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As dificuldades sensoriais no Autismo NARA DE MELO PEIXOTO/ TERAPEUTA OCUPACIONAL GRADUADA EM TERAPIA OCUPACIONAL PELA UNCISAL- MACEIÓ/AL CERTIFICADA INTERNACIONALMENTE EM INTEGRAÇÃO SENSORIAL PELA UNIVERSIDADE DO SUL DA CALIFÓRNIA –USC MACEIO AL 25 E 26 DE AGOSTO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CONCEITO DE INTEGRACAO SENSORIAL SISTEMAS SENSORIAIS TRANSTORNOS DO PROCESSAMENTO SENSORIAL CONCEITO DE AUTISMO ALTERACOES SENSORIAIS NO AUTISMO A TERAPIA OCUPACIONAL E O AUTISMO VIDEOS DISCUSSAO DE CASOS FIM O QUE É INTEGRAÇÃO SENSORIAL? " " É o processo neurológico que organiza as sensações do próprio corpo e do meio ambiente e torna possível a utilização do corpo de forma eficaz no meio JEAN AYRES(1989). O QUE E INTEGRAÇÃO SENSORIAL Ou seja, A Integração Sensorial é um processo neurobiológico inconsciente, que promove a capacidade de identificar, processar, organizar, interpretar sensações e responder de maneira apropriada ao ambiente. Permite que os sentidos forneçam informações acerca das condições físicas do corpo e do ambiente e, portanto, possibilita o indivíduo experimentar o corpo nas ações e nas atividades do dia-a-dia. Desde dentro do ventre da mãe que o bebê experiencia sensações. Quando bebê nasce, é bombardeado com novas sensanções (os sons são mais intensos, ha luzes fortes, recebe toques em sua pele por meio de pessoas, roupas, bem como cheiros e sabores). Portanto, a medida que os meses vão passando, o bebê irá aprender a regular seu comportamento diante de todas essas sensações, desenvolvendo competências para que o que sente e tudo que o rodeia faça sentido e lhe permita agir sobre ele de forma adaptada. Quando a criança toca, saboreia, ouve, vê, cheira ou se movimenta, discrimina essa sensação dando-lhe um significado, atribuindo-lhe uma experiência afetiva e armazena no cérebro a informação, para que mais tarde possa utilizá-la, formando aprendizagens cada vez mais complexas. https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjDn9f99MvcAhUFQZAKHfTICfQQjRx6BAgBEAU&url=https://pixabay.com/pt/menino-crian%C3%A7a-curioso-explorar-2796257/&psig=AOvVaw20HGzCeLnNw3Rs0buNa14g&ust=1533214332210125 https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjDn9f99MvcAhUFQZAKHfTICfQQjRx6BAgBEAU&url=https://pixabay.com/pt/menino-crian%C3%A7a-curioso-explorar-2796257/&psig=AOvVaw20HGzCeLnNw3Rs0buNa14g&ust=1533214332210125 Cada resposta a uma sensação inicia ou fortalece ligações no cérebro, e assim a experiência sensorial vai ajudando a formação do Sistema Nervoso. • O input sensorial é necessário para o funcionamento e desenvolvimento do cérebro. RESPOSTA ADAPTATIVA Definição: resposta bem sucedida ao desafio ambiental Criança totalmente ativa (motivador interno) Cérebro em alto estado de organização Cada resposta adaptativa estabelece as bases para respostas mais complexas As respostas adaptativas dirigem o desenvolvimento adiante AUTISTAS X RESPOSTAS ADAPTATIVAS IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO SENSORIAL Auto- regulação emocional e nível de alerta; Habilidade para descobrir como interagir com o ambiente; Estabelecimento de habilidades motoras, sociais, cognitivas, emocionais... É um mundo repleto de informaçõoes sensoriais que precisam ser organizadas, caso contrário, bombardeados por estímulos, nossa atenção vai flutuar de um ponto a outro, sem conseguir focar em algo e aprender com as interações, com o ambiente (MAGALHAES, L. LAMBERTUCI, M 2005). Para isso, deve ocorrer o processo da neuroplasticidade, que é definida pela capacidade de adaptação do sistema nervoso, especialmente a dos neurônios, às mudanças nas condições do ambiente que ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos (Lent,2004). O PROCESSO DA IS Input ambiental Registro sensorial Discriminção sensorial Ideação Planejamento motor Execução da ação Sistemas sensoriais AUDITIVO VISUAL GUSTATIVO TATIL PROPRIOCEPTIVO OLFATIVO VESTIBULAR SENTIDOS SISTEMA TÁTIL O SISTEMA TÁTIL Localiza-se na pele É o primeiro sistema a responder no útero e o mais maduro ao nascimento É um dos primeiros meios de interação ambiental, ou seja, ele controla a reação a tudo o que nos toca Responsável por sensações de toque, dor, temperatura e vibração SISTEMA TÁTIL Quando observamos os bebês e crianças, verificamos uma grande busca por estímulos táteis Muitas vezes o bebê ou a criança se acalma com o aconchego (regulação emocional) Quando adulto,o toque pode ser usado como meio de relaxamento (massagem, por exemplo). SISTEMA TÁTIL Desenvolvimento do vínculo mae- bebê Desenvolvimento do esquema corporal Desenvolvimento da aprendizagem Desenvolvimento emocional e de autorregulação SISTEMA VESTIBULAR SISTEMA VESTIBULAR Receptores no ouvido interno Estimulados pelos movimentos da cabeça, pescoço, olhos e movimentos do corpo no meio. SISTEMA VESTIBULAR A informação vestibular nos ajuda a manter o equilíbrio e nos informa se estamos parados ou em movimento, a que velocidade e em que direção nos movemos. É responsável pela coordenação ocular quando movimentamos a cabeça Quando o Sistema vestibular está bem regulado, a criança consegue saber o quanto pode se balançar sem cair, por exemplo (reações de proteção de equilíbrio). O processamento da informação do Sistema vestibular contribui para que a criança desenvolva a especialização dos dois lados do cérebro, integrando os dois lados do corpo e contribuindo para o desenvolvimento da fala e da compreensão das palavras. SISTEMA VESTIBULAR É de grande importância para o desenvolvimento infantil, principalmente nos primeiros anos de vida. Aos poucos a criança vai ganhando confianca nas suas capacidades de controlar seu corpo no espaço, em relação ao movimento e ao que a rodeia, possibilitando assim ❖ Seguranca emocional ❖ Participaçãao social ❖ Ganhos de habilidades motores ❖ Experiências SISTEMA PROPRIOCEPTVO SISTEMA PROPRIOCEPTIVO Propriocepção é a consciência do nosso próprio corpo. Receptores estão localizados nos músculos, articulações e ligamentos SISTEMA PROPRIOCEPTIVO Essas informações constroem nossa consciência corporal e a posição do corpo no espaço Fornece informações sobre a força que exercemos quando realizamos nossas atividades cotidianas. SISTEMA GUSTATIVO SISTEMA GUSTATIVO Encontra-se na boca (especificamente na língua) e fornece a sensação do sabor Funciona em conjunto com outros sistemas ▪ Tátil- temperatura e textura dos alimentos ▪ Olfativo ▪ Proprioceptivo- consistência do alimento ▪ Auditivo ▪ Visual SISTEMA OLFATIVO SISTEMA OLFATIVO Responsável pela capacidade de sentir cheiros Receptores se encontram nas cavidades nasais Experiências olfativas estão relacionadas diretamente as nossas emoções. Os odores sao armazenados nos processos neurológicos e, na maioria das vezes, não necessitamos da visão para decifrar cheiros. SISTEMA VISUAL SISTEMA VISUAL Receptores nos olhos, que captam as ondas de luz através da retina e depois viajam para o tronco cerebral O córtex visual é o local onde irá ocorrer a descodificação mais complexa da informação visual SISTEMA VISUAL Acuidade visual Controle ocular (perseguição visual, estabilização do campo visual) Percepção visual- significado que o cérebro dá as informações que captura, além da discriminação de cores, formas, grandezas. O Sistema visual se relaciona com os outros sistemas sensoriais para construir percepções de tudo que nos rodeia. PORTANTO... O cérebro analisa a informação de todos os sistemas