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Pratica de Direito Civil - OAB segunda fase(

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PRÁTICA DE 
DIREITO 
CIVIL 
2 
 
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Uma boa estratégia é focar naquilo que mais caiu ao longo do tempo (Ações 
Indenizatórias; Apelação; Agravo de Instrumento; Cautelares e Ações Possessórias). 
 
Atenção para a quantidade de vezes que as referidas peças caíram nos Exames da 
Ordem: 
 
Peça Quantas vezes já caiu 
 
Apelação……......................................................................................................…… 14 
Possessórias……......................................................................................................... 13 
AI….....................................................................................................……………… 12 
Indenizatória…........................................................................................................…. 12 
Cautelares......................................................................................................................12 
Monitória……........................................................................................................…… 5 
Execução………............................................................................................................. 3 
Contestação…...........................................................................................................….. 3 
Revisional de Aluguel......................................................................................................3 
Embargos de Terceiro .................................................................................................... 2 
Consignação em Pagamento............................................................................................2 
Ação de Alimentos .........................................................................................................2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
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SUMÁRIO 
 
1. Apelação……......................................................................................................…… 4 
2. Ação de Reintegração de Posse................................................................................... 9 
3. Agravo de Instrumento........................................................................……………… 15 
4. Indenizatória…..........................................................................................................…. 21 
5. Cautelares.........................................................................................................................27 
6. Monitória…….........................................................................................................….... 30 
7. Execução………..........................................................................................................…34 
8. Contestação…............................................................................................................….. 38 
9. Revisional de Aluguel.......................................................................................................45 
10. Embargos de Terceiro .....................................................................................................49 
11. Consignação em Pagamento.............................................................................................53 
12. Ação de Alimentos ..........................................................................................................59 
13. Inicial de Obrigação de não Fazer....................................................................................60 
14. Ação de Indenização por danos materiais........................................................................85 
 
 
 
4 
 
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1. Apelação 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CÍVEL 
DA COMARCA XXX/XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso de Apelação Cível 
Processo Nº : 00000 
 
FULANA DA SILVA, já qualificada nos autos em epígrafe da AÇÃO DE 
INDENIZAÇÃO, promovida por (...), por seu procurador ao final assinado, inconformada 
com a r. sentença de fls. (...), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por esta 
e melhor forma de direito, interpor o presente 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
conforme as razões em anexo, requerendo digne-se Vossa Excelência, verificados a 
oportunidade e cabimento, determinar sua juntada ao Caderno Processual, remetendo-a à 
apreciação da Superior Instância. Termos em que, com fundamento no artigo 513 e 
seguintes do Código de Processo Civil, pede deferimento. 
 
(local e data) 
 
Advogado (nome) 
OAB n.° 
 
5 
 
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RECORRENTE: (...) 
 
RECORRIDO: (...) 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE ALÇADA 
 
 
I - DOS FATOS 
 
Trata-se de Ação de Indenização proposta por (...), em face de (...), na qual a 
primeira alega ter sofrido prejuízos após ter adquirido uma casa Pré-Fabricada da apelante 
devido a problemas com o aparecimento da espécie "Alchorne triplenervia", popularmente 
conhecida por "cupim". 
 
O MM. Juiz monocrático, ao proferir a sentença, julgou procedente a presente 
demanda, condenando a requerida ao pagamento dos danos pleiteados mais honorários 
advocatícios arbitrados em 20% (vinte por cento) do importe da conta. 
 
Todavia, a r. sentença recorrida deixou de apreciar corretamente alguns pontos essenciais 
para o deslinde da demanda, como passaremos a demonstrar. 
 
 
II - DAS PRELIMINARES 
 
a) AUSÊNCIA DE CAUSA DE PEDIR 
 
Primeiramente, como se deflui do Memorial de fls. .... "usque" ...., a autora ajuizou 
processo sumário de indenização sem, contudo, valorar os alegados prejuízos sofridos com 
base na sentença homologatória transitada em julgado proferida nos autos de AÇÃO DE 
VISTORIA "AD PERPETUAM REI MEMORIAM". 
 
Urge ressaltar que, na peça inaugural, a autora aduziu ser credora de uma legado 
prejuízo apurado em laudo pericial, de responsabilidade da requerida e homologado pela r. 
sentença que transitou em julgado nos autos de VISTORIA AD PERPETUAM "REI 
6 
 
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MEMORIAM", em apenso, mas constatamos, com uma simples análise perfunctória, que a 
mesma não menciona os fatos onde estriba sua causa de pedir. 
 
Desta forma, verificamos a falta de enunciação do fato jurídico sobre o qual assenta 
a pretensão da autora, eis que a mesma apenas diz ser credora da requerida sem sequer 
mencionar qual a importância que alega ser devida nos autos de vistoria ad perpetuam rei 
memoriam com arbitramento. 
 
Ademais, não se pode argumentar, como fez a autora, que a sentença homologatória 
de extinção do processo cautelar de vistoria reconheça ou constitua direitos e obrigações, 
pois tem por escopo, unicamente, demonstrar uma verdade de um fato, e, uma vez feita tal 
demonstração, a eficácia produzida é necessariamente perpétua. 
 
 
b) DA INÉPCIA DA INICIAL 
 
A autora cinge-se a alegar a existência de uma ação de vistoria e, em razão dela, 
postula a condenação da requerida nos prejuízos causados, faltando-lhe logicidade entre os 
fatos narrados e o pedido, na medida que os fatos deduzidos na exordial não autorizam a 
conseqüência jurídica pleiteada. 
 
 
Diante do exposto, o processo mereceria sentença extinguindo o feito, nos termos do art. 
267, inciso I e 295, parágrafo único, inciso III do CPC. 
 
 
 
III - NO MÉRITO 
 
De acordo com os Memorais de fls. ...., a sentença que homologou o procedimento 
cautelar não tem naturezacondenatória ou constitutiva, apenas demonstra fatos, que é a sua 
finalidade. 
 
7 
 
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Por medida de brevidade e economia processual, a apelante deseja reporta-se na 
íntegra ao ensinamento doutrinário e jurisprudencial constante nas fls. .... "usque" .... das 
suas Alegações Finais. 
 
 
 
IV - DA SENTENÇA RECORRIDA 
 
A r. sentença, prolatada pelo MM. Juiz Singular, não reflete a realidade dos fatos, 
eis que deixou de relatar alguns pontos fundamentais para o correto desfecho do feito. 
 
Em seu laudo pericial, o Sr. Expert afirma que a madeira utilizada na construção da 
casa era de má qualidade e, conforme a amostra utilizada pelo Sr. PERITO, fls. .... dos autos, 
verifica-se que a mesma está deteriorada pelo LYCTUS, popularmente conhecido por 
cupim. 
 
Cumpre esclarecer que, a presente medida judicial somente foi ajuizada .... anos 
após a entrega da casa construída pela ora apelante e, portanto, é patente que a autora 
deveria ter demandado sobre a qualidade da obra imediatamente após o seu recebimento. 
 
Ademais, a má conservação da construção ocasionou a deteriorização do material 
empregado. Verificamos, com uma análise das fotos jungidas aos autos pelo Sr. Expert, que 
o atual estado da construção é consequência de sua má conservação, como a título de 
exemplo, a fotografia de fls. .... dos autos. 
 
Desta forma, inexiste fundamento para que a apelada possa pleitear indenização 
pela construção da casa de madeira, objeto do feito, uma vez que a mesma foi construída a 
mais de .... anos, agravando-se, desta forma, o seu estado de conservação, devido a chuvas, 
intempéries e desgastes decorrentes do seu uso. 
 
Portanto, não pode ser considerado o Laudo apresentado pelo Sr. Expert, uma vez 
que a casa foi construída há um grande lapso temporal, e assim o laudo pericial realizado 
não condiz com o estado da obra quando da realização da sua entrega pela apelante, há .... 
anos. 
 
8 
 
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Ex positis, por medida de economia processual, desejando reportar-se na íntegra ao 
contido nas Razões Finais e demais petitórios apresentados, requer dignem-se Vossa 
Excelência darem provimento a presente apelação, para reformar a r. decisão do MM. Juiz 
monocrático, julgando totalmente improcedente a presente medida judicial por ser questão 
de lídima e impoluta Justiça!!! 
 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
[Número de Inscrição na OAB] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Ação de Reintegração de Posse 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CÍVEL 
DA COMARCA XXX/XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANA DE TAL, brasileira, casada, funicionária pública municipal, portadora 
do RG nº ______, inscrita no CPF sob o nº ___________, residente e domiciliada na 
Rua..............., vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através do seu advogado e 
bastante procurador infra-assinado (procuração anexa), propor a presente 
 
 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
com esteio nos artigo 1.210 e seguintes do Código Civil combinados com artigo 926 e 
seguintes do Código de Processo Civil, em face dos FULANOS, brasileiros, residentes e 
domiciliados na Rua ________, pelos razões de fato e de direito adiante expostas: 
 
 
I - DOS FATOS 
 
Em junho de 1998, época do início da ocupação da Vila Irmã Dulce, a requerente 
adquiriu um terreno situado na Rua Polem, nº 2537, na referida localidade, no qual construiu 
uma casa de taipa, passando a utilizá-la como moradia. 
 
