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resumo radiologia abdominal

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Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
RESUMO: RADIOLOGIA DO ABDOME 
 
1) Rotina do abdome agudo: A radiografia simples do abdome em AP (decúbito dorsal e ortostatismo) e a radiografia 
de tórax em PA (ortostática). 
*Risco de pneumoperitôneo. 
 
2) Posicionamento da Radiografia: 
▪ AP em decúbito dorsal: é a que fornece maior detalhe das anatomias radiológica e patológica. 
▪ AP em ortostatismo: demonstra níveis hidroaéreos, presença de ar livre acumulado abaixo do diafragma 
(pneumoperitônio) e avalia a mobilidade ou fixação das estruturas após a mudança de decúbito. 
▪ Decúbito lateral direito/esquerdo: visam a completar a pesquisa de pneumoperitônio. Ascite também. 
▪ Decúbito ventral: permite visualizar se ar presente no colo retossigmoide, importante para avaliar a obstrução mecânica 
de intestino. 
 
3) O que observamos na Radiografia convencional? 
▪ Só é possível observar estruturas de tecidos moles → Adjacentes a outras com densidades diferentes (gordura, ar do 
estômago ou intestino etc). 
▪ Músculo psoas → Observamos porquê do lado dele está a gordura retroperitoneal. (LUMA) 
▪ No geral, vemos as dimensões e os contornos dos órgãos abdominais, e alterações (calcificações, cálculos, corpos 
estranhos etc.). 
▪ Partes ósseas: região proximal do fêmur, acetábulo, ilíaco, bacia, articulação sacroilíaca, coluna lombar, as últimas 
costelas. 
▪ Partes moles: músculo íleo-psoas (o apagamento da linha do íleo-psoas é muito importante em processos inflamatórios 
retroperitoneais), região do fígado. Na maioria das vezes, dá para ver a sombra renal. A disposição gasosa: bolha gástrica 
e o ar dentro do intestino grosso. (LUMA) 
 
RINS: são avaliados quanto 5 características: 
▪ forma, 
▪ tamanho, 
▪ contornos 
▪ posição 
▪ presença de calcificações (pode representar um cálculo renal, por exemplo). 
Contornos: mais nítidos quanto ↑ a gordura perirrenal. Situados entre os corpos vertebrais de T12 a L2. 
Cálculo renal: mesmo com contornos não visíveis, se há calcificação na topografia dos rins (região paraespinhal entre 
os corpos vertebrais T12 e L2) → cálculo renal. 
 
FÍGADO: A sombra hepática é homogênea, localizada no HD. 
▪ No geral, é possível distinguir o seu contorno superior, externo e borda inferior do lobo direito. 
▪ Sinais da Hepatomegalia: abaixamento da borda hepática, com o deslocamento do ângulo hepático do cólon. O 
abaixamento do rim direito e a elevação da cúpula diafragmática direita. 
 
BAÇO: localiza-se no hipocôndrio esquerdo, e seu contorno pode ou não ser observado. 
▪ Sinais de esplenomegalia: abaixa o ângulo esplênico do cólon e eleva a cúpula diafragmática esquerda. 
 
PÂNCREAS: não é visto na radiografia simples. 
▪ Pancreatite crônica: possíveis indicantes →Calcificações na epigástrica e no HE. 
 
MÚSCULOS: 
▪ Psoas: As bordas externas são visualizadas em virtude do contraste com a gordura adjacente. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
O apagamento dos seus contornos pode estar relacionado com processos inflamatórios/infecciosos, hemorragias 
retroperitoneais, tumores, ascite, etc. 
o As linhas de gordura pré-peritoneal são vistas nos flancos e correspondem à camada de gordura junto ao 
peritônio, indicando o limite lateral da cavidade peritoneal. 
▪ Estas linhas desaparecem em processos inflamatórios, hematomas, acúmulos líquidos, abscessos etc. 
BEXIGA: a sombra pode ser vista mais facilmente quando esta estiver cheia. 
 
4) Distribuição dos gases intestinais: 
 
Gás: Intestino grosso, reto e estômago (bolha gástrica). No geral, não se encontra no intestino delgado, fator que 
dificulta sua visualização. 
Cólon: tem aspecto mosqueado → Miolo de Pão 
Presença de gás na ampola retal é um achado frequente em indivíduos 
normais. Na dúvida em causas obstrutivas, fecaloma → investigar ampola 
retal. (Crianças com doença de Hirschprung → não tem ar na ampola retal). 
Obstrução Intestinal: 
▪ dilatação das alças intestinais 
▪ formação de níveis hidroaéreos. 
Importante: avaliar a distribuição, o calibre e o tipo de pregas mucosas para determinar se a obstrução é do intestino 
delgado ou grosso e, às vezes, esta diferenciação é difícil. 
▪ Quando há formação de níveis hidroaéreos é possível observar o intestino delgado. 
 
