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XI CASI - TRANSPARÊNCIA, ACESSO A INFORMAÇÃO E GESTÃO POR PROCESSOS

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Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07de dezembro de 2018 
 
 
 
1 
 
Transparência, Acesso a Informação e Gestão por Processos: Uma Análise 
Bibliométrica 
 
 
Ariana da Silva Lauredo 
Vinícius Batista Gonçalves 
Andressa Aparecida Santana Furtini 
 
Resumo 
A demanda por maior transparência das organizações públicas pela sociedade tem sido objeto 
de estudos de um número razoável de trabalhos na atualidade, mesmo em trabalhos onde a 
mesma não é o foco a sua importância é relatada como necessária, entretanto não se sabe se 
tais produções existentes consideram, entre outros aspectos, a importância da gestão por 
processos em suas abordagens. Com isso, viu-se necessário um estudo para verificar se tal 
abordagem tem sido tema de estudos na área de administração pública. Com isso, foi 
realizada uma análise bibliográfica dos assuntos, com o objetivo de buscar, a frequência com 
que é abordada a importância de uma gestão por processos como facilitadora do acesso à 
informação nas organizações públicas. A proposta foi analisar o quantitativo de artigos que 
abordam as temáticas transparência e acesso à informação relacionadas à gestão por processos 
e, a partir dos resultados, desenhar um panorama geral de forma a estabelecer quais relações 
vem sendo feitas entre as mesmas. O que se pôde concluir com o estudo é que não há uma 
abordagem significativa do tema dentro dos estudos que citam a importância da transparência 
publica. Tal fato pode se dar porque os estudos pesquisados ainda priorizam outras formas de 
gestão como facilitadoras do processo de transparência ou ainda porque encontra-se uma 
divergência de ideias sobre o que vem a ser a gestão por processos. 
 
Palavras-chave: Transparência. Acesso informação. Gestão por processos. Estudo 
bibliométrico. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A questão da transparência pública se mostrou importante desde que foi 
delegado ao Estado as funções que objetivam o bem individual e coletivo, isso em troca de 
cumprimento de deveres e subvenção financeira por parte da sociedade civil. Levando-se em 
consideração o exposto e o que é apresentado pela Constituição Federal Brasileira de 1988, 
fica a cargo do Estado estabelecer regras que visem a manutenção da ordem pública, 
possuindo o mesmo o poder de verificar se o cidadão está cumprindo com os seus deveres, e 
penalizar caso não esteja. Entretanto o mesmo instrumento legal prevê que o cidadão também 
deve ter um retorno referente a atuação do Estado para com a sociedade, isso é, prevê o direito 
de acesso a informação em poder do Estado. 
 Visto que, na atualidade, vem aumentando a cobrança da sociedade pelos seus 
direitos, cada vez mais há uma cobrança da sociedade para com o Estado no que tange ao 
cumprimento das funções que lhe foram delegadas. A Constituição Federal de 1988 prevê que 
o Estado tem o dever de divulgar informações de interesse público. Logo, é importante uma 
gestão onde a transparência possa ser exercida de forma ágil e eficiente, sendo necessário que 
a organização pública defina uma forma de gestão que possibilite o atendimento de tais 
parâmetros. 
 A Lei de Acesso a Informação (LAI), também conhecida como Lei da 
 Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07de dezembro de 2018 
 
 
 
2 
 
Transparência, proposta pelo Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, 
órgão integrante da Controladoria-Geral da União (CGU), e encaminhada ao Congresso 
Nacional em 2009 trouxe importantes avanços no que concerne a questão da transparência 
pública. A lei estabelece princípios a serem seguidos pelos órgãos e entidades que sejam 
controlados direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, que 
considera que os mesmos devem fornecer informações de interesse público de forma clara, 
transparente e ágil, assim como considerar a divulgação e acesso a informação a regra, e o 
sigilo como a exceção. 
 O advento da LAI, trouxe à tona questões de como as organizações iriam se 
adequar ao devido cumprimento da lei. Ela apresenta os princípios que devem ser seguidos 
pelas organizações para garantir o seu adequado cumprimento. 
 Para a consolidação da democracia, a transparência e o acesso à informação 
pública são de extrema importância. Como um dos princípios de boa governança, a 
transparência incentiva maior responsabilidade e eficiência por parte dos gestores públicos, e 
a gestão por processos vem a ser uma importante visão para um alcance global desse 
incentivo dentro de uma organização pública. 
 A importância de uma gestão por processos não se restringe apenas a questão 
da transparência e do acesso a informação, a organização no geral ganha com agregação de 
valor aos serviços prestados, eficiência, agilidade e consequente satisfação social. Ao propor o 
engajamento de todos os integrantes da organização a gestão por processos facilita a 
reformulação de processos com foco no cidadão, fator que contribuí para facilitar o processo 
de transparência e acesso a informação. 
 Tais fatos, desse modo expostos, justificam o presente trabalho ao propor-se a 
analisar os benefícios que uma gestão por processos pode trazer as organizações sobre o 
processo de transparência pública e acesso a informação, pois as organizações públicas ainda 
enfrentam dificuldades de adequar as suas estruturas organizacionais e criar ferramentas de 
forma a facilitar o processo de transparência. Estudos a fim de identificar como as mesmas 
podem alcançar esse objetivo se fazem necessários. 
 Logo, é importante identificar como a gestão por processos vem sendo 
considerada nos estudos sobre transparência publica, de forma a verificar se tal modelo de 
gestão vem servindo de exemplo para instituições públicas que ainda estejam em busca de 
métodos que visem a adequação ao cumprimento da Lei de Acesso a Informação (Lei 12.527, 
de 18 de novembro de 2011), para com isso, se for o caso, estimular a pesquisa referente aos 
impactos que a mesma pode causar nas instituições e na sociedade. 
 A inspiração para o presente trabalho partiu do que estabelece a LAI, em seu 
artigo 5º “É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, 
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de 
fácil compreensão” (Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011). Dessa forma, como uma forma 
de atender ao exposto considerou-se que a gestão por processos seria uma opção apropriada 
para o alcance de tal objetivo. 
 Com isso, o presente estudo tem como objetivo relacionar a transparência e 
acesso a informação à gestão por processos, de forma a analisar trabalhos que apresentem a 
gestão por processos como uma prática de gestão para as organizações públicas, de forma a 
verificar se essa vem sendo uma preocupação abordada em estudos da área. Assim, este 
trabalho será realizado por meio de uma pesquisa bibliométrica em anais de um encontro na 
área administração, bem como consulta a revistas voltadas para a área de administração 
pública. 
 
