriasdoenvelhecimento.blo-
gspot.com.br/2012/05/o-limite-de-hayfli-
ck-e-teoria-dos.html>. Acesso em: 2 set. 2017.
http://teoriasdoenvelhecimento.blogspot.com.br/2012/05/o-limite-de-hayflick-e-teoria-dos.html
http://teoriasdoenvelhecimento.blogspot.com.br/2012/05/o-limite-de-hayflick-e-teoria-dos.html
http://teoriasdoenvelhecimento.blogspot.com.br/2012/05/o-limite-de-hayflick-e-teoria-dos.html
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento10/216
Embora ainda existam muitas controversas 
sobre esse estudo e em especial a essa te-
oria, um fato é certo, a clonagem da ovelha 
Dolly foi fundamental para os avanços na 
compreensão dos mecanismos subjacentes 
ao envelhecimento.
2.2 Teoria do uso e desgaste
Em 1882, August Weismann, biólogo ale-
mão, propôs essa teoria. Na Teoria do Uso e 
desgaste, o organismo humano é compara-
do a uma máquina, que se desgasta com o 
uso. Ela afirma que o envelhecimento ocor-
re como resultado do uso normal do corpo 
e de seus sistemas. Com o passar do tempo, 
estes sistemas se desgastam e não agem 
mais com sua plena capacidade.
Como fator de mensuração do envelheci-
mento a idade cronológica é descartada e 
ganha força a direta relação com os hábi-
tos. Além disso, o envelhecimento e a mor-
te seriam também, resultado da constante 
exposição dos diversos tecidos às injúrias 
ambientais, os ferimentos, infecções, infla-
Link
Em fevereiro de 1997, o Instituto Rolim, na Escó-
cia, anunciou a criação do primeiro clone de um 
mamífero, uma ovelha, que recebeu o nome de 
Dolly. Para entender mais sobre clonagem aces-
se: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n51/
a16v1851.pdf>. Acesso em: 3 set. 2017.
http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n51/a16v1851.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n51/a16v1851.pdf
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento11/216
mações e outras formas de agressões (feri-
mentos ou patógenos), se somariam ao lon-
go dos anos no indivíduo e dessa forma, as 
lesões ocasionadas provocariam alterações 
nas células, tecidos e órgãos desencadean-
do o envelhecimento.
Contudo, alguns estudos contribuíram para 
o “descrédito” dessa teoria, entre eles pode-
mos citar que animais criados em ambien-
tes livres de patógenos ou ferimentos, enve-
lhecem da mesma forma e não apresentam 
aumento na longevidade máxima. Sendo 
assim, pode-se considerar a Teoria do uso 
e desgaste não como uma teoria, mas, sim, 
um estudo complementar para auxiliar ou-
tras teorias no que diz respeito ao desgaste 
de um órgão ou área do organismo relacio-
nando-o com a idade, sem se transformar 
em um fato causal do envelhecimento.
2.3 Teoria dos radicais livres
Os radicais livres já são conhecidos desde o 
século passado, por conceitos emitidos por 
Paul Bert sem se referir diretamente a eles, 
quando foi demonstrado que o oxigênio em 
altas concentrações poderia ser tóxico para 
vários tecidos (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Na 
década de 1950, várias moléculas recebe-
ram a classificação de radicais livres.
2.3.1 Os radicais livres 
Nas últimas décadas, os radicais livres têm 
atraído a atenção de pesquisadores de vá-
rias áreas. Foram diversos estudos realiza-
dos para esclarecer seu papel em processos 
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento12/216
como envelhecimento, câncer, inflamação, 
entre outros. Assim, seu caráter multidisci-
plinar despertou e continua despertando a 
atenção de vários pesquisadores.
Radicais livres são moléculas que possuem 
um elétron ímpar (não pareado) em sua ór-
bita externa, com muita energia livre. Esses 
radicais livres cujo elétron desemparelhado 
se encontra centrado nos átomos de oxigê-
nio ou nitrogênio são denominados de ERO 
(espécies reativas de oxigênio) e ERN (espé-
cies reativas de nitrogênio).
Como se sabe, para uma molécula ser es-
tável, ela precisa ter na sua órbita externa, 
um número par de elétrons. Caso contrário, 
a molécula passa a buscar o elétron faltante 
em moléculas que cedem o elétron (fenô-
meno de óxido-redução).
Essa característica permite que a molécu-
la seja altamente instável e reativa, o que 
contribui para reagir com a membrana das 
nossas células, podendo causar sérios pro-
blemas para o nosso organismo.
Para saber mais
Óxido-redução é um processo de transferência 
de elétrons, em que ocorre uma mudança na car-
ga elétrica das espécies químicas. Essas cargas 
elétricas são denominadas número de oxidação 
(Nox). Quando uma das espécies químicas envol-
vidas ganha elétrons, ocorre uma diminuição no 
Nox, dizemos, portanto, que ela sofreu redução. 
Se houve um aumento no Nox dizemos que ela 
perdeu elétrons e sofreu oxidação.
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento13/216
Os radicais livres podem ser produzidos por 
reações internas do organismo ou podem 
estar vinculados à interferência de agen-
tes externos como poluição, cigarro, álcool, 
radiação, entre outras. Em condições nor-
mais, quando produzidos pelo organismo, 
são neutralizados por agentes antioxidan-
tes, uma vez que estes possuem cargas po-
sitivas e se combinam com os radicais livres, 
com cargas negativas, tornando-os inofen-
sivos. 
É interessante ressaltar, que os radicais li-
vres, quando equilibrados, têm fundamen-
tal importância no combate às inflamações, 
morte de bactérias e controle do “tônus” 
do músculo liso. Contudo, seu excesso ou 
mesmo a diminuição dos agentes oxidan-
Para saber mais
A função do antioxidante é impedir a ação oxidan-
te dos radicais livres, protegendo as células sadias 
do organismo. Esse agente controla a quantida-
de de radicais livres no organismo, que apesar de 
fundamentais para a saúde, quando em excesso, 
podem oxidar células saudáveis. Nosso organis-
mo é capaz de produzir antioxidantes, mas com 
uma alimentação saudável é possível obtê-lo na 
dose certa.
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento14/216
tes podem acarretar em sérios problemas 
à saúde. Esse desequilíbrio entre oxidantes 
e antioxidantes é conhecido como estresse 
oxidativo.
A Teoria dos radicais livres vem recebendo 
atenção especial por parte dos cientistas, 
em virtude de seus efeitos sobre o metabo-
lismo explicarem os processos de envelhe-
cimento, assim como as doenças relacio-
nadas (LANE, 2003). A teoria propõe que o 
envelhecimento seja causado devido à toxi-
cidade gerada pelos radicais livres em de-
corrência de um ciclo vicioso no qual mais 
danos aos constituintes mitocondriais cul-
minam na produção de mais radicais (MAR-
TELLI; NUNES, 2014). Atualmente é a teoria 
mais aceita, na qual exposição crônica ou 
excessiva à radiação UV, faz com que as es-
pécies de oxigênio reativo reduzam a capa-
cidade de defesa antioxidante da pele, ace-
lerando o processo de envelhecimento pela 
morte ou mau funcionamento das células 
(SOUZA et al., 2007).
Link
O estresse oxidativo é um processosimples que 
ocorre dentro da célula. Confira o link para saber 
mais sobre esse assunto importante. Disponí-
vel em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/
v29n1/27866.pdf>. Acesso em: 1 set. 2017.
http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v29n1/27866.pdf
http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v29n1/27866.pdf
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento15/216
Glossário
Células somáticas: são células não germinativas. São as responsáveis pelas funções gerais do 
nosso corpo e estão em maior número no nosso organismo.
Senescência: a senescência pode ser definida como um envelhecimento sadio. As alterações en-
volvidas neste processo são lentas e gradativas, sem nenhum mecanismo de doença reconheci-
do.
Senilidade: processo de envelhecimento relacionado com a presença de doenças crônicas ou 
outras alterações que podem acometer a saúde do idoso.
Questão
reflexão
?
para
16/216
Hoje em dia, com o aumento da expectativa de vida, as pes-
soas estão cada vez mais procurando cuidar da aparência. 
Contudo, se deparam com um fenômeno natural, o enve-
lhecimento, que muitas vezes pode trazer características in-
desejáveis como rugas, manchas, flacidez, entre outras. São 
várias as teorias a respeito do assunto. Mediante ao que foi 
exposto, faça uma análise detalhada de cada teoria e res-
ponda: Qual das teorias você vê com mais coerência? Que 
medidas você adotará no seu dia a dia para tentar retardar o 
seu envelhecimento?
