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Aula Sociologia e Antropologia - Direito 31-08-2020

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Sociologia e Antropologia
Aula 31-08-2020
Profª Renata Maldonado
Conteúdo: Clássicos da Sociologia
Textos para discussão: 
Max Weber, “Sobre os tipos ideais”.
Objetivo: apresentar a noção weberiana de tipos ideais.
Max Weber, “Os três tipos puros de dominação legítima”. 
Objetivo: exemplificar a utilização do método weberiano, por meio dos tipos ideais de dominação.
Conteúdo da Seção 
2
Max Weber - (1864-1920)
Sociólogo alemão, um dos “pais fundadores” da disciplina.
Principais livros de sua autoria:
A ética protestante e o espírito do Capitalismo (1904-5)
Economia e sociedade (1922) 
Vários estudos sobre sociologia da religião.
3
Burocráticos
“Burocráticos”, projeto fotográfico do holandês Jan Banning http://www.janbanning.com/gallery/bureaucratics/
Sérgio Buarque de Holanda, “O homem cordial”, capítulo de Raízes do Brasil (1936).
Texto que encerra a Unidade 1 do Curso (“O Mundo das Ciências Sociais”). 
Objetivo: confrontar um “tipo ideal”, no sentido weberiano, com a realidade social brasileira.
5
Sociólogo, historiador, jornalista, professor universitário, homem de letras e de política.
Autor de Raízes do Brasil, um dos mais importantes livros sobre a formação social brasileira.
Curiosidade: pai do compositor Chico Buarque.
Sérgio Buarque de Holanda (1902 - 1982)
6
Cordial = usado no sentido etimológico: do latim cordialis, de cor cordis, “coração”  “relativo ao coração”.
Não é “civilidade”, “etiqueta”, “polidez”: é o contrário!
É expressão de um “fundo emotivo transbordante”, de manifestações espontâneas.
O “homem cordial”
7
“[...] essa cordialidade, estranha, por um lado, a todo formalismo e convencionalismo social, não abrange, por outro lado, apenas e obrigatoriamente, sentimentos positivos e de concórdia. A inimizade bem pode ser tão cordial como a amizade, nisto que uma e outra nascem do coração, procedem, assim, da esfera do íntimo, do familiar, do privado. Pertencem, efetivamente, para recorrer a um termo consagrado pela moderna sociologia, ao domínio dos ‘grupos primários’, cuja unidade [...] ‘não é somente de harmonia e amor’”. (nota p. 205.)
“Cordialidade”: 
Sentimentos Positivos e Negativos
8
Esquema esfera – privada x pública
Esfera privada ou íntima 
 (do coração)
-----------------------------------
Amizade 
Inimizade 
Esfera pública ou política
-----------------------------
Benevolência
Hostilidade
9
Trecho extraído de Chico – ou o país da delicadeza perdida, documentário que Chico Buarque estrelou para a televisão francesa em 1990. Chico Buarque comenta sobre a noção de Homem Cordial formulada por seu pai, Sérgio Buarque de Holanda. Produção Videofilmes. Direção: Walter Salles, Nelson Motta. Narração: Paulo José.
Chico Buarque fala sobre o “homem cordial”
https://youtu.be/xAVRGvoy2Sk
Emprego dos diminutivos (“inho”), como forma de familiarização com coisas ou pessoas.
Omissão do nome de família no tratamento social (recusa das abstrações nas relações sociais, ênfase nas categorias de parentesco, vizinhança e amizade (sangue, lugar, espírito).
Exemplos de manifestações – da “cordialidade”
11
Catolicismo brasileiro  intimidade com o sagrado, ênfase nos sentimentos e nos sentidos, recusa da razão e da vontade. 
Recusa a qualquer forma de convívio que não seja ditada por uma ética de fundo emotivo; horror às distâncias e ao formalismo nas relações sociais; aversão ao ritualismo (contraste com a sociedade japonesa).
Exemplos de manifestações da “cordialidade”
12
Caracterizada pela dificuldade em distinguir os domínios do público e do privado; do Estado e da família  tendência a ver uma esfera como extensão da outra.
Patrimonialismo, e não burocracia (tipos ideais, Weber): a gestão política como assunto de interesse particular, com base na confiança pessoal, e não em capacidades abstratas, racionais (como a ordenação impessoal, característica da burocracia). Predomínio das vontades particulares.
A sociedade brasileira
Visão de Sérgio Buarque de Holanda
13
O “nepotismo” na política seria um exemplo do que Sérgio Buarque de Holanda fala sobre a dificuldade em se distinguir os domínios do público e do privado?
A expressão “Você sabe com quem está falando?” seria característica do “homem cordial”? 
Geralmente tendemos a ver apenas o lado negativo da “burocracia”. Contrastado com o mundo dominado pelo patrimonialismo (no qual predominam as relações pessoais), quais seriam as características positivas da burocracia?
Sugestões para pensar em sala
14
Trajetória pessoal e tempo histórico: noção de “campo de possibilidades”.
