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POLÍTICAS PÚBLICAS E ORGANIZAÇÃO Atividades

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POLÍTICAS PÚBLICAS E 
ORGANIZAÇÃO 
DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
(EEL0112) 
 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional 
Tema 1 
1. Considerando a Constituição de 1988, nota-
se que a Educação é considerada como instrumento 
fundamental para um Estado Democrático. Logo, ela 
precisa ser organizada, definindo quem são seus 
responsáveis. Nesse sentido, a quem compete a 
obrigatoriedade da Educação? 
 
a) Nos termos do art. 205 da Constituição Federal 
de 1988, a Educação, que é um direito de todos, 
constitui dever tanto do Estado quanto da 
família, devendo ser promovida e incentivada 
por ambos e em colaboração com a sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao 
seu preparo para o exercício da cidadania e à sua 
qualificação para o trabalho. 
b) A obrigatoriedade é exclusiva da família, como 
expressa no art. 227, mas essa obrigatoriedade é 
também da sociedade e do Estado de forma 
indireta. 
c) De acordo com o art. 227, é dever da família, da 
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta 
prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária, além de 
colocá-los a salvo de toda forma de negligência; 
apesar de não tratar diretamente da Educação, 
aborda seus aspectos de entorno. 
d) A Constituição Cidadã é tributária da 
Declaração do Direito das Crianças da 
UNESCO; nesse sentido, determina no art. 205 
da Constituição Federal de 1988 que é 
obrigação exclusiva do Estado, devendo fazer 
parte de sua política pública a organização, a 
manutenção e a continuidade da Educação. 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
Segundo a Constituição de 1988, a Educação é uma 
obrigação compartilhada da família, da sociedade e do Estado, 
e o governo deve cuidar para que esta seja exercida, mantida e 
regulada. 
 
2. As Cartas Magnas, independentemente do 
período, fornecem as bases fundamentais da política 
de um Estado Nação e são fundamentais na 
organização de Estados efetivamente democráticos. 
Segundo esse princípio, entendendo que o Brasil se 
constitui como um Estado Democrático de Direito 
e a Constituição é sua garantidora, podemos 
afirmar que ela preconiza as seguintes 
alternativas, exceto: 
 
a) Nos termos do art. 205 da Constituição Federal 
de 1988, a Educação, que é um direito de todos, 
constitui dever tanto do Estado quanto da 
família, devendo ser promovida e incentivada 
por ambos e em colaboração com a sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao 
seu preparo para o exercício da cidadania e à sua 
qualificação para o trabalho. 
b) De acordo com o art. 205 da Constituição 
Brasileira, o ensino será ministrado com base nos 
seguintes princípios de igualdade de condições 
para o acesso e permanência na escola: liberdade 
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a 
cultura, o pensamento, a arte e o saber; definição 
das mais corretas e modernas concepções 
pedagógicas; respeito à liberdade e valorização 
da identidade nacional. 
c) Na Constituição de 1891, o art. 72 já 
consagrava o princípio da liberdade e da 
laicidade do ensino ministrado nos 
estabelecimentos públicos, ainda que não fosse 
gratuito, e apontava para importância desse 
processo. 
d) Na Constituição de 1937, o art. 130 manteve o 
ensino primário como obrigatório e gratuito, 
porém com uma responsabilidade subsidiária do 
Estado. Esse é um movimento importante pois, 
pela primeira vez, dava ordenamento financeiro 
para que todos os entes federativos 
constituíssem sistemas de ensino. 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
Alguns princípios constitucionais foram constantemente 
repetidos: a percepção de que o Estado faz parte do 
compromisso da Educação, seja como estimulador, 
mantenedor, estabelecedor de regras e normas que permitam 
seu amplo desenvolvimento. A questão visa ao seu 
entendimento de que esses princípios aparecem mesmo em 
documentos diferentes. Assim, a alternativa B torna-se 
equivocada pela ausência da valorização da pluralidade no 
olhar da Constituição de 1988. 
 