17/216
Considerações Finais
• O envelhecimento é um fenômeno complexo que envolve muitos fatores. Tal fato pode ser 
comprovado pelas diversas teorias existentes para explicar esse fenômeno. Além disso, as 
teorias divergem em muitos pontos.
• As causas do envelhecimento podem estar relacionadas a dois fatores: intrínsecos e extrín-
secos. 
• A Teoria do relógio biológico foi uma das primeiras teorias criadas com o intuito de explicar o 
fenômeno do envelhecimento. Ela afirma que a senescência seria controlada por um “relógio 
biológico” celular que marcaria o período onde suas características se fariam mais visíveis. 
• Entre as diversas teorias do envelhecimento, nas últimas décadas, a Teoria dos radicais livres 
é a que vem recebendo maior atenção. Vários estudos foram realizados para compreender a 
atuação destas espécies reativas e seus efeitos nocivos no organismo, enfocando, principal-
mente, a ação destes, no envelhecimento. De acordo com esta teoria, o comprometimento 
fisiológico desencadeado com o passar dos anos, seria em sua maioria oriunda da ação dos 
RLs sobre os constituintes orgânicos, em detrimento a uma menor atividade do sistema an-
tioxidante.
• Pesquisas comprovaram a presença e atuação dos radicais livres no organismo, fortalecendo 
ainda mais essa teoria.
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento18/216
Referências
AMARAL NETO, Roberto Franco do. O que você precisa saber sobre telômeros e envelhecimen-
to. 2015. Disponível em: <http://www.robertofrancodoamaral.com.br/blog/o-que-voce-preci-
sa-saber-sobre-telomeros-e-envelhecimento/>. Acesso em: 3 set. 2017.
FECHINE, Basílio Rommel Almeida; TROMPIERI, Nicolino. O processo de envelhecimento: as prin-
cipais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Interscienceplace: Revista 
Científica Internacional, [s.l.], v. 1, n. 20, p. 106-194, jan. 2012. Trimestral.
GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Envelhecimento. In: GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisiote-
rapia dermatofuncional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. Barueri: Manole, 2004. Cap. 
11, p. 281.
LANE, N. A unifying view of ageing and disease: the double-agent theory. Journal of Theoretical 
biology, London, v. 225, n. 4, dez. 2003.
MARTELLI, Felipe; NUNES, Francis Morais Franco. Radicais livres: em busca do equilíbrio. Ciência 
e Cultura, São Paulo, v. 66, n. 3, p. 54-57, set. 2014. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/
cic/v66n3/v66n3a17.pdf>. Acesso em: 4 set. 2017.
MORE: Mecanismo online para referências, versão 2.0. Florianópolis: UFSC Rexlab, 2013. Dispo-
nível em: <http://www.more.ufsc.br/>. Acesso em: 10 set. 2017.
http://www.robertofrancodoamaral.com.br/blog/o-que-voce-precisa-saber-sobre-telomeros-e-envelhecimento/
http://www.robertofrancodoamaral.com.br/blog/o-que-voce-precisa-saber-sobre-telomeros-e-envelhecimento/
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v66n3/v66n3a17.pdf
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v66n3/v66n3a17.pdf
http://www.more.ufsc.br/
Unidade 1 • Teorias do envelhecimento19/216
REBELLO, Tereza. Guia de produtos cosméticos. 10. ed. São Paulo: Senac, 2014. 246 p.
REVISTA CONTEXTO & SAÚDE. Ijuí: Unijuí, v. 10, jan. 2011. Semestral. Disponível em: <https://
revistas.unijui.edu.br>. Acesso em: 2 set. 2017.
SOUZA, Soraya L. G. et al. Recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento do envelhecimen-
to facial. Revista Fafibe On Line, Bebedouro, v. 3, n. 1, p. 1-7, ago. 2007. Disponível em: <http://
www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/11/19042010103832.
pdf>. Acesso em: 4 set. 2017.
TEIXEIRA, Ilka Nicéia D’aquino Oliveira; GUARIENTO, Maria Elena. Biologia do envelhecimento: 
teorias, mecanismos e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 15, n. 6, p. 2845-2857, 
jan. 2010. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/630/63017464022.pdf>. Acesso em: 3 
set. 2017.
https://revistas.unijui.edu.br
https://revistas.unijui.edu.br
http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/11/19042010103832.pdf
http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/11/19042010103832.pdf
http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/11/19042010103832.pdf
http://www.redalyc.org/pdf/630/63017464022.pdf
20/216
1. Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma pessoa é considerada ido-
sa a partir de 60 anos de idade. Essa classificação é feita levando em consi-
deração o envelhecimento fisiológico, o que não impede uma pessoa de ser 
social e intelectualmente ativa. O texto acima pode estar relacionado a que 
conceitos envolvidos no envelhecimento?
a) Fotoenvelhecimento.
b) Antioxidantes.
c) Intrínseco.
d) Extrínseco.
e) Estresse oxidativo.
Questão 1
21/216
2. Baseado em seus conhecimentos sobre a Teoria do relógio biológico, 
julgue os itens a seguir e assinale a alternativa correta:
I. Os defensores dessa teoria acreditam que os hormônios são os responsáveis por regular o 
envelhecimento. 
II. As células germinativas se dividem constantemente, sendo assim, apresentam encurta-
mento dos telômeros determinando a senescência. 
III. A clonagem da ovelha Dolly foi de fundamental importância para mostrar a relação dos 
telômeros no processo de envelhecimento.
a) Somente I está correta.
b) I e III estão corretas.
c) II e III estão corretas
d) Somente III está correta.
e) I e II estão corretas.
Questão 2
22/216
3. A Teoria do uso e desgaste foi proposta em 1882 pelo biólogo alemão 
Augusto Weismann. Baseado nos estudos realizados julgue as alternativas 
a seguir e assinale a alternativa correta:
I. A Teoria do uso e desgaste propõe que o organismo é representado por uma máquina e ela 
se desgasta com o uso.
II. Ao longo da vida, a “máquina” pode apresentar lesões que são reparadas, mas podem dei-
xar resquícios, desencadeando assim o envelhecimento.
III. Um ponto importante nessa teoria é a idade cronológica.
a) Somente I está correta.
b) I e III estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) Somente III está correta.
e) I e II estão corretas.
Questão 3
23/216
4. Uma substância indispensável para sobrevivermos e que ao mesmo 
tempo pode provocar reações radicalares, formando os radicais livres, 
responsáveis pelo envelhecimento se encontra em qual alternativa?
a) Sódio.
b) Hidrogênio.
c) Oxigênio.
d) Carbono.
e) Bromo.
Questão 4
24/216
5. Atualmente, a teoria mais aceita é a Teoria dos radicais livres. Assinale 
a alternativa incorreta a respeito dessa teoria:
a) Radicais livres possuem grande instabilidade, uma vez que possuem elétrons desempare-lhados em sua órbita externa.
b) Os radicais livres são produzidos somente por reações internas do organismo.
c) Agentes oxidantes têm a função de neutralizar os radicais livres, tornando-os inofensivos.
d) Os radicais livres podem ter papel importante no organismo, o problema encontra-se no 
excesso dele ou na diminuição de agentes oxidantes.
e) Estresse oxidativo é o nome dado ao desequilíbrio entre oxidantes (radicais livres) e antioxi-
dantes.
Questão 5
25/216
Gabarito
1. Resposta: C.
O texto relata o envelhecimento fisiológico. 
A fisiologia estuda o funcionamento do or-
ganismo e não os fatores externos que pro-
movem alterações do corpo. Assim, trata-se 
de um envelhecimento natural, classificado 
também como intrínseco.
2. Resposta: B.
I. Correta. Os hormônios possuem cen-
tro regulador no cérebro, e estariam 
localizados no nível do DNA e RNA, 
encarregados pela transmissão do có-
digo genético e síntese proteica.
II. Incorreta. As células germinativas não 
apresentam encurtamento dos telô-
meros, uma vez que possuem a enzi-
ma telomerase, capaz de produzir te-
lômeros novos, utilizando um modelo 
de RNA.
III. Correta. O clone do mamífero contri-
buiu imensamente para o estudo do 
envelhecimento. Como o clone foi fei-
to utilizando telômeros de uma ove-
lha adulta, eles já apresentavam certo 
desgaste. Dolly viveu pouco e apre-
sentou sintomas de envelhecimento 
precoce.