Em novembro de 2000, a autora veio a contrair matrimônio com José Luiz da Silva, 
sob o Regime de Separação de Bens, conforme atesta a certidão de casamento em anexo. 
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Como forma de presentear a esposa, José Luiz da Silva decidiu reconstruir a casa que esta 
possuía no terreno supramencionado. Assim, no decorrer do casamento, os cônjuges 
empenharam-se na reforma da casa, passando a reconstruí-la com telhas e tijolos. Ressalta-
se que, durante esse período, o imóvel fora ocupado sem nenhum questionamento. 
 
É de bom alvitre ressaltar que o esposo da requerente já possuía três filhos, a saber, 
Maria do Amparo da Silva, Jose Augusto da Silva e Alexandre da Silva, requeridos na 
presente ação. 
 
Ocorre que o marido da autora foi acometido por uma grave doença pulmonar, 
necessitando, portanto, ir ao médico regularmente, bem como se submeter a uma bateria 
extensa de exames. Como o hospital onde este fazia o seu tratamento de saúde era muito 
distante do imóvel em comento, o casal decidiu transferir-se, temporariamente, para a casa 
dos filhos da promovente, frutos de outro relacionamento. 
 
Sucede que, apesar de todos os esforços realizados para o tratamento da sua saúde, 
o esposo da autora veio a falecer em 20 de maio de 2008, devido a problemas pulmonares, 
conforme atesta a certidão de óbito em anexo. Aproveitando-se da situação, os filhos deste, 
ora requeridos, invadiram o imóvel em questão, passando a nele residir, alegando serem 
herdeiros do de cujus e impedindo a entrada da requerente, legítima possuidora, a qual 
sequer foi dado o direito de, pelo menos, recolher os seus pertences. 
 
Cumpre observar que o imóvel em litígio nunca foi registrado, mas consta, em 
anexo, uma declaração emitida pela ASMID - Associação de Moradores da Vila Irma Dulce 
que afirma ser a requerente a proprietária do terreno desde junho de 1998. 
 
Urge informar a urgência na tomada de providencias, uma vez que a Requerida 
pretende vender o imóvel. Ressalta-se, ainda, que a mesma possui um outro imóvel não 
havendo motivos plausíveis que justifique o interesse dela na casa em questão. 
 
Inconformada com toda esta situação, não restou outra alternativa a autora senão a 
busca da tutela jurisdicional para reaver a posse de seu imóvel, tendo em vista que as 
tentativas de resolver o conflito amigavelmente restaram-se infrutíferas. 
 
 
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II - DO DIREITO 
 
O legislador Pátrio, ao disciplinar a organização social brasileira, entendeu por bem 
assegurar a todo aquele que tiver sido privado de sua posse, injustamente, por violência, 
clandestinidade ou precariedade, o direito de nela ser restituído, nos termos do Código Civil 
vigente, vejamos: 
 
“Art.1196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno 
ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”. 
 
“Art.1210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receito de 
ser molestado”. 
 
 
O Código de Processo Civil, por sua vez, confirma a vontade do legislador 
conferindo ao possuidor esbulhado o direito de ser reintegrado na posse perdida 
injustamente, in verbis: 
 
“Art.926. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e 
reintegrado no de esbulho”. 
 
 
Para que alguém seja considerado possuidor de determinado bem, não é necessário 
que exerça a posse direta sobre ele, sendo completamente aceitável que pratique somente 
alguns dos poderes inerentes ao domínio. Portanto, no caso em tela, a autora é, 
juridicamente, possuidora do aludido imóvel, posto que, apesar de passar algum tempo sem 
o ocupar, podia dele dispor, tendo, por conseguinte, legitimidade para propor ação 
possessória sempre que temer ou sofrer moléstia em sua posse. 
 
Dá-se o esbulho quando o possuidor é, injustamente, privado de sua posse por 
violência, clandestinidadeou precariedade. No primeiro caso, o esbulhador adquire a posse 
pela força física ou violência moral. Tem-se a clandestinidade quando o esbulhador se 
estabelece na posse às ocultas daquele que tem interesse em conhecê-la. Por fim, a posse 
precária é aquela originada do abuso de confiança por parte de quem recebe a coisa com o 
dever de restituí-la. No presente caso, a posse injusta dos requeridos se reveste do vício da 
clandestinidade, uma vez que estes se aproveitaram de uma situação de dor e angustia da 
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requerente, em virtude da morte do seu marido, para invadir ocultamente o seu imóvel, que 
se encontrava desocupado. 
 
O fato da autora ter se ausentado, temporariamente, do imóvel em litígio, indo 
morar com seus filhos, visando facilitar o tratamento de saúde do seu marido, não acarretou 
a perda de sua posse, pois não houve nenhuma intenção de abandonar a posse do imóvel. O 
abandono de um determinado bem, e a conseqüente perda de sua posse, somente ocorre, 
segundo a Ilustre Doutrinadora Maria Helena Diniz, “quando o possuidor, intencionalmente, 
se afasta do bem com o objetivo de se privar de sua disponibilidade física e de não mais 
exercer sobre ele quaisquer atos possessórios”, o que, conforme o exposto acima, não 
ocorreu no caso em tela. Neste sentido, o aresto abaixo: 
 
AÇÃO POSSESSÓRIA. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ABANDONO DO 
IMÓVEL. LIMINAR. PRESENÇA DOS REQUISITOS. A simples ausência dos 
possuidores do imóvel, mesmo que prolongada, não caracteriza o seu abandono. 
Presentes os requisitos do artigo 927 do CPC, quais sejam, a sua posse, o esbulho 
praticado pelo Agravante, bem como a data da perda da posse, concomitantemente 
com os requisitos da fumaça do bom direito e do perigo da demora, é de se 
confirmar a liminar de reintegração. Agravo não provido. (AGRAVO N° 
1.0687.07.056796-5/001, 10ª Câmara Cível, Tribunal de Justiça de Minas Gerais, 
Relator: Des. Cabral da Silva, Data do Julgamento 19/02/2008) 
 
 
A autora vem a Juízo, por meio da presente ação de reintegração de posse, pleitear 
o direito de ser restituída na posse do imóvel em questão, em virtude de tê-la perdido 
injustamente pela prática de atos clandestinos por parte dos requeridos, haja vista que, como 
bem enfatiza a supracitada doutrinadora Maria Helena Diniz: “ação de reintegração de posse 
é a movida pelo esbulhado, a fim de recuperar a posse perdida em razão de violência, 
clandestinidade ou precariedade”. 
 
Ressalta-se que as alegações dos requeridos de que ocupam o imóvel por serem 
herdeiros do marido falecido da autora são insubsistentes, uma vez que o imóvel configura-
se num bem de propriedade exclusiva da autora, tendo em vista que o terreno foi adquirido 
antes desta contrair matrimonio e a reconstrução da casa foi um presente de casamento 
dado por seu falecido marido. Registre-se, por oportuno, que a requerente e seu ex-marido 
eram casados em regime de separação obrigatória de bens, visto que este, na data do 
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enlace matrimonial possuía mais de 65 anos, não sendo legitimo nenhum argumento baseado 
em suposta meação. 
 
Pelo exposto acima, afigura-se clarividente que a requerente está sofrendo esbulho 
na posse do aludido imóvel configurado na conduta ilícita por parte dos requeridos. 
 
 
III– DA MEDIDA LIMINAR 
 
Como foi exposto, a requerente apresenta todos os requisitos legais para propositura 
da ação, ficando evidente a posse injusta e de má-fé dos réus. 
 
Preceitua o artigo 928 do Código de Processo Civil: “Art.928. Estando a petição 
inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado 
liminar de manutenção ou de reintegração; no caso contrário, determinará que o autor 
justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for 
designada”. 
 
Ademais, trata-se o caso em questão de ação de força nova, pois o esbulho foi 
praticado depois da morte do marido da requerente, ocorrida em maio de 2008, datando, 
portanto, de menos de ano e dia. Desta forma, é cabível e necessária a concessão da liminar. 
 
Neste sentido, destaca-se o pensamento da doutrinado Maria Helena Diniz “se o 
esbulho datar menos de ano e dia essa ação recebe também a designação de ação de força 
nova espoliativa, iniciando-se pela expedição do mandado liminar, a fim de reintegrar o 
possuidor imediatamente. Se é de mais de um ano e dia temos a ação de força velha 
espoliativa, na qual o magistrado fará citar o réu para que ofereça sua defesa, confrontando 
as suas provas com as do autor, decidindo quem terá a posse”. 
 
