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_CASO CONCRETO 11 (APelação)

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BRAD NORONHA foi denunciado e processado, na 1ª Vara Criminal da Comarca do Município X, pela prática de roubo qualificado em decorrência do emprego de arma de fogo.
Ainda durante a fase do inquérito policial, BRAD NORONHA foi reconhecido pela vítima. Tal reconhecimento se deu quando a referida vítima olhou através de pequeno orifício da porta de uma sala onde se encontrava apenas o réu. Já em sede de instrução criminal, nem vítima, nem testemunhas, afirmaram ter escutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram uníssonas no sentido de assegurar que o assaltante portava uma. Não houve perícia, pois os policiais que prenderam o réu em flagrante não lograram êxito em apreender a arma. Tais policiais afirmaram em juízo que, após escutarem gritos de ?pega ladrão!?, viram o réu correndo e foram ao seu encalço. Afirmaram que, durante a perseguição, os passantes apontavam para o réu, bem como este jogou um objeto no córrego que passava próxima ao local dos fatos, que acreditavam ser a arma de fogo utilizada. O réu, em seu interrogatório, exerceu o direito ao silêncio. Ao cabo da instrução criminal, BRAD NORONHA foi condenado a dez anos e seis meses de reclusão, por roubo com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime inicial fechado para cumprimento da pena. O magistrado, para fins de condenação e fixação da pena, levou em conta os depoimentos testemunhais colhidos em juízo e o reconhecimento da vítima em sede policial, bem como o fato de o réu ser reincidente e portador de maus antecedentes, circunstâncias provadas no curso do processo.
Você, na condição de advogado de BRAD NORONHA, é intimado da decisão no dia 20 de maço de 2017. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, apresentando as razões, e sustentando as teses jurídicas pertinentes, indicando o último dia para o oferecimento da peça cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ... DO ESTADO
Processo n° xxxxxxxx
BRAD NORONHA, já qualificado nos autos do Processo em referência, que lhe move o Ministério Público, por seu advogado regularmente constituído conforme procuração de fls. XX vem à presença de Vossa Excelência, inconformado com a sentença condenatória proferida, interpor o presente
RECURSO DE APELAÇÃO
o que faz tempestivamente, com fundamento no artigo 593, I, alínea a do Código de Processo Penal, requer, desde já, que o presente recurso seja recebido e encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB/UF
RAZÕES DE APELAÇÃO
Processo n° xxxxxxxx
Apelante: BRAD NORONHA
Apelado: Ministério Público
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Doutos Desembargadores,
I – DOS FATOS:
O APELANTE foi denunciado pela suposta prática do crime de roubo majorado, insculpido no artigo 157, §2º, I, do CP.
Após o recebimento da denúncia e findada a instrução criminal, o Douto Juízo de 1º grau condenou o Apelante pela prática do crime apontado na inicial acusatória, aplicando-o a pena de reclusão de oito anos e seis meses, a ser cumprida, inicialmente, no regime fechado.
Diante do manifesto equívoco, seguem abaixo os fundamentos que motivarão a reforma da decisão proferida pelo juízo “a quo”.
II – DOS FUNDAMENTOS:
II.1 - DA NECESSÁRIA ABSOLVIÇÃO EM RAZÃO DA INIDONEIDADE DO ACERVO PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS:
A absolvição em razão da fragilidade do conjunto probatório trazido aos autos é medida que se impõe.
O “reconhecimento” do APELANTE como sendo o autor do delito, feito durante a fase do inquérito policial, se deu de maneira completamente inadequada, e com manifesto descumprimento aos ditames legais, uma vez que a suposta vítima olhou pelo orifício da fechadura da porta onde se encontrava acautelado o APELANTE.
Portanto, é patente a desobediência ao disposto no artigo 226, II, do Código de Processo Penal, que impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas e, por isso mesmo, impõe se reconheça a nulidade processual, nos termos do artigo 564, IV do CPP.
II.2 - DA NULIDADE DA SENTENÇA CONDENATÓRIA:
Não há nos autos do processo qualquer prova de ter o réu, ora APELANTE, praticado o crime de roubo constante da denúncia. Sendo assim, deve o APELANTE ser absolvido da imputação que lhe é feita.
Conforme já demonstrado, a prova de reconhecimento obtida pela Autoridade Policial é absolutamente nula. O reconhecimento do APELANTE procedido de maneira imprópria e completamente inadequada, tendo em vista que a suposta vítima “espiou” por um pequeno orifício de porta na qual se encontrava o APELANTE. 
Procedendo de forma irregular, não houve observância, por parte da Autoridade Policial, às previsões legais existentes para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do Código de Processo Penal. Dessa forma, a prova de reconhecimento, obtida em violação a normas constitucionais ou legais, é manifestamente ilícita, inadmissível, devendo ser desentranhadas do processo, conforme determina o artigo 157 do CPP.
Faz-se mister ressaltar ainda que a prova, irregular e ilícita, foi colhida em sede policial, não foi judicializada, ou seja, não foi oportunizado à defesa o contraditório, e, por isso, se mostra imprestável para sustentar a condenação do APELANTE.
II.3 – DA CONVERSÃO DO FATO TÍPICO:
Alternativamente, na remota hipótese, e por mera argumentação, de ser considerado o APELANTE o autor do delito em questão, deve-se apontar a ausência de comprovação do emprego de arma de fogo.
Não houve apreensão de nenhum tipo de arma nem muito menos busca no local onde supostamente teria sido dispensada. Desse modo, não pode o APELANTE ser condenado pela prática de roubo majorado pelo emprego de arma. Não poderia, sequer, ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de violência ou grave ameaça contra pessoa. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora Apelante, essa deverá se constituir pela prática de furto, mas não de roubo.
III – PEDIDOS:
Ante a todo o exposto requer:
i) A reforma da decisão proferida pelo MM. Juiz “a quo”, para decretar a absolvição do APELANTE, com fulcro no artigo 386, Inc. V, do Código de Processo Penal, uma vez que não está provada tenha o acusado concorrido para prática de infração penal;
ii) No caso de não ser decretada absolvição, seja declarada nula a decisão condenatória, eis que não observadas as condições impostas para o reconhecimento de pessoas, existindo omissão quanto à formalidade essencial do ato, de acordo com o previsto no artigo 226, II do CPP e artigo 564, IV do mesmo diploma legal.
iii) Ainda, não havendo convencimento quanto à absolvição ou à nulidade, seja o acusado, ora Apelante, beneficiado pelo princípio do in dúbio pro reo, a fim de vê-lo, no máximo, condenado por crime de furto.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
ADVOGADO
OAB

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