3. Resposta: E.
I. Correta. Essa teoria faz uma relação 
entre o organismo e a máquina e o 
desgaste com o uso dessa máquina 
é comparado com o envelhecimento 
normal do nosso corpo e de seus sis-
26/216
Gabarito
temas.
II. Correta. As “lesões” a que o texto se 
referem estão relacionadas com feri-
mentos e patógenos que provocariam 
alterações na “máquina” desencade-
ando o envelhecimento.
III. Incorreta. Essa afirmação contraria o 
proposto pela teoria, uma vez que ela 
leva em consideração os hábitos.
4. Resposta: C.
O oxigênio, que ao mesmo tempo é fun-
damental para a sobrevivência do ser hu-
mano, pode aparecer como vilão no nosso 
organismo, uma vez que realiza reações ra-
dicalares, formando as espécies reativas de 
oxigênio.
5. Resposta: B.
Os radicais livres podem ser produzidos por 
reações internas do organismo ou podem 
estar vinculados à interferência de agentes 
externos como poluição, cigarro, álcool, ra-
diação, entre outras.
27/216
Unidade 2
Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento
Objetivos
1. O presente estudo tem como obje-
tivo analisar as alterações morfoló-
gicas e fisiológicas decorrentes do 
processo de envelhecimento. Além 
disso, a partir dos estudos, o aluno 
deverá perceber os mecanismos res-
ponsáveis pelo envelhecimento e de-
senvolver estratégias que diminuam 
os efeitos dele.
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento28/216
Introdução
O que antes era privilégio de poucos, chegar 
à velhice, se tornou comum mesmo nos pa-
íses mais pobres. Sem dúvida, a ampliação 
do tempo de vida foi uma das maiores con-
quistas da humanidade, que se fez acom-
panhar de uma melhora substancial dos 
parâmetros de saúde das populações, ainda 
que estas conquistas estejam longe de se 
distribuir de forma equitativa nos diferen-
tes países e contextos socioeconômicos (LI-
MA-COSTA; VERAS, 2003). Tal conquista se 
transforma em um novo desafio, à medida 
que se procura conciliar tempo de vida com 
qualidade de vida. A velhice, muitas vezes, 
está associada ao sofrimento, depressão, 
isolamento social, aumento da dependên-
cia física, entre outros. Contudo, é possível 
relacionar o viver mais com uma qualidade 
de vida melhor através da busca por uma 
boa saúde mental e física, independência, 
enfim, com um envelhecimento saudável 
e ativo. O envelhecimento é um fenômeno 
natural complexo, “que pode ser entendido 
como um processo dinâmico e progressivo, 
caracterizado tanto por alterações morfo-
lógicas, funcionais e bioquímicas, quanto 
por modificações psicológicas” (FERREIRA 
et al., 2012, p.513-518). Tais modificações 
podem ocorrer mais cedo se o organismo for 
agredido por doenças. Assim, compreender 
esse processo, bem como suas alterações é 
de extrema importância para garantir uma 
velhice mais ativa, saudável e independen-
te. 
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento29/216
1. Modificações morfológicas e 
funcionais do envelhecimento
O envelhecimento é próprio dos seres vivos, 
é um processo natural, gradual, previsível e 
inevitável que embora determinado gene-
ticamente, pode ser modificado ambien-
talmente, ou seja, está sujeito a influências 
intrínsecas (constituição genética) ou ex-
trínsecas (fatores ambientais, tipo de dieta, 
sedentarismo, entre outros).
Durante o processo natural de envelheci-
mento, após os 25 anos, as funções fisioló-
gicas do nosso organismo começam a de-
clinar progressivamente e esse ritmo não 
é uniforme entre as pessoas. Além disso, a 
senescência causa alterações irreversíveis 
na estrutura e funcionamento de células, 
tecidos, órgãos e sistemas do organismo.
Com o envelhecimento, são diversas as al-
terações marcantes ocorridas no corpo, en-
Para saber mais
Quando se trata de envelhecimento humano, 
dois termos merecem atenção, uma vez que mui-
tas vezes são utilizados erroneamente como sinô-
nimos: senescência e senilidade. A senescência é 
caracterizada como um processo fisiológico com 
transformações que ocorrem normalmente com 
o passar dos anos, enquanto que a senilidade sig-
nifica presença de doenças crônicas ou traumas 
que podem acometer a saúde do idoso.
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento30/216
tre elas algumas modificações funcionais e 
morfológicas merecem atenção.
2.1 Composição e forma do cor-
po
2.1.1 Água corporal
Ao nascermos, 90% do nosso corpo é cons-
tituído de água. Na adolescência esse valor 
cai para 70% e na fase adulta chega a 60%. 
Na terceira idade (60-65 anos), encontra-se 
um pouco mais de 50% de água. Essa per-
da de água é um processo natural do enve-
lhecimento, sendo assim, conclui-se que o 
idoso tem uma menor reserva hídrica. Além 
disso, existe um fator complicador em re-
lação à desidratação em idosos, mesmos 
desidratados eles não sentem vontade de 
beber água, pois seus mecanismos de equi-
líbrio interno não funcionam bem.
Nos idosos, a falta de água corporal e a per-
cepção da sede ficam prejudicados, visto 
que, além de possuírem uma reserva hídrica 
menor, os mecanismos formados por sen-
Para saber mais
Nosso organismo tem sensores que verificam o 
nível de água. Pouca água significa menor quan-
tidade de sangue, oxigênio, sais minerais em ar-
térias e veias. Assim, é acionado um tipo de “alar-
me”, em que o cérebro é informado da ausência 
de água e a sensação de sede faz a pessoa ir em 
busca de um líquido. 
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento31/216
sores de hidratação são menos eficientes, 
impossibilitando que eles percebam a fal-
ta de água em seu corpo. Assim, qualquer 
perda de água pelo corpo, simplesmente 
pelo dia estar quente, quando se perde mais 
água pela respiração e suor, ou umidade 
do ar baixa, é suficiente para desidratar de 
forma grave um idoso. É muito importante 
que as pessoas da terceira idade tenham 
hábito de tomar líquidos (água, chá, sucos 
naturais, água de coco, sopas) a cada duas 
horas, visto que a desidratação em idosos 
ocorre rapidamente. Mas será que a água é 
tão importante assim?
Alguns sintomas decorrentes de desidrata-
ção em idosos são: confusão mental, falta 
de atenção, rejeição de líquidos, batimen-
tos cardíacos acelerados, entre outros. Caso 
seja notado um desses sintomas, um médi-
co deve ser procurado, uma vez que a perda 
de 10% de água em um idoso pode levar a 
óbito.
Link
A água é o principal elemento do nosso corpo e 
desempenha inúmeras funções no nosso organis-
mo. Para saber mais acesse o link: <http://www.
portaldoenvelhecimento.com.br/2221-2/>. 
Acessoem: 12 set. 2017. 
http://www.portaldoenvelhecimento.com.br/2221-2/
http://www.portaldoenvelhecimento.com.br/2221-2/
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento32/216
2.1.2 Sistema muscular
Após a terceira década de vida, inicia-se uma progressiva e contínua perda de 
massa muscular esquelética, e a maior perda é substituída por gordura” (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004, p. 281). Esse declínio na massa muscular provocada pelo envelh-
ecimento recebe o nome de sarcopenia.
Para saber mais
A sarcopenia afeta diretamente a arquitetura muscular, reduzindo a área de seção transversa anatômica 
(ASTA), comprimento das fibras musculares, volume e ângulo de penação dos músculos, além de reduzir a 
capacidade de produção de força específica, ou seja, a força produzida por unidade de massa muscular.
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento33/216
Essa perda da massa muscular pode ser ilustrada na Figura 2.1.
Figura 2.1 | Ilustração da perda de massa muscular ocorrida em idosos
Fonte: <https://www.iofbonehealth.org/sites/default/files/styles/large/public/sarcopenia%20arms.jpg>. Acesso em: 13 set. 2017. 
A perda de massa corporal magra pode ser debilitante e levar a complicações clínicas e funcionais. 
O risco de incapacidade é de 1,5 a 4,6 vezes maior em adultos idosos com sarcopenia do que 
adultos idosos sem sarcopenia. Aqueles com sarcopenia são mais propensos a desenvolver uma 
https://www.iofbonehealth.org/sites/default/files/styles/large/public/sarcopenia arms.jpg
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento34/216
deficiência, como a incapacidade de realizar atividades da vida diária, como comer.