3. Considerando os aspectos fundamentais 
estabelecidos pela LDB, a Educação é uma função 
partilhada entre vários grupos existentes na 
sociedade. Sobre a questão de a quem compete a 
obrigatoriedade da Educação, analise as 
assertivas abaixo: 
 
I - Nos termos do art. 205 da Constituição Federal 
de 1988, a Educação, que é um direito de todos, 
constitui dever tanto do Estado quanto da família, 
devendo ser promovida e incentivada por ambos e 
em colaboração com a sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
II - A obrigatoriedade da família continua expressa 
no art. 227, mas essa obrigatoriedade é também da 
sociedade e do Estado. Ainda de acordo com o art. 
227, é dever da família, da sociedade e do Estado 
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com 
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, 
à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão. 
III – A LDB trabalha com a perspectiva de a 
educação formar a identidade nacional brasileira e, 
nesse sentido, veda a possibilidade de fórmulas 
segregadoras, como a educação inclusiva separada da 
educação regular, a educação de grupos étnicos – 
como índios e negros que têm o direito e o dever de 
serem inclusos no sistema de ensino regular. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) Somente I está correta. 
b) Somente I e II estão corretas. 
c) Somente I e III estão corretas. 
d) Somente II e III estão corretas. 
Parabéns! A alternativa "B" está correta. 
As assertivas constituem elementos importantes da LDB, no 
entanto, em seu princípio de tolerância e reconhecimento da 
multiplicidade de formação, rompe com a ideia de amalgamar 
uma identidade nacional, reconhecendo o direito à 
individualidade e a sua garantia. A título de exemplo, podemos 
falar da questão da entrada na educação infantil e, ainda, para 
os grupos que não desejam integração, permite fundamentos 
e organização próprios em uma modalidade de ensino, como 
o da educação do campo ou da educação indígena. 
 
4. A LDB foi organizada diante de importantes 
debates intelectuais de educadores brasileiros. De 
fato, ela é uma demanda prevista e organizada a 
partir da Constituição. Partindo desses diálogos, ela 
tem alguns princípios básicos. As assertivas abaixo 
apresentam alguns desses princípios: 
 
I - Nos termos do art. 2º da LDB, a Educação, dever 
da família e do Estado (art. 205 da CF/88), 
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de 
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
II - De acordo Com o art. 3º da LDB, o ensino será 
ministrado com base nos seguintes princípios de 
igualdade de condições para o acesso e permanência 
na escola: liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e 
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; 
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
respeito à liberdade e apreço à tolerância. 
III – De acordo com os princípios V, VI e IX, a 
Educação passa a ser entendida como um bem 
público, logo, as instituições privadas de ensino – 
não gratuitas – não devem possuir fins lucrativos. 
Essa perspectiva visa garantir a igualdade para todos 
os sujeitos. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) Somente a I está correta. 
b) Somente a II está correta. 
c) Somente I e II estão corretas. 
d) Somente II e III estão corretas. 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
O princípio deigualdade – previsto na assertiva III – 
está correto, no entanto, o seu fundamento não é a garantia de 
uma educação gratuita para todos, mas a responsabilidade de 
assegurar a gratuidade aos que dela precisarem e o acesso à 
educação privada aos que por ela se interessarem. 
 
5. Como podemos analisar o embate entre público e 
privado existente no quesito financiamento da 
Educação em relação às dificuldades que o Estado 
brasileiro enfrenta no cumprimento de seu dever de 
assegurar a universalização do acesso à educação 
pública, gratuita e de qualidade? 
 