 Rio de Janeiro/RJ – 06 e 07de dezembro de 2018 
 
 
 
3 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 O ACESSO A INFORMAÇÃO PÚBLICA 
 
 O acesso à informação é um dos direitos reconhecidos internacionalmente, a 
Declaração Universal do Direitos Humanos, em seu artigo XIX, expressa o direito a liberdade 
de opinião e expressão, e também de receber e transmitir informações e ideias por quaisquer 
meios e independentemente de fronteiras (ONU, 1948). 
 Segundo Silva (2010), a divulgação de informações referentes ao governo 
visando o controle externo do Estado não é algo atual, mesmo antes da Proclamação da 
República Brasileira já haviam formas de controle das finanças públicas. Entretanto, apenas 
após tal marco histórico, com a instituição dos Tribunais de Contas como órgão independente 
do governo com a função de acompanhar e controlar os gastos do tesouro nacional e que 
foram criadas leis e políticas que estabeleceram formas decontrole tal qual os moldes atuais. 
 Pode-se dizer que o direito de acesso à informação é algo fundamental nos dias 
de hoje, e se trata de importante ferramenta para a atuação da democracia. Todo o cidadão, em 
seu direito democrático, tem o direito de pedir e receber informações que estão sob a guarda 
de órgãos e entidades públicas. O exposto é defendido claramente com o advento da 
Constituição Federal Brasileira de 1988, onde estabeleceu um importante marco ao 
determinar em seu artigo 5º, que: 
 
todos tem direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado (BRASIL, 1988). 
 
 
O que é reforçado ainda dentro da própria Constituição, ao incluir dentro de seus 
princípios norteadores a questão da publicidade, constituindo como a obrigação de 
transparência dos atos do governo, conforme artigo 37 “a administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, dos distrito federal e dos municípios 
obedecerá os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” 
(BRASIL, 1988). 
A LAI ou Lei da Transparência, de 18 de novembro de 2011, proposta pelo Conselho 
de Transparência Pública e Combate à Corrupção, órgão integrante da Controladoria Geral da 
União (CGU), e encaminhada ao Congresso Nacional em 2009, veio a representar mais um 
grande marco em relação ao acesso a informação no Brasil, pois apresenta como dever do 
Estado a divulgação de informações públicas sem a necessidade de solicitação formal pelo 
cidadão, instituindo como obrigatória a divulgação das que sejam de interesse coletivo. A lei 
estabelece os órgãos que estão sujeitos a mesma conforme segue: 
 
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: 
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, 
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; 
II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios (BRASIL, 2011). 
 
 A lei estabelece que os órgãos do poder público devem utilizar ferramentas 
tecnológicas para permitir um maior alcance da informação pela população. Segundo Silva 
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4 
 
(2010), a especificação dessa obrigatoriedade em lei protege o cidadão na exigência de seus 
direitos, convidando-os ao controle social. 
 Com isso, a LAI vem, segundo Silva (2010, p. 84), “legitimar que se utilize 
tecnologias da informação e comunicação para atribuir transparência dos atos 
governamentais”, com isso facilitando a comunicação com a sociedade e o processo 
democrático. 
 Além de dar garantias de acesso à informação pelos cidadãos e a sua 
divulgação, a Lei também prevê que sejam criadas formas de proteção das mesmas, evitando-
se que as mesmas não possam ser acessadas por sua inexistência, e que a instituição se 
responsabilize pelo trato adequado das mesmas, conforme explicitado abaixo: 
 
Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e 
procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: 
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua 
divulgação; 
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e 
integridade; e 
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua 
disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso (BRASIL, 
2011). 
 
 Outro aspecto positivo que a LAI levantou, é o que permite uma maior 
compreensão das informações divulgadas para a população ao estabelecer que a linguagem 
utilizada seja clara e de fácil compreensão, isso de forma a permitir um fácil entendimento, 
facilitando o controle social. Logo, “uma gestão transparente tem como principais 
características o acesso às informações compreensíveis para todo o cidadão e a abertura para a 
sua participação no governo” (CRUZ et al. 2010, p. 3). 
 Com isso, cabe aos governos disponibilizar aos cidadãos as informações de 
interesse público, como uma boa prática de governança na gestão pública e como dever 
instituído em Lei, assim como também considerar o acesso à informação pública como a 
regra, e o sigilo como a exceção. 
 
2.2 TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL 
 
 A sociedade delega ao Estado o poder de exercício de atividades que visem o bem 
comum, e em troca paga seus tributos e impostos de forma a possibilitar a execução das 
mesmas. Através da transparência pública é permitido ao cidadão verificar o que vem sendo 
feito. 
 O Estado brasileiro ao longo dos anos vem aperfeiçoando cada vez mais os seus 
mecanismos de transparência, entretanto ainda sente-se uma carência no que se refere a 
clareza e facilidade de acesso a informação. 
 Na atualidade a transparência pública vem ganhando cada vez mais destaque. A 
sociedade vem exigindo com maior frequência maior transparência das informações, 
pressionando as organizações públicas para uma mudança de forma a garantir a população o 
seu direito de exercer o controle social. 
 