Contudo, a quantidade de massa muscular perdida com o envelhecimento é menor em pessoas 
que mantêm um regime regular de condicionamento físico. Inclusive, quando se trata de exer-
cícios físicos para idosos, muitos acreditam que caminhada ou mesmo hidroginástica sejam su-
ficientes, porém, estudos mostram que exercícios resistidos com carga extra (sobrecarga além 
do peso do corpo) como musculação, são fundamentais para diminuir a velocidade das perdas 
musculares. “É importante fazer a associação dos exercícios de força com atividades que estimu-
lem as conexões neuromusculares, como coordenação motora, equilíbrio, agilidade e destreza” 
(BUENO, 2017, s.p.).
Estudos têm mostrado que o gênero parece afetar de forma importante a sarco-
penia, pois os homens parecem experimentar o dobro de perda de massa muscu-
lar quando comparados às mulheres” (BAPTISTA; VAZ, 2009, p.368-373).
Uma vez que a massa muscular esquelética representa um determinante para 
força, resistência e desempenho físico, o declínio dessa massa tecidual está as-
sociado a reduções da força, capacidade aeróbica e taxa metabólica” (SIQUEIRA 
FILHO, 2012, p.17). Assim, tais fatores podem contribuir para aumentar o risco de 
queda e diminuir a tolerância a exercícios físicos que diretamente estão associa-
dos ao comprometimento da qualidade de vida.
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento35/216
Um dos desafios da atualidade tem sido 
prevenir e tratar a sarcopenia. Nos últimos 
anos, houve um aumento nos estudos rela-
cionados a tal assunto e muitos deles foram 
de fundamental importância para escla-
recer os possíveis mecanismos celulares e 
moleculares envolvidos na etiologia multi-
fatorial da redução de massa muscular as-
sociada ao envelhecimento.
2.1.3 Massa óssea
O tecido ósseo é constituído basicamente 
por dois tipos celulares: osteoblastos e oste-
oclastos. O primeiro é responsável por pro-
duzir a matriz óssea e o outro por realizar a 
reabsorção óssea. O osso está sendo reno-
vado e remodelado a todo momento, uma 
vez que as atividades desses tipos celulares 
se relacionam em um contínuo processo de 
deposição e reposição mineral. 
A partir dos 35 anos (idade do pico de mas-
sa óssea) a taxa de formação óssea é prati-
camente estabilizada e a de reabsorção vai 
aumentando. Assim, é fácil perceber que a 
estrutura óssea ficará comprometida. Esse 
quadro se intensifica quando a baixa con-
centração de estrogênios facilita a ação dos 
osteoclastos, ou seja, no pós-menopausa.
Além do aumento da reabsorção óssea, não 
acompanhado pelo aumento da formação, 
a hipovitaminose D compromete a estru-
tura óssea do idoso, tornando-o propício à 
osteoporose, por exemplo. 
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento36/216
A produção de vitamina D no idoso é me-
nor quando comparada a um jovem, uma 
vez que ele apresenta menor exposição ao 
sol, muitas vezes por ter sua mobilidade re-
duzida. Seu organismo produz menos enzi-
ma 1-α-hidroxilase renal, responsável pela 
formação da forma mais ativa da vitamina 
D, o calcitrol. Assim, o idoso passa a depen-
der ainda mais da vitamina D presente nos 
alimentos. Contudo, estudos mostram que 
muitos idosos têm uma dieta deficiente de 
vitamina D, ficando mais suscetíveis a fra-
turas. 
Como alternativa para um envelhecimento 
mais saudável, propõe-se atividades ao ar 
livre, além de uma dieta mais saudável, rica 
em alimentos com vitamina D (óleo de fíga-
do de peixes, peixes de água salgada, leite, 
ovos), evitando assim um quadro de fragili-
dade óssea.
Link
É também importante estar atento a possíveis 
efeitos indesejados da suplementação de vita-
mina D de longo prazo, podendo causar hiper-
vitaminose D. Para saber mais sobre o assunto 
acesse o link: <https://estudogeral.sib.uc.pt/
bitstream/10316/28138/1/A%20IMPORT%-
C3%82NCIA%20DA%20VITAMINA%20D%20
NO%20PROCESSO%20DE%20ENVELHECI-
MENTO%20%28Autosaved%29.pdf>. Acesso 
em: 12 set. 2017.
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28138/1/A IMPORT%C3%82NCIA DA VITAMINA D NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO %28Autosaved%29.pdf
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28138/1/A IMPORT%C3%82NCIA DA VITAMINA D NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO %28Autosaved%29.pdf
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28138/1/A IMPORT%C3%82NCIA DA VITAMINA D NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO %28Autosaved%29.pdf
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28138/1/A IMPORT%C3%82NCIA DA VITAMINA D NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO %28Autosaved%29.pdf
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28138/1/A IMPORT%C3%82NCIA DA VITAMINA D NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO %28Autosaved%29.pdf
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento37/216
2.1.4 Estatura
Das alterações corporais fisiológicas, as 
mais afetadas são as medidas antropomé-
tricas. A mais visível está relacionada à es-
tatura, onde ocorre redução de 1 cm por 
década a partir dos 40 anos de idade, con-
dição esta que se acentua aos 70 anos. “Isso 
ocorre devido a alterações na coluna verte-
bral, arqueamento dos membros inferiores 
e achatamento do arco plantar” (WANDER-
LEY, 2015).
Além disso, outra medida antropométrica 
que sofre redução após os 60 anos de ida-
de é o peso, havendo limitação do Índice de 
Massa Corporal (IMC), e redução do peso 
dos órgãos.
Outra alteração relacionada à idade está 
no disco intervertebral uma vez que “o en-
velhecimento altera as propriedades e a 
proporção relativa dos elementos do tecido 
conjuntivo desse disco, sendo que a elasti-
na se torna menos distensível e pode sofrer 
fragmentações sucessivas” (SILVEIRA et al., 
2010, s.p.).
Um dos problemas mais frequentes rela-
cionados ao envelhecimento é a alteração 
da postura corporal, visto que há uma difi-
culdade na execução dos movimentos com 
rapidez, desta forma, o equilíbrio corpo-
ral fica comprometido. Além disso, é muito 
importante que se conheçam as mudanças 
que ocorrem na postura corporal durante o 
envelhecimento, pois assim, medidas pre-
ventivas e até corretivas da postura podem 
ser tomadas com o intuito de evitar dores, 
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento38/216
deformidade, além de dificuldades de loco-
moção e equilíbrio, melhorando a qualidade 
de vida desses indivíduos.
2.1.5 GorduraO tecido adiposo, a famosa “gordura corpo-
ral”, além de um simples reservatório ener-
gético, é também um órgão endócrino, visto 
que dele é secretado um número elevado de 
substâncias metabolicamente importantes.
Durante a velhice, a massa muscular magra 
é substituída por tecido adiposo. Essa subs-
tituição de tecido faz com que o tecido adi-
poso seja depositado em maior quantidade 
no tronco (principalmente região abdomi-
nal) e ao redor de órgãos viscerais, enquan-
to que a gordura subcutânea aumenta leve-
mente. Já na região dos braços ocorre uma 
diminuição dessa gordura. 
A massa de gordura por década aumenta 
em uma proporção maior para as mulheres 
(em torno de 1,7%), enquanto que para os 
homens esse valor situa-se em 1,5%. São 
divergentes as causas do aumento na gor-
dura corporal e redução do tecido muscular, 
no idoso, contudo, alguns autores relacio-
nam esses fatos com a diminuição da ati-
vidade física e da taxa metabólica basal do 
indivíduo. 
Alguns estudos mostram que essa perda de 
tecido muscular pode levar a uma diminui-
ção progressiva da força e resistência mus-
cular, sendo esta última, menos afetada 
com o envelhecimento. 
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento39/216
Assim, um programa de treinamento de 
força muscular no idoso é muito importan-
te para prevenir a perda de massa muscular 
e ajudar a aumentar o desempenho de suas 
atividades diárias.
2.2 Pele e anexos
A pele é um dos órgãos que mais sofrem 
transformações com o avanço da idade. Os 
primeiros sinais de envelhecimento come-
çam a aparecer na superfície da pele por 
volta dos 25 anos de idade. Primeiro surgem 
as linhas finas e, com o tempo, as  rugas, a 
perda de volume e de densidade começam a 
ficar visíveis. As mudanças ocorrem em to-
das as camadas da pele.