 
IV - DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência: 
 
 
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a) A concessão da medida liminar inaudita altera pars, com a conseqüente expedição do 
mandado, a fim de que a requerente seja imediatamente reintegrada na posse do bem. 
 
b) A procedência do pedido, para o fim de reintegração definitiva da autora na posse do 
imóvel, vez que esta é a legitima possuidora, condenando os requeridos no pagamento de 
custas processuais e honorários advocatícios no valor de 20% (vinte por cento). 
 
c) A intimação pessoal do Membro do Ministério Público. 
 
d) A citação do requeridos, para o comparecimento a todas as audiências que se fizerem 
necessárias, apresentando, se quiserem, resposta no momento devido sob pena de decretação 
dos efeitos da revelia. 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente pelos documentos colacionados, depoimento pessoal das partes, oitivas de 
testemunhas, sem prejuízo de quaisquer outros que se fizerem necessários no curso da 
instrução processual. 
 
A Requerente pede isenção do pagamento de eventuais custas judiciais. 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
[Número de Inscrição na OAB] 
 
 
 
 
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3. Agravo de Instrumento 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO (...) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., 
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante 
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
da decisão do Exmo. Sr. Dr. ...., DD. Juiz de Direito em exercício na ....ª Vara Cível da 
Comarca de ...., que indeferiu prova pericial, nos autos ..... em que litiga com (...), brasileiro 
(a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., 
residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., o que faz 
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
 
 
 
 
 
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COLENDA CORTE 
EMÉRITOS JULGADORES 
 
 
I- DOS FATOS 
 
A Agravante, em meados do mês .......... de ....., ingressou com indenização por ato Ilícito 
contra a empresa ..............................., em virtude do acidente ocorrido com ônibus de sua 
propriedade com graves ferimentos e seqüelas na pessoa da Agravante. 
 
Recebida a inicial, o MM. Juiz "a quo" designou audiênciainicial conciliatória para 
..../..../...., às .......... horas. 
 
Realizada audiência conciliatória, a mesma restou inexitosa, ocasião em que a Ré ..........., 
apresentou defesa escrita e requereu a denunciação da lide à ............, ocasião em que foi 
designada nova data para ..../..../....., às ........ hs., apresentação da defesa da denunciada e 
deferir as provas a ser produzidas. 
 
Citada a empresa denunciada, a mesma apresentou defesa escrita com prazo para defesa de 
...... dias, eis que o "AR" foi juntado em ..../..../.... e a defesa protocolada em ..../..../...... 
 
Em despacho exarado, foi a Agravante intimada para manifestar sobre as contestações 
apresentadas. 
 
Impugnadas as contestações, o Juízo singular despachou intimando as partes para especificar 
as provas que pretendem produzir, que por sua vez não foi publicada face a realização da 
audiência ante designada. 
 
Na segunda audiência designada, o Meritíssimo Juiz "a quo" proferiu a seguinte decisão que 
ora agravamos: 
 
"Embora tenha neste ato manifestado interesse na produção da prova pericial, tenho de 
indeferi-la porque não cumprido o que determina o art. 276 do CPC. Defiro assim somente a 
produção de provas orais bem como a expedição de ofício requerida pela ré no item e de fls. 
..... Para audiência de instrução e julgamento designo o dia ..... de ............ de ......, às ...... 
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horas. Da data designada saem intimados os presentes, feita as partes a advertência de que 
devem comparecer para depor sob pena de confissão. Intime-se as testemunhas já arroladas. 
Manifestando neste ato a autora que não têm interesse no depoimentos pessoais da ré e da 
litisdenunciada, fica dispensada a presença de seus representantes na audiência designada". 
 
Nada mais havendo para ser consignado, determinou o MM. Juiz que encerrasse o presente 
termo que vai devidamente assinado. Eu ........................... funcionária juramentada, digitei e 
subscrevi. 
 
Observe, Ínclito julgador que o cerne da presente questão é saber se o feito foi recebido no 
rito sumário ou ordinário, tendo em vista que a defesa foi apresentado no prazo de .... dias, 
ou seja, no rito ordinário. 
 
Por outro lado, o processo foi desmembrado em três audiências, sendo duas já realizadas e a 
terceira designada para doze meses depois, o que contraria o dispositivo sumário. 
 
É de observar ainda, que na primeira audiência houve denunciação da lide à uma terceira Ré, 
que por si só caracteriza o rito ordinário, conforme entendimento da mesma ao apresentar 
sua defesa escrita no prazo ordinário, ...... (...........) dias. 
 
Ademais, o próprio Juiz "a quo" ao abrir prazo para as partes especificar as provas que 
pretendem produzir após a realização da primeira audiência com a segunda já designada já 
evidencia o principio de admissibilidade do rito ordinário. 
 
 
II- DO DIREITO 
 
Destarte, com a denunciação da lide desarticulou por completo o rito sumário. 
 
Por outro lado é sabido e notório, inclusive em Simpósio sobre a aplicação prática do novo 
Código de Processo Civil, noticia a grande perplexidade reinante no que toca à prática do 
procedimento sumaríssimo, tanto que a muitos parecia que a prova pericial era com ele 
incompatível diante da exiguidade do prazo e da celeridade do rito. 
 
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PROVA - Perícia - admissibilidade em procedimento sumaríssimo - agravo provido - Voto 
vencido. 
 
"No procedimento sumaríssimo ao se veda qualquer tipo de prova, aplicando-se-lhe 
subsidiariamente as regras do procedimento ordinário. (RT - 511/173)" 
 
134003312 - JCPC. 277 JCPC. 277.4 ACIDENTE - RESPONSABILIDADE CIVIL - DENUNCIAÇÃO DA 
LIDE - PROCEDIMENTO SUMÁRIO - IMPEDIMENTO - PROVA TESTEMUNHAL - SALÁRIO - 
VALIDADE - PROVA PERICIAL - INVIABILIDADE EVIDENTE - INDEFERIMENTO MANTIDO - O § 
4º do art. 277 do CPC permite a conversão do rito sumário em ordinário em virtude da natureza da demanda, 
não para permitir a denunciação da lide impedida pelo inciso I do art. 280. Não se deve deferir a realização de 
prova pericial no local do acidente dois anos após o sinistro, se nenhum argumento demonstra que pode ela ser 
útil. Responde o proprietário do caminhão utilizado para transporte de empregados na carroceria sem a mínima 
condição de segurança, mesmo no caso de permitir o seu uso em final de semana, graciosamente, para mero 
passeio dos serviçais. A prova testemunhal têm o mesmo valor de qualquer outro tipo de prova para comprovar 
o salário da vítima, mormente quando é perfeitamente possível à parte contrária, responsável pelo dano, fazer a 
prova do real valor, elidindo a prova produzida, por possuir presumivelmente tal prova em suas amos. (TAMG 
- AP 0332260-9 - Patrocínio - 1ª C.Cív. - Relª Juíza Vanessa Verdolim Andrade - J. 25.09.2001) 
 
9099128 JCPC. 280 JCPC. 277 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO SUMÁRIA DE INDENIZAÇÃO 
POR ACIDENTE DE TRANSITO - Reconhecimento, pelo Réu, da sua culpabilidade no sinistro, declarando 
não ter condições financeiras de responder pelos danos causados, motivo pelo qual mantinha contrato de 
seguro de responsabilidade civil. Indeferimento pelo juiz a quo, sob o fundamento de ser incabível a 
denunciação no procedimento sumário, conforme dispõe o artigo 280, I, do Código de Processo Civil. 
Requerimento de conversão do rito sumário para o ordinário. Preliminar de ilegitimidade do agravante para 
recorrer. Rejeição. interesse processual do autor da lide na instauração da lide secundária. Autorização legal 
para que o juiz, se for o caso, determine a conversão do procedimento sumário em ordinário (CPC, ART. 277, 
§ 4º). Possibilidade de denunciação da lide à seguradora do agravado, tal como por ele Requerido com a 
anuência do agravante, eis que dela não decorrerá qualquer prejuízo para as partes ou para a denunciada. 
Recurso provido (maioria). "A concepção moderna do processo, como instrumento da realização da justiça, 
repudia o excesso de formalismo, que culmina por inviabilizá-la (STJ. 4ª. Turma, Resp 15.713 - MG, rel. Min. 
Sálvio de Figueiredo, j. 4.12.91, deram provimento, v.u., DJU 24.2.92, p. 1.876)", THEOTONIO NEGRÃO, 
"Código de Processo Civil e Legislação Processual em Vigor", Saraiva, 31ª ed., §. 301. (TAPR - AI 0161657-3 
- 1ª C.Cív. - Rel. Juiz Mario Rau - DJPR 02.02.2001). 
 
