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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Resenha Crítica de Caso Rodrigo Ferreira Queirós Trabalho da disciplina COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES Tutor: Prof. Claudia Marcia Pereira Loureiro Betim 2020 http://portal.estacio.br/ 2 THOMAS GREEN: PODER, POLÍTICA INTERNA E UMA CARREIRA EM CRISE Referências: W. Earl Sasser (Professor da Baker Foundation e presidente do Programa de Desenvolvimento de Liderança da Harvard Business School) / Heather Beckham. O estudo de caso está disponível em hbr.org Analisar o caso de Thomas Green e a crise em sua carreira pós-promoção nos traz ótimas reflexões sobre a importância da Comunicação, principalmente nas organizações. Os desdobramentos deste estudo de caso, nos trazem abordagens muito relevantes tratando problemas como, por exemplo, os ruídos nas comunicações internas, a importância dos feedbacks, a diferença entre comunicação formal e informal etc. Thomas Green, enquanto Gerente de Contas, demonstrou ser um excelente profissional e consequentemente foi reconhecido pela sua performance e produtividade diferenciada em tão pouco tempo de empresa (04 meses). Sua ambição saudável, o aproximou de pessoas importantes dentro da organização e seu bom relacionamento com Shannon McDonald, com quem estudara na University of Georgia, facilitaram sua promoção para uma posição mais importante e estratégica dentro da Dinamyc Displays. McDonald, enquanto Vice-Presidente da Divisão, ficou convencido após um jantar de negócios com Green, de que a vaga de Especialista Sênior de Mercado era ideal para alguém como ele, já que Green o apresentou detalhadamente ótimas oportunidades de negócios. Porém, junto com a promoção e um aumento significativo de 50% sobre o seu salário anterior, vieram as responsabilidades e novas demandas de trabalho que exigiam dele muito mais do que estava habituado no seu cargo anterior. A partir de então, seria necessário agregar a sua experiencia tática um papel mais estratégico. Seu novo superior direto e Diretor de Marketing, Frank Davis, esperava ter escolhido alguém para a vaga ocupada por Green, ainda assim, inicialmente, não demonstrou resistência ou objeção a esta promoção dada ao seu novo Especialista Sênior de Mercado e juntos fizeram as suas primeiras visitas aos clientes da empresa. Neste primeiro momento, já foi possível identificar as primeiras dicas de Davis ao Green, sugerindo 3 que ele deveria se preparar melhor para as próximas visitas que faria sozinho, ou seja, ficou claro que seria necessário muito mais do que uma comunicação verbal para convencer seus clientes. Seria preciso organizar e consolidar dados para enriquecer os detalhes das suas reuniões e embasar suas propostas de negócios com seus clientes. Um mês após sua promoção, Green participou de um evento no qual Davis apresentou suas projeções de vendas para o ano subsequente. Entretanto, o que para Davis era visto como grandes oportunidades de mercados, foi interpretado por Green como algo intangível. A partir de então, instaurou-se o conflito entre ambos que, a meu ver, tornou a comunicação entre eles uma preocupação além das estratégias de negócios da empresa. Davis, logo reportou ao McDonald seu receio com a promoção de Thomas, uma vez que ele ainda demonstrava ter suas convicções debruçadas em ações táticas e isso não era o ideal para um cargo que exigia atitudes mais estratégicas. Uma semana após este evento, Green se encontrou com Davis para uma reunião sobre seu desempenho até o momento e ficou surpreso com a lista de problemas trazidos e formalizados por Davis. Claramente, a comunicação não estava acontecendo entre eles e diante dos pontos levantados nesta reunião, a expectativa era que a partir dali Green tivesse compreendido a necessidade de adequação às diretrizes de comunicação corporativa e que sua postura profissional tivesse um novo direcionamento. Porém, Green não demonstrou ser receptivo às críticas e mesmo após as orientações de Davis, não adotou nenhuma medida corretiva que pudesse contribuir no seu desempenho. Neste estudo de caso, há o lado que retrata bem a inexperiência do Green para o cargo, o julgamento autossuficiente que o fez minimizar as necessidades de mudança em seu primeiro feedback, não apresentava dados estatísticos que embasassem sua argumentação, faltava compromisso com os prazos, sobrava estilo próprio de trabalho e faltavam as formalidades necessárias para uma boa comunicação interna. Por outro lado, não fica claro a presença da área de Recursos Humanos, atuando no acompanhamento da curva de aprendizado do Green em suas novas demandas e garantindo que as comunicações internas estejam claras para todos os seus colaboradores. Não que esta seja uma responsabilidade exclusiva do RH, mas ficou pendente um material ou ferramenta formal garantindo que a comunicação estivesse sendo assertiva para o receptor. A situação vivida por Green em sua promoção, nos remete a importância da comunicação não só por parte do colaborador, mas também por parte da organização. Assim 4 como nas relações sociais e do comportamento humano, a comunicação entre a organização e seus colaboradores deve ser clara, para que ambos tenham bem definidos os objetivos principais a serem alcançados.
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