Socialização primária e secundária.
Memória e identidade social.
Disciplina e enquadramento dos indivíduos.
Norma, desvio e divergência: a imposição de regras e suas transgressões.
A construção da identidade social: 
relação entre indivíduo e sociedade
15
Um dos principais livros sobre política já escritos, publicado em 1513.
Este capítulo (XXV) trata da medida em que nossas vidas são resultado da conjunção entre a fortuna (isto é, o acaso, a sorte, fenômenos que não dependem de nossa vontade) e a virtú (literalmente, “virtude”), que corresponde à parcela de livre-arbítrio de que dispomos.
Maquiavel: “Julgo poder ser verdade que a sorte seja o árbitro da metade das nossas ações, mas que ainda nos deixe governar a outra metade, ou quase.”
Maquiavel – O Príncipe
16
Esse texto de Maquiavel pode ser aproximado da noção de “campo de possibilidades”, tal como formulado pelo antropólogo Gilberto Velho. Para ele, os projetos individuais (ações com objetivos predeterminados) não são fenômenos puramente internos, subjetivos. Cada projeto:
“formula-se e é elaborado dentro de um campo de possibilidades, circunscrito histórica e culturalmente, tanto em termos da própria noção de indivíduo como dos temas, prioridades e paradigmas culturais existentes.” (Individualismo e Cultura, Ed. Jorge Zahar, cap. 1.)
Campo de possibilidades
17
O processo pelo qual um indivíduo se torna membro da sociedade (na verdade, de uma sociedade específica) é chamado de socialização.
A socialização primária é a primeira socialização que o indivíduo experimenta, na infância.
A socialização secundária é qualquer processo posterior que introduz o indivíduo já socializado em novos setores de sua sociedade.
O Processo de Socialização
18
É a mais importante para o indivíduo, por ser a primeira e mais fundamental.
É de responsabilidade dos “outros significativos” do indivíduo, que ele já encontra quando vem ao mundo (p. ex.: pais, avós, irmãos, etc.).
O conteúdo da socialização primária varia em função da localização desses “outros significativos” na estrutura social (p. ex.: a classe social a que pertencem).
Socialização Primária
19
A socialização primária não envolve apenas aprendizado cognitivo: implica também alto grau de emoções. 
Daí surge a identificação da criança com seus “outros significativos”: ela absorve seus papéis e atitudes, interiorizando-os.
Esse processo é dialético (não é unilateral nem mecânico) e realiza-se sempre dentro do horizonte de um mundo social específico (não é igual para todos).
Socialização Primária
20
A criança assume então uma identidade própria: passa a localizar-se dentro de um mundo social, dentro do qual lhe é atribuído um lugar específico.
A criança vai progressivamente abstraindo os papéis e atitudes dos “outros significativos”, passando a relacionar-se com os “outros generalizados” e a apreender normas gerais.
Com isso, ela passa a perceber-se como membro de uma sociedade.
Socialização Primária
21
Esse processo é dialético, envolvendo sociedade, identidade e realidade. Nunca se forma, no entanto, uma simetria perfeita e completa entre a realidade objetiva e a realidade subjetiva do indivíduo.
Uma característica importante da socialização primária é que nela o indivíduo não escolhe seus “outros significativos”: eles lhe são dados e são aqueles que estabelecem as “regras do jogo”.
SocializaçãoPrimária
22
O mundo social que é interiorizado durante a socialização primária é percebido como o mundo, e não como um dentre outros possíveis. Essa percepção (e as dúvidas que acarreta) só virão mais tarde.
Por essas razões é que o mundo interiorizado na socialização primária permanece mais firmemente marcado na consciência, e é mais difícil de ser alterado.
Há grande variação cultural e histórica nos processos de socialização primária.
Socialização Primária
23
O vídeo “Bathing babies in three cultures” (“Dando banho em bebês em três culturas”) mostra como esse ato simples e “natural” pode variar muito em diferentes culturas. Foi produzido em 1954 pelos antropólogos Gregory Bateson e Margaret Mead. 
Disponível em: https://youtu.be/Z7PYCc7cZis
Socialização Primária
A socialização secundária ocorre quando há a interiorização de “submundos” institucionais ou baseados em instituições. Consiste na “aquisição do conhecimento de funções específicas, funções direta ou indiretamente com raízes na divisão do trabalho” (p.185). Ex.: tornar-se militar, padre, operário, etc.
Os “submundos” interiorizados na socialização secundária são, contrastados com o mundo da socialização primária, realidades parciais.
Socialização Secundária
25
A passagem da socialização primária é muitas vezes marcada por “rituais de passagem”.
Diferentemente da socialização primária, que pressupõe alto grau de identificação (cognitiva e emocional) com os “outros significativos” da criança, nos processos de socialização secundária pode haver menos identificação e maior “distanciamento do papel” social (expressão do sociólogo canadense Erving Goffman).
Socialização Secundária
26

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