9099605 JCPC.70 JCPC. 70.I JCPC.70.II JCCB.1116 JCPC.180 JCPC. 180.I JCPC.280 JCCB.1107 - 
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - 
VIABILIDADE - INTELIGÊNCIA DOS INCISOS I E II, DO ART. 70, DO CPC - DIREITO DE EVICÇÃO 
(ART. 1116, DO CÓD. CIVIL) - PROCEDIMENTO ESPECIAL - INAPLICABILIDADE DA VEDAÇÃO 
CONTIDA NO ART. 180, I, DO CPC - PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL NÃO ATINGIDO - 
AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO - A denunciação da lide é modalidade de intervenção de terceiros 
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que têm o escopo de permitir o julgamento simultâneo da ação movida pelos lesados contra o principal 
responsável e, a este, o exercício imediato do direito de regresso contra o responsável direto. Não obstante o 
valor atribuído à causa, determinada a citação do Requerido nos autos de Ação de Reintegração de Posse, estes 
seguem o rito ordinário ao qual não se estende à vedação contida no art. 280, I, do CPC, quanto a denunciação 
da lide. O agravado têm a seu favor a garantia contra evicção contratos onerosos, ensejando a denunciação da 
lide do transmitente da posse. (TAPR - AICív. 0174021-8 - (12807) - 6ª C.Cív. - Relª Juíza Anny Mary Kuss - 
DJPR 01.02.2002) 
 
9099605 JCPC.70 JCPC.70.I JCPC.70.II JCCB.1116 JCPC.180 JCPC.180.I JCPC.280 JCCB.1107 - AGRAVO 
DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - 
VIABILIDADE- INTELIGÊNCIA DOS INCISOS I E II, DO ART. 70, DO CPC - DIREITO DE EVICÇÃO 
(ART. 1116, DO CÓD. CIVIL) - PROCEDIMENTO ESPECIAL - INAPLICABILIDADE DA VEDAÇÃO 
CONTIDA NO ART. 180, I, DO CPC - PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL NÃO ATINGIDO - 
AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO - A denunciação da lide é modalidade de intervenção de terceiros 
que têm o escopo de permitir o julgamento responsável e, a este, o exercício imediato do direito de regresso 
contra o responsável direto. Não obstante o valor atribuído à causa, determinada a citação do Requerido nos 
autos de Ação de Reintegração de Posse, estes seguem o rito ordinário ao qual não se estende à vedação 
contida no art. 280, I, do CPC, quanto a denunciação da lide. O agravado têm a seu favor a garantia contra 
evicção (art. 1107, do Código Civil) que abrange também a posse derivada de contratos onerosos, ensejando a 
denunciação da lide de transmitente da posse. (TAPR - AICív. 0174021-8 - (12807) - 6ª C.Cív. - Relª Juíza 
Anny Mary Kuss - DJPR 01.02.2002). 
 
17016523 - JCPC.280 JCPC.280.I RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE VEÍCULO - 
CAMINHÃO - ACIDENTE CAUSADO POR PREPOSTO - DENUNCIAÇÃO DA LIDE A SEU PREPOSTO 
- PROCEDIMENTO SUMÁRIO - INTERVENÇAO DE TERCEIRO - DESCABIMENTO - ART. 280, INC. I 
DO CPC - Ação de Responsabilidade Civil por acidente de veículos. Ação dirigida contra o proprietário do 
caminhão causador do acidente, que quer denunciar à lide o seu preposto, motorista do veículo. Procedimento 
sumário. Vedação legal prevista no art. 280, inc. I do CPC. (MCT) (TJRJ - AI 14377/199 - (13032000) - 5ª 
C.Cív. - Rel. Des. Roberto Wider - J. 08.02.2000). 
 
Por estas razões, Excelentíssimo Sr. Relator, é que pede o Agravante seja concedido 
liminarmente o efeito suspensivo ao Agravo, diante do evidente equivoco do MM. Juiz "a 
quo" ao indeferir a prova pericial que objetiva apurar a extensão dos danos físicos causado 
na pessoa da Agravante. Concedido o efeito suspensivo postulado, requer-se, a final, a sua 
confirmação, juntamente com o provimento do Agravo. 
 
 
 
 
 
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III- DOS PEDIDOS 
 
Destarte, confiando na Alta Sabedoria que detêm os Distintos Membros dessa E. Corte de 
Justiça, espera a Agravante seja dado PROVIMENTO ao presente agravo de instrumento 
interposto para o fim de ser deferida a prova pericial na pessoa da Agravante, ainda que não 
causara nenhum atraso ao andamento do feito considerando que a audiência de instrução e 
julgamento foi designada para .... de ..... de ......, e por conseqüência seja reformado a r. 
Decisão atacada. 
 
Seja concedido o efeito suspensivo postulado, com a expedição de ofício ao Juízo singular. 
 
A final seja confirmada a liminar porventura concedida pelo Exmo. Relator, paralelamente 
ao julgamento de provimento total ao Agravo interposto, nos moldes do supra explanado, 
caso o magistrado "a quo" não se valha da reconsideração do despacho, bem com a 
intimação do Agravado, através de seus procuradores constituídos para querendo responder 
no prazo legal. 
 
Outrossim, informa que, no prazo e modo do disposto no novo dispositivo legal, procederá 
ao requerimento de juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de 
instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que 
instruíram o recurso para que fique retido nos autos. 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
[Número de Inscrição na OAB] 
 
 
 
 
 
 
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4. Indenizatória 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., 
ESTADO DO ..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANO DE TAL....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., 
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante 
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor: 
 
em face de 
 
n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua) 
sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador 
(a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
I- DOS FATOS 
 
Prevenindo-se contra eventuais interrupções forçadas em sua capacidade laboral, 
impossibilitando a percepção alimentar de seus honorários, a Autora contratou com a Ré, em 
.../.../..., Seguro de Renda por Incapacidade Temporária, em Grupo, aderindo à apólice cujas 
condições de aceitação de segurado, e demais outras, gerais, encontravam-se elencadas 
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exaustivamente no verso do Cartão Proposta, preenchido e aceito sem qualquer restrição da 
seguradora (doc. ...). 
 
Quanto ao benefício, garantia-se à Autora o pagamento de importância equivalente a "1/30 
(um trinta avos) do valor mensal segurado, por dia de Incapacidade do Segurado que ficar 
afastado de qualquer atividade remunerada." (Cláusula VALOR DA GARANTIA DE 
COBERTURA (RENDA MENSAL). A importância máxima segurada, conforme o contrato 
em tela, ia, à época, a R$ ............ 
 
Redimensionada a sua expectativa de perdas mensais, de natureza alimentar, em .../.../... a 
Autora aditou o contrato original, tendo as partes concordado em aumentar o teto referido, 
pelo qual as diárias da renda por incapacidade temporária deveriam ser calculadas no 
patamar de R$ .............. mensais. Nova proposta foi preenchida e aceita, e, na ocasião, não 
foi feita nenhuma exigência suplementar, sequer declaração sobre eventuais modificações no 
histórico de saúde da proponente, ora autora (doc. ...). Nas cláusulas e condições dessa nova 
proposta, o objeto do seguro, a garantia de renda mensal, já ganhava uma sigla - .......... -, 
além de alterações e adições redacionais em algumas das cláusulas do ajuste. 
 
Desde o início da vigência do contrato, todas as parcelas do prêmio foram rigorosamente 
adimplidas. 
 
Implementadas as obrigações da segurada, ora Autora, sobreveio, em .../.../..., o denominado 
sinistro, resultando na absoluta incapacitação temporária da segurada, por conta de ameaça 
de parto prematuro, obrigando-se a demandante a guardar absoluto repouso, sob pena de, em 
continuando suas atividades profissionais, provocar a ocorrência de parto prematuro de 
trigêmeos, fato cujas conseqüências médicas implicam em enorme possibilidades de grave 
comprometimento da saúde da acionante, para não falar, é claro, dos fetos então gestados, a 
ser evidenciado pela prescrição de repouso absoluto à segurada. Devidamente documentada 
a ocorrência, houve, em .../.../..., a comunicação à seguradora, para os fins e efeitos de 
implementação do seguro contratado (doc. ...). 
 
Em seguida, a seguradora analisou a documentação remetida, e, incontinenti, iniciou o 
pagamento correspondente às diárias formadoras da renda mensal ajustada, em parcelas 
quinzenais, cujos desembolsos foram devidamente documentados (doc. ... (em ... folhas)). 
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Exigiu, em contrapartida, e foi atendida, a elaboração de relatórios médicos periódicos, nos 
quais a persistência do estado incapacitatório continuou sendo atestada (doc. ...). 
 
Inexplicavelmente, contudo, em .../.../..., a Autora recebeu comunicação da seguradora, cujos 
termos, de tão teratológicos juridicamente, merecem serintegralmente repetidos aqui, nada 
obstante haja colação (doc. ...): 
 
"Recebida a documentação médica alusiva ao quadro clínico de V. Sa., notamos que a 
incapacidade temporária constatada decorre de gravidez cujo início se deu em meados do 
mês de .............. p.p. 
 
Considerando-se, que esta circunstância não foi relatada por V. Sa. ao subscrever a proposta 
de capital segurado, a indenização a ser procedida por esta Seguradora levará em conta o 
capital segurado antes vigente, de R$ ........... por mês. 
 