sensoriais para que possa organizar uma respota adequada (RA) Dependendo do processamento da informação de todos os sistemas sensorias, assimserá a adequação da resposta do indivíduo. Relembrando - o processo ocorre quando o Há o registro sensorial o Este registro é enviado ao cérebro o No cérebro ocorre uma interpretação dos registros sensoriais o O cérebro organiza as repostas e o Executa as respostas apropriadas ao ambiente COMPONENTES DA INTEGRACAO SENSORIAL DISCRIMINAÇÃO SENSORIAL Capacidade para interpretar a informação sensorial de forma eficaz. Trata-se de perceber adequadamente o que vemos, sentimos, ouvimos, provamos, etc. A discriminação sensorial permite- nos ter a capacidade para dar um significado correto às qualidades específicas dos estímulos. MODULAÇÃO SENSORIAL É a habilidade para monitorar e regular as informações, garantindo uma resposta apropriada a um estímulo sensorial. É a capacidade de se manter atento na presença de múltiplas sensações. Um sistema nervoso bem modulado adapta-se às alterações no ambiente e ao nível de alerta e de atenção apropriado para a atividade, bloqueando a informação que não interessa, dando ênfase aos estímulos importantes. MODULAÇÃO SENSORIAL MODULAÇÃO SENSORIAL Quando a modulação funciona eficientemente, a criança regula o seu nível de ação, o seu nível de atenção, o seu nível de alerta e o seu afeto. ALERTA, ATENÇÃO, AÇÃO E AFETO -> 4 As • Alerta: capacidade para se manter no estado entre sono e vigília; • Atenção: capacidade de focar seletivamente numa tarefa; • Afeto: componente emocional do comportamento • Ação: capacidade de se envolver num comportamento adaptativo dirigido para um objetivo. Ou seja, Uma criança que tenha um bom alerta (nem muito, nem pouco reativa) vai conseguir focar a atenção, o que lhe permite organizar a ação adequada ao estímulo, o que irá servir de base para a manutenção de um afeto adequado à situação. PRÁXIS É a capacidade para planificar ou levar a efeito uma atividade pouco habitual, que implica a realização de uma sequência de ações para atingir um fim ou um resultado. Caracteriza-se pelo controle harmonioso do movimento, pela conjugação perfeita no espaço e no tempo da antecipação e da ação, do plano e da execução, como que se adaptando a um fim e a um objetivo ( Ayres, 1982). PRÁXIS É a capacidade pela qual nós entendemos como usar as mãos e o corpo em tarefas especializadas, como brincar com brinquedos, utilizando ferramentas, incluindo um lápis ou um garfo, construindo uma estrutura, seja uma torre de blocos de brinquedo ou uma casa, organizando um quarto, ou se envolver em muitas ocupações (Ayres, 1989). PRÁXIS A práxis envolve o planejamento motor e a capacidade de colocar em sequência novos atos motores, e é a ponte entre as competências motoras e a cognição. PRÁXIS TRANSTORNOS DO PROCESSAMENTO SENSORIAL TRANSTORNOS DO PROCESSAMENTO SENSORIAL Ou Disfunção de Integração Sensorial é a dificuldade em usar a informação recebida pelos sentidos para conseguir funcionar eficientemente nas atividades cotidianas, ou seja, é uma dificuldade do sistema nervoso central para processar as informações sensoriais. Perturbações de coordenação motora, dificuldades na regulação do sono, na alimentação, atenção, aprendizagem e no funcionamento emocional e social. Segundo Miller (2006), para que se configure o transtorno é preciso que os problemas sensoriais sejam extremados a ponto de impedir o funcionamento diário da pessoa em todos os âmbitos da vida. Hoje o diagnóstico é feito por meio de observações clínicas de um profissional experiente e de instrumentos de avaliação sensorial. http://www.imagensanimadas.com/img-seta-imagem-animada-0032-68238.htm#linkit DISFUNÇÃO DE MODULAÇÃO SENSORIAL A disfunção de