Portanto, é muito importante manter a inte-
gridade da pele para que o organismo possa 
se defender das diversas alterações ou mu-
danças às quais a pessoa esteja exposta.
Link
A pele é o maior órgão do corpo. Esse órgão pro-
tege nosso corpo contra atrito, patógenos, perda 
excessiva de água e atua em sua termorregula-
ção. Além disso, contém receptores que permitem 
a percepção de dor, tato, temperatura e pressão. 
É composta por três camadas: epiderme, derme e 
hipoderme. Para se aprofundar no assunto acesse 
o link: <http://www2.ibb.unesp.br/departa-
mentos/Morfologia/material_didatico/Pro-
fa_Maeli/Aulas_Bio/aula_pele_2010.pdf>. 
Acesso em: 13 set. 2017.
http://www.eucerin.com.br/problemas-de-pele/pele-madura/rugas
http://www.eucerin.com.br/problemas-de-pele/pele-madura/perda-de-densidade
http://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/aula_pele_2010.pdf
http://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/aula_pele_2010.pdf
http://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/aula_pele_2010.pdf
http://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/aula_pele_2010.pdf
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento40/216
2.2.1 Epiderme
Durante a senescência, a quantidade de me-
lanócitos é diminuída e os que ainda restam 
sofrem hiperplasia. Assim, com o aumento 
de deposição de melanina, ao ficarem ex-
postos ao sol, ocorre aparecimento de man-
chas senis (lisas, hiperpigmentadas e acha-
tadas). Além disso, também ocorre a dimi-
nuição de queratinócitos (responsáveis pela 
produção de queratina) fazendo com que a 
pele tenha uma aparência pálida, translúci-
da e fina.
2.2.3 Derme
No tecido conjuntivo (derme), há uma dimi-
nuição no número de vasos sanguíneos e da 
sua ação imunológica, facilitando assim as 
infecções. Além disso, essa redução pode 
acarretar uma entrega menos eficiente de 
nutrientes e oxigênio para a superfície, di-
minuindo o brilho rosado característico da 
pele jovem.
Além disso, ocorre perda de colágeno, que 
confere resistência à pele e redução de fibras 
elastina fazendo com que a elasticidade da 
pele diminua consideravelmente. Assim, os 
músculos enfraquecem e ficam frouxos re-
sultando no aparecimento de rugas.
2.2.4 Glândulas
As glândulas sebáceas são responsáveis 
pela produção de sebo. Esse material graxo 
apresenta diversas funções entre elas: atua 
como lubrificantes naturais, torna a pele 
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento41/216
oleosa fazendo com que diminua a perda 
de água pela epiderme, protege contra o 
excesso de água na superfície e tem ação 
bactericida e antifúngica.
O envelhecimento provoca uma diminui-
ção da atividade das glândulas sebáceas e a 
consequente redução na secreção de mate-
riais graxos. Assim, a pele fica com o aspec-
to ressecado e rugoso.
2.2.5 Pelos
Na velhice ocorre diminuição dos folículos 
pilosos ocasionando redução geral dos pe-
los em todo o corpo, exceto narinas, orelhas 
e sobrancelhas e queda de cabelo que são 
mais comuns em idosos, apesar de muitos 
jovens apresentarem sinais de calvície. O 
nome dado à perda de cabelo pela idade é 
alopecia senescente ou involucional e pode 
estar presente tanto em homens como mu-
lheres a partir dos 50 anos ocasionando 
afinamento dos cabelos mesmo sem pre-
cedentes familiares de calvície. Além disso, 
os temidos cabelos brancos são consequ-
ências de uma redução na produção de pig-
mentos (melanina).
2.2.6 Unhas
As unhas são placas córneas localizadas 
na falange distal dos dedos e são compos-
tas basicamente por queratina fortemente 
aderida. Com o processo natural de enve-
lhecimento, as unhas tornam-se frágeis, 
sem brilho, com estriações longitudinais e 
descolamento, além do grau de crescimen-
to ser progressivamente menor.
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento42/216
Glossário
Alterações morfológicas: são modificações que ocorrem na estrutura de células e tecidos.
Etiologia multifatorial: pode ter origem na combinação de vários fatores, genéticos, ambientais 
e de modos de vida, como tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada, excesso de 
peso, consumo excessivo de álcool entre outros.
Melanócitos: são células que produzem a melanina. Eles dispõem de pigmentos de cor (cromó-
foros), e têm a função de absorver a energia fotônica oriunda dos raios solares, evitando que 
cause danos a outras células. A quantidade de pigmentos que os melanócitos possuem é que 
determina a cor de pele das pessoas.
Modificações fisiológicas ou funcionais: referem-se aos processos biológicos inerentes aos or-
ganismos e são inevitavelmente involutivos.
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Considerações Finais 
• O envelhecimento é próprio dos seres vivos, é um processo natural, gradual, previsível e inevi-
tável. A intensidade com que as alterações ocorrem durante a senescência depende de fatores 
genéticos, contudo, podem ser adiantadas de acordo com o estilo de vida do indivíduo.
• Com o envelhecimento são diversas as alterações marcantes ocorridas no corpo, entre elas 
algumas modificações funcionais e morfológicas merecem atenção.
• Perda de água é um processo natural do envelhecimento, assim, conclui-se que o idoso tem 
uma menor reserva hídrica. Além disso, existe um fator complicador em relação à desidra-
tação em idosos, mesmos desidratados eles não sentem vontade de beber água, pois seus 
mecanismos de equilíbrio interno não funcionam bem e qualquer perda de água pelo corpo, é 
suficiente para desidratar de forma grave um idoso.
• Após a terceira década de vida, inicia-se uma progressiva e contínua perda de massa muscular 
esquelética, e a maior perda é substituída por gordura. Esse declínio na massa muscular pro-
vocada pelo envelhecimento recebe o nome de sarcopenia.
44/216
Considerações Finais 
• A partir dos 35 anos (idade do pico de massa óssea) a taxa de formação óssea é praticamente 
estabilizada e a de reabsorção vai aumentando. Assim, a estrutura óssea ficará comprometida.
• Das alterações corporais fisiológicas, as mais afetadassão as medidas antropométricas.
• Durante a velhice, a massa muscular magra é substituída por tecido adiposo.
• A pele é um dos órgãos que mais sofre transformações com o avanço da idade.
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento45/216
Referências 
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br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000300001>. Acesso em: 11 set. 2017.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000300001
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000300001
Unidade 2 • Modificações morfológicas e funcionais do envelhecimento46/216
SIQUEIRA FILHO, Mário Alves de. Envelhecimento e músculo esquelético: força muscular, ati-
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-corporais/>. Acesso em: 12 set. 2017.
http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/viewFile/1081/876
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https://ligadegeriatriaunicamp.wordpress.com/2015/12/15/o-envelhecimento-e-as-alteracoes-corporais/
https://ligadegeriatriaunicamp.wordpress.com/2015/12/15/o-envelhecimento-e-as-alteracoes-corporais/
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1. Baseado nos conhecimentos adquiridos durante essa aula julgue os itens a 
seguir e assinale a alternativa correta:
I. No caso de idosos, para a desidratação ser grave faz-se necessário que ocorram grandes 
perdas como diarreia, vômitos ou exposições intensas ao sol.
II. Os idosos têm menor reserva hídrica, quando comparado com bebês, adolescentes e adul-
tos. Essa perda de água está associada ao processo natural de envelhecimento.
III. Falta de atenção, confusão mental, batimentos cardíacos acelerados podem ser sintomas 
associados à desidratação.
a) Somente II está correta.
b) I e III estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) Somente III está correta.
e) I e II estão corretas.
Questão 1
48/216
2. Com o envelhecimento, são diversas as alterações ocorridas no organis-
mo, uma delas é a sarcopenia, que está relacionada à qual dos itens a seguir?
Questão 2
a) Perda de água corporal.
b) Perda de massa muscular.
c) Redução do conteúdo mineral ósseo.
d) Aumento da curvatura da coluna vertebral.
e) Aumento da gordura total do corpo.