O controle social é a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no 
monitoramento e no controle das ações da administração pública, no 
acompanhamento das políticas, sendo um importante mecanismo de fortalecimento 
da cidadania. (BRASIL, 2014) 
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5 
 
 
 Há três formas de controle nas organizações públicas, o controle interno, o controle 
externo, exercido por outros órgãos do governo, e o controle social. Dentre elas, segundo 
Evangelista (2010), a última vem ser a mais eficaz, visto a sociedade no exercício do controle 
social representa uma grande arma para o combate à corrupção e aos desmazelos que podem 
estar presentes na gestão pública, uma forma de controlar os recursos oriundos da mesma que 
são confiados ao Estado para a promoção do bem-estar social e benefícios a coletividade. 
 Por isso, a obrigação do Estado de prestar contas dos seus gastos (accountability) se 
faz necessária, pois “no sistema democrático moderno, os princípios centrais são a soberania 
popular e o controle dos governantes pelos governados” (SANTOS, 2004, citado por 
EVANGELISTA 2010, p. 12). 
 Por isso é necessária a valorização do controle social, visto que se apresenta como 
ferramenta para medir a eficácia e efetividade das ações governamentais, uma vez que outras 
formas de controle não têm se mostrado efetivas. 
 
A atuação conjunta entre governo e sociedade pode resultar em valiosos ganhos 
econômicos, sociais e culturais. Os ganhos econômicos são os advindos dos recursos 
que o controle social pode evitar que sejam escoados pela corrupção. Os ganhos 
sociais advêm da elevação da qualidade dos serviços prestados à população pela 
administração pública e da melhora dos indicadores sociais relativos à saúde e à 
educação. Os ganhos culturais advêm do fortalecimento de valores importantes para 
a cidadania, como a responsabilidade sobre a coisa pública. (LIRA et al., 2003, p. 
68) 
 
 
 Considerando um país de proporções continentais como o Brasil, acaba por justificar 
as dificuldades encontradas, por isso a importância do apoio da sociedade, no apoio a gestão 
pública. 
 O controle social, com isso, irá auxiliar a gestão pública, ao evidenciar aos gestores 
quais as demandas da sociedade e a fiscalização de possíveis desvios de conduta, algo que 
pode ser extremamente difícil, considerando-se casos como o do Programa Social Bolsa 
Família, por exemplo, que possuí abrangência é nacional e que constantemente sofre 
denúncias de mau uso do benefício. No referido casoa importância do controle social se 
mostra essencial, ficando claro que o poder público não consegue exercer o controle sozinho, 
com isso cabe a sociedade juntamente, exercer tal função. 
 Outro aspecto importante em relação ao controle social, quando relacionado a gestão 
pública é referente a aceitação, pois as informações produzidas no Setor Público terão 
ressonância positiva na sociedade, se esta, em contrapartida, dispuser de meios para 
interpretá-las, avaliá-las e, assim, puder influenciar o ciclo de decisão governamental 
(EVANGELISTA, 2010. p. 12). 
 Logo, o incentivo à participação popular na gestão pública é de extrema importância 
para o controle e melhor aplicação dos gastos públicos, colaborando com isso com a gestão 
pública. Para fazer com que o cidadão se interesse em participar do processo de controle 
público, o primeiro passo é a disponibilização de informações de forma clara, transparente e 
simples. 
 