Tendo em vista os valores já pagos por esta Seguradora, que superou (sic) em muito o valor 
efetivamente devido, segundo o critério antes exposto, aguardaremos, a concessão da alta 
médica definitiva em razão do evento reclamado quando, então, promoveremos o encontro 
de contas para se apurar eventual crédito, ou débito, desta Seguradora." 
 
A Ré deixou de continuar cumprindo o contrato, afirmou-o textualmente, e ainda se arvorou 
no eventual direito de ter haveres ante a segurada. O motivo? "Descobriu" não ter sido 
informado o estado de gravidez da Autora, quando da alteração do limite da renda máxima 
mensal contratada. Em nome do direito, poderia não ter "descoberto" , pois seria (a 
seguradora) poupada de elaborar raciocínio pretensamente jurídico tão tortuoso quanto 
descabido. 
 
 
II- DO DIREITO 
 
Para efeitos deste seguro, considera-se incapacidade temporária a perda da capacidade física 
do Segurado de exercer atividade profissional, por período "temporário". 
 
Para resumir, objetivamente: ocorre um EVENTO, quando caracteriza-se a PERDA DE 
CAPACIDADE FÍSICA DO SEGURADO, impedindo-lhe de EXERCER ATIVIDADE 
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PROFISSIONAL, o qual dará ensejo ao PAGAMENTO DA RENDA MENSAL 
CONTRATADA. 
Trazendo para o caso vertente: o evento consistiu na prescrição médica da repouso absoluto 
da autora, passada em .../.../.., sistematicamente confirmada e renovada, quando a autora 
ficou incapacitada para o exercício profissional, e teve o direito de receber a renda 
contratada. 
 
A seguradora ré, no entanto, entendeu como incapacitante não a aferição de risco na 
gestação, ocorrida quando esta já se desenrolava há alguns meses, mas a própria gestação em 
si. E deixou de cumprir a avença. Deveria, antes, ter analisado com um mínimo de cuidado 
as cláusulas contratuais de sua própria lavra. E aí veria, no instrumento original, na Cláusula 
PRAZO MÁXIMO DE DURAÇÃO DE RENDA MENSAL, a seguinte obrigação: 
 
"Para o caso de parto, estarão cobertos 30 (trinta) dias de afastamento, após cumprida a 
carência de 10 meses, contados a partir da data da inclusão da segurada na Apólice ou da 
solicitação de aumento de capital à Seguradora." 
 
Ora, em caso de parto significa: O SEGURO NÃO EXCLUI GRAVIDEZ, PARA A 
EFICÁCIA DE SUA COBERTURA; APENAS EXIGE UM PERÍODO DE CARÊNCIA, 
NA HIPÓTESE. Em termos fáticos: a cobertura era devida, e somente se conforma ao valor 
original para o pagamento dos dias seqüentes aos parto, no caso, por não ter decorrido a 
carência de dez meses após o aumento do capital segurado. 
 
Para arrematar os fatos: houve o parto de trigêmeos, em .../.../..., com sucesso, graças à 
absoluta obediência da Autora às prescrições médicas, mormente a de repouso absoluto, por 
longo período (doc. ...). 
 
Daí poder-se extrair - como meritum causae, a partir da correta interpretação dos contratos - 
o seguinte: 
 
1) em nenhum momento foi indagado da segurada, quando ainda proponente, se ela estava 
grávida, e isto inclui tanto a proposta original, quanto a extensiva do limite da renda, ambas, 
afinal, aprovadas, inexistindo qualquer exigência contratual nesse sentido; 
 
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2) se tivesse sido indagado, admite-se como argumento, ainda assim não haveria nenhuma 
cláusula impeditiva para a aceitação da proposta, pelo simples fato de haver gravidez já 
iniciada. Ou seja - é absolutamente indiferente, para o contrato, se havia ou não gravidez, 
pois tal não configuraria vício intrínseco à coisa segura, de modo a exonerar o segurador do 
dever de indenizar (Novo Código Civil, art. 784); 
 
3) a gravidez em si não configura incapacidade, a tanto provando ter a Autora exercido suas 
atividades profissionais em período no qual já estava grávida; 
 
4) para argumentar como argumentou, só com a suposição de a segurador - é absurdo, mas 
não há mais para onde ir - considerar gravidez como uma das "doenças preexistentes (sic) à 
contratação do seguro, não declaradas na proposta do seguro", para alcançar a excludente 
posta no item 2.4.1.c, do aditivo contratual (v. doc. ...); 
 
5) mesmo se houvesse incapacidade, diz-se somente como forma de sequenciar raciocínio, 
as cláusulas pertinentes, no contrato e no aditivo, consideram excludentes as incapacidades 
decorrentes antes da data de inclusão da segurada na apólice do seguro, E A INCLUSÃO 
OCORREU QUANDO DA CONTRATAÇÃO, EM 1995, E NÃO NA ALTERAÇÃO DE 
LIMITE; 
 
6) ainda uma vez mais como mera forma de argumentar, se se considerar a gravidez como 
evento prévio à segunda contratação, ela nunca seria - repete-se para reafirmar - o EVENTO 
necessário e suficiente para caracterizar a incapacidade temporária, derivado tão-somente da 
constatação médica dos riscos na continuidade do exercício profissional pela autora, quando 
já avançada a gravidez; 
 
7) por fim, cairia por terra qualquer argumentação da Ré sobre a exclusão de 
responsabilidade, quando, admitindo o evento gerado por parto, de forma explícita, 
tacitamente reconhece não ser a gravidez incapacitatória, apenas estabelecendo-se prazo de 
carência - in casu, a partir do aumento do capital segurado. 
 
Inexistindo, pois, restrições expressas outras, na apólice, não se exime a seguradora de 
cobrir os riscos decorrentes de todos os prejuízos segurador. 
 
 
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III- DOS PEDIDOS 
 
De todo o exposto, requer-se: 
 
a) a concessão in limine litis et inaudita altera pars, de antecipação de tutela, determinando-
se o pagamento da quantia de ....... (....) referente às diárias de ... dias, não pagas pela 
seguradora, sem jurídico motivo, respeitada a natureza alimentar da qual se reveste, e contra 
caução, se assim for determinado, devendo ser depositado em juízo o quantum devido; 
b) a citação da ré, por via postal, no endereço declinado retro, para, querendo, vir responder, 
no prazo de lei e sob pena de revelia; 
c) ao final, o deferimento do pedido, com o julgamento da procedência da ação, e 
confirmação da tutela, condenando-se a ré no pagamento da quantia de R$......, acrescida de 
correção monetária, juros, e honorários advocatícios, estes fixados no seu plus , além do 
ressarcimento de custas e demais despesas do processo; 
d) mesmo entendendo ser o caso daqueles cujos fatos e a prova documental prescindem de 
ulterior instrução, admitindo julgamento antecipado, requer-se, para a hipótese de 
continuidade de audiência após o ato conciliatório, a produção das provas processualmente 
admissíveis, especificando depoimento pessoal do representante legal da ré, pena de 
confesso, juntada posterior de documentos, audição de testemunhas, perícias, e o mais 
necessário à comprovação do alegado. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ..... 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
 
 
 
 
 
 
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5. Cautelar 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., 
ESTADO DO ..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., 
portador (a) do CIRGn.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante 
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor 
 
AÇÃO CAUTELAR DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS 
 
em face de 
 
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., 
n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua) 
sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador 
(a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
 
 
 
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I- DOS FATOS 
 
Na propriedade do Reqte. denominada Sítio São Luiz, nesta Cidade (doc. 02), existe, sobre o 
córrego Águas Fundas, uma ponte com piso coberto de cascalho sustentada por pilares de 
madeira (doc. 03); por se tratar de construção rústica, a capacidade de suportar carga é 
pequena, de tal sorte que o Reqte teve o cuidado de colocar, bem visível, uma tabuleta, 
indicando que a carga máxima permitida é de 2 (duas) toneladas (doc. 04). Ocorre que no 
dia 05 do corrente mês e ano, um caminhão de propriedade da Reqda., marca SC, ano 1970, 
cor azul, chapa 95, carregado de cana cortada, pesando mais de 10 (dez) toneladas, dirigido 
por preposto da Reqda, para encurtar caminho, passou pela referida ponte. Em razão desse 
fato, os pilares sofreram danificação, apresentando-se rachados, tendo ocorrido desnível na 
ponte, havendo fundado receio de desabamento em virtude de danos sofridos. Em 
conseqüência, há necessidade urgente de reparos ou refazimento. 
 
 
II- DO DIREITO 
 
Vejamos a AÇÃO A SER PROPOSTA, cpc, 801, III. (da lide e seu fundamento). 
 
Pretende o Reqte. deduzir pedido condenatório para a Reqda, ressarcir os prejuízos que 
causou em razão do ato praticado pelo seu preposto. 
 