49/216
3. O tecido ósseo é constituído basicamente por dois tipos celulares: os-
teoblastos e osteoclastos. Baseado nos estudos realizados julgue as alterna-
tivas a seguir e assinale a alternativa correta:
Questão 3
I. Osteoblastos são responsáveis por produzir a matriz óssea.
II. Osteoclasto é um tipo celular que tem a função de realizar a reabsorção óssea.
III. A partir dos 35 anos a estrutura óssea começa a ser comprometida, uma vez que a taxa de 
formação óssea vai aumentando e a de reabsorção se estabiliza.
a) Somente I está correta.
b) I e III estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) Somente III está correta.
e) I e II estão corretas.
50/216
4. O ganho de gordura em substituição à perda de massa muscular é um fato 
normal com o envelhecimento, é fator preponderante para possível apareci-
mento de certas doenças e incapacidades. Qual dos itens a seguir pode ser vis-
to como consequência à perda de massa muscular?
Questão 4
a) Aparecimento de cabelos brancos.
b) Depósito de tecido ao redor dos olhos.
c) Unhas frágeis.
d) Aparecimento de manchas senis.
e) Pele ressecada.
51/216
5. Durante a velhice, os cabelos brancos aparecem e causam desagrado prin-
cipalmente às mulheres. Baseado em seus conhecimentos, assinale a alter-
nativa que justifica o fato dos cabelos brancos aparecerem.
Questão 5
a) Diminuição da atividade das glândulas sebáceas e a consequente redução na secreção de 
materiais graxos. 
b) Diminuição no número de vasos sanguíneos e a posterior irrigação do folículo piloso.
c) Perda de colágeno.
d) Perda de água.
e) Produção cada vez menor de melanócitos, responsáveis pela produção de melanina (pig-
mento também responsável pela cor do cabelo) pelo folículo piloso.
52/216
Gabarito
1. Resposta: C.
I. Incorreta. Qualquer perda de água 
pelo corpo, simplesmente pelo dia es-
tar quente, quando se perde mais água 
pela respiração e suor, ou umidade do 
ar baixa, é suficiente para desidratar 
de forma grave um idoso.
II. Correta.
III. Correta.
2. Resposta: B.
Sarcopenia é a perda de massa muscular es-
quelética.
3. Resposta: E.
I. Correta.
II. Correta.
III. Incorreta. A partir dos 35 anos (ida-
de do pico de massa óssea) a taxa de 
formação óssea é praticamente esta-
bilizada e a de reabsorção vai aumen-
tando. Assim, é fácil perceber que a 
estrutura óssea ficará comprometida.
4. Resposta: B.
Durante a velhice, a massa muscular magra 
é substituída por tecido adiposo. Essa subs-
tituição de tecido faz com que o tecido adi-
poso seja depositado em maior quantidade 
no tronco (principalmente região abdomi-
53/216
Gabarito
nal) e ao redor de órgãos viscerais, enquan-
to que a gordura subcutânea aumenta leve-
mente. Já na região dos braços ocorre uma 
diminuição dessa gordura.
5. Resposta: E.
Os cabelos brancos são consequências de 
uma redução na produção de pigmentos 
(melanina).
54/216
Unidade 3
Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento
Objetivos
1. O estudo desse tema tem como objetivo 
verificar em uma abordagem interdisci-
plinar as principais alterações fisiológicas 
e histológicas relacionadas ao envelheci-
mento.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento55/216
Introdução
“O processo natural do envelhecimento en-
volve inúmeras transformações biológicas 
inerentes aos organismos e que ocorrem de 
maneira gradativa e premida por necessi-
dades evolutivas” (ESQUENAZI; SILVA; GUI-
MARÃES, 2014, p.11-20).
Durante o envelhecimento, na fase inicial, as 
alterações intrínsecas são sutis e sequer ca-
pazes de gerar qualquer incapacidade. Con-
tudo, com o passar dos anos, as limitações 
são crescentes ao desempenho dequalquer 
atividade, mesmo de atividades básicas co-
tidianas. Tal fato se relaciona com as diver-
sas alterações que vêm acompanhadas com 
o envelhecimento como declínio das fun-
ções biológicas, modificações bioquímicas 
e mudanças externas como flacidez muscu-
lar, enrugamento da pele e principalmente 
alteração no metabolismo basal.
Estudos mostram que mulheres idosas vi-
vem mais que os homens, embora tenham 
taxas mais altas de morbidade. Tal fato 
pode estar relacionado parcialmente às di-
ferentes doenças que acometem os idosos 
de gêneros diferentes.
“Entre pessoas de 65 anos e mais, de ambos 
os sexos, as principais causas de morte são, 
pela ordem, as doenças cardíacas, o câncer 
e as doenças cerebrovasculares” (SANTOS; 
BIANCHI, 2014, p. 33-46). Assim, a compre-
ensão do processo de envelhecimento, es-
pecificamente, as alterações fisiológicas e 
histológicas, assuntos desse material, são 
de fundamental importância para estabe-
lecer as relações existentes entre o que é 
normal do envelhecimento e o que é pato-
lógico.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento56/216
1. Alterações histológicas
O processo de envelhecimento dos tecidos 
é gradual e são diversas as alterações ocor-
ridas. A pele é considerada um dos órgãos 
que mais sofre transformações à medida 
que a idade avança e é nela onde essas mu-
danças estão mais evidentes. “Atrofia, en-
rugamento, ptose e lassidão representam 
os sinais mais aparentes de uma pele senil” 
(ORIÁ et al., 2003, p. 425-434). Além des-
sas, outras alterações se fazem presentes 
como, por exemplo, comprometimento da 
resposta imunológica, decréscimo do nú-
mero de glândulas sudoríparas, fragilidade 
dos vasos sanguíneos e por ser um órgão 
exposto, “está sujeita a danos ambientais, 
que desempenham relevante papel no en-
velhecimento extrínseco ou fotoenvelheci-
mento, como os causados pela radiação ul-
travioleta” (SANTOS; BIANCHI, 2014, p.33-
46). Assim, há evidências da necessidade de 
cuidados específicos para a pele do idoso, 
uma vez que manter a integridade cutânea 
é de extrema importância para que o orga-
nismo possa se defender das diversas alte-
rações ou mudanças às quais a pessoa este-
ja exposta.
Entender as mudanças funcionais e estru-
turais que ocorrem com a senescência é ne-
cessário para distinguir um processo intrín-
seco daquele efeito patológico cumulativo 
ou agressões ambientais externas. 
É importante levar em consideração, que 
independentemente da idade do indivíduo, 
as alterações como distribuição e fenótipo 
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento57/216
da população celular na derme, espessura 
total da pele, espessura relativa da epider-
me e derme, presença de anexos cutâneos e 
densidade da microvasculatura e de nervos 
variam conforme a região do corpo. 
A pele de idosos tem pouca resistência a 
pequenos traumas e, mesmo a retirada de 
curativos é suficiente para levar à formação 
de bolhas. Tais características estão relacio-
nadas com a menor adesão entre a derme e 
a epiderme, ambas situadas sobre o paní-
culo adiposo composto por gordura, sendo 
a epiderme a camada mais externa e a der-
me mais interna. “A junção dermoepidérmi-
ca é menos espessa e frágil na pessoa idosa, 
pois vai perdendo a arquitetura axial-verti-
cal das fibras elásticas nas papilas dérmicas 
que prendem a epiderme, com acentuada e 
evidente fragmentação dessas fibras” (ME-
NOITA; SANTOS; SANTOS, 2013, p.18-33). 
Portanto, verifica-se a característica princi-
pal da pele envelhecida que é o aplanamen-
to da junção dermoepidérmica.
A menor adesão entre a derme e a epiderme 
compromete a transferência de nutrientes 
de uma camada para outra da pele e modi-
fica também a absorção de substâncias hi-
drofílicas pela pele.
Com o passar dos anos, há uma diminuição 
gradual da taxa de renovação de células 
epidérmicas e o decréscimo dos queratinó-
citos. Assim, a pele tende a tornar-se flácida 
e fina. Em circunstâncias normais, o tempo 
de renovação epidérmica (queratinócitos) 
é de aproximadamente quatro semanas e 
as células da camada basal (células tronco) 
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento58/216
são as responsáveis pela regeneração da 
epiderme através da divisão mitótica. Con-
tudo, estudos mostram que entre os 30 e 
os 80 anos essa taxa de proliferação celular 
declina de 30% a 50%.
