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AV 2 LITERATURAS DE LPINGUA PORTUGUESA IV

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AV 2 – LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA IV
1)
Leia o trecho a seguir, extraído do livro Não se pode morar nos olhos de um gato, de Ana Margarida de Carvalho. 
[...]
Olhem as minhas pernas de santa de pau embarcada, polidas por plaina diligente,
insistente, que nunca nenhum homem as conseguiu apartar, firmes, profanadas apenas pelos bichos que se enterram e consomem, valho-lhes mais a eles, velha, sandia e carunchosa, do que aos penitentes que me rogam louvores e preces, a remoerem queixumes mal anoitecidos debaixo de línguas pútridas, indecentes.
Bebam daí a vossa sorte, pelas sete dores de Maria, pelas sete vagas do mar. Que cada um sabe de si, negra morte vos surpreenda. E cedo morram na forca, aqueles a quem o mar não cerra a boca. Olhem, que vos digo eu. Me levam as águas e é de meu grado. E que abocanhe o peixe aquilo que vê, já os meus pecados se
dissolverão. E nem ao Senhor eu peço conselho. Aqui no mar não é o seu reino. Olhem agora, vos digo eu, que não poderia haver melhor. Liberto-me das vossas manhas, purifico-me das vossas mazelas, apazíguo-me dos vossos pesares, dos vossos escarros de raiva, dos vossos vómitos de vilania, dos vossos enjoos de embarcadiços, que sempre clamam pela santa, Nossa Senhora de Todas as Angústias, quando o céu vos cai aos pés,
ora pro nobis.
Deixem-me agora os ouvidos prenhes de lamúrias vãs, que não vos posso acudir, piratas, bucaneiros, flibusteiros, negreiros, remelentos, entronchados, que não há barca que aguente males tão torpes no mundo, [...] 
(CARVALHO, Ana Margarida de. Não se pode morar nos olhos de um gato. Porto Alegre: Dublinense, 2018. p. 9-10.)
A partir da análise do trecho e dos conhecimentos sobre essa obra, assinale a alternativa correta:
Alternativas:
· a)
Ana Margarida de Carvalho apresenta os conflitos de estereótipos da sociedade portuguesa neste trecho.
· b)
Assim como Valter Hugo Mãe, nessa obra, Ana Margarida de Carvalho relata os conflitos internos em busca de superar a dor causada pela morte.
· c)
O narrador-protagonista é uma mulher que consegue sobreviver ao naufrágio e se liberta da escória da sociedade.
· d)
Em Não se pode morar nos olhos de um gato, Ana Margarida de Carvalho recorre à história para falar dos tempos atuais. 
Alternativa assinalada
· e)
Essa obra apresenta uma característica comum com o livro "Matteo Perdeu o Emprego", de Gonçalo M. Tavares: a crítica social a partir de reconstituição de fatos cômicos.
2)
Leia o trecho do texto a seguir, extraído do livro Os livros que devoraram meu pai, de Afonso Cruz.
Uma biblioteca é um labirinto. Não é a primeira vez que me perco em uma. Eu e meu pai temos isto em comum. Penso que foi o que lhe aconteceu. Ficou perdido no meio das letras, dos títulos, perdido no meio de todas as histórias que lhe habitavam a cabeça. Porque nós somos feitos de histórias, não é de DNA e códigos genéticos, nem de carne e músculos ou pele e cérebro. E sim de histórias. Meu pai, tenho certeza, perdeu-se nesse mundo, e agora ninguém consegue interromper sua leitura.
Numa de minhas tardes passadas no sótão, li um conto sobre um labirinto que é um deserto, de autoria de um escritor argentino chamado Borges. Há inúmeros lugares onde um ser humano pode se perder, mas não há nenhum tão complexo como uma biblioteca. Mesmo um livro solitário é um local capaz de nos fazer errar, de fazer que nos percamos. Era nisso que eu pensava enquanto me sentava no sótão entre tantos livros.
(Disponível em: http://havidaemmarta.blogspot.com/2011/12/uma-biblioteca-e-um-labirinto.html. Acesso em: 27 jul. 2020.)
A partir da análise do trecho lido e dos conhecimentos acerca da prosa portuguesa produzida atualmente, avalie as afirmativas a seguir:
I) Na literatura produzida por Afonso Cruz, tanto em Flores como em Os livros que devoraram meu pai, encontra-se a reflexão sobre a memória a partir de um tom poético na linguagem.
II) O foco está na memória individual na obra de Antônio Lobo Antunes, Ontem não te vi na Babilónia.
III) A característica mais marcante no estilo de Lídia Jorge é a precisão da linguagem e a fragmentação da narração pelas diversas personagens.
IV. Tanto José Saramago em Memorial do Convento, quanto Ana Margarida de Carvalho em Não se pode morar nos olhos de um gato recorrem à história para criarem seus livros.
É correto o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
apenas I.
· b)
apenas I e II.
· c)
apenas II e III.
· d)
apenas II, III e IV.
· e)
apenas I, II e IV.