modulação sensorial é resultado de problemas no ajuste e processamento das mensagens neurais que carregam informações sobre a intensidade, frequência, duração, complexidade e novidade de estímulos sensoriais. Há uma diminuição, aumento, ou flutuação em resposta ao input sensorial (Koomar e Bundy, 1991). Quando uma criança tem uma perturbação de modulação sensorial, apresenta problemas que interferem com a autorregulação e a capacidade de participação nas ocupações que fazem parte da faixa etária. BUSCA SENSORIAL Necessidade excessiva de informação sensorial; Criança extremamente ativa; Comportamentos desorganizados; Busca Sensorial X Hiperatividade. Essa criança é aquela que está sempre falando ou cantarolando, mordendo a gola da blusa, escalando as coisas, dando cambalhotas. Geralmente é impulsiva e não tem medo de se ariscar. Tabela CONSTRUÇÃO EM GRUPO HIPER-RESPONSIVIDADE SENSORIAL As crianças com hiper-responsividade sentem a sensação mais rapidamente, mais intensamente, ou durante mais tempo, que as crianças de modulação normal. Na pessoa com hipersensibilidade sensorial o processo de inibição das sensações não ocorre de forma apropriada e todas as informações são percebidas como relevantes, ou seja, a atenção da pessoa está voltada para todos os estímulos, mesmo os que não são úteis em uma determinada situação. HIPER-RESPONSIVIDADE SENSORIAL Respostas às hipersensibilidades se mostram através de um comportamento desafiador, de distração, de hostilidade, de fuga, de medo e de ansiedade, entre outros. Comportamentos são percebidos desde bebê pelos pais; Evitam atividades que envolvem sujeira, sons altos, por exemplo. Apresentam bastante dificuldade no processo escolar. Tabela CONSTRUÇÃO EM GRUPO HIPER-RESPONSIVIDADE SENSORIAL Grandes prejuízos: • No ambiente escolar; • Nas atividades de vida diária; • Na socialização; • No brincar; • No comportamento. HIPO-RESPONSIVIDADE SENSORIAL A pessoa com hipo-sensibilidade sensorial precisa de muito mais estimulação do que a população em geral para alcançar um estado ótimo de alerta ou ativação. Ela exibe uma resposta inferior à esperada para uma determinada situação e demora mais para reagir. Baixo registro sensorial; Falta de motivação, de iniciativa para exploração e socialização. Tabela CONSTRUÇÃO EM GRUPO TRANSTORNO DE DISCRIMINAÇÃO SENSORIAL Dificuldade em perceber de forma adequada os estímulos ambientais; Como o estímulo é processado de forma imprecisa, geralmente a criança apresenta dificuldade em gerar respostas adaptativas no seu dia a dia. Normalmente precisa de mais tempo do que as outras crianças para processar a informação, já que apresenta problemas para descobrir o que está percebendo. TRANSTORNO DE DISCRIMINAÇÃO SENSORIAL Sistema tátil: pode não perceber a diferença entre texturas e formas com a oclusão da visão. Sistema gustativo: dificuldades em diferenciar sabores. Sistema auditivo: dificuldades em ouvir quando há um fundo sonoro, pode fazer confusão com os sons. Sistema olfativo: dificuldades em distinguir os cheiros óbvios;. Sistema visual: dificuldades em achar algo numa gaveta, ou caixa, faz confusão com grafismos semelhantes. Sistema vestibular: dificuldades em perceber direção do movimento. Sistema proprioceptivo: dificuldades de coordenação, desorganizadas. PERTURBAÇÕES MOTORAS DE BASE SENSORIAL Caracteriza-se pela dificuldade em estabilizar o corpo ou planejar e sequenciar movimentos coordenados. 