Buscar

AULA 7 CONFINAMENTO DE BOVINOS DE CORTE PARTE 2

Prévia do material em texto

CONFINAMENTO DE BOVINOS DE CORTE PT 2 
15/09/2020 
-Confinamento de bovinos de corte: Falamos sobre 
confinamento, e veremos o projeto de confinamento. 
 
-Curral de confinamento: fazer projeto de 
confinamento de acordo com o número de animais 
que quero confinar. O ideal é um curral que tenha no 
máximo de 100 a 120 animais. Mas se eu quero 
confinar 500 animais, posso fazer isso (se na minha 
fazenda eu quero confinar 500 animais), então vou 
fazer 5 currais para 100 animais cada um. Nunca 
ultrapassar de 120 animais, para facilitar o manejo 
desses animais no curral, inclusive com relação ao 
cocho. As recomendações de acordo com o número 
de animais que vou trabalhar? Ex: vou fazer um curral 
usando 100 animais para cada curral. Se eu quiser 500 
animais, faço 5 currais. Para 200 animais, faço 2 
currais. 300 animais, 3 currais. As recomendações 
para um curral para 100 animais seriam: 
-A área recomendada por animal num confinamento 
pode variar de 20 a 50m². A área indicada seria de 20 
a 50m² por animal- tem uma variação. Essa 
recomendação é se o piso é de chão batido. Então 
geralmente são de 20 a 50m² de chão batido e 100m² 
para cada animal (se ei tiver uma região de alta 
precipitação), pq se chover mto vou ter acúmulo de 
barro, vai formar barro e à medida que os animais vão 
ficando ali tem esterco e ali vai ficando mto molhado, 
o que acaba interferindo no ganho de peso dos 
animais. Se o piso é revestido é recomendado de 5 a 
10m² por animal, mas não é comum acharmos 
confinamento com piso revestido já que é uma área 
mto grande e isso passa a ter um custo mto alto. Com 
relação ao BEA, é recomendado no mínimo 9m² por 
animal, então essa área de 9 m² por animal é a área 
mínima recomendada com relação ao BEA. Se o 
pecuarista resolver colocar um maior número de 
animais do que o confinamento foi dimensionado, ele 
vai acabar tendo uma alta densidade de animais por 
m² e isso passa a afetar tanto o desempenho dos 
animais, principalmente com relação ao BEA. Então 
por isso que tem que ser no mínimo 9 m². Nesse ex 
vamos usar 30m² por animal. Lembrando que de 9 
para 30m² é uma grande diferença (por isso que 
falamos que seria uma área mínima), então a maior 
parte dos pecuaristas não trabalham com essa área 
mínima, eles trabalham geralmente com uma área de 
20 a 50m². Então esses 9m² seriam áreas que não tem 
problemas, por isso que falamos que temos que ver o 
regime de chuvas, áreas que não tem problemas de 
chuvas e que tem um piso adequado pode ser de 5 a 
10m², mas com chão batido (que não seja o piso 
revestido) geralmente é usado de 20 a 50m². No ex 
usamos 30m² por animal. Os dados que usamos no ex 
são: usei uma área de 30m² por animal, a área 
recomendada de cocho é de 50cm por animal, 
podendo variar de acordo com o tipo de alimentação, 
o número de vezes que passo o trato para os animais, 
e nesse caso vou usar um valor médio de 50cm² por 
animal, que é um valor considerado ideal. Logo atrás 
do cocho pode ser feita uma calçada que pode ter de 
1,8 a 3m (no ex tem 2m), e o bebedouro e o cocho de 
sal (para o bebedouro é recomendado 4cm por 
animal, e o cocho de sal 8cm por animal). O curral 
para 100 animais será: 
-Se tenho 30m² por animal, então para 100 animais o 
meu curral terá 3000 m² (que é a área do curral). 
Outro valor que tenho que definir de acordo com o 
número de animais é a largura do curral, que é o meu 
cocho para a alimentação (que tb é em função do 
número de animais). Como falamos que vamos usar 
50cm por animal, para 100 animais teremos um 
cocho para alimentação de 50m, então eu tenho a 
área de 3000m² e a largura (que é o cocho) de 50m. 