 
 
Int. Delgado: Calibre máximo de 3,5 cm; intestino grosso: 5,5 cm ou até mais. As camadas do delgado não permitem uma 
distensão tão grande, ele perfura antes de distender tudo isso. 
Int. Grosso: Apresenta haustrações, é mais periférico. 
 Volvo: é uma torção do intestino grosso 
▪ Alças cólicas distendidas por gás → ‘’Sinal do grão de Café’ ou ‘’Sinal do U invertido’’ 
1, Costelas 11. 
2, Corpo vertebral 12. 
3, Gás gástrico. 
4, Gás no cólon (flexura esplênica). 
5, Gás no Cólon transverso. 
6, Gás no sigmóide. 
7, Sacro. 
8, Articulação sacroilíaca. 
9, Cabeça femoral. 
10, Gás no ceco 
11, Crista ilíaca. 
12, Gás no cólon (flexura hepática). 
13, Margem do psoas. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
Pneumatose intestinal: gás na parede intestinal → isso indica que a alça está em sofrimento), se esse ar cai na 
circulação porta e vai diretamente para o fígado. Diagnóstico relacionado: enterocolite necrosante. 
Megaesôfago chagásico: dilatação acentuada, formas avançadas→ grande dilatação e alongamento do esôfago. 
Gradruação de Rezende: 1 Aspecto de bico de pássaro, 2 Aspecto típico de acalasia/ típico de magaesôfago 
chagásico. 
Sinal de Bico de pássaro/ Cauda de rato 
Exames: Endoscopia digestiva alta deve ser realizada para excluir doença maligna, visto o alto risco de desenvolver 
carcinoma de células escamosas 
 
→ O que procurar? 
4.1- Padrão gasoso 
4.2 -Ar extraluminal 
4.2- Calcificações abdominais anormais 
4.3- Massa de tecido mole 
 
4.1- Ar extraluminal - o ar normalmente não está: 
 No espaço peritoneal ou extraperitoneal (fora do intestino) 
 Nas paredes do intestino 
 No sistema biliar 
 
As quatro localizações mais comuns de ar extraluminal são: 
 Intraperitoneal: pneumoperitônio, ar livre 
 Ar retroperitoneal 
 Ar na parede do intestino (pneumatose intestinal) 
 Ar no sistema biliar (pneumobilia) 
 
Quais são os sinais de ar intraperitoneal? 
 Ar abaixo do diafragma: comum em pacientes em pós operatório abdominal. Na síndrome de Chalaiditi as pregas 
haustrais do colo podem ser confundidas com ar livre, na dúvida solicite a incidência de decúbito lateral esquerdo, 
ou TC. 
 
▪ Visualização de ambos os lados da parede intestinal: em decúbito dorsal, o ar tende a se concentrar nas parte 
mais altas do abdome, como abaixo da parede abdominal anterior. 
▪ Visualização do ligamento falciforme: Normalmente é invisível pois é circundado por tecido mole de densidade 
semelhante. É visível na presença de ar livre, quando em decúbito dorsal → Sinal do ligamento falciforme. 
5) Calcificações abdominais: 
▪ Mais frequentes: calcificações vasculares (aorta, artérias ilíacas, flebólitos, aneurismas da aorta e artéria 
esplênica) são as mais frequentes. 
▪ Flebólitos pélvicos: achado comum; diagnóstico diferencial cáculo urinário. 
▪ USG é o melhor para avaliar cálculos biliares 
 
▪ Calcificações ovaladas na fossa ilíaca direita → linfonodos mesentéricos calcificados ou apendicolito. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ Apendicolito um dos sinais não indica → apêndice cecal está inflamado. 
▪ Calcificações suprarrenais podem estar relacionadas com sequela de tuberculose ou hemorragias. 
▪ Cistos e tumores hepáticos e esplênicos também podem calcificar-se. 
▪ Teratomas ovarianos podem conter calcificações que simulam dentes e ossos. 
▪ Os leiomiomas podem apresentar calcificações, sobretudo, em pacientes idosas. Muito comum. 
 
6) Trânsito intestinal: caracterização de lesões do intestino delgado 
- diarreia 
- Doença de Crohn 
- Alterações morfológicas 
São melhor observadas na enterotomografia, enteroressonância 
 
7) EXAMES: 
 
ULTRASSONOGRAFIA (USG): 
▪ Estruturaóssea, órgãos sólidos. 
▪ Não vê bem → Intestino (porque está cheio de ar). 
▪ Não é bom pra ver tecidos 
▪ Limitações → avaliação de obesos ou com distensão gasosa abdominal (a presença de gases intestinais prejudica 
a visualização dos órgãos). 
▪ Útil→ doenças abdominais (especialmente da vesícula biliar, vias biliares, pesquisa de líquido livre na cavidade 
abdominal e em ginecologia e obstetrícia), ver órgãos sólidos. 
▪ Escolha → na investigação inicial da doença pélvica, seja por via abdominal seja transvaginal, dando-se preferência 
para esta última quando não houver contraindicações (paciente virgem, estenose vaginal ou recusa da paciente). 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) 
▪ Melhor exame para ver abdome de uma forma geral. 
▪ Avaliação→ doenças do fígado, da vesícula biliar, das vias biliares, do pâncreas, do baço, suprarrenais, do peritônio, do 
mesentério, dos vasos abdominais e da pelve, com boa acurácia. 
▪ Muito utilizado em urgência (avaliação do abdome agudo, trauma abdominal/politrauma) e em pacientes internados 
nas UTIs, podendo ser útil mesmo naqueles pacientes pouco cooperativos ou entubados. 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) 
▪ A RM abdominal possui praticamente as mesmas indicações da TC, com algumas exceções. 
▪ Não é boa para avaliação do TGI. 
▪ Só é melhor na avaliação de órgão sólido específico. Bom para ver pelve. 
▪ Se o paciente não for colaborativo: método ruim. 
▪ Para o diagnóstico de urolitíase, a TC é considerada o padrão de excelência. 
▪ Na avaliação das doenças do TGI. 
▪ Ótimo método na avaliação das lesões hepáticas focais e difusas, vias biliares (através da colangiorressonância) e na 
avaliação das patologias das pelves feminina e masculina. 
▪ É fundamental a cooperação do paciente. 
▪ RM: também não vê estruturas que possuem gás em seu interior. 
▪ A RM é melhor que a TC principalmente quando as lesões são pequenas, por exemplo lesões hepáticas pequenas e na 
caracterização de cistos hepáticos* 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
 
8) FÍGADO, VESÍCULA BILIAR E VIAS BILIARES 
CISTO HEPÁTICO 
▪ Lesões mais comuns 
▪ Origem congênita 
▪ Lesões esféricas 
▪ Margens bem definidas 
▪ Baixa atenuação 
▪ Hipotenuado (definição só quando usa contraste) 
▪ RM é melhor para caracteriza-los 
▪ USG: Caracterização de cistos simples→ lesões arredondadas, contornos regulares e bem definidos, anecoico. Presença 
de reforço acústico posterior. 
 