a) O uso de verbas públicas para instituições 
privadas, mesmo limitado a instituições sem fins 
lucrativos, compromete o financiamento da 
educação pública e a necessária ampliação da 
oferta até que se possa ter 100% das crianças e 
adolescentes do país em escolas. 
b) A coexistência de instituições públicas e 
privadas, que contribui para assegurar a 
pluralidade pedagógica e amplia o direito de 
escolha das famílias, não pode servir de 
argumento para a precarização ou redução da 
oferta da educação pública e gratuita de 
qualidade. 
c) A escola pública é para todos e sua 
complementação por oferta de educação privada 
deve ser tão somente uma opção para os que a 
desejam. Assim, o uso de verbas públicas para a 
educação privada só deveria ser considerado 
depois que o Estado tiver assegurado, em todos 
os níveis e modalidades, o acesso de todos à 
educação pública e gratuita de qualidade, 
conforme preconizado na Constituição e na 
LDB. 
d) Do ponto de vista da política pública, o uso de 
verbas da Educação para a iniciativa privada é o 
Estado terceirizar suas obrigações, passando-a a 
instituições privadas, oferecendo vagas que as 
instituições públicas não conseguiriam. 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. 
A possibilidade de o Estado intervir financeiramente nas 
instituições educacionais, enquanto as instituições públicas 
apresentam dificuldades de manutenção, ao mesmo tempo que 
visa à ampliação do número de vagas e ao controle de custos 
dessas instituições, enfraquece a possibilidade de investimento 
em instituições públicas, as quais indicam não ter mais vagas 
por sucateamento. 
 
6. São questões importantes, mas consideradas 
controversas na LDB 1996, as temáticas a 
seguir: 
 
I. A isonomia, em uma proposta de educação 
igualitária e que permita a todos os que estejam em 
uma escola ter o mesmo nível de informação e 
profundidade. 
II. A gratuidade, uma vez que todos os cidadãos 
brasileiros têm direito à educação básica de forma 
gratuita e universal, ainda que por opção o aluno 
possa seguir por instituição privada de ensino. 
III. O ensino religioso previsto na LDB é uma 
questão complicada, pois ela se afirma laica como 
princípio fundamental para a Educação, logo, seria 
possível debater teologia, e não religião. 
IV. A questão do financiamento da educação 
pública, que permite parcerias com o setor privado, 
mas isso é visto como uma contradição pela adoção 
de gastos públicos na manutenção de setores 
privados. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. 
As questões de isonomia não se referem à ideia de um padrão 
máximo de conteúdo; o máximo são parâmetros e bases para 
que as autonomias locais se manifestem. O ensino religioso é 
polêmico, mas a questão não é curricular, é de princípio – 
laicidade ou não como fundamento. 
 
Considerações finais 
O estudo da LDB nos levou a inserir a legislação 
educacional nos diferentes contextos sociais e políticos 
em que ela se inscreve e nos modos de expressão legal 
que, em cada momento, tocou o tema da Educação. 
Assim, estudamos as Constituições nacionais, 
outorgadas nos momentos de caracterização autoritária 
dos governos, e promulgadas quando gestadas por meio 
de processos mais democráticos. Buscamos elencar os 
modos como encararam a questão da Educação e o 
espaço a ela dedicado, percebendo variações, ênfases e 
compreensões distintas do fenômeno. 
Um exame da LDB vigente foi apresentado e, 
posteriormente, um estudo mais detalhado dos 
principais aspectos dessa lei, em seus princípios, 
finalidades e propostas mais relevantes, por meio do 
módulo 2. Neste, tratamos de analisar a LDB em sua 
relação com a Constituição para, posteriormente, nos 
dedicarmos a um estudo dos princípios e daquilo que 
significam em termos de garantias legais e de tendências 
educacionais, assegurando a pluralidade de ideias, de 
conteúdos e de métodos pedagógicos, respeito aos 
conhecimentos de alunos e de professores bem como 
valorizando a carreira docente. 
Quanto aos modos de organização do sistema 
educacional, pudemos ver como a articulação entre os 
níveis e as modalidades de ensino previstos buscam 
cobrir diferentes necessidades, interesses e 
possibilidades de variados grupos sociais do país, 
procurando viabilizar a inclusão de todos para uma 
efetiva universalização do exercício do direito à 
Educação pelo conjunto de membros da sociedade 
brasileira. 
O módulo 3 procurou mostrar a importância e a 
complexidade dos assuntos aos quais ele se dedica, a 
relevância social dos debates que os envolvem e, 
portanto, a urgência desse mergulho mais profundo nas 
discussões nele elencadas. O que precisamos guardar e 
aprender com este tema é a necessidade de compreensão 
da complexidade social de um país de dimensões 
continentais, como é o Brasil, com tantas diferenças 
sociais, culturais e políticas, as quais reverberam no 
sistema educacional. 
 