Quanto será então a profundidade do meu curral do 
confinamento? Sei que a área do curral é base x 
altura, se a área do curral é de 3000m², e a minha 
base é de 50m, vou querer achar qual é o valor da 
altura (profundidade do curral), pelas contas a altura 
será de 60m. Portanto, se em vez de 30m² eu 
colocasse 50m², o que mudaria? Nunca mudar a 
largura, e sim sempre a profundidade do curral. A 
largura nunca se altera pq ela é o tamanho do cocho, 
e se eu diminuir o tamanho do cocho eu vou interferir 
no ganho de peso dos animais pq eu vou limitar o 
acesso dos animais à ração. Se eu colocar uma 
área/espaçamento maior do que eu necessito de 
cocho, eu vou ter um custo maior que não seria 
necessário. A largura do cocho é padrão, em média 
50cm por animal. 
-Mas se eu fiz o dimensionamento do meu curral para 
100 animais, mas quero colocar 120 animais. Se eu 
colocar 120 no lugar de 100 animais, td bem pq talvez 
não ficaria tão apertado, mas o que limitaria o 
desempenho dos meus animais seria o tamanho do 
cocho, pq se eu colocar um maior número de animais 
do que o tamanho do cocho que eu dimensionei (em 
vez de deixar 50cm por animal eu vou limitar para 40 
ou 30cm), e aí eu vou afetar o desempenho dos meus 
animais. Por isso que para fazer o dimensionamento 
do meu curral preciso primeiro estipular um número 
de animais, sendo que o número de animais 
adequado seria de 100 a no máximo 120 animais por 
curral. A partir do momento em que eu tive o curral 
lá aí eu vou usar a quantidade de animais em função 
do tamanho do cocho. Ex: tenho uma área que já tem 
um confinamento pronto, já tenho um curral de 
confinamento pronto, como que eu vou determinar o 
número de animais que eu vou colocar lá dentro do 
curral? Tenho que medir a largura do cocho, pq é em 
função da largura do cocho que eu vou determinar o 
número de animais que vou colocar lá dentro (mesmo 
que sobre área aqui), eu não posso limitar o acesso 
dos animas no cocho, pq a partir do momento que o 
produtor passa a ração tds os animais devem chegar 
ao cocho ao mesmo tempo. Esse cocho deve permitir 
a chegada dos animais ao mesmo tempo, pq senão 
mesmo no curral de confinamento sempre temos os 
animais dominantes e os animais que são dominados, 
e isso td ocorre pela hierarquia (se tiver animais que 
tem chifres, eles dominam os animais que não tem 
chifres e animais maiores dominam ao animais 
menores, então temos os que dominam e os que são 
dominados), e dependendo do tamanho do cocho se 
tiver uma alimentação com limitação os dominantes 
chegam e os dominados não chegam. Por isso que 
sempre que eu for selecionar os animais para colocar 
eles no curral eles devem ter peso semelhante (pq 
senão o maior domina o menor), eles devem ser do 
mesmo sexo e nunca colocar machos e femeas juntos, 
e devem ser inteiros ou castrados. Se eu tiver com um 
curral de animais inteiros, todos devem ser inteiros; e 
se eu tiver um curral de animais castrados, todos 
devem ser castrados. Pq se eu misturar animal inteiro 
com animal castrado além de poder ter brigas, o 
animal inteiro pode até acabar machucando o animal 
castrado. Então existem essas padronizações que 
usamos para separar os animais para o confinamento. 
