Prévia do material em texto
Faculdade LS Eduacional Disciplina: Governança Corporativa Professor: Ossimar Ribeiro Aluna: Geyce Anne Lima Sales Atividade: Resumo Lei Sarbanes e Oxley Lei Sarbanes e Oxley Por autoria do senador Paul Sarbanes e o deputado Michael Oxley, em 30 de julho de 2002, foi criado a lei Sarbanes e Oxley, também conhecida como lei sox. A lei foi criada com o objetivo de evitar as fraudes financeiras e para recuperar a credibilidade do mercado de capitais americano e foi originada por consequência da grande crise financeira ocorrida nos Estados Unidos no ano de 1929, na qual ocorreu inúmeras fraudes e escândalos contábeis que atingiram fortemente grandes corporações naquela época. Nesse período, não havia nenhuma regra ou norma que regulamentava os processos financeiros das grandes empresas e tão pouco a transparência na divulgação de dados. Os processos tinham como base as práticas existentes de governança corporativa praticadas por inúmeras empresas pelo mundo. Porém, muitos gestores, não se alinhavam a essas boas práticas e se aproveitavam da falta de leis e regulação para tirar vantagens próprias e que corroboraram para que o mercado financeiro internacional ser impactado por inúmeros escândalos de fraudes e falência das grandes empresas, gerando prejuízos e ações judiciais no valor de bilhões de dólares e desempregando dezenas de milhares de pessoas nessa época. Além disso esses escândalos desencadearam uma desconfiança generalizada no mercado de capitais americano, levando a uma fuga de investidores que já se sentiam seguros com relação as escriturações contáveis e aos princípios de governança adotados pelas empresas norte- americanas. Com esse cenário, a lei Sarbanes e Oxley foi criada para ser aplicada a todas as empresas, sejam elas americanas ou estrangeiras, desde que tenham investimentos em capital americano. A lei sox é dividida em 11 capítulos, com um número variável de seções cada um, totalizando 69 seções e obriga as empresas a reestruturarem processos para aumentar os controles de segurança e a transparência no que diz respeito a como são conduzidos os seus negócios, a administração financeira, as escriturações contábeis, a gestão e também a divulgação das informações. Na prática, ela define por lei e torna obrigatória uma série de medidas que já eram consideradas no mundo inteiro como práticas de boa governança corporativa. A Lei sox tem como o objetivo explícito de evitar a ocorrência de fraudes e criar meios de identificá-las quando ocorrem, reduzindo os riscos nos negócios e garantindo a transparência na gestão, prevê a criação, nas empresas, de ferramentas e mecanismos confiáveis de auditoria e segurança, a definição de regras para a criação de comitês encarregados da supervisão de suas atividades e operações. A eficácia dos controles internos em relação aos relatórios financeiros e a divulgação de informações, bem como o monitoramento e estabelecimento desse processo é explicitamente imposto pela lei aos Diretores Executivos e Diretores Financeiros das empresas. Nesse sentido, as empresas de auditoria e os advogados contratados trabalham com maior independência, mas também aumenta muito o grau de responsabilidade sobre seus atos. O mecanismo de supervisão e monitoramento dos processos de auditoria das empresas sujeitas a SOx, é feito através do Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB ou seja Conselho de Auditores de Companhias Abertas) que tem o objetivo e a missão de estabelecer as normas de auditoria, independência em relação aos processos de inspeção e a emissão dos relatórios de auditoria, controle de qualidade, ética. Estão previstas inspeções às empresas de auditoria para obrigá-las a cumprir as regras estabelecidas e estar sempre em consonância com a SEC. O descumprimento da SOx, em relação a integridade e fidedignidade das demonstrações financeiras e a certificação de demonstrativos em desacordo com a lei poderá ser aplicada as penalidades, que variam de uma multa de até USD 1.000.000 e/ou a reclusão por até 10 anos. E quando o descumprimento da lei for intencional (normalmente com finalidades fraudulentas) pode ser de até USD 5.000.000 e a reclusão pode chegar a 20 anos.