O direito que possui o Reqte. de manter íntegra a ponte, podendo por ele trafegar, encontra-
se ameaçado, em face do perigo iminente de desabamento, tantos foram os danos causados: 
a verificação desses danos, será apurada em ação principal que será proposta, e, ante o 
perigo de desabamento, poderá tornar-se difícil, senão impossível, sendo, portanto, 
justificada a antecipação que ora se requer. 
 
A prova há de recair sobre o estado em que se encontra a referida ponte e a quantia 
necessária para os reparos e refazimento. 
 
 
 
 
 
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III- DOS PEDIDOS 
 
Pede-se que V. Exª se digne designar perito (cpc, art. 421), fixado dia e hora para a 
diligência e prazo para a entrega do laudo (cpc, art. 427), condenada a Reqda a pagar as 
despesas e verba honorária 
 
Protesta-se pela produção de prova documental, testemunhal, pericial, inspeção judicial e de 
todos os meios probantes em direito admitidos, ainda que não especificados no cpc, desde 
que moralmente legítimos (cpc, art. 332), e obtidos de forma lícita (C.R, art. 5º, LVI). 
Indica-se como assistente técnico o Engº Lima, brasileiro, casado, residente e domiciliado 
nesta Cidade, na rua Alfa nº 03, CREA nº 45, para responder aos quesitos que se seguem 
(cpc, art. 421, § 1º, I e II) e por suplementares, se houver necessidade (cpc, art. 425) 
inclusive por depoimento pessoal do representante da Reqda., pena de confissão, se não 
comparecer ou, comparecendo, se negar a depor (cpc, art. 343, §§ 1º e 2º). 
 
Requer-se a expedição do competente mandado de citação da Reqda., na pessoa de seu 
representante legal ou quem tenha poderes de gerência ou de administração para 
acompanhar esta, querendo, no prazo de 5 (cinco) dias, pena de serem tidos por verdadeiros 
os fatos aqui alegados (cpc, art. 803); que a ordem seja expedida pelo correio, por carta 
registrada, indicando no envelope o nome e endereço do representante legal ou de quem 
exerça poderes de gerência ou administração, da Reqda, contendo a cópia que esta 
acompanha e o r. despacho do M.M. Juiz de Direito, com os endereços do Juízo e do 
cartório (Lei nº 8710/93), praticando-se os atos processuais durante as férias e nos dias 
feriados. (cpc, art. 173, I). Requer-se, finalmente, a produção das provas supra mencionadas. 
O advogado pode preferir que a citação seja feita pelo oficial de justiça. Neste caso, redija o 
requerimento desta maneira (Lei 8710/93, art. 222, "f"). 
 
Requer-se a expedição do competente mandado de citação da Reqda., na pessoa de seu 
representante legal ou quem tenha poderes de gerência ou administração (lei 8710/93, artigo 
223, parágrafo único), para acompanhar esta, querendo, no prazo de 5 (cinco) dias, pena de 
serem tidos por verdadeiros os fatos aqui alegados (cpc, art. 803); que a ordem seja expedida 
em breve relatório, visto que se juntam cópias (cpc, art. 225, parágrafo único), praticando-se 
os atos processuais durante as férias e nos dias feriados (cpc, art. 173, I) facultando-se ao 
Oficial de Justiça encarregado da diligência proceder nos dias e horários de exceção (cpc, 
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art. 172, § 2º); e, concluído o exame, a permanência dos autos em cartório (cpc, art. 851). 
 
 
Requer-se, finalmente, a produção das provas supra mencionadas. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ..... 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
[Número de Inscrição na OAB] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Monitória 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., 
ESTADO DO ..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., 
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante 
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor 
 
AÇÃO MONITÓRIA 
 
em face de 
 
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e 
do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., 
Estado ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
 
 
 
 
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I - PRELIMINARMENTE 
 
DA COMPETÊNCIA DE FORO 
 
Segundo remanosa jurisprudência, é ponto pacífico que: 
 
"O foro competente para julgar ação monitória com fundamento em título de crédito 
prescrito é o do lugar onde a obrigação deve ser satisfeita (art. 100, IV, "d"), não incidindo a 
regra do domicílio do réu (art. 94). Nesse sentido, quanto ao cheque prescrito: RT 
782/286"(Nota 12b ao art. 1.102a in "Cód. De Proc. Civil e legisl. Proc. Em vigor" de 
Theotônio Negrão, 35ª ed.) 
 
 
II- DOS FATOS 
 
O finado .........., no dia ...... de .............. de ........., fez um empréstimo ao Requerido da 
quantia em dinheiro de R$ ......., cujo pagamento foi garantido pelo devedor mediante a 
emissão de ........ cheques ( nº ...........) no valor de R$ ............ cada um, sacados contra a 
agência do ............, com descontos previstosrespectivamente para os dias ....... e ......... de 
............ do mesmo ano. 
 
Ocorre que esgotado o prazo avençado para o pagamento da dívida, o compromisso não foi 
saldado, sob os mais variados pretextos. Baldados, também, todos os reforços envidados 
pelo credor para receber o que lhe era devido em face das desculpas protelatórias oferecidas 
pelo recalcitrante devedor. E tantos foram os adiamentos até que, em .... de ...... de ....., 
sobreveio de forma inesperada a morte do autor do empréstimo, sem que conseguisse ver 
quitado o débito. 
 
Igualmente infrutíferas as cobranças posteriores feitas pela inventariante nomeada. Dai 
porque, sem alternativa, intenta-se agora a presente ação monitória, visando o recebimento 
da importância objeto do empréstimo. 
 
Evidente que os cheques constituem prova escrita idônea do débito contraído, embora 
destituídos da sua executividade por estarem prescritos, mas aptos a ensejarem a ação ora 
manejada, em que se explicitou o negócio subjacente. Neste caso, sendo a relação de 
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natureza pessoal, - vale lembrar - a prescrição se dá no prazo de vinte anos (Ap. Cível nº 
736.205-2 Ac. Da 3ª Câmara do TAC/SP). 
 
Não obstante, deve-se anotar que a orientação atual dos julgados pertinentes resume-se nas 
seguintes ementas: 
 
"Ação Monitória. Cheque prescrito. 
Apresentado pelo autor o cheque, o ônus da prova da inexistência do débito cabe ao réu. A 
prova inicial, municiada pelo cheque, é o bastante para a comprovação do direito do autor ao 
crédito reclamado, cabendo ao lado adverso demonstrar, eficazmente, o contrário", (STJ - 4ª 
Turma - Resp 285223 - MG - rel. Min. Aldir Passarinho - p. DJU 5.11.01 - pg. 116) 
 
"Ação Monitória instruída com cheques dispensa a demonstração da causa da emissão, de 
acordo com a jurisprudência mais recente." (STJ - 3ª Turma, Resp. 337.639- MG - Rel. Min. 
Menezes Direito - p. DJU 19.09.02 - pg. 182). 
 
 
III- DO DIREITO 
 
De efeito, dispõe o artigo 1.102a do Código de Processo Civil: "A ação monitória compete a 
quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de 
soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou determinado bem móvel (art. Acrescentado 
pela Lei nº 9079, de 14.07.1995)". 
 
Na seqüência, estabelece o artigo 1.102b do mesmo Código: 
 
"Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá de plano a expedição do 
mandado de pagamento ou entrega de coisa no prazo de 15 dias". 
 
Na eventual configuração de uma das hipóteses levantadas no art. 1102c, invoca-se também 
a sua compatível aplicação. 
 
 
 
 
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IV- DOS PEDIDOS 
 
Em face do exposto, pede-se a expedição do mandado de pagamento do débito reclamado, 
no prazo legal de 15 dias, sob pena de revelia, condenando-se o réu ao pagamento de custas 
e honorários advocatícios na base usual de 20% sobre o valor da condenação, consoante o 
disposto no artigo 20, § 3º do Código de Processo Civil. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ..... 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
[Número de Inscrição na OAB] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Execução 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA (...) ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ...... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANA DE TAL, inscrita no CNPJ/MF n.º ........., estabelecida na av. .............., 
n.º .......,......, ..........., SP, por seus advogados, que esta subscrevem (doc. n.º 01), vem 
perante V. Exa., apresentar 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
 
baseada em título executivo extrajudicial, em face de ......, empresa inscrita no CNPJ/MF sob 
o n.º ......., estabelecida na Rua ......., n.º ......., ......., pelas razões abaixo elencadas: 
 
 
I- DOS FATOS 
 
1- A executada em 13 (treze) de maio de 1997, firmou com a exeqüente, na presença de duas 
testemunhas, termo de confissão e novação de dívida (doc. anexo), uma vez que esta era 
detentora de créditos não cumpridos, oriundos de negociação comercial, no importe de R$ 
8.991,90 (oito mil, novecentos e noventa e um reais e noventa centavos). Tal débito é 
confesso, consoante 
disposto na cláusula 2 (dois) do referido termo. 
 