Então o meu curral tem 50m de largura (que seria o 
tamanho do cocho) e 60m de profundidade, tendo 
uma área de 3000m². Qual será o tamanho do meu 
bebedouro e do meu cocho de sal? Para o bebedouro 
em média usamos 4cm por animal, pq nem tds 
chegam ao mesmo tempo. Então esse meu 
bebedouro vai ter 4m de largura, e não só o tamanho 
do bebedouro que é importante, mas sim a vazão de 
água que entra à medida que o animal toma essa 
água, então à medida que 2-3 animais tomam água 
ao mesmo tempo a altura/quantidade de água é 
medida por uma boia, que à medida que ele toma 
água ela será resposta, essa reposição tem que ser 
bem rápida, daí essa vazão grande para repor água do 
bebedouro. E o cocho de sal não obrigatoriamente é 
usado, pq mtas rações já colocam o sal mineral 
misturado na ração, só que tem produtores que além 
de colocarem o sal mineral misturado na ração eles 
colocam o sal comum à disposição dos animais, que a 
recomendação é de 8cm por animal, então tenho 100 
animais- 8m. Mas tem produtores que não usam sal 
mineral (enriquecido com minerais e vitaminas) 
quando fazem o confinamento, pq quando eles fazem 
na formulaçãoda ração eles acreditam que a própria 
ração vai suprir as deficiências de minerais e 
vitaminas. Então os próprios ingredientes que são 
usados para formulação da ração já satisfazem as 
exigências dos animais, então mtas vezes eles fazem 
a ração sem a utilização de sal mineral e fornecem 
num cocho separado apenas o sal branco (cloreto de 
sódio). Mas pq apenas o sal branco? Pq ele é mais 
barato, então em vez de usar um sal que custa 150 
reais o saco, vou usar um sal que custa 50 reais o saco 
(já que estou suprindo tdas as exigências dos animais 
com a ração). Há portanto produtores que não usam 
o sal mineral e sim apenas o sal comum (que seria 
uma forma de baratear), e o tempo que eles ficam no 
confinamento é um tempo pequeno que dificilmente 
vai promover uma deficiência de minerais e vitaminas 
já que estou oferecendo uma ração que vá satisfazer 
as exigências do animal de acordo com o peso em 
função do ganho esperado. 
-A calçada não necessariamente é feita, pq tb é um 
custo a mais. O principal objetivo dela é impedir que 
forme lama se chover ao lado do cocho de 
alimentação. Perto do cocho é um local que os 
animais ficam e que eles pisam mto, então em época 
de chuva pode ser um local que vai acumulando lama. 
Essa calçada impede o acúmulo de lama dos animais 
perto do cocho. E quando falamos sobre ganho de 
peso e de deposição de gordura vimos que uma das 
formas de avaliarmos ao acabamento dos animais é 
medindo a espessura de gordura que existe entre aa 
12 e 13 costela (que é onde medimos o grau de 
acabamento dos animais). Essa medida é feita no 
frigorífico após o abate, ou ela pode ser feita através 
de um ultrassom onde no processo de seleção eu vou 
avaliar se os animais são mais precoces ou menos 
precoces com relação à terminação. Tem 
propriedades que usam a tecnologia para separar os 
animais que vão entrar para o confinamento em 
função do grau de acabamento desses animais, ou 
seja, quando esses animais estão passando no tronco 
onde serão vacinados, vermifugados e é feito o 
controle de ectoparasitas, existe esse ultrassom que 
é colocado na região entre a 12 e 13 costela e que me 
dá o indicativo da espessura de gordura que esse 
animal possui. Dependendo da espessura de gordura 
eles vão separando para os currais, então tenho o 
curral que o animal já tem uma espessura maior 
indicando que ele já estará pronto para o abate, o que 
tem uma espessura menor vai demorar um tempo 
maior, e o que tem uma espessura média demora um 
tempo médio. Então além do peso médio eles tb 
podem usar o grau de espessura da gordura para 
separar os lotes com relação à precocidade de 
terminação desses animais. 
-Vídeos de confinamento na bahia, que é uma forma 
de mostrar como é um grande confinamento e como 
que é o confinamento de altos grãos (que no lugar de 
usar o volumoso ou a silagem de milho ou a cana, é 
usado o milho e mais 1 complemento peletizado, que 
seria fonte de fibras, proteínas e minerais). 
-Maior confinamento da bahia: geralmente os 
confinamentos acabam se adequando à regiões onde 
temos alta produção de grãos, então em locais onde 
existe irrigação/que é usado um pivô central, que é 
um pivô que é fixado no centro e vai rodando e 
irrigando as áreas (em um local irrigado para a 
produção de grãos). O oeste é um doa campeões 
nacionais na produção de soja e milho, 75% dessa 
produção vão para as agro-indústrias de ração e se o 
alimento está perto pensou-se em trazer os animais 
tb para perto. Então essa região é bem favorecida por 
ser uma região produtora de milho, de soja (que são 
os insumos0. Antigamente o perfil da região era perfil 
de exportador de bezerros, então se produzia o 
bezerro que saia para regiões que confinavam. E hj 
esse perfil vem mudando, o gado é terminado na 
região mesmo (fechando o ciclo de cria, recria e 
engorda). Então veremos uma das maiores fazendas 
de gado de corte do brasil, que tem um sistema de 
produção marcado pela tecnologia. Então esse 
projeto começou anos atrás com um pecuarista que 
estava focado na logística e que chegou ao oeste da 
bahia. Hj a pecuária, através da intensificação assim 
como aconteceu com o frango, somos grandes 
consumidores de grãos- farelo de soja, milho e caroço 
ou torta de algodão, por isso que a pecuária foi para 
essas regiões com a visão de aproveitar esse resto de 
comida trazendo os animais para ontem tem essa 
comida. Então o confinamento é uma ferramenta 
estratégica onde consegue associar o boi magro no 
período da seca principalmente e a comida disponível 
no oeste. (mas no início não foi fácil). 