2.3 GESTÃO POR PROCESSOS 
 
Segundo Filho (2010), de acordo com a Fundação Nacional da Qualidade (2009), 
processo pode ser definido como um conjunto de atividades definidas previamente e 
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executadas em sequência de forma a alcançar um resultado que vise atender as necessidades e 
expectativas dos clientes e interessados. Segundo Harrington (1993, citado por ANJOS et al., 
2002), processo é uma ação que recebe uma entrada (input), a qual passa por um processo de 
transformação (agregando valor) gerando uma saída (output). A definição trazida por Filho 
(2010), se mostra mais interessante para o presente trabalho, ao colocar os clientes como parte 
interessada e os processos como atividades voltadas ao atendimento de suas necessidades. 
Conforme abordado por Moreno et. al (2013), há uma confusão em relação aos termos 
Bussiness Process Manegement (BPM) e Gestão por Processos, o primeiro aborda os 
conceitos de "Qualidade Total e da Reengenharia para projetar e melhorar continuamente os 
processos organizacionais” (MORENO et al., 2013, p. 2), enquanto o segundo aborda os 
mesmos conceitos aplicados a uma visão sistêmica da organização. Portanto uma organização 
orientada por processos se utiliza dos conceitos da BPM para alcançar seus objetivos, mas não 
necessariamente uma organização que utiliza dos mesmos é orientada por processos. 
Outra confusão que é importante abordar se trata da diferença entre a Gestão de 
Processos e Gestão por Processos, pois a primeira tem o foco voltado para um processo, 
gerindo e organizando uma determinada operação, enquanto a segunda, possui uma 
abordagem mais ampla baseada em uma visão sistêmica dos processos da organização 
(LOUZADA, 2013). 
Para organizar uma empresa ou instituição sob a ótica da gestão por processos é 
necessário que o foco do processo seja o cliente externo, e no caso do setor público o cidadão, 
que é onde os mesmos começam e terminam. No foco empresarial o objetivo é atender o 
cliente de forma rápida a um baixo custo, agregando com isso valor ao seu produto, no setor 
público é atender o cidadão de forma rápida e eficiente, de forma a garantir a satisfação e o 
bem-estar social. 
A gestão por processos, "possibilita uma visão integrada de todas as atividades da 
organização" (FILHO, 2010, p. 128), considera-se também que "processos tem necessidade de 
evoluírem ao longo de sua vida com o propósito de manter o cliente satisfeito" (FILHO, 2010, 
p. 128). Essa assertiva aplicada ao contexto de globalização atual, onde as mudanças e 
exigências por melhorias ocorrem com frequência, exigem uma resposta rápida das 
instituições públicas, que na grande maioria das vezes, não estão preparadas para acompanhá-
las. 
A gestão por processos pode trazer os seguintes benefícios para a organização, 
segundo Alencar e Souza (2013): Auxiliar a especificação do trabalho; Possibilitar o 
desenvolvimento de sistemas informacionais; Incentivar a gestão do conhecimento; E 
promover o redesenho e a melhoria dos trabalhos realizados. 
Logo, cabe as organizações saberem aplicá-la de forma a aproveitar ao máximo os 
seus benefícios e garantir o sucesso da gestão. 
Neste sentido a governança de processos, segundo Alencar e Souza (2013), visa 
elaborar e implementar procedimentos, diretrizes e ferramentas que irão direcionar a gestão de 
processos, com a definição de responsáveis pelos processos, a configuração da estrutura da 
organização e a coordenação de interação entre as unidades funcionais da organização. Com 
isso, “um modelo de governança definido contribui no auxílio à gestão por processos, de 
modo a resolver ou mitigar os problemas apontados” (ALENCAR; SOUZA, 2013, p.11). 
 Segundo Biazzi (2007), uma organização que adota uma visão com foco em 
processos, permite que se consiga visualizar o trabalho como um todo, permitindo a 
percepção da interação entre os variados processos de trabalho, ou seja, permite uma visão 
sistêmica da organização. Tal visão permite que os funcionários não enxerguem apenas as 
tarefas que fazem parte de suas atribuições, mas sim, que os mesmos estão inseridos dentro de 
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7 
 
um sistema de processos que interagem entre si, e que com isso é necessário que tenham um 
conhecimento da organização como um todo. 
 
A abordagem administrativa da gestão por processos requer e incorpora outros 
valores à cultura da organização. O amplo conjunto de entidades envolvidas e 
comprometidas, abrangendo clientes, fornecedores, parceiros e colaboradores da 
organização, cria uma expectativa de responsabilidade comum quanto aos 
comportamentos de transparência da informação, cooperação mútua, confiança e 
demais valores importantes para o trabalho em redes colaborativas (VINHAS, 2008, 
p. 25-26). 
 
 Biazzi (2007) ainda aponta que, organizações com estruturas hierárquicas e 
funcionais, que se trata do modelo clássico, onde há a separação em setores especializados em 
determinada área, vem sofrendo dificuldades para realizar tarefas, por conta dessa segregação, 
e que a gestão por processos vem amenizá-las. 
 
Na tentativa de encontrar uma melhor compreensão da organização e conseguir as 
melhorias necessárias para a sua sobrevivência, a abordagem por processo fornece 
uma alternativa para essa visão estática fragmentada. É necessário que as atividades 
da organização sejam encaradas não como funções, departamentos ou produtos, mas 
como processos (BIAZZI, 2007, p. 29). 
 
 Um dos aspectos da gestão por processos que é importante ser estudado é como 
ela busca mudar as atitudes das pessoas, dando instruções para o agir no dia-a-dia de uma 
organização. Tal fato se dá porque é difícil tanto para as pessoas quanto para as organizações 
enxergarem o todo, ou seja, não enxergar apenas setores, atividades ou processos 
isoladamente e sim o conjunto de processos que tem por fim agregar valor. 
 
2.4 RELAÇÃO ENTRE A TRANSPARÊNCIA PÚBLICA E A GESTÃO POR 
PROCESSOS 
 
 A abordagem da gestão por processos deve ser vista, nessa perspectiva, como 
uma visão de como seria um funcionamento adequado de uma instituição pública, de forma 
que seus colaboradores tenham uma visão do ponto de vista do cidadão, procurando enxergar 
as dificuldades que o mesmo enfrenta quando tem a necessidade de buscar alguma informação 
pública e pensar em formas de facilitar tal processo. 
 As situações onde o cidadão, na busca por informações públicas, encontra 
entraves como demora ou um “jogo de empurra”, onde o mesmo é encaminhado para 
diferentes pessoas ou setores que não são guardiões das informações até que em um momento 
é encaminhado corretamente, acaba por ser frustrante, também as situações quando as 
mesmas apresentam uma linguagem de difícil compreensão, desmotivam o cidadão na busca 
do seu direito de acesso a informação. A situação se agrava quando se considera que o atual 
mundo globalizado vem exigindode todas as organizações, sejam elas públicas ou privadas, 
cada vez mais a prestação de serviços com maior eficiência. 
Segundo Manual de Gestão de Processos do MPF (2013), em organizações públicas, 
muitas das vezes, até mesmo dentro das próprias não há uma divulgação adequada dos 
processos organizacionais, e tais informações acabam ficando restritas a setores específicos. 
Como retrato de uma cultura de sigilo no setor público que a muito imperou, sendo 
característico de um modelo de organização funcional tradicional, em que a informação fica 
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restrita a um setor ou não é repassada de forma adequada. Tal fato dificulta o acesso à 
informação ao cidadão e também aos próprios membros da organização. 
 De acordo com o Guia de Gestão de Processos do Governo, PNGPD (2011), 
conhecer e mapear os processos organizacionais desenvolvidos pela instituição e 
disponibilizar as informações sobre eles promovendo a sua uniformização e descrição em 
manuais, se encaixa perfeitamente quando o assunto é a eficiência na prestação de informação 
no âmbito publico. 
 Segundo a LAI, Lei 12.527, art. 5º, o Estado deve garantir o acesso a 
informação, para isso utilizando-se de procedimentos que sejam objetivos e ágeis, de forma a 
atender o disposto na lei, é importante que os órgãos públicos busquem formas de facilitar o 
acesso a informação. Para isso é interessante que busquem sempre se aprimorar e adequar os 
seus serviços as demandas da sociedade, e uma visão voltada a uma gestão por processos 
pode ser de grande relevância, agindo de forma a facilitar a transparência e gerar satisfação 
social. 
 
