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3A FASE MÓD 2 - PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO SP 1 TUDO TEM GOSTO DE PALHA

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MÓDULO I PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÃO
SITUAÇÃO PROBLEMA 1 – TUDO TEM GOSTO DE PALHA
1 - Definir e caracterizar a bioeletrogênese.
https://www.youtube.com/watch?v=qGJrrqI1i4k 
http://fisiologia.top/13-fisiologia/fisiologia-celular/bioeletrogenese/12-bioeletrogenese 
GUYTON, Arthur Clifton; HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2006.
Bioeletrogênese é o estudo da formação dos potenciais de membrana em organismos vivos. Potencial de membrana é a diferença de cargas entre a face intracelular e a face extracelular da membrana (Na FORA, K DENTRO). É medido em milésimos de volts (mV) e é uma forma de gerar, processar e conduzir informação no organismo.
É a capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana.	
As células geram diferença entre as membranas, e algumas conseguem inverter as cargas para conduzir informação (neurônios, células musculares esqueléticas, etc).
A membrana plasmática além de suas funções de integridade, permeabilidade seletiva, regulação de interação célula à célula,  reconhecimento de antígenos, interface entre citoplasma e meio externo, sistema de transporte para moléculas específicas, ela tem uma função muito ligada a bioeletrogênese que seria a transdução de sinais extracelulares físicos/ou químicos em eventos intracelulares.
A Membrana Plasmática é formada por uma bicamada lipídica onde estão inseridas proteínas, forma-se então um mosaico fluído.
- Na ausência de perturbação externa, os potenciais de membrana da célula permanecem constante, denominados de potencial de repouso.
- Um estímulo externos nas células nervosas e musculares produz uma variação em seus potenciais de membrana, essa variação rápida que se propaga ao longo de uma dessas células é denominada potencial de ação. 
O sinal nervoso chega aos dendritos do neurônio e percorre pelo axônio. O axônio mantem um equilíbrio químico caracterizado pelo aumento da concentração dos íons K em seu interior e Na em seu exterior. Durante a propagação do potencial de ação, a bainha de mielina que envolve o axônio, permite uma mudança no sinal das cargas elétricas na superfície na da membrana, causada pelo afluxo de íons Na, seguidos pela saída de íons K, então a distribuição de cargas é reestabelecida. Para que a propagação de potencial de ação ocorra, é necessário que a saída de K, ocorra com certo atraso que a entrada de Na. A entrada de Na ocorre antes que a saída de K.
Em repouso é positiva
Saem 3 de Na e entra 2 de K.
BOMBA DE Na E K é transporte ativo
Espaço entre dois neurônios é a sinapse. Quando um impulso chega a uma sinapse uma série de vesículas descarregam neurotransmissores químicos – acetilcolina ou catecolaminas, que levam o impulso nervoso até o próximo neurônio, desestabilizando transitoriamente a membrana plasmática do dendrito e uma onda de despolarização passa ao longo do segundo neurônio. Assim o impulso continua avançando – sinapse química excitatória, resultando na transmissão dos impulsos.
Outro tipo de sinapse que pode interromper a transmissão do impulso através da estabilização da membrana plasmática do segundo neurônio. É a sinapse inibitória – os dois principais inibitórios neurotransmissores são o GABA e GLICINA. Assim uma dada célula participa do envio de um sinal elétrico do cérebro ou participa de uma transmissão de sinal em parte dele.
A transmissão do impulso nervoso ocorre continuamente no tecido nervoso, com gasto de energia (ATP) proveniente do metabolismo da glicose.
2 - Definir gustação e olfação.
GUYTON, Arthur Clifton; HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2006.
O paladar ou gustação - É a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias colocadas sobre a língua. Na língua, existem as papilas gustativas que reconhecem substâncias do gosto e enviam a informação ao cérebro. 
A gustação é primariamente uma função da língua, mas regiões da faringe, do palato e da epiglote têm alguma sensibilidade. Observe como as passagens nasais estão localizadas de modo que o aroma da comida ingerida possa penetrar através do nariz ou da faringe, favorecendo a contribuição do olfato para uma percepção mais global do sabor.
Os quatro sabores básicos são salgado (sais ionizados, concentração de íons sódio), azedo (ácido - H), doce (açucares, aldeídos, cetonas, alguns AA) e amargo. O quinto sabor básico é o umami (alimentos que contenham L-glutamato como caldo de carne e queijo amadurecido) os mecanismos responsáveis pelo gosto não estão esclarecidos.
