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Qual o objeto de estudo do direito material do trabalho? - Relação de emprego e outras formas de trabalho subordinado – Direito Individual do Trabalho - Organizações que representam categorias profissionais e econômicas (sindicatos) – Direito Coletivo do Trabalho DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO - > Objeto de estudo: Direitos individuais Relações individuais de trabalho subordinado (Ex.: relação de emprego – empregado e empregador – contrato individual de trabalho) Formas de trabalho subordinado: Trabalho temporário, intermitente e avulso Trabalho subordinado (quem define o modo de executar o serviço é o contratante) / trabalho autônomo (quem define o modo de executar o serviço é o trabalhador) -> ambos configuram prestação de serviços Trabalhador autônomo é amparado pelo direito civil e não tem direitos trabalhistas Trabalho subordinado é regulado pela CLT ou por leis especiais – possui direitos trabalhistas O Direito do trabalho leva em consideração o que acontece na prática, não o contrato (um trabalhador autônomo que na prática é empregado – no dia a dia tiver elementos do vínculo empregatício, tem direitos trabalhistas) – pejotização pode ser considerada fraude trabalhista (contrata como autônomo e trata como subordinado) Todo empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado (pode ser trabalhador autônomo) Relação de emprego: contrato individual de trabalho; Trabalho autônomo: contrato de prestação de serviços O objeto de estudo do direito individual do trabalho é a relação de trabalho subordinado Precarização do trabalho -> Entregadores de aplicativo de delivery – As novas formas de trabalho que não se enquadram em trabalho subordinado nem trabalho autônomo HISTÓRICO O marco histórico do direito do trabalho é o processo de industrialização Contexto econômico: o Revolução industrial; o Produção em serie; o Desaparecimento de artesãos – substituídos pelas máquinas – Êxodo rural (pessoas do campo que tiveram seu trabalho substituído por máquinas migram para as cidades); o Demanda por trabalho; o Menor oferta de trabalho. Contexto político-jurídico: o Revolução francesa; o Estado liberal; o Mero espectador; ampla liberdade econômica; interesse individual; o Autonomia da vontade nos contratos. O cenário econômico e político-jurídico provoca o aumento da desigualdade e condições precárias de trabalho. Não havia uma proteção estatal, pois, o direito partia do pressuposto de que as partes eram iguais. Contexto social: o Exploração da força de trabalho (jornada de trabalho elevada, baixos salários, falta de segurança e higiene no trabalho, trabalho infantil, etc.); o Condições precárias de trabalho; o Falta de proteção estatal; o Necessidade de uma legislação específica. Duas classes com interesses antagônicos -> capitalistas e proletários Desigualdade econômica Questão social – influencia do marxismo e da doutrina social da igreja católica Inicio da reivindicação por uma intervenção estatal – por meio de leis Mudança do Estado Liberal para o Estado e bem estar social, que intervem na ordem econômica e social limitando a liberdade plena das partes na relação de trabalho, o que dá início a um novo ramo do direito (Direito do Trabalho) Traz a dignidade ao trabalhador por meio da proteção estatal Direito do trabalho é impulsionado com a criação da OIT Com Vargas se deu a criação de uma politica trabalhista 1930 – Criação do Ministério do Trabalho 1941 – Criação da Justiça do Trabalho – Instituida pela Constituição de 1934 – Propósito de controle dos movimentos sociais 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) DEFINIÇÃO DE TEORIA GERAL DO TRABALHO Conjunto de normas e princípios que disciplinam; Relação de emprego e outras formas de trabalho subordinado; Organizações que representam as categorias profissionais e econômicas. TEORIA GERAL DO TRABALHO Art. 7º, CF – Direitos fundamentais – Licença maternidade, licença paternidade, seguro- desemprego, aposentadoria, etc Limite de jornada – 44 semanais Art. 8º - Liberdade de associação profissional ou sindical; Art. 9º - Direito de greve Art. 10º - Participação dos trabalhadores e empregados nos órgãos colegiados dos órgãos públicos Art. 11º - representação dos trabalhadores nas empresas com mais de 200 empregados FONTES DA TEORIA GERAL DO TRABALHO Convenção e acordo coletivo de trabalho – Art. 611, CLT 1. Ambas são acordos de caráter normativo; 2. Ambas regulam ações individuais de trabalho no âmbito das respectivas representações; 3. Ambas regulam condições de trabalho específicas 4. A diferença entre convenção e acordo coletivo é que o acordo é mais restrito, funciona entre sindicato e empresa; já a convenção tem um âmbito mais amplo, funcionando entre sindicatos, que podem negociar com uma ou mais empresas. Sentenças normativas 1. Existe em conflitos trabalhistas coletivos; 2. É uma decisão judicial que contém as cláusulas que serão aplicáveis às categorias, com base nas negociações anteriores, e regularão as relações individuais Regulamento interno de empresa 1. Conjunto de normas criadas pela própria empresa para valer no seu âmbito interno, não podendo contrariar a lei, sentenças normativa, acordos coletivos nem convenções coletivas; PRINCÍPIOS Princípio de Proteção: intenção de proteção do trabalhador para alcançar uma igualdade jurídica, tendo em vista uma desigualdade natural da relação; Princípio In Dubio Pro Operario: “na dúvida, a favor do trabalhador” – Na dúvida da interpretação da norma, aplicar-se-á a mais favorável ao trabalhador – uma norma com mais de uma aplicação; Princípio da norma mais favorável ao trabalhador: no caso de haver mais de uma norma aplicável ao mesmo caso, aplica-se a norma mais favorável ao trabalhador 1. Reforma trabalhista trouxe modificações: 1.1. Convenções e acordos coletivos tem prevalência sobre a lei nos casos que não estão relacionados no art. 611-B – O negociado prevalece sobre o legislado Princípio da condição mais favorável ao trabalhador: condições previstas em contratos ou regulamento interno de empresa – o trabalhador pode negociar, desde que observe a lei, as sentenças normativas, as convenções coletivas, exceto quando os trabalhadores de ensino superior que tenham faixa salarial superior a duas vezes o máximo dos benefícios da previdência, pois, eles podem negociar individualmente 1. Alteração contratual: o empregado foi contratado em determinado regime de trabalho e o empregador propõe a mudança do mesmo – a mudança tem que ser aceita por ambas as partes e não pode prejudicar ao trabalhador Princípio da irrenunciabilidade dos direitos: os direitos não podem ser renunciados pelo trabalhador, a não ser que no limite disposto pela lei; Princípio da primazia da realidade: Prevalece a verdade real em relação a verdade formal - Ex.: Se um funcionário bate o ponto na empresa e, ao chegar em casa, começa a prestar serviço de forma remota por pedido de seu chefe. Caso seja comprovada a prestação de serviços após o registro no ponto eletrônico, o juiz poderá determinar o pagamento de horas extras; Princípio da intangibilidade salarial: proteção do salário pelo seu caráter alimentar 1. Valor nominal do trabalho: em regra geral o salário não pode ser reduzido, a não ser que haja negociação com o sindicato – Com a pandemia foi permitida a negociação individual para redução de jornada de trabalho com redução salarial 2. Montante efetivo recebido: é vedado ao empregador realizar qualquer desconto no salário, a não ser que haja adiantamento salarial, que o desconto decorra de dispositivo de lei ou de contrato coletivo 3. Impenhorabilidade: o salário é impenhorável a não ser quando seja para pagamento de pensãoalimentícia ou caso o salário exceda 50 salários mínimos Princípio da continuidade: a mudança na propriedade ou estrutura jurídica da empresa não afeta os contratos de trabalho
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