-É um confinamento grande e de chão batido, os 
animais são uniformes, tds tem um peso semelhante 
e nesse caso são tds animais nelores. Como que 
vemos se temos animais um pouco mais novos ou um 
pouco mais velhos? É pela presença do cupim, e 
vemos pela traseira do animal se ele está para 
terminação ou não. Então no início não tinham terras, 
começaram a fazer integração com os produtores, a 
estrutura era móvel, com cerca elétrica e lona, mas 
não tinha tanta viabilidade pq o prazo era mto curto. 
Mas a estrutura melhorou e o negócio foi crescendo, 
assim como a eficiência do sistema de confinamento. 
O confinamento é um elo da cadeia produtiva da 
carne, somos uma parte da cadeia onde pegamos o 
boi magro (que vem da região do semi-árido, 
Tocantins, pará e goiás), e compram toda a comida do 
oeste da bahia de fábricas que produzem insumos e 
junta o boi magro com a comida e produz o boi gordo. 
Atualmente a fazenda tem capacidade para manter 
até 30mil bois confinados e com reserva de 12m² por 
bois, os piquetes formam várias fileiras de animais. 
Mas como manter a saúde desses animais que ficam 
juntos? 
-Então observamos que são 12m² por boi, falamos 
que 9m² é considerado o mínimo de bem-estar, mas 
aqui usam 12m². O boi confinado tem a grande 
vantagem de dar a garantia de sanidade pq quando 
os animais entram no confinamento tem todo um 
protocolo sanitário, então eles recebem tdas as 
vacinas independente das suas origens (pois os 
animais podem vir de regiões próximas de fazendas 
do mesmo criador já vacinados, mas ao vir para o 
confinamento tomam essas vacinas novamente), com 
isso temos uma garantia absoluta de sanidade. E para 
alimentar todo esse gado tds os dias tem que ter mta 
ração e organização pois o processo é automatizado, 
preciso e nos cochos enfileirados o caminhão com a 
alimentação passa em horário programado. E para 
saber qual a quantidade certa que deve ser colocada 
no cocho o condutor recebe a ajuda da tecnologia, de 
uma balança eletrônica embutida no caminhão, pq é 
mto mas fácil trabalhar com a tecnologia que realiza 
automaticamente do que ir manualmente fazendo as 
coisas pq há perda de tempo, enquanto no 
automatizado já se ganha mais tempo e trabalha 
melhor. Pecuária de precisão que torna o 
confinamento um sistema diferenciado, e se 
compararmos com pastagem no período de 1 ano 
vamos estar colocando em torno de 5,5-5,7 arrobas 
no período de 1 ano (pq ele ganha nas águas e perde 
na seca), e no confinamento colocamos 6,7-7 arrobas 
em 100 dias. Então ele vai ganhar 1,5kg por dia e 
ainda vai ter um aumento de rendimento de carcaça. 
Então comparamos se os animais ficassem somente a 
pasto e eles no confinamento. 