Estrutura e funcionamento 
 Da Educação no Brasil 
Tema 2 
1. O Estado brasileiro funciona a partir da relação 
harmônica entre os três poderes: o Executivo, o 
Legislativo e o Judiciário. Nesse sentido, o que 
significa a frase do então presidente do Supremo 
Tribunal Federal: “A Constituição 
governa os que governam”? 
 
a) O presidente do Brasil sempre segue a 
Constituição federal, podendo, porém, abrir 
uma exceção caso ache necessário. 
b) O presidente do Brasil e os governadores seguem 
a Constituição, mas têm autonomia para 
implementar ações, via Ministérios ou 
Secretarias (respectivamente), se acharem 
necessário para o bem do povo, ainda que seja 
preciso burlar a Constituição. 
c) O presidente, os governadores e os prefeitos, 
seguem a Constituição e são comumente 
observados pelo Congresso Federal e por 
deputados estaduais e vereadores 
(respectivamente), inclusive com relação aos 
gastos públicos, não podendo abrir exceção com 
relação ao que apresenta a Constituição. 
d) A divisão dos poderes no Brasil, no que tange a 
educação, restringe as discussões a estados e 
municípios, sendo o Executivo nacional 
somente gerente e garantidor de que os demais 
entes cumpram seu papel relativo à educação. 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
Vimos que a Constituição de 1988 rege o funcionamento 
do Estado brasileiro e garante bases democráticas, de modo 
que as ações dos governantes não devem ser arbitrárias ou 
tomadas em função de desejos pessoais. Nenhum governante, 
seja no âmbito federal, estadual ou municipal, pode tomar 
atitudes que coloquem em risco as garantias da Constituição. 
 
2. Embora a Constituição diga que o cidadão deve ter 
“igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola”, vimos que a sociedade 
brasileira é carregada de contradições e nem todos 
têm as mesmas oportunidades. Nesse sentido, 
pode-se dizer que: 
 
a) Somos uma sociedade de diferentes classes e o 
não reconhecimento dessa desigualdade inerente 
dificulta o acesso igualitário de todos à escola, já 
que a vida do estudante trabalhador difere da 
vida do estudante de classe média. 
b) Embora vivamos em um sistema capitalista, a 
LDB garante que todos tenham acesso à 
educação de forma igualitária, assim todos 
aprendem os mesmos conteúdos, amenizando as 
diferençasentre o estudante da classe 
trabalhadora e aquele que não trabalha. 
c) Com a promulgação da LDB, todos os cidadãos 
foram assegurados de que as diferenças entre as 
classes sociais seriam sanadas e que qualquer um 
teria suporte para dar continuidade à sua 
formação. 
d) A Educação já era um direito nacional desde a 
formação da república. O ano de 1988 consagra 
o princípio de que a Educação deveria ser 
pública, gratuita e mantida exclusivamente pelo 
Estado, para garantir a todas condições de 
igualdade. 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
Embora essa seja uma questão objetiva, requer 
posicionamento crítico frente à leitura das políticas 
educacionais no Brasil, cujas contradições ocorrem porque 
não há reconhecimento da diferença de classes. Vejamos, por 
exemplo, quantos alunos pobres têm acesso à internet ou a 
computadores em suas casas. Mais de 70% dos estudantes 
brasileiros não possuem tecnologias para realizarem atividades 
escolares diretamente de seus lares. Nesse sentido, fazer a 
leitura crítica da LDB nos ajuda a entender, inclusive, a 
dificuldade de acesso e permanência de muitos alunos das 
escolas públicas. 
 