- A sensibilidade para o gosto amargo é maior que os outros gostos, pois essa sensação tem função protetora importante contra muitas toxinas perigosas presentes nos alimentos. Duas substâncias induzem o gosto amargo: Substâncias orgânicas de cadeia longa que contenham nitrogênio e alcaloides – estes incluem muitos fármacos que são utilizados como medicamentos, como a quinina, cafeína, estricnina e nicotina. O gosto amargo faz com que as pessoas possam rejeitar o alimento. É uma função importante da sensação de gosto amargo, porque muitas toxinas letais encontradas em plantas venenosas são alcaloides, e quase todos os alcaloides provocam gosto amargo intenso, seguindo de rejeição. 
Olfação é habilidade de reconhecer e discriminar um amplo número de moléculas do ar com grande precisão e sensibilidade. A olfação permite um monitoramento contínuo de moléculas voláteis dos arredores, incluindo sinais químicos que identificam territórios, alimento, predadores, crias e parceiros. A olfação exerce um papel chave na adaptação e sobrevivência do indivíduo.
A percepção dos odores é modulada por estados emocionais, hormonais.
Processamento do olfato: 
- Odores são detectados por neurônios sensoriais olfativos nasais. O bulbo olfatório fica acima da placa cribiforme que separa a cavidade encefálica da parte superior da cavidade nasal. A placa cribiforme tem várias pequenas perfurações por meios das quais uma quantidade de pequenos nervos passa com trajeto ascendente, da membrana olfatória, na cavidade nasal, para entrar no bulbo olfatório, na cavidade craniana.
- Correlação com o sistema límbico – estruturas basais que controlam as emoções e outros aspectos do comportamento humano.
3 - Caracterizar a estrutura e funções da língua e do nariz.
ANATOMIA ONLINE. A língua. Disponível em: <https://www.anatomiaonline.com/lingua/>.
A língua, estrutura do sistema gustativo, é um órgão sensorial e muscular que está localizada na cavidade oral e faríngea, caracterizada por ser recoberta por uma membrana com papilas gustativas em sua superfície (estão presentes os botões e as células gustativas) e os corpúsculos de Krause, responsáveis por perceber as sensações táteis. A língua possui duas funções:
- Órgão sensorial: percebe a conformação, a dimensão, a textura, a temperatura e o sabor dos alimentos.
- Órgão muscular: auxilia o movimento dos alimentos dentro da cavidade bucal, inicia a deglutição e participa na linguagem (articula as palavras durante a fala).
A língua é constituída por um esqueleto osteo-fibroso, por um revestimento mucoso e por músculos. O osso hióide, as lâminas fibrosas da membrana glosso-hiloidea e o septo da língua constituem o esqueleto osteo-fibroso da língua. Os músculos do órgão são de dois tipos: 
(1) músculos extrínsecos da língua 
– genioglosso (entre todos é o mais volumoso, triangular com vértice anterior em corte sagital, presente próximo e paralelo alinha media);
- hioglosso (fino, plano e quadrilátero presente na parte lateral e inferior da língua);
- estiloglosso (curto e pequeno, da face anterolateral do processo estiloide, perto do seu ápice, e da extremidade estiloide do ligamento estilomandibular);
- Condroglosso (parte do lado medial e da base do corno menor do hióide);
- Palatoglosso (em função e inervação está associado ao palato mole); 
(2) músculos intrínsecos da língua 
– longitudinal superior (fino estrato de fibras oblíquas e longitudinais situadas abaixo da túnica mucosa do dorso da língua);
- longitudinal inferior (da raiz até o ápice da língua);
- transverso (septo fibroso mediano até o tecido fibroso submucoso na margem lingual, misturando-se com o músculo palatofaríngeo);
- vertical (da face dorsal até a ventral da língua nas bordas anteriores).
A língua é fixada pelos músculos no osso hioide, na mandíbula, nos processos estiloides, no palato mole e na parede da faringe. Com um formato de cone, tem uma raiz, ápice (a ponta toca os dentes incisivos), dorso curvo (recoberto pelas papilas gustativas) e uma face inferior.
A imensa mobilidade do órgão é viabilizada pelas fibras musculares intrínsecas que estão dispostas em um complexo de fascículos em várias direções. A raiz da estrutura, com músculos genio-hiloideo e milo-hiloideo, é fixa no osso hiloide e na mandíbula.
Esses receptores são as células epiteliais que possuem a propriedade neuronal, transformam a informação química em estímulos elétricos, para depois em sinais elétricos, com uma identificação diferente para cada tipo de sabor e que será interpretada pelo cérebro.
