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CONTESTAÇÃO TRABALHISTA ATIVIDADE 2

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EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) FEDERAL DA 2ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE GOIÂNIA/GO 
Processo n. 0010001-10.2017.518.0002.
MARIA JOSÉ PEREIRA, já qualificada no processo supra, da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, na qual é Reclamada e Reclamante ALBANO MACHADO, também qualificado anteriormente, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 846 e 847 da CLT, apresentar CONTESTAÇÃO, nos termos expostos adiante.
DA INICIAL 
1 – O Reclamante pleiteia:
“b) Reconhecimento do Vínculo Empregatício;” (sic);
“c) O pagamento das horas extras integral do excedente do regime de 12x36;” (sic);
“d) O pagamento dos feriados e domingos 100%, conforme sumula 444 do TST;” (sic);
“e) O pagamento da multa prevista no art. 477, da CLT;” (sic);
“f)A fixação da indenização por danos morais;” (sic);
“g)A fixação dos honorários Advocaticios nos termos do art.791-A, da CLT;” (sic);
“h)A reversão da justa causa para dispensa imotivada;”
“i)O pagamento dos intervalos intrajornada;” (sic); e
“j)Requerer todos os reflexos nas verbas rescisórias.”
Dá à causa o valor de R$50.000,00.
INTRODUÇÃO
2 – Importa registrar que a Petição Inicial denota inúmeras mentiras, as quais são facilmente flagradas, em vista da prova que acompanha a presente defesa, o que corrobora em litigância de má-fé, a qual deve ser severamente repudiada pelo judiciário, através dos instrumentos que a lei confere ao magistrado para tanto, conquanto cabe ao Estado-Juiz sancionar aventura jurídica, que cria situações de difícil deslinde, ante a falta com a verdade, de modo a tentar induzir o juízo a erro, sempre aos auspícios da A.J.G., a qual, mesmo com a nova ordem celetista, ainda tem sido hábil a garantir impunidade à chicanas como a denotada na presente demanda.
PRELIMINARMENTE – INÉPCIA DA INICIAL QUANTO AO PEDIDO DE PAGAMENTO EM DOBRO PELO LABOR EM DOMINGOS E FERIADOS – CERCEAMENTO DE DEFESA
3 – O Reclamante se restringe a dizer que trabalhou em domingos e feriados, sem apontar sequer um domingo ou feriado que tenha efetivamente laborado, todavia, o contrato firmado entre as partes onde consta expressamente está modalidade de jornada, se caracterizando benéfica para ambas as partes, não logrando ao Reclamante demostrar diferenças ao seu favor. Faz-se necessário lembrar que o princípio da boa-fé deve nortear todas as contratações, conforme preconiza o art. 422, do CC, aplicado subsidiariamente ao direito do trabalho nos termos do art. 8, da CLT.
4 – Ante o exposto, pede a Contestante que seja acolhida a presente preliminar de cerceamento de defesa e/ou inépcia da inicial para que seja extinto o feito, sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso I, c/c artigo 330, do CPC.
DA HORA EXTRA – INTERVALO INTRAJORNADA
5 – Ainda ad argumentandum tantum, haja vista que não houve qualquer vínculo empregatício inerente à função empregado domestico, apenas em respeito ao Princípio da Eventualidade, a Reclamada nega que tenha o Reclamante tenha laborado e/ou faça jus a qualquer hora extraordinária inerente a intervalo intrajornada. 
6 – Improcedente, pois, o pedido constante do item V, da inicial, o que se requer seja declarado.
7 – Ademais, sendo improcedente o pedido principal, também o é o acessório, de reflexos, constante do item c), da inicial, o que se requer seja declarado.
DO RECONHECIMENTO DA JUSTA CAUSA À DISPENSA DA RECLAMANTE
8 – Como já informado, em 06.02.2017, a Reclamante dispensou o Reclamado, o que fez por Justa Causa, a qual se pretende seja reconhecida judicialmente, posto que o trabalhador foi dispensado por justa causa, uma vez que não estava satisfeita com o fato de ele ignorar suas ordens, as quais foram diversas vezes ignoradas pelo Reclamado, especialmente às atinentes ao banho, e a permissividade do obreiro em relação ao doente assistir à televisão. 