“As células de Langerhans, derivadas da 
medula óssea, são células epidérmicas res-
ponsáveis pelo reconhecimento de antíge-
nos” (MAIO, 2011, p. 191). No início da fase 
adulta até o início da terceira idade, ocorre 
redução de cerca de 70% no número dessas 
células, o que aumenta a possibilidade de 
processos inflamatórios ou infecciosos.
Durante a senescência há diminuição no 
número de melanócitos enzimaticamente 
ativos, essa redução é de aproximadamente 
15% por década. Em áreas expostas ao sol 
a densidade melanócita dobra. Ainda não 
está determinado se as células desapare-
cem ou se tonam indetectáveis pela inter-
rupção da produção de pigmentos, o fato é 
que a barreira de proteção corporal contra a 
radiação ultravioleta está diminuída.
Para saber mais
Os queratinócitos são derivados da ectoderme 
e formam a barreira epidérmica, como o estra-
to córneo. A morfologia dos queratinócitos varia 
conforme a camada em que se localizam. Devido 
a sua capacidade em produzir substâncias com 
ação autócrina (agem sobre si), parácrina (age 
sobre outras células) e, às vezes, ação endócri-
na (agem a distância) participam ativamente dos 
processos inflamatórios e imunológicos.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento59/216
A secreção sebácea contínua no adulto di-
minui a partir de 50 anos nas mulheres e de 
70 anos nos homens. “No idoso, a secreção 
sebácea representa 20-40% da maturida-
de. Tal diminuição estaria relacionada com 
a queda da fração livre, ativa, da testostero-
na plasmática” (NASCIMENTO, 2009, p. 55).
A perda de espessura dérmica é pronuncia-
da nos idosos com perda das fibras elásti-
cas e do colágeno. Com o envelhecimento, 
o colágeno da derme muda tanto qualita-
tiva quanto quantitativamente. A diminui-
ção quantitativa do colágeno é resultado 
da diminuição da atividade metabólica dos 
fibroblastos, que são as células responsá-
veis por sua síntese. Já “as mudanças qua-
litativas refletem na diminuição da solubili-
dade e na alteração de várias propriedades 
físicas das moléculas” (FORTES; SUFFREDIN, 
2014, p.94-101). Essas alterações são tam-
bém responsáveis pelo enrugamento, muito 
embora grandes sulcos possam decorrer de 
alterações da hipoderme e da massa mus-
cular.
2. Alterações fisiológicas
Cabelos brancos, unhas quebradiças, pele 
ressecada e fina não são apenas algumas 
das características da velhice. Os órgãos 
também envelhecem e sofrem alterações 
estruturais. Contudo, o envelhecimento do 
ponto de vista fisiológico depende signifi-
cativamente do estilo de vida que a pessoa 
assume desde a infância.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento60/216
2.1 Envelhecimento do sistema 
cardiovascular
“As alterações estruturais e funcionais do 
sistema circulatório que ocorrem no enve-
lhecimento facilitam o desenvolvimento de 
doenças cardiovasculares que podem tor-
nar o envelhecimento malsucedido” (WAJN-
GARTEN, 2010, p.1-9). 
Uma importante causa de mortalidade, 
morbidade e piora na qualidade de vida em 
idosos é a incidência de doenças cardiovas-
culares. Contudo, saber distinguir as altera-
ções normais do envelhecimento, daquelas 
patológicas é primordial.
As alterações do “coração envelhecido” in-
cluem redução da eficiência e dos batimen-
tos cardíacos e redução da capacidade de 
reserva funcional, diminuindo consequen-
temente a força e agilidade em algumas ati-
vidades.
Em pessoas da terceira idade, o ritmo do 
metabolismo é mais lento, sendo assim, fa-
cilita o acúmulode gordura no átrio e no 
septo. Tal fato pode se agravar em indiví-
duos com colesterol elevado, hipertensos 
ou sedentários, visto que aumenta o risco 
de restrição do fluxo sanguíneo (ateroscle-
rose). Se a região afetada for o coração ou 
o cérebro, o resultado pode ser um infarto 
ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC ou 
derrame, como é popularmente conhecido).
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento61/216
Durante a senescência o músculo cardíaco 
aumenta de peso. Tal fato é associado ao es-
pessamento da parede ventricular esquerda 
que aumenta progressivamente com a ida-
de.
Outra alteração estrutural decorrente do 
envelhecimento é o favorecimento do pro-
cesso de calcificação e redução da elastici-
dade das artérias. “A calcificação vascular 
na doença arterial coronária está ganhando 
importância, tanto em pesquisas científicas 
como em aplicações clínicas e de imagem” 
(LIBERMAN et al., 2013, p.376-382). A placa 
calcificada é considerada a forma mais rele-
vante de aterosclerose dentro da árvore ar-
terial coronária e frequentemente apresen-
ta um desafio para a intervenção percutâ-
nea. A formação de placas calcificadas nas 
Link
A aterosclerose é uma inflamação, com a for-
mação de placas de gordura, cálcio e outros ele-
mentos na parede das artérias do coração e de 
outras localidades do corpo humano, por exem-
plo, cérebro, membros inferiores, entre outros, 
de forma difusa ou localizada. Ela se caracteriza 
pelo estreitamento e enrijecimento das artérias 
devido ao acúmulo de gordura em suas paredes, 
conhecido como ateroma. Para saber maiores in-
formações sobre sintomas, causas, diagnóstico e 
tratamento acesse o link: <https://hmsportu-
gal.wordpress.com/2011/05/18/o-que-e-a-
-aterosclerose/>. Acesso em: 2 out. 2017. 
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/05/18/o-que-e-a-aterosclerose/
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/05/18/o-que-e-a-aterosclerose/
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/05/18/o-que-e-a-aterosclerose/
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento62/216
paredes pode evoluir e levar a graus varia-
dos de isquemia em decorrência de lesões 
obstrutivas, chegando até à oclusão total 
da artéria, impedindo o fluxo de sangue.
As causas mais comuns de mortes em ido-
sos são AVC, infarto e enfermidades decor-
rentes de hipertensão arterial. Sendo assim, 
os médicos destacam a importância da prá-
tica de atividades físicas regulares, uma vez 
que elas reduzem a pressão arterial, melho-
ram o desempenho da musculatura cardía-
ca e elevam a autoestima.
2.2 Envelhecimento do sistema 
gastrointestinal
2.2.1 Boca
Durante o envelhecimento ocorrem altera-
ções na cavidade oral como atrofia das pa-
pilas gustativas, desgaste e perda de dentes 
sendo o tabagismo um agravante, redução 
do funcionamento dos músculos da masti-
gação, tendência a engolir maiores quanti-
dades de alimentos e dificuldade de fala.
Para saber mais
A isquemia cardíaca é caracterizada pela dimi-
nuição da passagem de sangue pelas artérias co-
ronárias. Geralmente, é causada pela presença 
de placas de gordura em seu interior, que quando 
não são devidamente tratadas, podem romper e 
entupir o vaso, causando angina e infarto.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento63/216
A diminuição da celularidade dos ácinos 
provoca diminuição do fluxo salivar, “o es-
treitamento dos ductos e a saliva mais vis-
cosa, que potencializados pela ação de 
diversos fármacos podem vir a causar xe-
rostomia, conhecida como a “sensação de 
boca seca” (SILVA; SALVIO; MIRANDA, 2012, 
p.53-60).
Os dentes humanos sofrem várias altera-
ções com o envelhecimento. Dentre elas 
pode ser citado o escurecimento e desgaste 
dos dentes. Um fator preocupante na maio-
ria das pessoas é a perda dos dentes que 
muitas vezes está associada a uma má hi-
gienização bucal ou pouca exposição ao sol 
e dietas pobres em vitaminas D e cálcio que 
podem levar à perda da massa óssea.
2.2.2 Esôfago
Com a idade, a força das contrações eso-
fágicas e a tensão no esfíncter superior do 
esôfago diminuem, mas o movimento dos 
alimentos não é prejudicado por essas alte-
rações, o que preocupa é que com a redução 
da sua inervação intrínseca ocorre frequen-
temente episódios de refluxo.
Link
O ácino seroso é uma organização de glându-
las que é muito comum no organismo. Ele existe 
em vários locais do corpo. No aparelho digestivo 
forma desde pequenas glândulas da parede da 
bochecha até glândulas enormes como a paró-
tida e o pâncreas. Para saber mais acesse o link: 
<http://www.icb.usp.br/mol/3-11acino-1.
html>. Acesso em: 19 set. 2017.
http://www.icb.usp.br/mol/3-11acino-1.html
http://www.icb.usp.br/mol/3-11acino-1.html
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento64/216
2.2.3 Estômago
No idoso, a redução da elasticidade faz com 
o estômago não consiga acomodar a mes-
ma quantidade de alimentos e observa-se 
um aumento do tempo de esvaziamento 
gástrico (principalmente para líquidos). As-
sim, a absorção de medicamentos depen-
dentes da exposição prolongada ao meio 
ácido pode ser prejudicada.