Lesões císticas não realçam pela presença de contraste. Lesões sólidas como hemangiomas realçam na presença de 
contraste. Na imagem a cima, o círculo de cima: cisto (não realçou pelo contraste); círculo debaixo: hemangioma (realçou 
pelo contraste). (PROVA) 
ABSCESSO HEPÁTICO 
▪ Causas → infecções bacterianas, amebianas ou fúngicas, resultando em uma coleção localizada. 
▪ Vias de infecção → através dos ductos biliares, veia porta, artéria hepática, trauma ou extensão de processo adjacente 
ao fígado. 
▪ O abscesso piogênico é o mais comum no fígado. 
▪ Adultos → Escherichia coli, gram-negativos são os agentes etiológicos mais comuns; e. coli em geral assoc. à obstrução 
benigna ou maligna das vias biliares. 
▪ Crianças → Staphylococcus aureus. 
▪ Usualmente são múltiplos e envolvem os dois lobos hepáticos. 
▪ Diagnóstico diferencial: são cistos, metástases císticas ou necróticas entre outros. 
▪ Diferenciar cisto simples do abscesso→ O abscesso tem realce periférico dela pelo contraste, tem muitos septos. Pode 
ser classificado como um cisto complexo, só que um cisto complexo em um paciente com história de febre, dor em HD, 
náuseas e vômitos etc → diagnóstico de Abscesso 
O cisto anecóico é um tipo de 
cisto cujo conteúdo é pouco 
denso, e que por isso aparece 
preto no ultrassom. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
 
 
HEMANGIOMA HEPÁTICO 
▪ É o tumor primário (nasceu no fígado) mais comum do fígado. O tumor mais comum do fígado é a metástase. 
▪ Podem ser múltiplos 
▪ Mulheres > homens 
▪ Adultos → 4ª ou 5ª décadas de vida. 
▪ Em geral, assintomáticos e os testes de função hepática são normais. 
▪ > 10 cm são hemangiomas “gigantes”. 
▪ À TC e a RM, métodos de escolha para sua caracterização 
▪ Lesão arredondada com realce globular periférico e descontínuo na fase arterial, progressivo e centrípeto, 
tendendo à homogeneização nas fases mais tardias dos exames. 
TC: Realce clássico em → periférico, globuliforme, centrípeto e com tendência à homogeneização nas fases tardias. 
USG: hiperecogênico, homogêneo, com limites bem definidos e 
pode exibir reforço acústico. 
 
 
 
METÁSTASES HEPÁTICAS 
▪ Lesões focais malignas mais comuns no fígado não cirrótico. No cirrótico, o carcinoma hepatocelular é mais 
comum. 
▪ O fígado é o segundo sítio mais comum de metástases, após os linfonodos regionais. 
▪ Os tumores primários que mais acometem de forma secundária o Fígado → colorretal, o de estômago, o de 
pâncreas, o de mama e o de pulmão.(PROVA) 
▪ Podem ser solitárias e, mais frequentemente, múltiplas. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ O aspecto macroscópico é variável, pode apresentar → como lesão expansiva, infiltrativa, cística ou miliar, 
dependendo da origem do tumor primário. 
Imagem: fase arterial porque a aorta está cheia de contraste e também conseguimos ver a cortical do 
rim diferente da medular, condição vista nesta fase. 
 
 
 
 
 
 
 
CARCINOMA HEPATOCELULAR (CHC) 
▪ Neoplasia primária maligna mais comum do fígado. 
▪ Geralmente, ocorre no cenário de cirrose com causa conhecida, como hepatite crônica viral (B e C) ou 
alcoolismo. 
▪ Homem > Mulher. 
▪ À macroscopia, 3 formas de apresentação: lesões focal, multifocal ou infiltrativa. 
▪ O CHC pode ser multicêntrico, além disso, tende a disseminar-se primeiro dentro do próprio fígado, 
principalmente ao longo das áreas linfáticas do tumor. Mas metástases também podem ser sistêmicas e 
aparecer em outros órgãos, como pulmões. 
▪ Os tumores maiores são heterogêneos e em alguns casos, podem aparecer algumas calcificações. Além de 
poder apresentar aspecto em mosaico com áreas de diferentes densidades, devido a captação irregular de 
contraste pela massa tumoral. 
▪ Mais comum → Lado direito do Fígado 
▪ Elevação de alfafetoproteína. 
▪ Em relação à carcinogênese, especialmente na doença hepática crônica, como a cirrose, sabe-se que sua 
evolução segue as etapas de: Nódulo de regeneração → Nódulo displásico de baixo grau → Nódulo displásico 
de alto grau → Nódulo displásico com focos de CHC, CHC pequeno e CHC grande (> 2cm). 
▪ USG → mais usada para rastreio em pacientes com FR ou hepatopatias crônicas 
o Comum → Nódulo Hipoecogênico 
▪ A RM pode auxiliar na identificação destas fases evolutivas. Em virtude de sua variável apresentação, macro 
e microscópica, o CHC pode apresentar características de imagem muito diversificadas. 
▪ Todo paciente com cirrose → triagem a cada 6 meses: alfafetoproteína + USG. 
 
