Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ensino Clínico em Alta Complexidade Nátali Artal Padovani Lopes Ribeirão Preto 2020 Apresentação da disciplina ○ Disciplina de interface com outras áreas, especialmente disciplinas básicas; ○ Subsídio para o saber pensar e agir para desenvolver as habilidades e competências do ENFERMEIRO; ○ Formação do conhecimento teórico e prático; ○ Alta Complexidade = Terapia intensiva + Emergência. Anatomia Fisiologia Farmaco Semiologia OBJETIVOS Capacitar o graduando de Enfermagem para o atendimento às necessidades do cliente e da família, em alta complexidade, de acordo com seu ciclo vital, na rede hospitalar e ambiente extra-hospitalar para prevenção, promoção, proteção, cura e reabilitação da saúde, de forma integrada e continua. Capacitar o discente para a gestão e cuidado em terapia intensiva geral e emergência, pré e intrahospitalar; Orientar o uso de materiais e equipamentos, de forma científica e sistematizada; Discutir intervenções de enfermagem; Desenvolver habilidades e competências para o cuidado em alta complexidade e tecnologias. “CONTEÚDO Planejamento e Organização Complicações Neurológicas Complicações Respiratórias Complicações Cardiovasculares Complicações Digestivas e Metabólicas Complicações Geniturinárias Complicações Traumáticas Procedimentos Invasivos de AC AVALIAÇÃO ○ AV1 ○ Avaliação cognitiva dissertativa (50%); ○ Elaboração de projeto científico em AC (50%); ○ AV2 ○ Avaliação cognitiva dissertativa (50%); ○ Estudo de Caso (50%); Frequência 75% Pré e pós teste diário Participação aulas e atividades NOTA = média aritmética ≥ 6,0 ○ AV3 ○ Avaliação cognitiva dissertativa (100%); ○ 4 questões. 17/ago Apresentação da Disciplina, estrutura dos serviços e políticas públicas de U.E. 24/ago Complicações Neurológicas 31/ago Complicações Respiratórias 07/set FERIADO - Independência do Brasil 14/set Complicações Cardiovasculares 21/set Complicações Digestivas e Metabólicas 28/set Complicações Geniturinárias 05/out AV1 12/out FERIADO - Nossa Senhora Aparecida 19/out Procedimentos Invasivos de Alta Complexidade 26/out Complicações Traumáticas e Infecciosas Sistêmicas 02/nov FERIADO - Dia de Finados 09/nov Complicações Exógenas 16/nov Revisão AV2 23/nov AV2 30/nov Revisão AV3 07/dez AV3 14/dez Plantão de dúvidas e fechamento de pauta Simula AV1 17 à 28/08 Aulas gravadas; Material disponível via SAVA e TEAMS; Participação nas aulas; Frequência e pontualidade nos acessos; Cuidado com áudios/câmeras durante as aulas; Demandas específicas da disciplinas devem ser feitas formalmente; Atenção às demandas extra horário de aula; E-mail da professora: lopes.natali@estacio.br. ATENÇÃO O que te remete a cuidados de Alta Complexidade? www.menti.com 74 83 64 7 http://www.menti.com/ O cuidado de forma idealizada, recebido/vivido pelo paciente, é somatório de um grande número de pequenos cuidados parciais que vão se complementando, de maneira mais ou menos consciente e negociada, entre os vários cuidadores que circulam e produzem a vida do hospital. Assim, uma complexa trama de atos, procedimentos, fluxos, rotinas e saberes, num processo dialético de complementação, mas também de disputa, compõe o que entendemos como cuidado em saúde. (Cecílio; Merhy, 2002) É diferente para os cuidados de alta complexidade? As tecnologias (Merhy, 1997) ○ LEVE Refere-se às tecnologias de relações do tipo produção de vínculo, autonomização, acolhimento, gestão como uma forma de governar processos de trabalho. ○ LEVE-DURA Diz respeito aos saberes bem estruturados, que operam no processo de trabalho em saúde, como a clínica médica, a clínica psicanalítica e a epidemiologia. ○ DURA É referente ao uso de equipamentos tecnológicos do tipo máquinas, normas e estruturas organizacionais. “ Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde. Atenção básica e de média complexidade. (BRASIL, 2007) DEFINIÇÃO Assistência ao paciente portador de doença renal crônica (diálise); Assistência ao paciente oncológico; Cirurgia cardiovascular (adulta e pediátrica); Cirurgia Vascular; Procedimentos da cardiologia intervencionista; Procedimentos endovasculares extracardíacos; Laboratório de eletrofisiologia; Assistência em tráumato-ortopedia; Procedimentos de neurocirurgia; Assistência em otologia; Cirurgia de implante coclear; Cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; Transplantes. Rede de assistência em alta complexidade (SUS) Cirurgia/Reabilitação de calota craniana, face e sistema estomatognático; Procedimentos em fissuras lábio-palatais; Procedimentos para a avaliação e o tratamento dos transtornos respiratórios do sono; Assistência aos pacientes portadores de queimaduras; Assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica); Cirurgia reprodutiva; Genética clínica; Terapia nutricional; Distrofia muscular progressiva; Osteogênese imperfeita; Fibrose cística e reprodução assistida. Rede de assistência em alta complexidade (SUS) Distribuição do número de atendimentos de urgência no município de Ribeirão Preto, no período de Julho/2019 à Junho/2020. Ribeirão Preto, SP, 2020. 