Transmissão dos sinais gustatórios para o SNC
Os quimiorreceptores presentes na língua são constituídos por moléculas que fazem a interação com as moléculas do alimento. 
Inervação da Língua:
Nervo Facial – VII > Impulsos gustatórios dos dois terços anteriores da língua. Trajeto: Nervo lingual > ramo da corda do tímpanio do nervo facial > trato solitário (tronco cerebral).
Nervo Glossofaríngeo – IX > Sensações gustatórias que se originam das papilas circunvaladas (parte posterior da língua e regiões posteriores da boca e garganta são transmitidas pelo glossofaríngeo ao trato solitário.
Nervo Vago – X > São poucos os sinais transmitidas da base da língua e de outras partes da região faríngea para o trato solitário.
Nervo hipoglosso - XII > função motora.
Esses receptores são as células epiteliais que possuem a propriedade neuronal, transformam a informação química em estímulos elétricos, para depois em sinais elétricos, com uma identificação diferente para cada tipo de sabor e que será interpretada pelo cérebro.
 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA_xgAH/sistema-respiratorio 
Nariz 
- Parte externa: arcabouço ósseo e uma cartilagem hialina coberta com músculo e pele, e revestido por uma túnica mucosa.
- O osso frontal, os ossos nasais e a maxila formam o esqueleto ósseo do nariz
- O esqueleto cartilaginoso do nariz consiste na cartilagem do septo nasal, processos laterais da cartilagem nasal inferiores aos ossos nasais e cartilagens alares. Essa cartilagem hialina é um tanto flexível.
Funções das estruturas interiores do Nariz
- Aquecimento, umedecimento e filtração do ar inalado através dos pêlos grossos e pelas conchas nasais e meatos.
- Detecção dos estímulos olfatórios(odor).
- Modificação das vibrações da fala, nas câmaras de ressonância. Ressonância refere-se ao prolongamento, à amplificação ou à modificação do som, por meio de vibração.
Nasofaringe: parte nasal da faringe.
Orofaringe ou bucofaringe: parte bucal da faringe 
Laringofaringe: parte laríngea da faringe
4 - Descrever as vias neurológicas sensitivas relacionadas à gustação e a olfação.
https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana02_parte2.pdf 
Sistema sensorial – Olfação
O processo da olfação – O sentido do olfato é responsável pela transdução das moléculas químicas, presentes no meio externo, em informação percebida como odor. A percepção de odores é importante tanto como um mecanismo de alerta sobre substâncias ou lugares nocivos quanto na identificação de alimentos.
A percepção das diferentes substâncias químicas é feita por receptores presentes nas células receptoras olfativas do epitélio olfativo, localizado no alto da cavidade nasal. Os axônios destas células projetam-se para os bulbos olfatórios em porções especializadas denominadas glomérulos olfatórios. As aferências olfativas chegam a diversas estruturas encefálicas, tais como o córtex olfativo e estruturas vizinhas no lobo temporal. Ao contrário dos demais sistemas sensoriais, a informação sensorial atinge o córtex de modo direto sem passar antes pelo tálamo. Contudo, a percepção consciente do odor parece ser mediada por uma via iniciada no tubérculo olfatório que, ao passar pelo núcleo frontal do
tálamo, se projeta para o córtex orbitofrontal.
Início da percepção consciente do odor - Axônios do trato olfatório ramificam e entram em muitas regiões do prósencefalo, incluindo o córtex olfativo. O neocórtex é atingido apenas por uma via que faz sinapse no núcleo medial dorsal do tálamo.
Existem mais de 300 genes que codificam proteínas receptoras olfativas em humanos, capazes de responder a diferentes estímulos odoríferos, mas com preferências diferentes. Cada célula receptora expressa apenas uma proteína receptora, e células semelhantes projetam-se para um mesmo glomérulo olfativo, de modo que existe uma separação espacial, no bulbo olfatório, dois tipos de estímulos odoríferos. Assim como na gustação a percepção de diferentes sabores se dá pela interpretação, no córtex, da ativação diferencial específica das várias populações de células receptoras.
O olfato é o único sentido cujos estímulos não precisam passar pelo tálamo: vão direto ao córtex cerebral. A estria interna dirige-se à área subcalosa (sob o joelho do corpo caloso) do lobo frontal, de onde saem diversas fibras, levando o estímulo olfatório ao tálamo, ao sistema límbico e ao tronco encefálico (formação reticular). Por isso, os cheiros podem causar salivação (cheiro de um alimento apetitoso), náuseas e vômitos (cheiros repugnantes) e fortes reações emocionais.
