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Peritinite Infecciosa Felina (PIF)

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FACULDADE GUARAPUAVA 
CURSO: Medicina Veterinária – Doenças infecciosas I 
 
PERITONITE INFECCIOSA FENILA – PIF 
ETIOLOGIA 
A peritonite infecciosa felina é causada por um coronavírus felino da 
família da família coronaviridae, gênero alphacoronavírus. São vírus RNA com 
envoltório e projeções em sua espécie (peplomeros) semelhantes a uma coroa. 
Diferem-se em 2 tipos: I e II, relacionados com os coronavírus caninos I e 
II, respectivamente. Ambos pode, causar PIF. 
Os coronavírus são sensíveis á temperatura e á ação dos desinfetantese 
detergentes habituais. 
 PERITONITE INFECCIOSA FELINA É 
EPIDEMIOLOGIA 
Mais de 70% dos casos de PIF ocorre em gatos <1 ano. Maior número de 
casos em coletividade é em raças Persas. 
Espécies receptivas: gato doméstico e felídeos selvagens. 
Incidência: mais frequente em gatos jovens (<12 meses). 
Fonte de infecção: gatos com infecção subclínica. 
Transmissão: os coronavírus são excretados sobretudo por meio das fezes, 
mas também de secreções nasais, saliva, etc. e são transmitidas por via oral e, 
ocasionalmente, inalatória, de forma direta ou indiretas. 
Apresentação clínica depende em grande medida de: características 
etiológicas dos gatos período de eliminação do vírus por meio das fezes (poucas 
semanas para o tipo II, 2-3 meses para o tipo I), via de ingresso e cepa do vírus, 
idade, estado imunitário e energético, densidade e idade média da população, 
medidas de manejo (especialmente a reprodução) e quarentena, prevalência de 
doenças intercorrentes, título de média de anticorpos e raça. 
 
PATOGENIA 
 Após a ingestão ou inalação o coronavírus replica-se nas tonsilas e 
orofaringe. As células do alvo do vírus que origina a PIF são 
monócitos/macrófagos e células epiteliais de pequenos vasos este tropismo é 
essencial para a “transformação” do vírus me “entérico”. 
 A aquisição de tropismo para macrófagos/monócitos é crucial para o 
desenvolvimento da PIF. Durante os primeiros dias após-infecção, a replicação 
do FIPV nos macrófagos ocorre de forma muito lenta. Ao fim de 10-21 dias dá-
se um aumento dramático na replicação e na libertação de partículas virais, e 
infecção de novos macrófagos, com generalização sistemática do vírus 
associados aos monócitos. 
 Ao atingir os tecidos alvos, os monócitos infectados começam por aderir 
às células endoteliais, que contribuem para o desenvolvimento da vasculite. 
 Depois de terem aderido ao endotélio de pequenas vénulas, os monócitos 
libertam proteinases que enfraquecem as junções intercelulares endoteliais, 
permitindo a sua diapedese (e consequentemente, a entrada do vírus nos tecidos 
ao libertá-los quando morrem) e a extravaso de plasma. 
 Os monócitos diferenciam-se em macrófagos ativados libertando citosinas 
pró-inflamatórias, em particular enzimas vasoativas, fatores quimiotáticos e 
mediadores da inflamação. 
 Com a viremia começa a produção de anticorpos numa tentativa do organismo 
em debelar a infecção, embora sem eficácia, a infeclçao é, as vezes, ajudada 
pelo conceito da intensificação dependente de anticorpos, na qual a presença de 
imunoglobulinas contra o FECV aumenta a entrada do vírus em macrófagos, pela 
ligação do complexo antígeno-anticorpo ao receptor FC da molécula de 
anticorpo. 
 A infecção se entende rapidamente por diferentes órgãos. 
 
SINAIS CLINICOS E LESÕES 
Forma efusiva ou úmida 
 Presença de líquido âmbar, com alta concentração proteica em cavidades 
corporais e lesões necróticas e piogranulomatosa. Observa-se fibrina em 
peritônio, pleura e superfície de diversos órgãos. 
 Pode começar com um quadro clínico insidioso, com perda progressiva 
de peso, depressão, anorexia, febre, derrame pleura e discreto edema em áreas 
mais baixas. 
 Alguns desenvolvem icterícia e pericardite. 
 A morte pode acontecer 3-6 meses após o início do quadro clinico ou bem 
antes por eutanásia. 
 Na forma efusiva 90% dos gatos sofrem peritonite e 25-40% pleurite. 
 
Forma seca ou não efusiva 
 Leões piogranulomatosa indênticas às formas da efusiva, mas com menor 
exsudação. 
 O curso é lento (meses a anos) pela localização piogranulomas em um ou 
vários órgãos, principalmente rins, fígado, pâncreas, linfonodos mesentéricos, 
SNC e olhos. 
 Os gatos desenvolvem insuficiência hapática ou renal, doenças 
pancreáticas e alterações de SNC. 
 Os sinais neurológicos, que aparecem em 10-30% dos casos incluem 
paresia de posterior, paralisia, tremores, ataxia e rigidez muscular. 
 Muitos gatos desenvolvem alterações oculares, como ceralite, uveite, 
alterações de retina e panoftalmia. 
 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico diferencial 
 Baseia-se nos antecedentes de dados clínicos epidemiológicos. 
 A forma efusiva o diagnostico in vivo caseia-se principalmente na analise 
do liquido ascético. 
 O proteinograma do liquido ascético nos orienta mas deve-se confirmar a 
presença do coronavírus ou anticorpo específico. 
 Os diagnósticos anatopatológicos e histopatológicos Post Mortem sãp 
diagnósticos. 
 
Diagnóstico laboratorial 
 O mais utilizado é o histopatológico, que coleta amostras do fígado, baço, 
rim, linfonodos, exsudato peritoneal e pleurais, e piogranulomas. 
 Também é feito pelas técnicas de detecção de ácidos nucleicos viral PRC, 
detecção de Ag viral (IFD e IP) e sorologia (ELISA e IFP). 
 
TRATAMENTO 
 O prognóstico é muito desfavorável. 
 Só retarda o desenvolvimento da doença e inclui. 
 Corticoide e fármacos imunossupressores (sobretudo na forma efusiva) 
para evitar as respostas inflamatórias e imunomediada. 
 Antibióticos de amplo espectro para evitar infecções bacterianas 
secundarias. 
 Fluidoterapia para evitar a desidratação. 
 Deve-se considerar a eutanásia daqueles gatos que não melhoram ao 
cabo de alguns dias após início do tratamento. 
 
CONTROLE E PROFILAXIA DA ENFERMIDADE 
 Há vacinas termosensível no comercio, que se administra por via 
intranasal, cuja eficácia e segurança está em discussão. 
 A vacina só é comercializada em alguns países. 
 Esta vacina não é recomendada para todos os animais. 
 Vacinação: 1ª dose de 6 a 8 semanas, dois reforços a cada 21-28 dias, 
revacinação anual. 
 Por ser altamente contagiosa, é recomendado ser feito o isolamento dos 
animais.

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