2 tipos: • Transtorno postural • Dispraxia TRANSTORNO POSTURAL É a dificuldade em estabilizar o corpo durante o movimento. Apresentam: Tônus muscular baixo; Dificuldade em manter posturas contra gravidade; Reações de equilíbrio pobres Dificuldades no controle dos movimentos dos olhos. TRANSTORNO POSTURAL Depende das informações dos sistemas vestibular e proprioceptivo. TRANSTORNO POSTURAL Criança com tendência para atividades sedentárias; Costumam sentar em “W”; Perdem o equilíbrio facilmente; Não conseguem integrar os dois lados do corpo; Instabilidade no equilíbrio. DISPRAXIA Apraxia de movimento X Dispraxia de movimento É um dificuldade em planejar, sequenciar e executar uma ação motora não familiar, ou uma série de ações motoras. Para considerarmos que a criança tem uma Dispraxia baseada na IS, é necessário que apresente déficits no processamento de um ou mais sistemas sensoriais. • A criança com Dispraxia parece descoordenada, desajeitada, desorganizada. • Sente-se insegura em relação ao seu corpo no espaço e tem dificuldade em calcular distância dos objetos e pessoas. DISPRAXIA Podem estar propiciais à acidentes e podem quebrar brinquedos com frequência. Crianças com Dispraxia têm dificuldades em executar as Atividades de Vida Diária, o brincar, na habilidades motoras finas e na fala. Geralmente, este tipo de criança precisa de mais repetições para aprender a tarefa ou atividade. COMO IDENTIFICAR: ✓ Criança desajeitada, que tropeça em coisas, cai com frequência; ✓ Pobres habilidades motoras finas; ✓ Dificuldade com leitura e ortografia; ✓ Resistência em tentar atividades novas, desafiadoras; ✓ Dificuldades em participar de atividades que exigem antecipação, como pegar uma bola, chutar; ✓ Dificuldades com botões, cadarços, tesoura. AS ALTERAÇÕES SENSORIAS NO AUTISMO DEFINIÇÃO DE AUTISMO SEGUNDO DSM- V DSM-V : Transtorno do Espectro do Autismo: Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes: ✓ Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social; ✓ Falta de reciprocidade social; ✓ Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo: ✓ Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns; ✓ Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento; ✓ Interesses restritos, fixos e intensos. Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades. QUAIS ALTERAÇÕES SENSORIAIS VOCÊS IDENTIFICAM EM SEUS PACIENTES AUTISTAS? 1. .... TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO SENSORIAL NO AUTISMO É considerado um transtorno quando influencia em seu comportamento; Estudos apontam que 45 a 96% das crianças com autismo apresentam alterações no Processamento Sensorial; Os transtornos podem ser variados em uma única criança. Uma criança autista pode ser hiper sensível a alguns estímulos, hipo a outros e ser um “buscador sensorial”; Transtornos de processamento sensorial mais observados nas crianças autistas: • Hipersensibilidade ou Defensividade tátil: o a criança não inibe respostas para o estímulo irrelevante, tanto auditivo, olfatório ou visual, sendo considerada portanto distraída; o são consideradas muito sensível, ansiosas, hiperativas e desatenta; o não gostam de ser tocadas, seja com demonstração de afeto, ou mesmo durante as brincadeiras; o reagem de maneira defensiva principalmente em relação às sensações táteis; não gostam de tomar banho com bucha, de serem lavados (esfregar a pele) e de cortar cabelos; o não gostam de sujar o corpo, se mostram extremamente incomodadas; o ficam assustadas quando a aproximação é feita por trás; o resistem a tirar blusas, meias, sapato, em qualquer circunstância; o em geral são crianças pouco compreendidas pelos outros; o evitam o toque dos amigos, se mantendo distante do contato corporal; o defendem - se também de alguns odores e à alguns sons (defesa auditiva) • Seletividade alimentar: ❑ Seleção de alimentos por cor, textura, sabor, temperatura, cheiro; ❑ Evitam qualquer outro tipo de alimento que não seja aquele preferido; ❑ Uma dificuldade sensorial que precisa ser respeitada; ❑ Hipersensilidade tátil presente em toda