A transparência é um dos princípios da governança pública e as iniciativas que 
visem aperfeiçoar os mecanismos de transparência de informações acerca da gestão 
são consideradas boas práticas de governança. De um modo geral, a transparência 
deve caracterizar todas as atividades realizadas pelos gestores públicos, de maneira 
que os cidadãos tenham acesso e compreensão daquilo que os gestores 
governamentais têm realizado a partir do poder de representação que lhes foi 
confiado (CRUZ; SILVA; SANTOS, 2009, citados por CRUZ et al., 2010, p.03). 
 
 Outros aspectos apontados pela LAI em seu art. 9º que contribuem para que as 
organizações públicas possam passar a compreender a importância de uma gestão por 
processos, de forma a facilitar a transparência e o acesso à informação pública, refere-se à 
criação de Serviço de Informação ao Cidadão (SIC). Este serviço é específico para 
atendimento ao público, pois busca atender e orientar aos interessados em obter informações, 
informar sobre a tramitação de documentos e protocolizar solicitações de acesso a 
informações. 
Os serviços exercidos pelos SIC necessitam de uma visão do ponto de vista do 
cidadão, visto que as pessoas internas as organizações públicas muitas das vezes estão 
acostumadas com determinados procedimentos que podem parecer corriqueiros, mas que, 
para o cidadão que não está habituado, acaba se tornando uma tarefa difícil. Também é 
necessário um engajamento de todas as pessoas envolvidas internamente à organização 
pública, para que busquem aprimorar os processos de forma a facilitar o acesso as 
informações pelo cidadão e alimentar o SIC com essas novas informações. 
 
A implementação da Lei é o início de um diálogo contínuo entre a Administração 
Pública e a sociedade, na busca por melhores caminhos para a gestão pública. Ao 
implantar as ferramentas estabelecidas pela LAI para dar conhecimento ao cidadão, 
o gestor precisa estar preparado para, continuamente, atender o cidadão e manter 
ativa a comunicação com a sociedade. (BRASIL, 2013, p. 47) 
 
Com isso, o entendimento é de que deve haver uma continua comunicação com a 
sociedade e que a gestão por processos visa a melhoria de processos do ponto de vista do 
cidadão, a relação da mesma se mostra benéfica tanto para a sociedade que verá suas 
demandas atendidas quanto para a organização pública, que melhorará seus processos de 
forma a atender seu fim com eficiência e agilidade. Em outras palavras, pode-se dizer que um 
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governo aberto à comunicação com o cidadão, terá processos mais transparentes 
(Controladoria Geral da União, 2013). 
Um exemplo prático e bem sucedido de gestão por processos, é o trazido por Correa 
(2012) no Boletim Café com Debate, ao apresentar o caso de quando atuava na prefeitura de 
Santo André (SP) em 1998, e como implantou a primeira Central de Atendimento ao Cidadão 
do país. Esta central prestava um serviço de atendimento centralizado e complementar que 
buscava atender ao cidadão nos caso em que ele não sabe qual órgão procurar para obter 
algum tipo de documento, dado ou informação. Tal feito foi possível após analise e 
identificação dos vários processos que passavam pelos guichês de atendimento nos diferentes 
órgãos do governo local, do início ao fim, e após isso colocaram-se no lugar do cidadão, o que 
lhes permitiu uma visão diferente dos processos, e reavaliação dos mesmos, de forma que 
houve uma redução no tempo de atendimento de solicitações de informação. 
Com isso, entende-se que é obrigação do Estado a divulgação de informações de 
interesse público, e deve ser possibilitado o acesso as informações públicas de forma ágil e 
eficiente. Estas informações precisam ser claras e de fácil entendimento pela sociedade, para 
que isso ocorra às organizações públicas devem criar procedimentos que facilitem a 
transparência e o acesso à informação. 
Nesse sentido, a gestão por processos possui uma visão voltada ao cidadão, onde os 
processos são constantemente remodelados de forma a atender as necessidades do cidadão. 
Este tipo de gestão considera a organização como um todo e prega o engajamento dos 
funcionários de forma que todos estejam ligados aos objetivos da organização, entretanto tal 
fato é possível apenas com uma boa comunicação interna. 
Assim, a gestão por processos se apresenta como uma modalidade de gestão que pode 
suprir a necessidade de adequação ao exposto na LAI. 
 