3. Pensando sobre o que vimos na LDB de 1996, 
podemos dizer que é atribuição dos municípios: 
 
a) Garantir o acesso à pré-escola e à Educação 
Infantil, com prioridade para o Ensino 
Fundamental. 
b) Garantir o acesso ao Ensino Médio para alunos 
até 16 anos de idade. 
c) Garantir o acesso às creches, à Educação Infantil 
e ao Ensino Médio para alunos até 18 anos. 
d) Garantir educação técnico/profissionalizante 
ou Ensino Médio para alunos até 18 anos. 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
De acordo com a LDB, cabe ao município “oferecer a 
Educação Infantil em creches e pré-escolas, e, com 
prioridade, o Ensino Fundamental”. Portanto, não é 
responsabilidade do âmbito municipal garantir educação para 
o Ensino Médio ou Superior. 
4. Os Estados são responsáveis por gerir e supervisionar 
os estabelecimentos de Ensino Médio. Isso 
consta: 
 
a) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96. 
b) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.550/95. 
c) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/88. 
d) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/20. 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi homologada 
em 1996 e traz em seu texto que o Ensino Médio é de 
responsabilidade dos Estados. 
 
Considerações finais 
Vimos que o Brasil se constitui em um Estado republicano, 
cuja base é a Constituição de 1988, e que as políticas 
públicas, inclusive as educacionais, são importantes para o 
seu funcionamento. 
O caminho delineado o convidou a refletir a sua realidade: 
quais as políticas públicas o cercam, como dialogam com o 
Estado e como são constantemente impactas por projetos de 
poder e mudanças sociais. Desse modo, vimos que as fendas 
provocadas por interesses que se contrapõem entre a lógica 
privada e a pública dificultam que reconheçamos as 
necessidades específicas de uma sociedade de classes inerente 
ao sistema capitalista. Assim, fazer a leitura crítica das 
políticas públicas no Brasil nos ajudará a nos transformar e a 
produzir de modo consciente. Esse é um exercício de 
cidadania importante para pensarmos como sujeitos no lugar 
em que vivemos. 
 
O Estado e a Políticas Públicas 
Tema 3 
1. As muitas definições de política pública não mudam 
em relação a uma questão: a de que elas envolvem a 
definição das ações governamentais na gestão da 
sociedade, seus problemas e conflitos. Ao longo de 
diferentes momentos históricos, as compreensões de 
como e com base em que essas ações seriam 
desenvolvidas mudaram muito. Cite algumas 
dessas compreensões a partir das 
aprendizagens deste módulo. 
 
I - A pólis grega e a democracia ilimitada, uma vez 
que seu entendimento de democrata era vinculado à 
ideia de que o homem é em si um ser político e 
precisa dessa participação. 
II - O Senado romano e a participação política dos 
romanos fundamentavam-se na ideia de público, algo 
que deveria ser administrado nesse princípio. 
III - O absolutismo é uma corrente política 
aristocrático presente intensamente na Europa 
moderna. Um dos seus preceitos mais importantes 
era a teologia política. 
IV - O liberalismo econômico é uma tese política 
elaborada por John Smith e prega a necessidade de 
políticas individualistas e contratualistas. 
 
Estão corretas somente: 
 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
A questão é interessante para pensar sobre a história do espaço 
público. Repare, entre os gregos, que a praça pública era 
fundamento – mas mesmo assim não era ilimitada, tinha uma 
cidadania de cunho reduzido. Já os romanos – e se adotamos 
romanos, estamos falando em um recorte de cidadãos – 
preocupavam-se em aprender sobre política e entender a lógica 
de que a lei era pública – atendendo cidadãos e não cidadãos, 
por isso público e expresso na lei de XII Tábuas. Na 
modernidade, os pensadores políticos buscavam explicar e 
justificar o sentido do poder – no caso o dos reis –, gerando 
uma explicação coletiva e pública de sua existência. O 
liberalismo, em contraponto, é uma doutrina econômica, que 
fala da liberdade do indivíduo, não exatamente um 
fundamento político. 
2. A soberania, o povo, o território e a 
finalidade são características descritivas do 
conceito de: 
 