Na mucosa olfatória existem diversos tipos de receptores olfativos, cada um com a capacidade específica de reagir quimicamente com determinado tipo de substância. O aroma de uma flor, por exemplo, é formado por diversas substâncias, ativando cada um dos receptores olfativos diferentes. A combinação dos receptores ativados é que determina, em última análise, quais neurônios do córtex olfatório serão ativados, o que define o aroma apreciado.
A lesão bilateral do nervo olfatório causa anosmia, percebida pelo paciente apenas se for aguda (ex.: trauma com fratura do etmoide). Quando insidiosa, o paciente não percebe a perda do olfato; em vez disso, reclama da perda progressiva do paladar.
Sistema sensorial – gustação
O processo de gustação – Este sentido desenvolveu-se como uma importante ferramenta na percepção da qualidade de um determinado alimento. Somos capazes de reconhecer 5 tipos de sabores (salgado, azedo, doce, margo e umami). 
As informações percebidas pelos receptores gustativos dos botões centrais na língua seguem pelos axônios gustativos primários, presentes nos nervos cranianos facial, glossofaríngeo e vago, daí para o núcleo do trato solitário do bulbo do tronco encefálico. Seguindo para o tálamo e depois para o córtex cerebral.
Papilas cinrcunvaladas, filiformes
5 - Caracterizar a integração sensorial entre olfação e gustação.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3377275/mod_resource/content/1/Gusta%C3%A7%C3%A3o%20e%20Olfa%C3%A7%C3%A3o_EC2017.pdf 
Paladar + Olfato + Textura = Sabor 
O cheiro acrescenta um enorme valor ao paladar e contribui para que caracterizemos o sabor; a mastigação intensifica o olfato por liberar as partículas do alimento. O epitélio olfativo tem a maior contribuição para as sensações de gosto, apesar da impressão do gosto ser na boca. O componente somatossensorial incluem textura do alimento e sensações de alimentos apimentados e mentolados.
A sensação de sabores resulta da combinação dos impulsos gustativos, olfativos e somatossensoriais. O sabor tem aspecto hedônico (relativo ao ou caracterizado pelo prazer).
6 - Identificar causas para alterações dos sentidos da olfação e da gustação.
https://portalotorrino.com.br/diminuicao-olfato-e-paladar/ 
Em grande parte dos casos as alterações do olfato são causadas por problemas mais simples da via aérea, como desvios de septo, polipose nasal, rinite
alérgica ou sinusites. Entretanto, num número menor de vezes, a diminuição do olfato e do paladar pode estar relacionada a doenças neurológicas degenerativas, tumores do sistema nervoso central ou tramatismos cranianos.
Definindo as Alterações do Olfato e Paladar - As alterações do olfato podem ser quantitativas ou qualitativas. As alterações quantitativas referem-se a “quanto” se sente do olfato. Assim, chamamos de anosmia a perda total do olfato. Curiosamente (e bem mais raramente), há as anosmias específicas, que significa a perda da capacidade de sentir um odor específico. Há ainda o quadro de hiposmia, ou perda parcial do olfato, bastante frequente no dia-a-dia em nossos consultórios. E por fim existe a rara hiperosmia (sensibilidade exagerada do olfato), que pode ser causada por inalação de vapores tóxicos ou na enxaqueca.
Já as alterações qualitativas do olfato podem ser a fantosmia, quando a pessoa tem a percepção de um cheiro que não existe.  Já a parosmia refere-se à percepção alterada do olfato. Nesta situação, o odor de uma flor por exemplo, pode ser sentido como cheiro diferente. Na maiorias das vezes, pacientes com fantosmia e parosmia tem a percepção de cheiros desagradáveis. As alterações qualitativas do olfato podem ser causadas por infecções virais, traumatismos cranianos ou estarem relacionadas à sintomas depressivos.
Já alterações do paladar podem ser classificadas como:
· Ageusia: Perda completa do paladar, bastante rara.
· Hipogeusia: Diminuição do paladar
· Hipergeusia: Hipersensibilidade gustativa
· Disgeusia: É a mais comum.  Trata-se da alteração do paladar, normalmente com sensação “metálica” ou de “amargor”.
As queixas do paladar são bem menos frequente do que do olfato e podem ser causadas por: Trauma craniano, infecções das vias aéreas, exposição à substâncias tóxicas, secundárias à cirurgias do ouvido ou procedimentos dentários, medicamentos (quadro abaixo), glossodinea (síndrome da ardência bucal).  Mais raramente, alucinações gustativas podem estar relacionadas à quadros esquizofrênicos ou de epilepsia. Uma disgeusia adocicada pode também representar o primeiro sintoma de tumores do pulmão.