3 METODOLOGIA 
 
O tipo de pesquisa a ser utilizada será a bibliométrica. Trata-se de pesquisa que 
elabora “um estudo quantitativo de diversas publicações como livros, teses e artigos 
acadêmicos de diversos pesquisadores. O objetivo deste tipo de estudo é obter dados e 
informações a fim de gerar indicadores e um panorama do estudo da temática, do ponto de 
vista teórico e empírico”. (ANDRADE et al., 2012, p. 6) 
 Esse tipo de pesquisa procura "mapear e gerar diferentes indicadores de 
tratamento e gestão da informação e do conhecimento" (GUEDES, 2005, p.15), se tratando de 
um método quantitativo que organiza e torna dados subjetivos em algo objetivo, contribuindo 
para a análise de dados. 
A pesquisa pode ser classificada como aplicada, pois visa gerar conhecimentos para a 
aplicação prática dirigida à solução de problema específico, ao estudar e indicar a 
possibilidade de implementação da gestão por processos para a facilitação da transparência e 
acesso à informação. 
A pesquisa é quantitativa, pois utiliza dados que podem ser quantificados, ao 
estabelecer em uma amostra a quantidade de artigos que abordam os temas tratados. 
Trata-se de pesquisa descritiva, pois procura entender melhor um problema ou 
construir hipóteses, ao procurar entender como a gestão por processos está relacionada a 
transparência pública e ao acesso a informação. 
Ademais, adota dados secundários, pois utiliza, em sua maioria, estudos que já 
possuem dados conclusivos sobre os temas abordados. Se trata também de uma pesquisa 
bibliográfica, pois abrange a leitura, análise e interpretação de diversas publicações como 
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10 
 
livros, teses e artigos acadêmicos de diversos pesquisadores. 
 O presentetrabalho tem como objeto de estudo artigos publicados em revistas 
brasileiras na área de Ciências Sociais e artigos apresentados em um encontro na área de 
administração. 
 Foram analisados todos os artigos dos periódicos e de um congresso 
compreendendo o período de cinco anos da pesquisa. A escolha dos periódicos ocorreu por 
meio de vínculo entre a temática pesquisada e o perfil do periódico para o campo de 
administração pública. Além de periódicos, utilizaram-se os anais do Encontro Nacional da 
Associação de Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ENANPAD), neste 
evento existe uma temática específica para a Administração Pública, entretanto foi realizada 
uma análise considerando todas as temáticas, visto a possibilidade de um artigo considerando 
a área pública estar inserido em outra temática. O objetivo foi de verificar a frequência com 
que a temática gestão por processos é abordada em artigos relacionados à transparência 
pública. 
Para a execução da pesquisa foram estabelecidos como critérios de busca artigos que 
contém palavras-chave ligadas a temática transparência pública e a palavra-chave gestão por 
processos. Foram analisados um total de 5552 artigos. No que diz respeito a sua classificação 
no web qualis, considerou-se os periódicos com classificações variando de A2 a B4, nas área 
de Ciências Sociais. 
Para a busca dos artigos que se relacionassem com o objetivo do trabalho utilizou-se 
as ferramentas de busca, tal medida facilitou o processo de coleta de dados. 
 Como determina a definição de pesquisa bibliométrica, que busca avaliar a 
ocorrência de determinada palavra dentro de um texto, foram definidas palavras chaves 
relacionadas aos objetivos do trabalho. Esse processo foi dividido em duas etapas onde 
primeiramente foi realizado o levantamento de artigos que contivessem termos relacionados à 
temática transparência e, em um segundo momento, realizado o levantamento dos artigos 
contendo a temática gestão por processos. 
No primeiro momento buscou-se utilizar termos, abordados ao longo desse trabalho e 
ligados a noção de transparência pública, conforme segue: transparência, transparente, 
(relacionada a uma gestão pública transparente ou governo transparente), controle social 
(visto que a disponibilização de informações de interesse público promovem o controle social 
das organizações públicas pelos cidadãos), accountability (termo sem tradução para o 
português, mas entendido no meio administrativo como prestação de contas, associa-se a 
dever que o Estado tem de prestar contas da aplicação dos recursos públicos), e acesso à 
informação (considerando a LAI que prega a transparência dos atos do governo). 
Em relação às palavras-chave do primeiro levantamento, nos casos onde o termo era 
composto utilizou-se aspas, para que retorno do resultado da pesquisa fosse de artigos que 
contivessem o termo exato. Não houve exclusão de artigos que contivessem mais de uma das 
palavras-chave, ou seja, um artigo que contivesse mais de uma das palavras foi contabilizado 
mais de uma vez. Os dados foram tabulados considerando-se o total de artigos por periódico 
referente às palavras-chave anteriormente referidas. 
 Após o primeiro levantamento, entre os resultados obtidos, buscou-se os termos 
gestão por processos e gestão orientada a processos, entre aspas, para que retorno do resultado 
das pesquisas fosse de artigos que contivessem o termo exato. Com isso, enfim, foi possível 
chegar-se aos dados a serem analisados. 
 Importante salientar que o uso de aspas na busca das palavras-chave 
compostas, foi de extrema necessidade, visto que os resultados poderiam trazer artigos que 
contivessem apenas uma das palavras do termo composto. 
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11 
 
 A análise dos dados na segunda etapa considerou não apenas as palavras chave, 
mas também o tipo de pesquisa, teórica ou empírica, para verificar o quantitativo de artigos 
que possuem um grau de contribuição em diferentes formas de estudo das temáticas 
propostas. 
 E por fim foram analisados quantitativamente, os artigos que possuíam uma 
abordagem voltada ao setor público, visto que o foco do trabalho é a transparência pública, 
para, com isso chegar-se aos objetos buscados no presente trabalho. 
 
4 ANÁLISE DOS DADOS 
 
 A análise dos dados foi feita na primeira etapa buscando identificar, através da 
análise bibliometrica, o quantitativo de artigos que abordavam as palavras-chave relacionadas 
a transparência e acesso a informação pública. Tais resultados encontram-se na Tabela 1, onde 
foi realizada uma classificação levando em consideração o número de artigos que abordava 
cada uma das palavras-chave relacionadas por periódico. 
 