a) Poder político. 
b) Nação. 
c) Política pública. 
d) Estado Moderno. 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. 
A partir da definição de Estado moderno, que rompe com a 
tradição do personalismo do poder e do Estado do período 
anterior, são inaugurados os fundamentos relacionados à 
Revolução Francesa e às revoluções burguesas, além da 
consolidação do sistema capitalista. Nesse sentido, é 
consolidado um novo modelo de Estado. 
3. A utilização do imposto para o cumprimento de 
demandas entendidas como fundamentais ao tecido 
social é associada a uma estratégia utilizada no 
planejamento de quais políticas públicas? 
 
a) Efetivas 
b) Regulatórias 
c) Progressivas 
d) Redistributivas 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
Políticas públicas efetivas são definições de 
implementação. As regulatórias são de garantia de 
funcionamento a partir de regras estabelecidas pelo Estado. Já 
as progressivas são situacionais, políticas em que se apropriam 
de valores condensados para redistribuir e atender ao bem-
estar daqueles que não teriam condição são as definidas nessa 
questão. 
4. Segundo Ham e Hill, entre outros autores, 
para reconhecer a formação e a implementação de 
política pública na atualidade, ela deve ser 
entendida como um mecanismo que: 
 
a) Tem como objetivo produzir conhecimentos 
sobre o processo de elaboração política em si, 
revelando assim uma orientação 
predominantemente descritiva. 
b) Pode adotar o método racional-compreensivo 
que se liga à micropolítica e à busca de soluções 
para problemas mais imediatos e prementes. 
c) Desenvolve-se pelo método incremental, que se 
relaciona com a macropolítica e suas grandes 
análises do cenário político-institucional. 
d) Aplica o método incremental, em que a tomada 
de decisões políticas e a sua implementação 
visariam a alcançar os objetivos previamente 
estabelecidos. 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
A política pública não é estática. É viva e tem como 
seu objeto a relação e os interesses comuns constituídos como 
Estado. Malfeita, ela não é incrementalista, não é relativa a 
aspectos político-institucionais, mas como conceito ela é um 
conhecimento, a construção de um processo elaborativo, 
descritivo, para só então ser implementado, discutido, 
relacionado. 
 
Considerações finais 
Neste tema, vimos o conceito de política pública, seus 
desdobramentos e suas possibilidades de entendimento. 
Passamos pela trajetória histórica de organização de 
diferentes sociedadespara chegar à tipologia das políticas 
públicas, suas formas, seus desenvolvimentos e sua aplicação, 
inclusive no Brasil contemporâneo, objetivando entender o 
conceito e seu uso para a compreensão da sociedade atual. 
Ressaltamos que as políticas públicas afetam todos os 
cidadãos e abrangem todas as áreas da sociedade. Assim, 
podemos dizer que políticas públicas são o conjunto de 
programas, ações e decisões tomadas pelos governos (federal, 
estadual e municipal), com a participação direta ou indireta 
de entes públicos ou privados, que visam a assegurar 
determinados direitos de cidadania para diversos grupos ou 
segmentos da sociedade. 
Por fim, é importante perceber que uma política pública tem 
um viés político, uma vez que as decisões envolvem conflitos 
de interesse na maioria dos casos; mas tem também um viés 
administrativo, pois é fundamental para a realização de 
melhorias para a sociedade. 
 