Alternativa assinalada
3)
Leia e resolva:
Não obstante, a proximidade histórico-cultural entre Brasil e África, muito pouco se sabe, entre os brasileiros, a respeito das manifestações artísticas do continente africano. Mesmo em relação aos países africanos lusófonos, nosso desconhecimento é alarmante, principalmente, se considerarmos que esses países ajudaram a formar grande proporção da cultura brasileira. Nos últimos quatro anos, o governo brasileiro vem salientando, a partir de ações concretas dos setores econômicos, políticos, culturais e turísticos, a possibilidade de uma maior troca entre estes dois pólos. A recíproca é verdadeira, uma vez que o governo moçambicano, por exemplo, tem incentivado o intercâmbio entre estudantes universitários entre Brasil e Moçambique, além de apoiar a presença de doutores em várias áreas do conhecimento para ministrarem aulas na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo (há muito tempo pesquisadores brasileiros da área médica apoiam pesquisa sobre Aids em Moçambique). [...] Apesar de ultimamente ter crescido o volume de publicações de autores africanos de língua portuguesa no cenário editorial africano e europeu, o público brasileiro encontra-se ainda afastado do universo literário africano lusófono, uma vez que as editoras brasileiras não têm voltado seu foco de interesse para obras dessa natureza, salvo algumas exceções. O leitor ainda desconhece o que vem sendo produzido do outro lado do Atlântico, tanto com relação à produção literária tradicional quanto à contemporânea, e não somente dos países lusófonos, mas também da literatura da África central, do norte, ocidental e oriental, assim como da África do Sul. A partir de publicações voltadas ao continente africano, o público brasileiro poderia ter acesso a um universo literário extremamente rico e ainda desconhecido, possibilitando um maior contato com a cultura africana. No que se refere às manifestações artístico-culturais, o pouco que sabemos nos chega através de feiras, encontros, congressos, mas sempre muito restritos às suas áreas específicas de interesse. Um primeiro passo para se conhecer uma cultura estrangeira, distante geograficamente, poderia ser através do universo literário.
(Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem10/COLE_1542.pdf. Acesso em: 27 jul. 2020.)
O público brasileiro ainda desconhece a riqueza da literatura lusófona, sobretudo Africana, pois
Alternativas:
· a)
a arte africana costuma ter mais projeção global do que a literatura.
· b)
o cinema africano costuma ter mais projeção global do que a literatura.
· c)
o continente africano não vem sendo foco das atenções globais.
· d)
a literatura Africana não costuma ser publicada pelas editoras brasileiras.
Alternativa assinalada
· e)
o continente africano é foco apenas do imaginário das pessoas.
4)
Leia este trecho:
Analisemos o próprio termo lusofonia. No entender de Fernando Cristóvão (2005), doutorado em filologia românica, o conceito de lusofonia resulta da conjugação de duas palavras: uma que se reporta a Luso sinônimo de lusitano/Lusitânia, ou seja, português/Portugal; e fonia que provém do grego e se refere à língua oral. Neste sentido, é uma palavra compósita, abrangente e agregadora. Fernando Cristóvão (2005) parece defender do uso da palavra lusofonia por esta ultrapassar o seu valor etimológico, ao abarcar [...] laços existentes, uns fortes outros débeis [...] entre países de língua oficial portuguesa. Advoga que uma terminologia que se reporta a Luso, filho do deus romano Baco e aos ascendentes do povo português: [...] éjá uma forma de ultrapassar o nacionalismo e entrar no domínio do mítico e do simbólico. No seu entender, portanto, a lusofonia parece ser conceito [...] mais amplo e mais denso do que o simples conceito linguístico, além de mais adequado do que outros que com ele pretendem concorrer.
(Disponível em: https://e-conhecimento.br.com/portugues/4-analisemos-o-pr-prio-termo-lusofo-25098659. Acesso em: 27 jul. 2020.)
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a definição teórica da literatura lusófona.
Alternativas:
· a)
Espaço político.
· b)
Literatura africana.
· c)
Espaço social.
· d)
Literatura portuguesa.
· e)
Espaço linguístico-cultural.
Alternativa assinalada
5)
Leia e resolva:
Felipe perguntou ao professor João se a literatura lusófona possui influências de outras correntes literárias e o professor respondeu que sim, inclusive citando um trecho do artigo "Conceito de Lusofonia" de Maria Sousa Galito, conforme pode-se observar a seguir: "Urge compreender que a influência multicultural não se circunscreve apenas às línguas e dialectos locais, mas igualmente à influência de línguas estrangeiras tais como o inglês e o francês, ou mesmo o espanhol e o chinês, pela proximidade com os vizinhos ou grandes investidores. Não admira que, neste processo, a comunicação social, as novas tecnologias e a sociedade civil sejam potenciais aliados/adversários (o que possui vantagens pode gerar desvantagens)."
(SOUSA GALITO, Maria. Conceito de Lusofonia. Disponível em: http://www.ci-cpri.com/wp-content/uploads/2012/10/Conceito-Lusofonia.pdf. Acesso em: 6 fev. 2019.)
Com base nas informações das influências estrangeiras sobre a literatura lusófona, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I) Um idioma comum sobrevive numa rede de permanente distribuição de informação, de afectos e de interesses mútuos,
OU SEJA, 
II) deve evitar-se a todo o custo que a lusofonia seja planeada de forma linear, gerida paralelamente aos mais interessados na sua prossecução (os que elegem os seus altos representantes para a CPLP, ou seja, as populações) e se afogue em interesses colaterais ou em externalidades negativas.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
Alternativas:
· a)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é complemento da I.
Alternativa assinalada
· b)
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
· c)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é complemento da I.
· d)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
· e)
As asserções I e II são proposições falsas.