Tabela 1 - Relação do quantitativo de artigos analisados 
 
Revista ou congresso 
T
o
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a
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so
cia
l 
Ciências sociais em 
perspectiva 
97 - - - 2 1 
Civitas – Revista de Ciências 
Sociais 
147 - - 1 1 6 
Dilemas - revista de estudos 
de conflitos e controle social 
129 2 1 - 1 4 
Gestão e planejamento 135 2 - - 1 - 
Gestão Pública – práticas e 
desafios 
87 1 - 1 - 2 
RAP - Revista da 
Administração Pública 
327 16 9 14 3 14 
Recadm - Revista Eletrônica 
de Ciência Administrativa 
96 - - 1 - 1 
Revista do serviço público 113 9 4 7 3 4 
Revista Brasileira de Políticas 
Públicas 
76 3 - - - - 
Total: 1207 33 14 24 11 32 
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12 
 
Encontro da Associação 
Nacional de Pós-Graduação e 
Pesquisa em Administração 
4345 636 339 296 165 674 
Total: 5552 669 353 320 176 706 
Percentual 100 12,0 6,3 5,7 3,1 12,6 
Fonte: Elaborada pelos autores (2017). 
 
Em relação à busca por artigos com a temática transparência, apesar da amostra de 
artigos oriundos de revistas científicas da área de ciências sociais ser de 1207 artigos, o que 
representa 21,73% do total de artigos, observou-se que não houve resultados tão expressivo 
quando comparados aos apresentados pelos ENANPAD’s. Tal fato serve para reforçar a 
contribuição positiva que tal evento vem dando para o estudo da transparência nas 
organizações. 
 Pode-se também observar que as palavras-chaves que estiveram mais presentes 
foram “controle social” e transparência, presentes em 702 e 669 artigos, respectivamente, 
representando um percentual de 12,6% e 12,04% do total de artigos analisados. 
 Tais análises se mostram de grande interesse, pois permite uma relação entre 
controle social e transparência, ao considerar-se a possibilidade de artigos como mais de uma 
das palavras, visto que foi prevista a possibilidade de contabilização em mais de uma das 
categorias de análise e que ambas podem estar relacionadas em um mesmo artigo. 
 Na segunda etapa, buscou-se artigos que relacionassem a gestão por processos dentre 
os resultados encontrados, não houve um retorno tão significativo quanto o anterior, 
entretanto é possível classificá-los, para se alcançar o objetivo do estudo, que é o de obter 
artigos que citem a importância da gestão por projetos como facilitadora do acesso a 
informação nas organizações públicas. Com isso foi realizada a seguinte classificação: a) 
segundo a metodologia utilizada e b) segundo as fontes utilizadas na pesquisa. Os resultados 
obtidos são apresentados na Tabela 2. 
 
Tabela 2 - Relação do tipo de metodologia aplicada e quantitativo da amostra de artigos 
 
Metodologia 
Total 
de 
artigos 
Aplicação dos dados 
Setor 
público 
Setor privado Não definido 
Empírica 11 3 6 2 
Teórica 2 - - 2 
Total: 13 3 6 4 
Fonte: Elaborado pelos autores (2017). 
 
A Tabela 2 demonstra que a maioria dos artigos apresenta um enfoque empírico, isso 
evidencia que as temáticas abordadas vem sendo mais objeto de trabalho de estudos que 
procuram aaplicação prática do que a teórica. Tal fato pode ser considerado como benéfico 
para as temáticas abordadas, visto que a relação entre elas tem como objetivo a sugestão de 
implementação de um modelo de gestão como facilitador para a resolução de problemas de 
falta de transparência e acesso a informação nas instituições públicas. 
 Considerando-se o objetivo de busca por artigos que relacionassem a gestão de 
processos como uma visão dentro das organizações públicas, houveram três retornos, sendo 
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13 
 