região oral; ❑ Comportamentos mal interpretados sobre a recusa alimentar; • Intolerância ou reação aversiva ao movimento: ❑ reagem mal a estimulação vestibular, apresentando náusea e desconforto; ❑ são aversivas aos movimentos rápidos, circulares e giratórios. ❑ gostam do movimento desde que não implique em modificar posições; • Déficit de movimento postural-ocular ❑ Pobre controle postural e ocular. ❑ Baixo tônus da musculatura extensora ❑ Inabilidade para assumir ou manter a postura de prono- extenção ❑ Pobre estabilidade proximal ❑ Reações de equilíbrio e endireitamento deficitárias ❑ Comprometimento na habilidade de usar os dois lados do corpo de modo coordenado e para usar um lado do corpo no lado contralateral do espaço ❑ Dificuldade para saltar com os dois pés unidos, subir escadas com movimento recíprocos e pular corda o Disfunção de planejamento motor (DISPRAXIA) ❑ Deficiência na habilidade para idealizar, planejar e executar um ato motor não habitual na seqüência correta. ❑ Baixo desempenho em atividades de rotina diária, lúdicas e/ou pedagógicas. ❑ Lentidão para aprender dar laço, fechar fivelas, déficits no grafismo, dificuldades nas atividades esportivas e motoras. Essas alterações influenciam no: • Convívio social; • Vida acadêmica; • Brincar; • Independência nas Atividades de Vida Diária; • Linguagem; • Comportamento; • ... Estratégias importantes Perceber os padrões sensoriais da criança; Respeitar seus limites sensoriais; Encaminhar para o Terapeuta Ocupacional capacitado avaliar a criança; Realizar algumas estratégias para diminuir o nível de estresse da criança; Comportamento X Transtorno A INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO AUTISMO Quando uma pessoa precisa de Terapia Ocupacional? ➢ O objetivo do profissional de Terapia Ocupacional é habilitar pessoas a se engajarem nos papéis, tarefas e atividades que têm um significado paras as mesmas no seu cotidiano e que definem suas vidas (TROMBLY, 1993). ➢ Assim, pode-se concluir que três áreas de abrangência são mais comuns durante a infância, a saber: AVD, educação e brincar, além de considerar o impacto destas sobre a participação social (REZENDE, 2008) ➢ Intervenção da Integração Sensorial como uma abordagem clínica. AVALIAÇÃO E TRATAMENTO Terapeuta Ocupacional com Certificação em Integração Sensorial; Avaliar quais as dificuldades da criança nas Atividades de Vida Diária, no brincar e na socialização; Fazer um estudo global do Processamento Sensorial e julgar a melhor intervenção; Uso de testes padronizados. • (PERFIL SENSORIAL, SPM, SIPT) CASOS CLÍNCOS REFERÊNCIAS AYRES, A.J.: Sensory Integration and Learning Disorders, Los Angeles, WPS, 1972. Baker, A. E. Z., Lane, A., Angley, M. T., & Young, R. L. (2008). The relationship between sensory processing patterns and behavioral responsiveness in autistic disorder: A pilot study. Journal of Autism and Developmental Disorders, 38(5), 867–875. Koomar, J., & Bundy, A. (1991). The art and science of creating direct intervention from theory. In A. Fisher, E. Murray, & A. Bundy (Eds.), Sensory integration theory and practice (pp. 251–314). Philadelphia: F. A. Davis. Lent R. Os Neurônios se Transforman: Bases Biológicas da Neuroplasticidade. In: Lent R. Cem Bilhões de Neurônios: conceitos fundamentais de neurociências. São Paulo: Atheneu, 2004, p.134-63. Miller, L.J. Sensational Kids: Help and hope for children with sensory processing disorders (SPD). Nova Iorque, G.P. Putnam’s sons, 2006. Mochuzuki, L. Amadio, A. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.19, n.2, p. 11-18, abr./jun., 2006. OBRIGADA! NARA DE MELO PEIXOTO narapeixoto@yahoo.com.br MACEIÓ, 2018 mailto:narapeixoto@yahoo.com.br
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