Políticas Públicas para 
Formação Docentes 
Tema 4 
 
1. (UFG/CS – Concurso Público – Pref. 
Municipal Senador Canedo) O sistema 
educacional proposto pelo Manifesto dos Pioneiros, 
protagonizado nos anos de 1930, defendia ideias 
relacionadas à formação docente que apontavam: 
 
a) Integração da escola primária com a secundária 
e esta com a superior; a proposta do trabalho 
educativo e da escola do trabalho profissional; e 
a aplicação dos mesmos métodos do trabalho 
científico (observação, pesquisa, experiência), 
tendo como base os princípios da integração 
entre a teoria e a prática, nesse sentido com o 
professor valorizando seu papel enquanto 
intelectual. 
b) Integração da escola primária com a secundária 
e está com a superior; a proposta do trabalho 
educativo e da escola do trabalho profissional; e 
a aplicação dos mesmos métodos do trabalho 
científico (observação, pesquisa, experiência), 
tendo como base os princípios político-
filosóficos que valorizassem o docente como 
figura central de autoridade. 
c) Integração da escola primária com a secundária 
e esta com a superior; a proposta do trabalho 
educativo e da escola do trabalho profissional; e 
a aplicação dos mesmos métodos do trabalho 
científico (observação, pesquisa, experiência), 
tendo como base os princípios da atuação 
docente voltada ao mundo do trabalho. 
d) Integração da escola primária com a secundária 
e esta com a superior; a proposta do trabalho 
educativo e da escola do trabalho profissional; e 
a aplicação dos mesmos métodos do trabalho 
científico (observação, pesquisa, experiência), 
tendo como base a atuação docente 
privilegiando a teoria, abandonada nas tradições 
do Ensino Normal. 
Parabéns! A alternativa "A" está correta. 
A diferença está somente na proposição relacionada ao 
docente, mas é importante reforçar o princípio da Escola 
Nova. A relação entre teoria e prática precisa se integrar para 
que o ensino possa ser mais efetivo. 
 
2. “(...) do ato educativo (afirmação do espaço 
educativo, identidade profissional de docentes, 
especialistas e funcionários da Educação) na busca da 
identidade profissional dos docentes. ” 
(LIBÂNEO, OLIVEIRA, TOSCHI, 2003). 
Entre os elementos que dificultam a 
profissionalização docente, destacam-se os 
seguintes: 
 
a) Ausência de uma política sindical 
comprometida, dificuldades de uma gestão 
democrática na escola, falta de compromisso das 
famílias. 
b) Preocupação limitada com a política, o 
corporativismo, a legislação que permite que 
profissionais de outras áreas atuem na Educação. 
c) Inexistência de um estatuto da profissão, 
incompatibilidades de natureza pessoal e 
política entre professores no ambiente escolar. 
d) Comodismo dos professores que ocupam cargos 
efetivos e pouca articulação entre a comunidade 
escolar interna. 
Parabéns! A alternativa "B" está correta. 
A história da Educação revela como a ausência de 
políticas claras – as quais são tardias – acabam por formar um 
conjunto pouco atento a perceber que seu ofício precisa ser 
entendido de forma complexa, focado nas discussões de 
política pública, e suas escolhas, inclusive no tratamento da 
própria profissão. 
 
3. Acerca da Reforma do Estado a partir da década de 
1990 e suas implicações para as políticas públicas da 
Educação Básica, da Educação 
Profissional e da formação docente: 
 
I – A categorização do Plano Nacional de Educação 
lançou as bases do projeto governamental brasileiro 
de reestruturação do aparato estatal, 
contextualizando a reforma nos anos 1990 no 
movimento de transformações econômicas, políticas 
e ideológicas ocorridas no Brasil. 
II – A identificação e análise dos impactos das 
reformas das diretrizes da formação docente de 2015 
e 2019 apontam para uma valorização das bases 
teóricas, uma vez que ampliam o tempo de formação 
docente de 3 para 4 anos. 
III - A identificação e análise dos documentos 
legislativos que marcam a Educação em termos da 
formação docente apontam que 
contemporaneamente tem sido discutido como 
aprimorar a formação, sendo essa uma forma de 
melhorar os índices de qualidade da Educação. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) Somente I. 
b) Somente as alternativas II e III. 
c) Somente as alternativas I e II. 
d) Somente as alternativas I e III. 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. 
As relações e os projetos de Educação e formação 
docente se multiplicaram após 1988. Nesse sentido, o Plano 
Nacional de Educação é um marco importante, assim como as 
novas DCNs para as licenciaturas. No entanto, elas visam 
fortalecer a prática, e não a teoria, mesmo com a ampliação do 
tempo de curso. A formação de docentes como um problema 
tem sido de fato tônica, muitas vezes de forma bastante 
injusta. 
 