▪ No Doppler → padrão em “cesta”, que indica hipervascularização e shunt. 
▪ TC e RM → Nódulo com realce intenso na fase arterial (hipervascularizado), 
com lavagem rápida do meio de contraste na fase portal e formação de 
pseudocápsula na fase tardia. 
▪ Verificar presença de invasão da veia porta e lesões satélites peritumorais, associada a sinais de hepatopatia crônica. 
RESUMO: Hemangioma é o tumor 
primário mais comum do fígado não 
cirrótico; e as metástases são as lesões 
focais malignas mais comuns. No 
cirrótico o carcinoma hepatocelular é a 
neoplasia primária é o mais comum. 
 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ Na imagem: Lesão isodensa na fase arterial sem contraste, com rápido realce arterial pelo contraste. Lavou-se pelo 
contraste. Sugestivo de CHC (carcinoma hepatocelular). 
No fígado cirrótico → Aspecto tomográfico de um 
fígado cirrótico: observe que as bordas (verde) 
são irregulares e sua cor possui um aspecto mais 
heterogêneo. A imagemapresenta o acúmulo de 
ascite (seta vermelha), como complicação da 
doença. 
 
 
 
▪ A, B, C e D → cada foto representa uma das fases (sem contraste, arterial, portal e tardia) 
▪ “Outshout” → lavagem rápida pelo contraste; do mesmo jeito que ele se encheu mais rápido pelo contraste, ele 
se esvazia mais rápido do que o parênquima hepático. Fica mais hipodenso 
que o parênquima hepático após o realce pelo contraste. Motivo: porque tem 
muita estrutura arterializada, além disso tem muito shunt (muita 
comunicação de arteríola e vênula). 
▪ CHC → fase arterial: realce; fase portal: desaparece (foi lavado); 
▪ A lesão é isodensa com o parênquima hepático, mas quando se injeta 
o contraste ela se realça pelo contraste. 
 
 
 
 
CIRROSE HEPÁTICA 
▪ Tríade composta de: fibrose, transformação nodular e distorção arquitetural. 
▪ O diagnóstico é histológico, através da biópsia hepática. 
▪ As principais causas são hepatite viral crônica e alcoolismo. 
▪ Pode ser micronodular (mais comum na etiologia alcoólica) ou macronodular (mais associada à hepatite viral). 
▪ Pode haver perda de peso, fraqueza, mal-estar, icterícia e manifestações de coagulopatia entre outras. 
▪ Os métodos de imagem (USG, TC e RM) são realizados para determinar a distribuição anatômica da doença. 
▪ Observam-se: 
o No início da doença pode haver infiltração gordurosa 
o Os contornos se tornam lobulados irregulares 
o O volume do Fígado diminui 
o Lobo direito menor 
o Lobo esquerdo e caudado hipertrofiados (sobretudo na alcoólica) 
o Pode haver hipertensão portal 
o heterogeneidade difusa do parênquima, com áreas de fibrose, 
o acentuação das fissuras hepáticas, 
o alargamento hilar periportal e expansão da fossa da vesícula biliar. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ Diagnóstico diferencial → pseudocirrose, que consiste em áreas de retração e cicatrização, decorrentes do 
tratamento quimioterápico de neoplasia metastática, frequentemente relacionado com o câncer de mama. Fases 
tardias de esquistossomose também podem dar esse aspecto, mas é mais difícil. 
▪ Complicações → desenvolvimento do CHC e a hipertensão porta, com formação de varizes (colaterais 
portossistêmicas), ascite e esplenomegalia. 
ESTEATOSE HEPÁTICA 
▪ Acúmulo de gordura nos hepatócitos. 
▪ Associada → à obesidade, ao abuso do álcool, ao DM, ao uso de corticoesteroides, à quimioterapia, à nutrição 
parenteral e à desnutrição entre outros. 
▪ Sua distribuição mais comumente é difusa, podendo ser focal e, raramente, multifocal. 
▪ Esteatose Focal → em áreas específicas como adjacente ao ligamento falciforme, anteriormente à veia porta e na 
fossa da vesícula biliar. 
▪ Pode haver hepatomegalia 
▪ USG: exame inicial na avaliação da esteatose → hiperecogenicidade difusa do fígado com relação ao córtex renal 
ou baço, perda da definição das veias hepáticas e do diafragma. 
▪ TC → hipoatenuação difusa ou focal do parênquima hepático na fase sem contraste. 
▪ Diagnóstico diferencial: Nódulos hepáticos 
▪ RM → no diagnóstico diferencial 
▪ Tanto a infiltração gordurosa focal como as áreas de parênquima preservado em meio à esteatose podem simular 
nódulos hepáticos, sendo a RM útil para o diagnóstico diferencial. 
▪ A gordura na TC é hipodensa 
 
TRAUMA HEPÁTICO 
▪ Mais acometido por trauma 
▪ Maioria das mortes por traumatismo abdominal 
▪ A maioria das lesões está associada com hemoperitônio 
▪ Achados: 
o Hematoma subescapular: líquido que se conforma ao contorno externo do órgão, e frequentemente 
comprime o parênquima hepático adjacente; é espontaneamente hiperdenso na fase aguda, com forma 
biconvexa. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
o Lacerações: defeitos com margens irregulares, baixa atenuação, lineares ou ramificados. O termo fratura 
é utilizado para descrever uma laceração que arranca com força uma parte do fígado 
o Hematomas intra hepáticos: sangue – lesões focais de alta atenuação; massas – lesões de baixa 
atenuação. 
o Defeitos em forma de cunha: partes do parênquima desvascularizado, que não intensificadas por 
contraste. 
o Contusões: área de hemorragia parenquimatosa mínima. Tem menor atenuação e margens indistintas 
o Pseudoaneurismas e hemorragias agudas: Coleções irregulares de constrate extravasado, alta atenuação. 
▪ O trauma hepático pode resultar em lacerações, hematomas intraparenquimatosos e subcapsulares, lesões 
vasculares ou das vias biliares. 
▪ A USG pode ser utilizada inicialmente no trauma abdominal, sendo muito útil na pesquisa de líquido livre 
intraperitoneal. 
▪ A TC tem sido utilizada na identificação e na quantificação da lesão hepática, bem como de outros órgãos 
abdominais, em pacientes estáveis e com trauma abdominal fechado. 
 