2- A fim de facilitar o pagamento, o débito supra citado foi dividido em 6 (seis) parcelas, 
emitindo-se as notas promissórias abaixo elencadas, na importância de R$ 1.498,65 (um mil, 
quatrocentos e noventa e oito reais e sessenta e cinco centavos), sendo que o vencimento da 
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primeira parcela deu-se na data de 31 (trinta e um) de julho de 1997, e, a última, em 31 
(trinta e um) de dezembro de 1997 ( docs. anexos): 
• Nota promissória 01/06 (protestada), no valor de R$ 1.498,65 (um mil, quatrocentos e 
noventa e oito reais e sessenta e cinco centavos), com vencimento em 31 (trinta e um) de 
julho de 1997; 
• Nota promissória 02/06 (protestada), no valor de R$ 1.498,65 (um mil, quatrocentos e 
noventa e oito reais e sessenta e cinco centavos), com vencimento em 31 (trinta e um) de 
agosto de 1997; 
• Nota promissória 03/06 (protestada), no valor de R$ 1.498,65 (um mil, quatrocentos e 
noventa e oito reais e sessenta e cinco centavos), com vencimento em 31 (trinta e um) de 
setembro de 1997; 
• Nota promissória 04/06 (protestada), no valor de R$ 1.498,65 (um mil, quatrocentos e 
noventa e oito reais e sessenta e cinco centavos), com vencimento em 31 (trinta e um) de 
outubro de 1997; 
• Nota promissória 05/06, no valor de R$ 1.498,65 (um mil, quatrocentos e noventa e oito 
reais e sessenta e cinco centavos), com vencimento em 31 (trinta e um) de novembro de 
1997; 
• Nota promissória 06/06, no valor de R$ 1.498,65 (um mil, quatrocentos e noventa e oito 
reais e sessenta e cinco centavos), com vencimento em 31 (trinta e um) de dezembro de 
1997. 
 
3- Ocorre que as parcelas supra, que dizem respeito a dívida contraída através do termo de 
confissão, assinado pelas partes e por duas testemunhas, não foram pagas nas datas 
convencionadas para os seus respectivos vencimentos, sendo, posteriormente, levados a 
protesto as notas promissórias de n.º 01/06, n.º 02/06, n.º 03/06 e 04/06, conforme seus 
respectivos 
instrumentos anexos, com exceção do instrumento de protesto da nota promissória n.º 03/06, 
permanecendo, a Executada, inadimplente até a presente data. 
 
4- O débito da Executada, atualizado monetariamente, com incidência dos juros e cômputo 
das despesas com o protesto realizado, equivale hoje a R$ 12.262,70 (doze mil, duzentos e 
sessenta e dois reais e setenta centavos), conforme demonstra planilha de cálculos abaixo 
discriminada: 
............................................. 
(atualização de cálculos para abril/2000) 
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PRINCIPAL 
 
Documento Data do Valor Índice de Atualização Valor Atualizado Vencimento (Índice do 
TJ) 
 
Termo de Confissão 13.05.1997 R$ 8.991,90 21,124202 24,0702 R$ 10.245,92 Subtotal 1 
R$ 10.245,92 
 
JUROS (0,5% a. m.) Documento Nº de meses Porcentagem Valor do Título Valor dos Juros 
Termo de Confissão 35 17,50% R$ 10.245,92 R$ 1.793,04 Subtotal 2 R$ 1.793,04 
 
DESPESAS COM PROTESTO 
 
Documento Data de Valor Índice de Atualização Valor Atualizado Emissão 
(Índice TJ) 1ª parcela 03.12.1997 R$ 66,21 21,368227 24,0702 R$ 74,58 
2ª parcela 03.12.1997 R$ 66,21 21,368227 24,0702 R$ 74,58 
4ª parcela 03.12.1997 R$ 66,21 21,368227 24,0702 R$ 74,58 
Subtotal 3 R$ 223,75 Total Devido Total Geral R$ 12.262,70 
 
4- Esgotadas as tentativas de conciliação restou à Exeqüente,como única solução viável, 
recorrer ao Poder Judiciário para pleitear a prestação jurisdicional adequada. 
 
 
II- DO DIREITO 
 
O pedido da Exeqüente é fundamentado no art. 566, inciso I, combinado com o art. 585, 
inciso II, ambos do Código de Processo Civil, por tratar-se de documento particular assinado 
pelos representantes legais da empresa devedora e por duas testemunhas. 
 
 
III- DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer a citação do Executado para pagar ou nomear bens à penhora 
suficientes para saldar o principal, mais atualização monetária, juros legais e despesas com 
protesto, a importância de R$12.262,70 (doze mil, duzentos e sessenta e dois reais e setenta 
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centavos), mais honorários advocatícios, no prazo de tres dias, ou, nos termos do §1º., do art. 
652, do Código de Processo Civil, não efetuado o pagamento, que o Senhor Oficial de 
Justiça, devidamente munido da segunda via do mandado, proceda de imediato à penhora de 
bens tantos quantos forem necessários para satisfazer integralmente a dívida. 
 
Requer-se, a indicação, por parte do devedor, caso não pague a dívida, no prazo máximo de 
cinco dias quais são e onde estão os bens passíveis de penhora, sob pena de ser cominado 
multa legal de até 20% sobre o valor execução. 
 
Por fim, requer os benefícios do art. 172, § 2º, do CPC, para as diligências do Sr. Oficial de 
Justiça. 
Protesta por todos os meios em direito admitidos, em especial os previstos no art. 136 do CC 
e 332 do CPC. 
 
Dá à causa o valor de R$ ..... 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
[Número de inscrição da OAB] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Contestação 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., 
ESTADO DO ..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo n.º: (...) 
 
FULANA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º 
....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada 
neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional 
da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por intermédio de seu 
advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório 
profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe 
notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência 
apresentar 
 
CONTESTAÇÃO 
 
à ação de cobrança intentada por ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
I- PRELIMINARMENTE 
 
1. Legitimação para o processo (CPC - art. 267, IV) 
 
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Conforme se observa dos autos, o Autor deixou de providenciar a juntada de seus atos 
constitutivos, no caso, a ata da respectiva Assembléia Geral devidamente publicada em 
periódico, o que acarreta na ausência de capacidade para praticar os atos do processo. 
 
Este lapso impossibilita, inclusive, constatar se o outorgante da procuração de fls. .... detém, 
efetivamente, poderes para praticar tal ato. 
 
Portanto, nos termos do artigo 284 do Código de Processo Civil, é de se assinalar prazo para 
a apresentação dos atos constitutivos do Autor, sob pena de extinção do processo sem 
julgamento do mérito (CPC - art. 267, IV). 
 
2. Impossibilidade jurídica do pedido 
 
Como sabido, o artigo 13, § 4º da Lei n.º 5.474/68 é taxativo ao prescrever: 
 
"O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo de 30 
(trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os 
endossantes e respectivos avalistas." 
 
A se observar a duplicata acostada aos autos, verificar-se que a mesma ostenta data de 
vencimento para ..../..../.... Pautado no comando legal acima transcrito, deveria ter o Autor 
providenciado o protesto do título, impreterivelmente, até o dia ..../..../.... Não o fazendo, 
perdeu o direito de regresso contra a Requerida, endossante da cambial. 
 
Acerca do tema, RUBENS REQUIÃO já advertia que "No caso de protesto obrigatório, para 
assegurar o direito de regresso, do portador contra os endossantes e respectivos avalistas, o 
protesto deverá ser tirado dentro do prazo de trinta dias, contados da data do vencimento da 
duplicata, sem o que aqueles, coobrigados, estarão liberados. O portador perderá, se não o 
fizer, o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas." (in, Curso de 
direito comercial. São Paulo: Ed. Saraiva, 19ª ed., 1993, p. 453 - grifos nossos). 
 
Diferente não é o entendimento de nossos Tribunais Superiores, pois o STJ em decisão 
publicada na RT 701/178 já assentou: "...o estabelecimento bancário, endossatário de boa-fé 
do título frio, é obrigado a protestá-lo por falta de aceite, a fim de poder exercer a pretensão 
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regressiva contra o emitente-endossante, pois assim o exige o art. 13, § 4º, da Lei 
5.464/68...". 
 
Se, como visto, há previsão legal vedando expressamente a cobrança ora intentada, 
caraterizada está a impossibilidade jurídica do pedido. A propósito do tema, EGAS 
DIRCEU MONIZ ARAGÃO assevera: 
 
"A possibilidade jurídica do pedido, portanto, não deve ser conceituada, como se tem feito, 
com vistas à existência de uma previsão no ordenamento jurídico, que torne o pedido viável 
em tese, mas, isto sim, com vistas à inexistência, no ordenamento jurídico, de uma previsão 
que o torne inviável. Se a lei contiver tal veto, será caso de impossibilidade jurídica do 
pedido; faltará uma das condições da ação." (in, Comentários ao código de processo civil. 
Rio de Janeiro: Forense, vol. II, 8ª ed., 1995, p. 394 - sem grifos no original) 
 
Desta sorte, outro desfecho não merece a presente lide senão a extinção do processo sem 
julgamento do mérito, nos termos do artigo 267, VI do Código de Processo Civil. 
 