4. Miranda (2002) adverte sobre os riscos de um 
processo de formação de professores advindos de 
uma adoção acrítica de abordagem do professor 
reflexivo/pesquisador. Entre os riscos desse 
processo estariam: 
 
a) Disparidade e desarticulação entre ensino e 
pesquisa na formação de professores. 
b) Associações equivocadas entre reflexão, 
identidade e profissionalização docente no 
processo de formação inicial e continuada de 
professores e demais profissionais de ensino. 
c) Responsabilização dos professores pelos 
insucessos da escola, confusão entre reflexão e 
resolução de problemas, desqualificação da 
universidade como instância formadora. 
d) Afastamento e dissonância entre universidade e 
escola básica. 
Parabéns! A alternativa "B" está correta. 
A partir da LDB 9394/1996, ocorreram mudanças relevantes 
quanto à formação de professores. Segundo Libâneo, Oliveira 
e Toschi (2003), essas alterações aligeiram a formação e 
contradizem o discurso da importância da Educação para 
melhorar a qualidade do ensino no país. A crítica a esse 
aligeiramento está baseada no fato de que ele tem como 
principal consequência: 
• A possibilidade de formar professores em nível médio para 
atuar na Educação Infantil e nas primeiras séries do Ensino 
Fundamental tanto como a formação de professores em cursos 
Normais Superiores; 
• A falta de exigência de competência técnica para a atuação 
nas fases iniciais da escolarização, como é o caso dos 
professores com nível de formação superior completa; 
• A livre iniciativa para a criação das agências de formação de 
professores: universidades, secretarias de Educação, cursos 
particulares específicos de formação de professores de 
pequena e média duração; 
• O entendimento de que acelerar a formação de professores 
corresponde a dar respostas rápidas e eficazes para um 
problema histórico e profundo. 
 
Considerações finais 
Podemos notar, no percurso das políticas públicas para 
formação docente, sucessivas mudanças na expectativa de 
solucionar os problemas enfrentados pela Educação escolar 
brasileira, ou seja, pensar a formação docente integra uma 
luta maior por uma Educação de qualidade. Olhando para a 
sua formação, você consegueperceber os impactos das 
políticas públicas? 
Na história da formação docente, o primeiro modelo foi 
adotado, predominantemente, nas universidades e 
Instituições de Ensino Superior, que formavam os 
professores secundários; e o segundo modelo prevaleceu nas 
Escolas Normais, incumbidas de formar professores 
primários na maior parte tempo. Privilegiar qualquer um dos 
modelos não tem se mostrado capaz de solucionar a questão 
de uma formação docente de qualidade e de oferecer uma 
resposta para os problemas educacionais brasileiros, 
sugerindo que a solução esteja na conjugação dos dois 
modelos, visto que ambos são instâncias essenciais e 
complementares ao trabalho docente. 
De modo mais ou menos direto, as ações governamentais e 
políticas públicas interferem na formação e no trabalho de 
professores, desafiam universidades, governos e são uma 
demanda social urgente. Entretanto, a formação de um 
professor não se resume a elas. As políticas públicas para a 
formação docente buscam atuar mediante questões 
complexas, visando atender não apenas à formação inicial 
dos professores, mas também à carreira docente e às suas 
condições de trabalho. Embora existam embates de 
concepções e soluções acerca da formação docente, é 
consensual a necessidade de repensarmos a formação desses 
profissionais em diálogo com os desafios que a Educação 
evoca enquanto direito.

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