Conduta trauma abdominal aberto → laparotomia exploratória. 
Conduta trauma abdominal fechado instável hemodinamicamente → laparotomia exploratória. 
Conduta trauma abdominal fechado estável hemodinamicamente → TC de abdome com contraste. 
 
COLELITÍASE 
▪ Formação de cálculos na vesícula biliar constituídos por componentes do suco biliar 
▪ Maioria assintomática 
▪ Podem ocorrer sintomas decorrentes de complicações → colecistite aguda, coledocolitíase, pancreatite, colangite, 
duodenite, íleo biliar, entre outras. 
▪ A radiografia convencional não é um bom método para o diagnóstico. Apenas 10-20% dos cálculos biliares contêm 
cálcio suficiente para serem vistos nas radiografias simples. 
▪ A USG é o método preferido para a detecção de cálculos na vesícula biliar (acurácia >95%). 
o Achados: imagens hiperecogênicas com sombra acústica posterior, móveis com a mudança de posição do 
paciente. 
▪ Possíveis complicações futuras tem sido o motivo para indicar a colecistectomia profilática. 
▪ Lembrar que os menores são os de PIOR prognóstico, pois eles que conseguem passar pelo colédoco. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ Para o diagnóstico de coledocolitíase, a USG apresenta sensibilidade variável (25-75%), sendo a CPRE 
(colangiopancreatografia retrógrada endoscópica) e a conlangio-RM (colangiorressonância magnética) os métodos 
geralmente utilizados nesses casos. 
▪ A RM parece ser o método de maior acurácia no diagnóstico de litíase intra-hepática. 
 
COLECISTITE AGUDA 
• A causa mais comum de dor no hipocôndrio direito 
• Maioria é causada pela presença de cálculo obstrutivo no infundíbulo ou no ducto cístico → distensão da vesícula 
biliar, seguido de inflamação/infecção. 
• O quadro clínico-laboratorial → dor no hipocôndrio direito, náuseas, vômitos, febre baixa e leucocitose; 
• A USG é a principal modalidade de imagem. 
• O sinal de Murphy ultrassonográfico é um dos sinais mais específicos de colecistite aguda e consiste na compressão 
dolorosa sobre a vesícula biliar pelo sondado aparelho. 
• Outros achados ecográficos são: aumento das dimensões da vesícula 
biliar, espessamento parietal difuso, líquido perivesicular e presença de 
cálculos. 
• A TC pode ser muito útil na avaliação das eventuais complicações da 
colecistite aguda. Geralmente útil na complicação, um abscesso, por exemplo. 
 
Paciente do sexo feminino, 45 anos, com forte dor 
abdominal no hipocôndrio direito, com irradiação para 
região escapular. Sinal de Murphy positivo. Observa-se, 
nas figuras a e b, a vesícula tensa e de paredes espessadas, 
com cálculos no seu interior. 
 
 
 
 
COLANGIOCARCIONOMA 
▪ É uma neoplasia maligna das vias biliares. 
▪ Mais frequentemente são adenocarcinoma que se originam dos ductos intra ou extra-hepáticos. 
▪ Os intra-hepáticos são classificados em periféricos ou hilares. 
▪ Podem ser: 
o exofíticos 
o infiltrativos 
o polipoides ou uma combinação desses. 
▪ Tumor de Klatskin → Quando localizado na junção dos ductos hepáticos direito e esquerdo. (PROVA) 
▪ Seu diagnóstico é, algumas vezes, difícil, e sua apresentação clínica está relacionada com a icterícia obstrutiva. 
▪ O diagnóstico USGpode ser difícil, dependendo da localização e do tipo de tumor. 
Colelitíase. É a presença de um ou mais cálculos 
(pedras) dentro da vesícula biliar; Complicações 
mais sérias incluem colecistite; obstrução do trato 
biliar (por cálculos nos ductos biliares 
[coledocolitíase]), algumas vezes acompanhada de 
infecção (colangite); e pancreatite biliar. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ A RM e a TC → principais métodos de imagem no diagnóstico e no estadiamento do Colangiocarcinoma. 
▪ Os achados de imagem: 
o interrupção abrupta e dilatação das vias biliares, 
o espessamento parietal do ducto biliar acometido, 
o presença de lesão expansiva, geralmente infiltrativa ou polipoide e com realce tardio pós-contraste. 
o A atrofia focal do parênquima hepático também pode ser observada. Apesar da boa acurácia 
diagnosticada dos métodos de imagem, as lesões geralmente são identificadas em estágios avançados, 
impossibilitando um tratamento mais eficaz. 
▪ O Colangiocarcinoma pode dar em qualquer lugar que tenha vias biliares, mas quando surge na confluência dos 
ductos hepáticos (região intra-hepática) é o mais frequente → Tumor de Klatskin. 
 