3. Ilegitimidade passiva ad causam da Requerida 
 
Como já asseverado, a falta de protesto gerou a perda do direito do Autor de demandar 
contra a Requerida o pagamento da importância constante do título cambial. 
 
Se assim é, o endosso aposto no verso da duplicata (fls. ...., verso) operou verdadeira cessão 
civil dos direitos e obrigações a ela inerentes. 
 
A propósito, para ATHOS GUSMÃO CARNEIRO "Consiste a legitimação para a causa na 
coincidência entre a pessoa do autor e a pessoa a quem, em tese, a lei atribui a titularidade da 
pretensão deduzida em juízo, e a coincidência entre a pessoa do réu e a pessoa contra quem, 
em tese, pode ser oposta tal pretensão." (in, Intervenção de terceiros. São Paulo: Editora 
Saraiva, 2ª ed., 1983, p. 25, grifos nossos). 
 
Pautado na lição acima, não há coincidência entre a pessoa da Requerida e aquela contra a 
qual pode ser oposta a pretensão deduzida na inicial, pois ocorrendo a cessão civil dos 
direitos alusivos à duplica, como acima dito, todo o complexo orgânico da relação jurídica 
restou transferido ao Autor. Este somente poderá exercer eventuais direitos creditícios em 
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face da empresa sacada na duplicata, vale dizer, a ......, posto que ambos são efetivamente os 
únicos integrantes da relação jurídica de direito material em exame na lide. 
 
JOSÉ FREDERICO MARQUES não destoa deste entendimento ao pontuar que relaciona-se 
"a legitimação passiva, àquele em face do qual a pretensão levada a Juízo deverá produzir 
seus efeitos, se acolhida." (in, Manual de direito processual civil. SãoPaulo: Ed. Saraiva, 
vol. I, 13ª ed., 1990, p. 177). E, o terceiro Embargante, como já demonstrado, não está 
sujeito à pretensão dos Embargados. 
 
Em razão do exposto, requer seja acolhida a preliminar levantada para julgar extinto o 
processo, sem julgamento do mérito (CPC - art. 267, VI). 
 
 
II- DO MÉRITO 
 
Ultrapassadas as preliminares acima, o que se admite somente para argumentar, passa a 
Requerida a deduzir suas razões de mérito, com vistas a demonstrar a improcedência da 
ação. 
 
1. Ônus da prova 
 
Na tentativa de calçar a pretensão de cobrança, o Banco acostou aos autos simples proposta 
(fls. ....). Entretanto, referido documento, por si só, é insuficiente para autorizar qualquer 
decreto condenatório, pois se encontra desacompanhado de: 
a) contrato escrito que estipule o pagamento pela Requerida do valor pretendido, 
b) prova do repasse deste numerário para a empresa, de modo a ensejar cobrança e 
c) extrato de conta corrente da Requerida que aponte o crédito desta quantia em seu favor. 
 
Data venia, sem a juntada destes documentos os quais, ao lado da proposta de fls. ..., 
efetivamente proporcionariam o êxito desejado à cobrança em exame, melhor sorte não resta 
ao Autor. Máxime se considerar que, nos termos do artigo 401 do Código de Processo Civil, 
"A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda o 
décuplo do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados.". 
 
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Considerando que o valor cobrado é substancialmente maior do que o limite legal, deveria 
ter o Autor acostado contrato escrito que atestasse o débito alegado. 
 
E, com efeito, compete ao mesmo o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito 
(CPC - art. 333, I). Não se desincumbindo da tarefa cumpre seja decretada, s.m.j., a 
improcedência do pleito. Esta a orientação jurisprudencial, verbis: 
 
"APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA - DUPLICATA MERCANTIL - [...] ÔNUS 
PROBATÓRIO DO FATO CONSTITUTIVO DO PRETENSO DIREITO DE RESPONSABILIDADE 
PROCESSUAL DO AUTOR - AUSÊNCIA DE ELEMENTOS DE CONVICÇÃO CAPAZES DE EMBASAR 
PROVIMENTO JURISDICIONAL FAVORÁVEL À PRETENSÃO DEDUZIDA EM INICIAL - ARTIGO 
331, INCISO I DO CPC - [...] APELO PARCIALMENTE PROVIDO. 
 
I - Incumbe ao autor o ônus probatório, na ação de cobrança, do fato constitutivo de seu 
pretenso direito (art. 333, I), visto que quem quer fazer valer um direito em juízo, deve 
provar os fatos que constituem seu fundamento, por isso, é absolutamente indispensável que 
o credor comprove a existência do crédito e de seu inadimplemento por parte do devedor, 
para que o pedido possa ter sucesso, sem o que a pretensão não procede. 
 
II - Meras alegações, destituídas de provas ou mínimas evidências, não podem embasar um 
provimento jurisdicional favorável. 
 
III - omissis" (Apel. Cív. n.º 118.133-1 - Ac. 9947 - Rel. Juiz conv. Abraham Lincoln 
Calixto - 3ª CC - DJ 15.05.98 - grifos nossos). 
 
Portanto, Excelência, cumpre repisar no fato de que o Autor não comprovou 
satisfatoriamente o alegado crédito. Mera proposta de desconto, desacompanhada de 
documentos que atestem a efetiva concretização do negócio e o recebimento do numerário 
pela Requerida, através de extratos de conta corrente, ou outro meio, não tem o condão de 
caracterizar o pretenso débito. 
 
2. Cessão dos direitos relativos à duplicata 
 
Não fosse isso, como destacado no item , o endosso operou verdadeira cessão civil dos 
direitos e obrigações inerentes à duplicata, tendo em vista que o Autor não providenciou o 
protesto da cambial no prazo fixado em lei. 
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Para WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO a cessão do contrato "compreende 
indiscriminada transferência de todos os direitos e obrigações. Implica esta a transferência 
de toda a relação jurídica, no seu complexo orgânico." (in, Curso de direito civil: direito das 
obrigações. São Paulo: Ed. Saraiva, 1ª parte, 25ª ed., 1991, p. 343). 
 
Assim sendo, todo o complexo orgânico alusivo à esta relação jurídica restou transferido da 
Requerida para o Banco autor, o qual em face da perda do direito de regresso contra aquela, 
somente poderá deduzir sua pretensão de cobrança contra a empresa sacada, como seja, a 
......... 
 
Por fim, ainda que se entenda que o Banco repassou o numerário constante do título para a 
Requerida, o que não se admite, tal procedimento deve ser entendido como pagamento pela 
aludida cessão, diante da mencionada perda do direito de regresso contra o endossante. 
 
 
III- DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto, requer-se: 
a) seja assinalado prazo para o Autor providenciar a regularização de sua legitimação para o 
processo, sob pena de extinção do feito sem julgamento do mérito; 
b) sucessivamente, a extinção do mesmo desde logo, em decorrência da impossibilidade 
jurídica do pedido e da ilegitimidade passiva ad causam da Requerida; 
c) provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o 
depoimento pessoal do representante legal do Autor; 
d) a juntada posterior de documentos, nos termos do artigo 397 do CPC; 
e) no mérito, a improcedência da pretensão deduzida na inicial, com a condenação do Autor 
no pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios. 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
[Local], [dia] de [mês] de [ano]. 
 
[Assinatura do Advogado] 
[Número de Inscrição na OAB] 
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9. Revisional de Aluguel 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., 
ESTADO DO ..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., 
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante 
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº 
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor 
 
AÇÃO REVISIONAL DE ALUGUEL RESIDENCIAL 
 
em face de 
 
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e 
do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., 
Estado ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
I- DOS FATOS 
 
Como se depreende da documentação em anexo, o Requerente mantém contrato de locação 
com o Requerido, onde reside, tendo por objetivo um imóvel residencial, apartamento de 
área aproximada com .... m² de área útil. 
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O contrato de locação, de natureza residencial, é ordinário de .... de .... de ...., e por força do 
artigo 21, parágrafo 4º, da Medida Provisória 542/94, deverá ser revisto, a fim de adequá-los 
ao preço de mercado, tendo em vista o desequilíbrio econômico-financeiro em que se 
encontra o valor do locatício. 
 
O aluguel atualmente pago pelo Requerido, no valor de R$ .... (....) para o apartamento, 
chegando tal valor a ser considerado ridículo, irrisório, vexatório e humilhante. 
 
O apartamento compreende a metragem aproximada de .... m² - Garagem, individualizada e 
coberta. Apartamento com .... (....) dormitórios, sala para .... ambientes, corredor, cozinha 
completa, banheiro (....) com ...., área de serviço espessa, enjanelada, com piso em ...., com 
tanque, tudo azulejado até o teto, com azulejos ...., apartamento de ...., com ótima 
localização, em prédio moralmente e socialmente

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