2100 2200 2300 2400 2500 2600 2700 jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 FONTE: Brasil, 2020. TOTAL = 30627 Urgência e Emergência Terapia Intensiva URGÊNCIA Ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. EMERGÊNCIA Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato. PORTARIA Nº 354, DE 10 DE MARÇO DE 2014 Publica a proposta de Projeto de Resolução "Boas Práticas para Organização e Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência". UTI Unidade de Terapia Intensiva; Atendimentos com maior grau de especificidade e especialização. CTI Centro de Terapia Intensiva; Atende diversas especialidades clínicas em um mesmo local. Unidades de monitoramento intensivo e contínuo do cliente grave/crítico. § 1º Paciente crítico/grave é aquele que se encontra em risco iminente de perder a vida ou função de órgão/sistema do corpo humano, bem como aquele em frágil condição clínica decorrente de trauma ou outras condições relacionadas a processos que requeiram cuidado imediato clínico, cirúrgico, gineco-obstétrico ou em saúde mental. (PORTARIA Nº 2.338, DE 3 DE OUTUBRO DE 2011) Estrutura Física ○ RDC nº 50/2002 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. ○ RDC nº 07/2010 Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Urgências de Baixa e Média Complexidade QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO INSTALAÇÕES Área externa para desembarque de ambulâncias 1 21,00 m de área coberta Sala de triagem médica e/ou de enfermagem 1 8,0 m Sala de serviço social 1 6,0 m Sala de higienização 8,0 m Sala de suturas / curativos 1 9,0 m Sala de reidratação 6,0 m por leito Sala de inalação 1 1,6 m por paciente Sala de aplicação de medicamentos 5,0 m Sala de gesso e redução de fraturas 1 10,0 m quando houver boxes individuais = 4,0 m por box Sala para exame indiferenciado 1. Cálculo do nº de salas: Nº de atendimentos de urgência= (População geral) x (Nº de consultas/habitantes/ano) x (Estimativa percentual do total de consultas médicas que demandam atendimento de emergência) 7,5 m Sala para exame diferenciado (oftalmo, otorrino, etc) A dependerdo equipamento utilizado Sala de observação 1 quando não existir a unidade de emergência 8,5 m Posto de enfermagem e serviços 1 a cada 12 leitos de observação 6,0 m Urgências de Alta Complexidade QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO INSTALAÇÕES Posto de enfermagem / prescrição médica 1 para cada 12 leitos de observação 6,0 m Sala de serviços 1 5,7 m Sala de isolamento 8,0 m Sala coletiva de observação de pediatria 1 de pediatria, 2 de adulto (mas e fem). O nº de leitos é calculado sobre a estimativa do total de atendimento de emergência e urgência. A sala de pediatria é opcional quando o nº de leitos total de obs. for igual a 6. 8,5 m por leito Salas coletivas de observação de adulto - masculina e feminina ¹ 8,5 m por leito Sala de procedimentos especiais (invasivos) 15,0 m Área de escovação 2 torneiras por sala invasivos 1,10 m por torneira Sala de emergências (politraumatismo, parada cardíaca, etc) 1 12m / leito (2 leitos no min.), com distância de 1 m entre estes e paredes, exceto cabeceira e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. Pé-direito mínimo = 2,7 m Estruturas de Apoio ○ Recepção e sala de espera; ○ Área para guarda de pertences de pacientes; ○ Banheiros para pacientes (salas de observação e isolamento); ○ Rouparia; ○ Sanitários para funcionários; ○ Banheiro e quarto para funcionários (plantão) ○ Depósito de equipamentos; ○ Sala de Utilidades e expurgo; ○ Copa; ○ Salas administrativas*; ○ Posto policial*. ***Atendimento pediátrico deve ser separado do adulto. CTI UNIDADE / AMBIENTE D I M E N S I O N A M E N TO QUANTIFICAÇÃO (min.) DIMENSÃO(min.) Internação intensiva-UTI / CTI (1) É obrigatória a existência em hospitais terciários e secundários (100 leitos), bem como nos especializados que atendam pacientes graves, de risco ou gestação/parto de alto risco. Neste último deve-se dispor de UTI adulto e neonatal. . Posto de enfermagem / área de serviços de enfermagem 1 para cada área coletiva ou conjunto de quartos, independente do nº de leitos. Ao menos um dos postos (quando houver mais de um) deve possuir 6,0m. Área para prescrição médica 1,5 m Quarto (isolamento ou não)*** Mínimo de 5 leitos podendo existir quartos ou áreas coletivas, ou ambos. O nº de leitos de UTI deve corresponder a no mínimo 6% do total de leitos da instituição de saúde. Deve ser previsto um quarto de isolamento para cada 10 leitos de UTI, ou fração. 