 
PÂNCREAS E BAÇO 
PANCREATITE AGUDA 
• Várias desde uma condição leve a autolimitada até grave e letal. 
• Causas mais comuns: 
o Alcoolismo 
o Cálculos biliares 
• Pancreatite é o diagnóstico clínico 
• TC 
o Ampliação total ou parcial do Pâncreas 
o Listrar peripancreáticas ou acúmulo de líquido 
o Lesões de baixa atenuação → geralmente necrose 
o Pseudocisto 
o Complicações vasculares; borramento de gordura → 
proc. inflamatório 
o Embora seja pouco sensível para detectar cálculos 
biliares, é um método ideal para avaliar o pâncreas e as 
complicações associadas (isquemia/necrose pancreática, 
trombose da veia mesentérica superior ou esplênica, pseudoaneurisma). 
o 
• Clínica → geralmente é de dor abdominal intensa, inicialmente epigástrica e irradiada para o dorso, em faixa ou 
para todo o abdome, além de náuseas e vômitos. 
• Dentre os exames laboratoriais: amilase (aumento mais precoce) e lipase (aumento mais tardio). 
• A USG → detecção de cálculos biliares e no seguimento evolutivo de coleções e de pseudocistos. À USG, o pâncreas 
pode estar normal ou levemente aumentado e difusamente hipoecogênico. 
o Com a USG só consegue enxergar 1/3 do pâncreas → não é o melhor método. 
• Em pancreatite aguda, quadro leve, muito difícil ver o pâncreas. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
PANCREATITE CRÔNICA 
▪ Mais frequente → secundária ao abuso de álcool 
o Leva a fibrose, atrofia glandular, dilatação ductal 
▪ Clínica → dor epigástrica, perda de peso e sinais de deficiência pancreática endócrina ou exócrina (DM, síndrome 
de má absorção, esteatorreia). 
▪ Características: 
o Calcificações múltiplas e amorfas 
o Ductos dilatados da glândula atrofiada 
▪ Com a destruição progressiva da glândula, a dor pode 
desaparecer após alguns anos. 
▪ Podem ocorrer exacerbações agudas da pancreatite crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADENOCARCINOMA DO PÂNCREAS 
• Neoplasia de cabeça de pâncreas. 
• 90% das neoplasias pancreáticas→ adenocarcinoma ductais, 
o Homens > mulheres 
o entre 60 e 80 anos de idade. 
• O prognóstico ainda é ruim. 
• A maioria acomete a cabeça do pâncreas (60-80%), podendo envolver o corpo (10%) e a cauda (5%) ou difusos 
(5%). 
• Acomete cabeça pancreática → a sintomatologia é mais precoce do que quando envolve a causa. Isto ocorre em 
virtude da obstrução sintomática dos ductos biliopancreáticos. 
• Clínica: 
o variável podendo cursar com icterícia obstrutiva 
o emagrecimento 
o dor 
o anorexia. 
• Os exames laboratoriais podem revelar elevação das bilirrubinas e do CA. 
• A TC →método de imagem mais utilizado 
o pode fornecer informações sobre a invasão vascular, a presença de metástases em linfonodos e a 
distâncias (estadiamento). 
o baixa sensibilidade para tumores menores que 2 cm. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
o A TC com contraste IV geralmente mostra lesão focal hipodensa (hipovascular), de limites pouco 
definidos, associada à dilatação do ducto pancreático principal e das vias biliares. 
• Frequentemente, a obstrução de ducto pancreático principal causa atrofia do restante do parênquima. 
Ocasionalmente, nenhuma lesão é identificada, mas é observada dilatação ductal pancreática. 
• A RM → o diagnóstico e o estadiamento da lesão 
o pode ser utilizada nos casos em que exista alguma contraindicação à TC 
o quando há falha na detecção da lesão expansiva ou 
quando os achados tomográficos são duvidosos. 
→ “viu lesão expansiva na cabeça do pâncreas é neoplasia 
até que se prove o contrário” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LESÕES CÍSTICAS DO PÂNCREAS 
▪ Tem que ter cuidado com cisto no pâncreas. 
▪ Compreende: 
o pseudocistos inflamatórios (80-90%) 
o neoplasias císticas (10-15%) → cistoadenoma seroso, neoplasias císticas mucinosas, neoplasia mucinosa 
intraductal papilífera (IPMN ou IPMT), tumor sólido pseudopapilar do pâncreas (tumor de Frantz sólido-
cístico) e outros. 
▪ Com o advento da TC multislice e das técnicas avançadas de RM, o diagnóstico das lesões císticas pancreáticas tem 
sido cada vez mais frequente, muitas vezes são achados incidentais em exames de rotina. 
▪ A diferenciação entre pseudocisto e outras lesões é importante para o tratamento. 
▪ O diagnóstico pré-operatório é difícil, embora seja possível quando a lesão apresenta características radiológicas 
típicas. 
▪ Pacientes com pseudocistos, em geral, têm antecedente de pancreatite aguda ou crônica, e estes desenvolvem-
se de 4 a 6 semanas após o episódio agudo. 
▪ A caracterização precisa das lesões císticas pelos métodos de imagem (TC/RM) pode ser difícil. 
▪ A USG encoscópica (ecoendoscopia) é considerada um exame útil para auxiliar na decisão terapêutica das lesões 
císticas pancreáticas, fornecendo dados sobre a morfologia destas lesões e possibilitando, por meio da punção 
guiada em tempo real, a coleta de material para avaliação citológica e dos marcadores tumorais. 
▪ Geralmente → lesões císticas no pâncreas são benignas. Mas como as lesões císticas no pâncreas podem estar 
correlacionadas com neoplasias, “lesão cística no pâncreas é neoplasia desde que se prove o contrário”. 
▪ Qualquer lesão complexa no pâncreas ➔ biópsia. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ Qualquer lesão simples/uniloculada no pâncreas ➔ suspeita de neoplasia. 
 