A Reclamante admite que houve diversas desavenças com o Reclamado por esses fatos, tendo-o advertido sistematicamente, mas somente de forma oral, haja vista que jamais foi informada acerca da necessidade de documentar tais situações. Todavia, revela que tem provas das insubordinações do laborista. Por fim, confessa que a dispensa não foi motivada apenas por estas questões, mas também em razão do obreiro ter comparecido no último dia de trabalho completamente embriagado. Neste dia, informa que foi obrigada a dispensar seus serviços e solicitar que outra pessoa tomasse conta do seu marido naquela data, o que será provado por oportunamente por testemunhas.
9 – Portanto, houve motivo para a dispensa por Justa Causa, sendo certo que a Reclamante foi comunicada da razão de sua dispensa, até porque já havia sido advertido por diversas ocasiões diferentes, sendo certo que as declarações inclusas dão conta de algumas daquelas advertências. Diante do exposto, o Reclamado requer seja reconhecida por esse Juízo a Justa causa, na medida em que o Reclamante incorreu no que preconizam as alíneas “b” e “e”, do artigo 482, da CLT, o que será objeto de prova, para além da prova documental já juntada.
10 – Ante o exposto, a Reclamada pede seja reconhecida a Justa Causa da dispensa do Reclamante, para todos os fins de direito.
DA INDEIZAÇÃO POR DANO MORAL
11 – Oportunas às ponderações de CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA para quem: “para a determinação da existência do dano, como elemento objetivo da responsabilidade civil, é indispensável que haja ofensa a um bem jurídico”. 
Sobre a pretensão indenizatória ,versa o artigo 186 do novo codex.
Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Logo, para se considerar a hipótese de reparação, mister a comprovação, pelo Reclamante, de que a Reclamada tenha cometido algum ato lesivo à sua pessoa.
Nesse sentido o entendimento do TRT da 3ª Região:
EMENTA: INDENIZAÇÃO POR DANO MORAIS - PRESSUPOSTOS - AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO. O acolhimento do pedido de indenização por danos morais pressupõe a prova da prática de ato ilícito, por parte da empregadora, bem como do nexo causal entre o mesmo e o prejuízo efetivado ao obreiro no âmbito moral. (TRT 3ª R. - 4T - RO/18145/99 - Rel. Juiz Júlio Bernardo do Carmo - DJMG 29/04/2000 - P. 20).
11.1 – Do Ônus da Prova no dano 
Regra Geral, “no plano do dano moral não basta o fato em si do acontecimento, mas, sim, a prova de sua repercussão, prejudicialmente moral”( 7ª Câmara do TJSP, 11.11.92, JTJ 143/89 ).
Como em qualquer área da responsabilidade, põe-se em evidência, como pressuposto da obrigação de reparar o dano moral o nexo de causalidade entre a ação ou omissão voluntária e o resultado lesivo.
É fato sabido que só há obrigação de indenizar, consoante o art. 186 do C.C.B., quando concorrem dois fatores:
a) o dano; e
b) seja o dano efeito de ação ou omissão culposa ou dolosa do agente.
O Antigo E. Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais, hoje, Tribunal de Justiça, em acórdão relatado pelo juiz Geraldo Augusto, assim manifestou quando do julgamento da Ap. Cível 188.715-4 in RJTAMG vol. 58/59 pág. 170, in verbis:
Para que se configure a responsabilidade civil do empregador, mister se comprove o liame causal que vincule o evento danoso à ação ou omissão da empresa, uma vez que a relação processual derivada do pedido indenizatório alberga o princípio da igualdade das partes, o que afasta prerrogativas em favor da menos favorecida, competindo ao empregado – autor o ônus probatório, nos termos do art. 333 do CPC.
Não se tem conhecimento de nenhum Sistema Jurídico no mundo que determine a reparação de um prejuízo não sofrido. SERIA SIMPLESMENTE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.
12 – Ante o exposto, improcedentes os pedidos constantes do iten VII, da inicial.
MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477, § 8º, DA CLT
13 – Toda norma apenativa deve ser cominada apenas nas estritas hipóteses previstas na Lei, pelo que eventual condenação imposta à Reclamada não poderá originar o apenamento pretendido.
Neste sentido é a jurisprudência:
“MULTA PREVISTA NO ART. 477, ar. 8º, da CLT somenteé devida quando não quitadas, no prazo legal, as parcelas salariais incontroversas. Existindo debate acerca do direito às parcelas, mormente se controversa a relação de emprego, não há que se falar na aplicação da penalidade. Revista a que se dá provimento. (TST- RR 358924- Rel. Min. Gelson de Azevedo –DJU 31/03/200 , P. 181).