que dois abordam os termos no âmbito do judiciário, e um aborda os termos no âmbito de 
uma universidade federal. 
 Dentre os artigos obtidos com esse último levantamento, procurou-se fazer 
uma análise daqueles que conceituavam uma ou mais das temáticas abordadas, tal resultado 
poderia ser um indicativo da importância que o trabalho deu às mesmas. Entretanto, nenhum 
dos artigos apresentou qualquer conceituação, com isso pode-se considerar que nenhuma das 
temáticas foi o foco principal dos trabalhos encontrados, mas contribuíram para a elaboração 
de metodologias empíricas sobre determinado assunto (visto que os resultados obtidos foram 
referentes a pesquisas empíricas). 
 Considerando uma abordagem individual de cada um dos resultados 
alcançados pode-se concluir que, apesar das diferentes abordagens, todos os autores entendem 
a transparência como uma demanda que deve ser atendida pela gestão pública, e que para isso 
devem ser criados mecanismos para facilitar o acesso à informação, dentre eles a gestão por 
processos. 
Considerando a análise individual de cada artigo, os principais entendimentos dos 
trabalhos analisados, em relação à gestão por processos e a transparência pública e acesso à 
informação, são apresentados a seguir: 
 Segundo Bolzan et al. (2010), a gestão de processos é um dentre outros 
aspectos (inovação, Sistema de Informações Gerenciais, planejamento participativo e 
descentralização) que devem ser adotados quando da implantação de um planejamento 
estratégico, de forma a alcançar eficiência, qualidade nos processos e mudanças gerenciais, 
promovendo um melhor desempenho institucional. Isso de forma a atender as atuais 
demandas sociais trazidas com a globalização, como a atuação de grupos de pressão, a 
demanda por maior transparência e accountability e a diversidade social, que influenciam 
gestão. 
Segundo Sena (2013), a transparência teve grande destaque no processo de reforma do 
judiciário, destacando-a como uma forma de combate a corrupção, que vem a ser um dos 
grandes motivos do enfraquecimento da democracia, confiança, legitimidade e moral do 
Estado. Nesse processo, entre outros abordados, a aplicação da gestão por processos, surgiu 
com o objetivo de aumentar a eficiência e eficácia na gestão do Conselho Nacional de Justiça. 
Segundo Wolfovitch (2010), através de estudo de caso de um Tribunal de Justiça, 
enxerga a gestão por processos e de informações, inserida dentro de um planejamento 
estratégico, dentre outras melhorias, como facilitadora da informatização proporcionando um 
aumento da transparência. 
Com isso, chega-se a conclusão que, dentre a amostra de periódicos analisada, não 
foram encontrados artigos que relacionassem diretamente a gestão por processos como 
facilitadora na transparência e no acesso a informação pública. Tal fato não evidencia a 
inexistência de trabalhos referente às temáticas abordadas, mas sim que são necessários mais 
estudos que considerem a relação entre os assuntos abordados, além de demonstrar que as 
junções destas duas categoriais teóricas não são exploradas nem teoricamente nem 
empiricamente, o que abre campo para uma grande possibilidade de estudos futuros, uma vez 
que a conjugação destas poderiam representar um avanço na administração pública. 
Por fim, o Manual de Gestão de Processos do MPF (2013), explicita que muitas vezes 
até mesmo dentro das próprias organizações não há uma divulgação adequada dos processos 
organizacionais, tal fato dificulta o acesso as informações dentro das mesmas, fazendo com 
que haja perda de agilidade e transparência. Uma gestão orientada a processos seria uma 
modalidade efetiva de gestão quando bem aplicada, isso considerando-se o uso de ferramentas 
que auxiliassem ao alcance desse objetivo. Ao considerar o que apresenta a LAI, Lei 12.527, 
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14 
 
art. 5º, que o Estado deve garantir o acesso a informação, para isso utilizando-se de 
procedimentos que sejam objetivos e ágeis, vemos que a gestão por processos é uma forma de 
alcance dessas garantias. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A população brasileira está cada vez mais exigente em relação à transparência 
pública. A sociedade tem cobrado e participado mais, porém não chega a ser o ideal em 
relação a uma participação cidadã, contudo já foi dado um grande passo. Cabe então as 
organizações públicas criarem formas de facilitar ainda mais o acesso à informação para 
estimular o controle social, de forma transparente e capaz de promover formas de acesso mais 
eficientes e ágeis aos cidadãos. 
 A LAI prevê que as organizações públicas devem promover formas de facilitar 
o acesso à informação pública. A gestão por processos é uma visão que atende a essa 
demanda, pois além de considerar a organização como um sistema e propor que os 
funcionários tenham essa visão da organização como um todo, considera também a 
reformulação constante de seus processos do ponto de vista do cidadão, de forma a agregar 
valor aos serviços prestados e incentivar o controle social. 
 É necessário que as organizações públicas em sua gestão busquem uma maior 
abertura, de forma a facilitar o diálogo com o cidadão, a fim de buscar formas de atender as 
demandas sociais. Para isso, é necessário que haja transparência de informações, de forma a 
estimular a participação da sociedade no processo democrático. A LAI foi uma iniciativa, mas 
ainda é necessária a sua aplicação efetiva pelos órgãos públicos. 
 Foi verificado que os estudos que apresentam a importância da transparência e 
acesso a informação nas organizações, sejam públicas ou privadas, ainda dão pouca 
importância a implantação de uma gestão por processos pelas organizações. 
 Outro aspecto que pode ajudar a explicar a deficiência de trabalhos que 
abordam as temáticas apresentadas no presente trabalho é a confusão que ainda ocorre entre 
Gestão por Processos, Gestão de Processos e Bussiness Process Manegement, onde os dois 
últimos auxiliam a organização ao alcance de uma visão holística servindo como ferramentas 
a gestão por processos, não se tratando, com isso, de sinônimos da mesma. 
 Entre os artigos analisados para a construção do presente trabalho, foi possível 
perceber essa confusão, e por isso para um efetivo conhecimento de como a gestão por 
processos auxilia não apenas os processos de transparência pública e acesso a informação, 
mas também a organização como um todo, é necessário que haja um maior cuidado na análise 
do que vem a ser a mesma, de forma que a referida modalidade de gestão possa ser melhor 
abordada. 
 Com isso, cabe aos gestores públicos analisarem qual a modalidade de gestão 
melhor se adequa a organização. A gestão por processos apresenta uma visão que atende as 
demandas de informação de uma organização pública, mas para a consolidação dessa certeza 
são necessários mais estudos sobre o tema. 
 Os resultados dos artigos pesquisados não relacionavam as temáticas 
transparência e gestão por processos, assim como elas não eram o foco principal dos 
trabalhos. Com isso, o retorno apresentado pela análise dos artigos dificultou uma melhor 
análise de como a gestão por processos tem sido vista dentro do contexto da transparência 
pública e acesso a informação, visto que não houve resultados que possibilitassem uma 
análise mais elaborada.Como sugestão para futuros estudos relacionados às temáticas abordadas, há a 
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15 
 
necessidade de uma análise de uma visão orientada a processos visando à facilitação do 
processo de transparência pública para complementar os estudos na área. 
 Por fim, para orientar futuros estudos, considera-se que uma análise de artigos 
que relacionem outras visões organizacionais, como a tradicional, burocrática e gerencial 
(entre outras) poderia ser interessante no sentido de compará-las com a gestão por processos, 
de forma a analisar se ela se propõe como uma melhor solução para a transparência nas 
organizações públicas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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