 
TC com contraste venoso mostrando volumosa lesão sólido-cística 
na cabeça do pâncreas, medindo 40 mm (seta branca), e lesões 
hepáticas com aspecto de implantes secundários (setas pretas). 
Aspecto de adenocarcinoma pancreático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RM ponderada em T2 (A) e T1 com contraste (B) mostrando lesão cística 
multiloculada na cabeça do pâncreas, com finas septações e aspecto de 
neoplasia cística serosa (setas). 
 
INFARTO ESPLÊNICO 
▪ Clínica: 
o dor abdominal (HE) 
o dor torácica pleurítica 
o dor nas costas, febre 
o calafrios e sintomas gerais. 
▪ Aspecto na TC contrastada → 
o área hipodensa cuneiforme (defeito de perfusão) 
o geralmente periférica e com preservação do realce da cápsula esplênica 
o Tardiamente, esta área infartada pode calcificar ou retrair (retração capsular). 
o Lesão em cunha. 
▪ A irrigação do baço é sempre do hilo para a periferia. Infarto: forma uma área cuneiforme que não se enche pelo 
contraste. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
Imagem: TC mostrando infarto esplênico. Da esquerda para direita 
observa-se o Fígado, adrenais, estômago com conteúdo líquido/ar e o 
baço. Observe que o Baço apresenta uma região Hipodensa que não 
realçou pelo contraste. A estrutura hipodensa tem grosseiramente a 
forma de cunha, cujo ápice aponta para o hilo e a base aponta para a 
cápsula renal (superfície do órgão). Geralmente, lesões em órgãos 
sólidos vão se apresentar desta maneira,hipodensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAUMA ESPLÊNICO 
▪ Órgão abdominal→ mais frequentemente acometido no trauma abdominal fechado. 
▪ USG → pesquisa de líquido livre intraperitoneal. 
▪ TC → escolha em pacientes hemodinamicamente estáveis, para a avaliação do baço. 
o Os achados tomográficos incluem: 
▪ hematomas subcapsulares 
▪ hematomas intraparenquimatosos 
▪ lacerações, fraturas 
▪ lesões do pedículo vascular 
▪ “explosão” esplênica. 
▪ A presença de hemoperitônio, fluido periesplênica e coágulos apresenta elevada associação à lesão esplênica 
 
 Laceração esplênica, área hiperfundida, cuneiforme. 
 
*Consultar tabela: ‘’Classificação anatômica para lesão esplênica segundo a Associação para Cirurgia de Trauma’’ 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
TRATO GASTROINTESTINAL 
APENDICITE AGUDA 
▪ É a causa mais comum de cirurgia abdominal na emergência. 
▪ Ocorre em qualquer faixa etária, com pico de incidência em adolescentes e adultos jovens. 
▪ Está geralmente associada à obstrução intraluminal por fecalito ou outro fator obstrutivo, seguida de distensão 
do apêndice e de inflamação. 
▪ Clínica: variável, porém, classicamente cursando com dor periumbilical mal localizada, seguida de náuseas e 
vômitos e com subsequente migração da dor para a fossa ilíaca direita. 
▪ Os achados laboratoriais mais importantes: 
o são leucocitose 
o aumento da proteína C reativa. 
▪ Tanto a USG como a TC podem auxiliar no diagnóstico da doença. 
▪ USG → preferencialmente deve ser utilizada em crianças, gestantes e mulheres jovens, em virtude da preocupação 
com a radiação e a possibilidade de diagnóstico diferencial com doenças ginecológicas nestas últimas. 
o Tem seu uso limitado em obesos e pela presença de distensão gasosa intestinal. 
▪ Achados: 
o Distensão líquida do apêndice cecal (calibre>0,6cm); 
o Espessamento parietal (e realce pós-contraste no 
caso da TC); 
o Presença de apendicolito; 
o Borramento da gordura periapendicular; 
o Coleções líquidas intraperitoneais; 
o Sinais de perfuração. 
 
 
▪ TC → pode ser utilizada como exame inicial, em casos duvidosos ou para avaliação mais detalhada de eventuais 
complicações (perfuração, etc.). 
o Quando o apêndice estiver por trás do ceco (retrocecal), pedir TC. 
o Paciente obeso, pedir TC também 
o O apendicolito se manifesta como uma calcificação na luz do apêndice 
o Apêndice dilatado > 6 mm que não é 
preenchido com contraste oral 
o Quando há inflamação periapendicular é 
evidenciada por densidades listradas desorganizadas, 
lineares e de alta atenuação no tecido adiposo 
circundante e intensificação aumentada. 
▪ A perfuração é identificada por 
o Ar extraluminal periapendicular 
o Abcesso periapendicular 
 
 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
DIVERTICULITE AGUDA 
• 5-15% dos indivíduos > 45 anos, e cerca de 80% aos 80 anos. 
• 10-25% das pessoas vão desenvolver diverticulite em algum momento. 
• Resulta da obstrução do colo do divertículo e consequente inflamação. O segmento mais acometido é o sigmoide. 
• Clínica inespecífica e inclue: 
o dor abdominal (frequentemente na fossa ilíaca esquerda) 
o febre, massa abdominal 
o náuseas 
o diarreia 
o constipação. 
• Borramento da gordura: inflamação. 
• A TC → é a escolha, ↑ sensibilidade e especificidade para o diagnóstico 
o É útil no estadiamento da doença, sendo capaz de identificar suas complicações (perfuração, formação 
de abscessos, fístulas e obstrução intestinal). 
o Achados: 
▪ Presença de divertículos 
▪ Espessamento parietal segmentar 
▪ Espessamento da parede colônica adjacente > 4 mm 
▪ Inflamação pericolônica: áreas nebulosas de atenuação aumentada e/ou densidades listradas, 
lineares e desorganizadas , amorfas, localizadas no tec. Adiposo pericolônico 
▪ Abcesso: múltiplas bolhas pequenas de ar ou bolsas de líquido contidas no tecido mole 
pericolônico (semelhante a densidade em forma de massa) 
▪ Perfuração do Colo: ar extraluminal ou contraste em torno do sítio de perfuração 
▪ borramento (inflamação) da gordura pericólica, podendo haver gás extraluminal, fístulas e 
coleções líquidas pericólicas. 
o A função da TC é investigar complicações. 
 