7 - Discutir acerca da importância dos órgãos sensoriais para o bem-estar biopsicossocial.Olfato: Marcador de Boa Saúde
Aproximadamente 5% da população apresenta alguma alteração do olfato. Assim como para a audição e a visão, essas alterações aumentam com o envelhecimento. A presbiosmia (perda do olfato com a idade) . 
Doenças degenerativas do sistema nervoso podem estar relacionada a diminuição do olfato. No caso da doença de Parkinson e também no Alzheimer, a perda do olfato é uma queixa importante e pode anteceder os demais sintomas em 4-6 anos.
LIMA, Juvenete Pereira. A influência das alterações sensoriais na qualidade de vida do idoso. Rev Científica Eletrônica de Psicologia, n. 8, 2007.
O envelhecimento é um processo biológico natural, cujo conhecimento científico pode contribuir para atenuar as limitações próprias da idade, bem como no que diz respeito à diminuição da sensibilidade dos órgãos do sentido, ou seja, a senilidade dos cinco sentidos.
Quanto ao olfato e paladar, esses sentidos estão, extremamente, ligados à grande perda do interesse e motivação nessa idade; isto porque, com o envelhecimento, esses sentidos ficam bastante reduzidos, além de se tornarem menos eficientes, provocando inadequações no processo de ingestão de alimento prejudiciais, tais como: mais sal e açucares, prejudicando a saúde do idoso; também a não transmissão de odores, interrompendo a transmissão das informações ao cérebro, as quais são de capital importância para a autonomia do idoso. Segundo Bee (1997, p. 522) “essas perdas no olfato e paladar são capazes de reduzir vários prazeres na vida”.
Zimerman (2000, p.56) considera que “além das alterações biológicas visíveis ou não no corpo físico do idoso, há também uma séria de mudanças do comportamento que se instalam no ser humano com o decorrer do envelhecimento”. Vale ressaltar que tais mudanças estão relacionadas aos órgãos sensoriais, uma vez que, dentre os diversos órgãos do corpo humano, os relacionados aos sentidos vão permear a relação do indivíduo com o mundo, como, também, vão influenciar no padrão de conduta do idoso.
SÍNTESE
O caso desta SP, relata um senhor de 55 A, fumante há 25 anos com pausa a um ano quando descobriu um carcinoma de tireoide, realizando procedimentos invasivos para a retirada deste e seguindo com o tratamento de quimioterapia e radioterapia. Relata que ao longo dos anos começou com diminuição do olfato e do paladar, associado ao período que fumava. Apresentando-se agora desnutrido e queda da qualidade de vida.
Neste caso, cabe a nós “médicos” explicarmos aos pacientes sinais e sintomas de possíveis tratamentos como no caso deste que realizou fortes terapias. É real que com a idade possa ocorrer hiposmia e hipogeusia (para alguns gostos), assim como a quimioterapia e radioterapia alteram a secreção salivar – engrossando a saliva e causando o gosto de boca seca. Relato também que este era um paciente tabagista e o cigarro altera as células da cavidade nasal, produzindo mais muco, retendo poluentes, por que as células ciliadas estão reduzidas devidas ao excesso de CO2 do fumo, levando a obstrução de ramos mais finos do aparelho respiratório.
Estes sinais e sintomas mencionados anteriormente podem reduzir a qualidade de vida dos pacientes, o que poderá causar como foi o caso desnutrição – pois o tratamento afeta de tal forma, que se não bem acompanhados por uma equipe multidisciplinar e o grupo familiar pode levar a danos mais graves. Cabe quanto nós médicos acompanharmos, escutarmos e orientá-los, abordando-os com um plano de cuidados e orientações. 
Alguns sintomas pós-tratamento como no caso da radioterapia (região de cabeça e pescoço) e quimioterapia afetam as papilas gustativas. Melhorando em média após 3 a 4 semanas, pois as papilas se renovam. Permeia uma alteração de gostos e sabores – além de gosto metálico. Assim devemos orientá-los para os cuidados, como neste caso, cuidar com a temperatura dos alimentos, pois a sensibilidade estará diminuída, podendo ocorrer queimaduras, o uso de gomas de mascar irá aumentar a secreção salivar – assim ajudando “limpar” os dejetos na boca e melhor emulsificação para o trato digestivo, além de ter uma boa higiene oral, pois ocorrem as alterações do pH e diversos eletrólitos, tornando-os susceptíveis a infecções bucal fúngicas e bacterianas.

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