10,0 mcom distância de 1 m entre paredes e leito, exceto cabeceira e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. Área coletiva de tratamento (exceto neonatologia) 9,0 m por leito com distância de 1 m entre paredes e leito, exceto cabeceira e de 2 m entre leitos e com espaço suficiente para manobra da maca junto ao pé dessa. Sala de higenização e preparo de equipamentos / material 1. "In loco" ou não 6,0m com dimensão mínima igual a 1,5 m Sala de entrevistas 6,0m Estruturas de Apoio ○ Sala de utilidades, expurgo e resíduos; ○ Guarda de equipamentos; ○ Sanitários/vestiário (funcionários e pacientes); ○ Sala de espera; ○ Quarto de plantão; ○ Rouparia; ○ Sala administrativa; ○ Copa; ○ Posto de enfermagem em posição estratégica; ○ Box em ambientes coletivos >>> privacidade; ○ Poltrona para acompanhantes em pediatria.***ÁREA RESTRITA Disposição dos leitos ○ Não há um padrão; ○ Os leitos podem estar distribuídos em: ◦ Leitos-box; ◦ Quartos (aquários). ○ Devem permitir visualização do cliente e rápido atendimento; ○ Central de monitoramento. Iluminação Iluminação natural e artificial; Uso de foco de luz; Procedimentos e avaliação do cliente. Ventilação Mínimo 6 trocas de ar/hora; Filtro absoluto (H13) na exaustão de leitos de isolamento. ASPECTOS ERGONÔMICOS Recursos Materiais (por leito) Recursos Materiais (por leito) Equipamentos e materiais para monitorização contínua: frequência respiratória; oximetria de pulso; frequência cardíaca; cardioscopia; temperatura; pressão arterial não-invasiva. Cuffômetro Recursos Materiais (na Unidade) 1. Capnógrafo (pCO2); 2. Ventilador pulmonar mecânico; 3. Equipamento para ventilação pulmonar mecânica não invasiva; 4. Materiais de interface facial para ventilação pulmonar não invasiva; 5. Materiais para drenagem torácica em sistema fechado; 6. Materiais para traqueostomia; 7. Foco cirúrgico portátil; 8. Materiais para acesso venoso profundo; 9. Materiais para flebotomia; 10.Materiais para monitorização de pressão venosa central; 1 32 4 7 Recursos Materiais (na Unidade) Recursos Materiais (na Unidade) Recursos Humanos ○ 1 Responsável Técnico médico; ○ 1 enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem; ○ 1 fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia; ○ Médico diarista/rotineiro: 01 para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino; ○ Médicos plantonistas: mínimo 01 para cada 10 leitos ou fração, em cada turno. ○ Enfermeiros assistenciais: mínimo 01 para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno; (RDC nº 26/2012) ○ Fisioterapeutas: mínimo 01 para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação; ESPECIALISTAS Recursos Humanos ○ Técnicos de enfermagem: mínimo 01 para cada 02 leitos em cada turno; (RDC nº 26/2012) ○ Auxiliares administrativos: no mínimo 01 exclusivo da unidade; ○ Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada turno. ○ Art. 17 A equipe da UTI deve participar de um programa de educação continuada, contemplando, no mínimo: ◦ Normas/rotinas técnicas e incorporação de novas tecnologias; ◦ Gerenciamento dos riscos e segurança do pacientes e profissionais. ◦ Prevenção e controle de infecções. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 354, DE 10 DE MARÇO DE 2014. Boas Práticas para Organização e Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência, 2014. Acesso: Ago/2020. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0354_10_03_2014.html#:~:text=2.1%20Emerg%C3%AAncia%3A%20Constata%C3%A7%C3%A3o%20 m%C3%A9dica%20de,necessita%20de%20assist%C3%AAncia%20m%C3%A9dica%20imediata. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Conceitos Gerais Sobre Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS. Brasília, 2007. In: BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS. Brasília, 2007. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro9.pdf>. Acesso em: Ago/2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Brasília, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html>. Acesso em: Ago/2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Brasília, 2010. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_07_2010_COMP.pdf/7041373a-6319-4251-9a03-0e96a72dad3b>. Acesso em: Ago/2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 26, de 11 de maio de 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0026_11_05_2012.html>. Acesso em Ago/2020. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. Morbidade Hospitalar do Sus – Por Local de Residência – São Paulo. Internações segundo Macrorreg de Saúde/Município. Município: 354340 Ribeirão Preto. Caráter atendimento: Urgência. 2019-2020. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nrsp.def>. Acesso em: Ago/2020. KNOBEL, E. Terapia Intensiva: enfermagem. 1 ed., São Paulo: Editora Atheneu. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0354_10_03_2014.html#:~:text=2.1%20Emerg%C3%AAncia%3A%20Constata%C3%A7%C3%A3o%20m%C3%A9dica%20de,necessita%20de%20assist%C3%AAncia%20m%C3%A9dica%20imediata.http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro9.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_07_2010_COMP.pdf/7041373a-6319-4251-9a03-0e96a72dad3b http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0026_11_05_2012.html http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nrsp.def
Compartilhar