A redução, quando intensa, da secreção áci-
da decorre de uma manifestação inicial de 
gastrite atrófica, e que a mesma não ocorre 
em idosos saudáveis.
“A absorção do ferro pode estar parcial-
mente reduzida pela hipocloridria, o que 
poderia contribuir para o desenvolvimen-
to de anemia ferropriva” (FERRIOLI, 2016, 
p.827-837).
O aumento da prevalência de colonização 
pela Helicobacter pylori é maior com o avan-
çar da idade, podendo atingir até 75% dos 
idosos em faixas etárias avançadas. “Hoje 
se sabe que a H. Pylori é a principal causa 
de doença ulcerosa péptica e de dispepsia, 
Para saber mais
Hipocloridria é a baixa produção de ácido no es-
tômago. Já a acloridria corresponde a nenhuma 
produção de ácido. Essas duas situações apre-
sentam sérios riscos para a saúde devido aos pre-
juízos que provocam na digestão.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento65/216
duas patologias altamente prevalentes e 
responsáveis por enormes custos econômi-
cos” (SOUSA, 2013).
2.2.4 Fígado
Conforme o fígado envelhece são várias as 
alterações ocorridas. Em relação às altera-
ções estruturais encontra-se um depósi-
to significativo de lipofuscina, que fornece 
uma coloração acastanhada ao fígado. Ou-
tra alteração é a redução de 30 a 40% do 
peso do fígado (perda de hepatócitos).
No que diz respeito às funções secretoras 
observa-se redução de até 20% na secreção 
de albumina, colesterol e quantidade total 
de ácidos biliares. “Estas alterações podem 
interferir na farmacocinética de medica-
ções que são transportadas por ligações 
com a albumina ou com as glicoproteínas” 
(FERRIOLI, 2016, p.827-837).
Com o envelhecimento, a capacidade de 
metabolização hepática de drogas fica me-
nor, sendo assim, as posologias do medica-
mento frequentemente necessitam ser di-
minuídas em pessoas idosas. 
2.2.5 Pâncreas
Com o envelhecimento, o pâncreas apre-
senta redução de peso e alterações histoló-
gicas como a fibrose onde parte do tecido 
é substituída pela formação de cicatrizes. 
Ocorre também declínio na produção de 
tripsina e lipase, porém com efeito mínimo 
sobre a absorção intestinal.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento66/216
2.2.6 Intestino delgado
A estrutura do intestino delgado não sofre 
muitas alterações durante a senescência. 
No entanto, os níveis das enzimas que dige-
rem a lactose (lactase) diminuem, levando 
à intolerância à lactose por muitos idosos. 
Os sintomas são cólicas, diarreias e inchaço 
abdominal.
2.3 Envelhecimento do sistema 
urinário
2.3.1 Rim
No decorrer do envelhecimento, quando 
ocorre prescrição de medicamentos, prin-
cipalmente de uso contínuo e prolongado, 
que apresentam metabolismo e excreção 
renal aos idosos, deve-se ter muito cuidado,visto que nessa fase observa-se uma dimi-
nuição progressiva do funcionamento dos 
rins. Além disso, várias doenças que acome-
tem os idosos podem determinar perda adi-
cional da função renal, tais como a hiper-
tensão e o diabetes mellitus entre outras, 
de tal forma que a função renal deverá ser 
monitorada com frequência. Nos homens, 
Link
Intolerância à lactose é a incapacidade parcial ou 
total para digerir a lactose, um açúcar encontrado 
no leite e derivados. É causada por uma deficiên-
cia da enzima lactase, que é produzida pelas cé-
lulas que recobrem o intestino delgado. Para mais 
informações acesse: <http://www.scielo.br/
pdf/ramb/v56n2/a25v56n2.pdf>. Acesso em: 
02 out. 2017.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento67/216
o aumento prostático, comum no envelhe-
cimento, poderá comprometer a função re-
nal progressivamente, caso determine obs-
trução urinária por tempo prolongado sem 
tratamento.
Embora a grande reserva funcional dos ór-
gãos não deixe perceber, os rins sofrem im-
portantes alterações com o envelhecimento 
como diminuição do peso renal, menor área 
de filtração glomerular, redução no ritmo 
de filtração glomerular, esclerose dos vasos 
renais, redução do número de glomérulos a 
partir da quarta década e reserva funcional 
reduzida em 50% aos 70 anos.
2.3.2 Bexiga e uretra
Quebra do equilíbrio entre a musculatura 
voluntária e lisa, denervação da bexiga, en-
fraquecimento da musculatura da bexiga, 
redução da força de contração, maior volu-
me residual e menor capacidade de arma-
zenamento são alterações provenientes do 
envelhecimento.  A atrofia da uretra, com 
enfraquecimento da musculatura pélvica 
associado à perda de elasticidade uretral e 
de colo vesical favorecem o aumento de fre-
quência e urgência urinária e incontinência 
urinária de esforço.
  Portanto, é de fundamental importância 
conhecer as alterações fisiológicas decor-
rentes do processo de envelhecimento e sa-
ber identificar as síndromes geriátricas para 
a prevenção da independência do idoso.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento68/216
Glossário
Morbidade: termo de uso médico e científico que serve para indicar a quantidade de pessoas 
consideradas doentes ou vítimas de uma doença em determinado local e momento.
Panículo adiposo: uma camada de gordura disposta sob a pele, que absorve impactos e atua 
como isolante térmico.
Ptose: é um termo utilizado para se referir à pálpebra superior caída, podendo ser uni ou bilateral.
Questão
reflexão
?
para
69/216
Sabemos que o envelhecimento é um processo inevi-
tável, no qual decorrem diversas alterações. De acordo 
com os tópicos abordados neste material, reflita sobre 
as principais alterações, tanto fisiológicas como histo-
lógicas, ocorridas e analise se existe uma alteração mais 
significativa, ou seja, uma mais importante que as de-
mais.
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Considerações Finais
• Diversas alterações que vêm acompanhadas com o envelhecimento como 
declínio das funções biológicas, modificações bioquímicas e mudanças ex-
ternas como flacidez muscular, enrugamento da pele e principalmente alte-
ração no metabolismo basal.
• A pele é considerada um dos órgãos que mais sofre transformações à medi-
da que a idade avança e é nela onde essas mudanças estão mais evidentes.
• Os órgãos também envelhecem e sofrem alterações estruturais. Contudo, 
o envelhecimento do ponto de vista fisiológico depende significativamente 
do estilo de vida que a pessoa assume desde a infância.
• As alterações do “coração envelhecido” incluem redução da eficiência e dos 
batimentos cardíacos e redução da capacidade de reserva funcional, dimi-
nuindo consequentemente a força e agilidade em algumas atividades.
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Considerações Finais
• Durante o envelhecimento ocorrem alterações na cavidade oral como atrofia das papilas 
gustativas, desgaste e perda de dentes sendo o tabagismo um agravante, redução do fun-
cionamento dos músculos da mastigação, tendência a engolir maiores quantidades de ali-
mentos e dificuldade de fala.
• No idoso, a redução da elasticidade faz com o estômago não consiga acomodar a mesma 
quantidade de alimentos e observa-se um aumento do tempo de esvaziamento gástrico 
(principalmente para líquidos). Assim, a absorção de medicamentos dependentes da expo-
sição prolongada ao meio ácido pode ser prejudicada.
• Os rins sofrem importantes alterações com o envelhecimento como diminuição do peso 
renal, menor área de filtração glomerular, redução no ritmo de filtração glomerular, escle-
rose dos vasos renais, redução do número de glomérulos a partir da quarta década e reserva 
funcional reduzida em 50% aos 70 anos.
• A compreensão do processo de envelhecimento, especificamente, as alterações fisiológicas 
e histológicas, assunto desse material, são de fundamental importância para estabelecer as 
relações existentes entre o que é normal do envelhecimento e o que é patológico.
Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento72/216
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Unidade 3 • Alterações fisiológicas e histológicas relacionadas ao envelhecimento73/216
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