Imagem: Diverticulite aguda. Bolha de ar em região da parede do segmento intestinal (seta branca). 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL 
• Condição comum → diagnosticada com base no exame clínico + achados radiológicos. 
• A obstrução pode ser mecânica ou funcional (íleo paralítico). 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
• Deve-se determinar a localização e a causa da obstrução e a presença ou ausência de estrangulamento intestinal 
(interrupção do suprimento sanguíneo). 
• Principais causas de obstrução do intest. delgado: 
o Aderências 
o hérnias de parede abdominal 
o doença de Crohn 
o tumores. 
o Crianças: Intussuscepção 
• Intestino Delgado: 
o Carcinoma 
o diverticulite 
o volvo. 
• Radiografia simples no geral é solicitada na maior parte dos casos; pode revelar alças intestinais dilatadas, com 
formação de níveis hidroaéreos, localizadas centralmente e com aspecto de “empilhamento de moedas”, 
o auxilia na determinação do grau de obstrução. 
o Pode ser útil na detecção de volvo do ceco ou sigmoide. 
• TC: 
o método mais eficaz na identificação da causa da obstrução. 
o Achados: 
▪ dilatação de alças intestinais, com níveis hidroaéreos no seu interior e demonstração de zona de 
transição entre o segmento intestinal dilatado e o normal ou presença de torção dos vasos 
mesentéricos 
▪ Sinais de obstrução maligna: incluem a presença de lesão expansiva, linfonodomegalias e 
transição abrupta com espessamento parietal irregular. 
• Na ausência de lesão expansiva ou outra anormalidade na região da obstrução, aderências constituem o principal 
diagnóstico (de exclusão) na maioria dos pacientes. 
Imagem 1: Presença 
de níveis hidroaéros 
indica constipação 
intestinal. 
Imagem 2: Todas as 
alças estão dilatadas 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS 
▪ A doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) são as formas mais comuns das doenças 
inflamatórias intestinais (DII), que se caracterizam por inflamação crônica do intestino, de etiologia ainda não 
definitivamente esclarecida. 
▪ As DII acometem preferencialmente indivíduos jovens. 
▪ A doença de Crohn pode envolver qualquer segmento do TGI (desde a boca até o ânus), embora a localização 
predileta seja o íleo terminal. 
 Bárbara Alvarenga, medicina UFOB 
▪ Caracteriza-se pelo envolvimento intestinal segmentar e descontínuo (“lesões salteadas”). 
▪ A colite ulcerativa envolve EXCLUSIVAMENTE O CÓLON, geralmente com progressão contínua de distal para 
proximal. 
• O diagnóstico das DII baseia-se na presença das manifestações clínicas, radiológicas, endoscópicas e 
anatomopatológicas características. 
• A doença de Crohn é avaliada inicialmente por meio do trânsito intestinal 
o Alterações: 
▪ Espessamento 
▪ distorção das pregas instestinais 
▪ modularidade da mucosa conferindo o aspecto clássico de “calçamento de pedras” (muito 
pouco visto na prática clínica). → esses sinais aparecem muito em prova! 
o Fases avançadas: o intestino apresenta-se como um tubo rígido, estreitado, dando origem ao sinal da 
corda (filete de bário passando pela estenose). 
 
• A TC e a RM, muitas vezes, utilizando-se de técnicas especiais, também 
são muito úteis ao diagnóstico, principalmente na avaliação de parede 
intestinal, da extensão trans/extramural e extraintestinal da doença, 
incluindo alterações na gordura visceral, linfonodos e na vascularização 
mesentérica entre outras. 
Imagem: Inflamação intestinal 
 
 
 
 
ADENOCARCINOMA DE CÓLON 
• O câncer colorretal é uma das neoplasias malignas mais frequentes no ocidente. 
• Os principais sinais e sintomas são: alteraçãodo hábito intestinal, diarreia ou constipação, enterorragia, dor 
abdominal e, eventualmente, massa retal tocável. 
• A mensuração do antígeno carcino-embrionário (CEA) tem importância apenas prognóstica. 
• O diagnóstico geralmente é feito por meio da colonoscopia com biópsia. 
• O enema opaco com duplo contraste pode demonstrar clássica imagem de “maçã mordida” ou “anel de 
guardanapo”, resultante da falha de enchimento irregular, concêntrica e estenosante causada pelo tumor. 
 
▪ A TC é útil no planejamento cirúrgico, pois é capaz de 
demonstrar a extensão regional do tumor, 
linfonodomegalias e metástases à distância. 
▪ Tipicamente, apresenta-se como lesão expansiva 
com atenuação de partes moles, que determina 
estreitamento luminal. 
▪ Pode manifestar-se como espessamento parietal 
segmentar ou com estenose luminal. 
▪ As principais complicações são obstrução, 
perfuração e formação de fístulas. 
▪ O sítio mais comum de metástase é o fígado, seguido 
dos pulmões, das suprarrenais e dos ossos.

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