EMENTA:MULTA DO ART. 477, §8º, CLT. NÃO CABIMENTO. As diferenças de verbas rescisórias, resultantes de reconhecimento, em Juízo, de questões controvertidas, não ensejam o cabimento da multa em tela, aplicando-se interpretação restritiva quanto à incidência de sanções, cabendo sua exclusão. (PROC. N.º 00809-2002-171-06-00-4 (RO) - Órgão Julgador : TERCEIRA TURMA - Juíza Redatora  : GISANE BARBOSA DE ARAÚJO - Procedência            : VARA DO TRABALHO DO CABO – PE  )”
14 – De outra mão, não há que se falar na aplicação do artigo 467 da CLT, haja vista que as parcelas pretendidas pelo Autor são controvertidas e foram impugnadas a tempo e contento.
Conforme exposto, a Reclamada contesta os pedidos pleiteados na exordial, de modo que há dúvidas quanto à legitimidade dos pedidos articulados pelo Reclamante. Vê-se que há polêmica, discussão, enfim, controvérsia. Logo as razões apresentadas são suficientes para configurar pela improcedência do pleiteado.
Existente controvérsia, inaplicável a dobra salarial, prevista no artigo 467 da CLT.
15 – Ademais, cumpre ressaltar que a dobra salarial, de que trata o artigo 467, da CLT, só é aplicável aos salários em sentido restrito. Além de que o pedido da parcela não é líquido e certo, logo inaplicável a dobra do artigo 467, da CLT.
Aliás, nesse sentido é que tem decidido o tribunal, in verbis:
"A dobra salarial prevista no artigo 467, da CLT, refere-se unicamente a salários 'strictu senso', nela não se compreendendo o aviso prévio, 13º salários e férias, ou mesmo horas extras. A aplicação do dispositivo legal pressupõe ainda, a natureza incontroversa da verba salarial. Qualquer controversia razoável, afasta a dobra salarial." (TRT-PR-RO 3670/89 - Ac. 3ª T. 5402/90, Rel. Juiz Euclides Alcides Rocha). Em face da controvérsia estabelecida, descabe a aplicação da dobra, mais ainda, não está elencado no pedido da reclamante, portanto improcedente. 
16 – Improcedentes os pedidos de aplicação das multas dos artigos 467 e 477, § 8º, da CLT, o que se requer seja declarado.
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS
17 – A Reclamada impugna todos os pedidos do Reclamante e sustenta sejam improcedentes, de modo que não cabe Honorários de Sucumbência ao Advogado do obreiro.
Ad argumentandum tantum, em respeito ao Princípio da Eventualidade, caso o entendimento de V.Exa. seja pela aplicação do art. 791-A, da CLT, a Reclamada requer sejam aplicados os limites e especificidades daquele mesmo dispositivo, no mínimo previsto e com respeito à sucumbência recíproca.
17.1 – Improcedente, pois, o pedido nesse sentido, do modo pleiteado pelo Reclamante.
GRATUIDADE DA JUSTIÇA
18 – O Reclamante não faz qualquer prova de sua hipossuficiência econômica, mas se restringe a alega-la, pelo que não merece o pálio da gratuidade da justiça. 
Ante o exposto, a Reclamada requer seja indeferida a Assistência Judiciária Gratuita ao Autor, no esteio da doutrina mais recente.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
19 – Isso posto, contesta a Reclamada os pedidos formulados pelo Reclamante, bem como os valores pretendidos, pois apresentados sem qualquer fundamento fático ou normativo, ao mesmo passo que pede sejam acolhidas as preliminares argüidas e, no mérito, seja julgada improcedente a presente Reclamação Trabalhista, além de condenar o Autor ao pagamento das custas e emolumentos processuais.
20 – Requer, mais, a Reclamante provar o alegado por todos os meios de prova em direito admissíveis, notadamente através do depoimento pessoal da Reclamante, sob pena de confissão, da oitiva de testemunhas, dentre outros permitidos dentro da dilação probatória.
21 – A Reclamada requer, ainda, a condenação do Reclamante por litigância de má-fé, em vista do exposto nesta peça.
P. deferimento
Local, XX de XX de XXX.
Assinatura do Advogado
OAB/XX

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