-O tempo de engorda chega a cair pela metade, e o 
que seria feito nas águas no pasto gastando 6 meses, 
no confinamento se gasta 100 dias (é bem mais 
rápido). A grande diferença é que temos um alto 
custo, mas tb tem uma rentabilidade mto boa por 
estar investindo em tecnologia de distribuição e de 
qualidade de comida. Para otimizar os custos foi 
instalada na fazenda uma fábrica de ração, as 
montanhas de lona que cobrem os alimentos estão 
por tds os lados, e o processo de produção tb é 
automatizado. A mistura dos grãos é programada por 
máquinas de acordo com cada fase do animal. Temos 
um período de adaptação e um período que 
chamamos de engorda, os animais são acostumados 
a comer essa quantidade de grãosque 
proporcionamos a eles. Os brincos e chips eletrônicos 
nas orelhas complementam o processo e ajudam a 
rastrear os animais, o chip trás tdas as informações 
do animal (de onde veio, com que peso chegou, quais 
são os medicamentos que tomou, quanto comeu), e 
o brinco é para caso o animal saia do piquete eu saiba 
onde colocar ele de volta. O resultado de todo esse 
cuidado é visto nos currais, o gado fica robusto, e 
nesse caso temos 30% femeas e 70% machos. Os 
animais chegaram a cerca de 70 dias e já ganharam 
90kg de peso, e devem ficar por mais 1 mês na 
propriedade. O gado é enviado para o abate em 
frigoríficos de várias partes de bahia, o sistema 
produtivo tem ainda outro grande destaque que é a 
sustentabilidade, todas as áreas são interligadas para 
aproveitar os resíduos gerados durante o processo. 
-A preocupação é em fechar todo o ciclo da cadeia, 
então além dos grãos dos produtores se compra tb os 
resíduos das agro-indústrias da região, as proteínas 
são produzidas e os resíduos tb são destinados, o 
esterco vendemos a tonelada dele in natura para 
agricultura/para os agricultores fazerem correção e 
melhoramento do solo (pq o solo da região é pobre), 
e o adubo tem outra vantagem em relação aos 
fertilizantes- eles fazem a correção do solo. Tudo é 
reutilizado, há lagoas de decantação onde tds os 
resíduos e dejetos produzidos pelos animais são 
canalizados até as lagoas, e esse liquido é reutilizado 
dps. Toda a parte liquida/resíduo liquido (água da 
chuva ou urina do animal) vai para esses tanques de 
decantação, e esse chorume que é rico em nutrientes 
tb é empregado para poder pulverizar na agricultura 
nas áreas de pastagem para melhorar a fertilização do 
solo. A água do período de chuva tb é reaproveitada, 
e como a chuva só cai em um período do ano pois é 
região de cerrado (onde tem baixa umidade e é mto 
seco) nessa época do ano não chove, na fazenda 
instalaram um sistema para molhar os piquetes- que 
funciona durante 1h e 30min em cada piquete e 
molha/irriga o solo e tb dá um banho nos animais, 
refrescando eles, e tb essa micro aspersão tem 2 
fundamentos: 
-Diminuir um pouco o estresse calórico dele e fazer 
com que melhore, mas o objetivo maior é fazer com 
que diminua a quantidade de poeira, diminuindo 
assim a parte de pneumonia (que é uma das doenças 
que mais mata dentro do confinamento). A fazenda 
gera mais de 100 empregos diretos, os vaqueiros 
estão mto presentes ainda e são trabalhadores que 
ajudam a guiar os animais no pasto. Então 
concluindo, diante de projetos como esse concluímos 
que o oeste tb é o espaço da pecuária (região de 
oportunidade para essa área do agronegócio). 
-Então na fazenda tem o curral e as instalações, 
instalaram micro aspersores para promover BEA 
calórico para os animais e para diminuir a poeira (pois 
os problemas respiratórios são os grandes problemas 
que nós encontramos no confinamento). Molhando 
acaba tendo menos poeira, e hj a produção 
sustentável na pecuária de corte usando o 
confinamento vem crescendo pq reduz o tempo de 
abate, usa uma área menor para a produção dos 
animais, posso reaproveitar os produtos da agro-
indústria e transformá-los em carne (proteína) e os 
resíduos produzidos no confinamento (os sólidos, 
como o esterco) posso usar como fonte de adubo, e 
os líquidos tb podem ser usados como adubação 
liquida, jogando com aspersores nas plantações e 
pastagens. Quando se fala em produção de carne 
bovina sustentável usando o confinamento é 
vantajosa. 
-Vídeo Confinamento de altos grãos: o confinamento 
sem volumoso traz benefício para o pecuarista? É 
possível fazer isso e com excelentes resultados, onde 
se trabalha com a dieta sem volumoso usando o 
milho inteiro, esse trabalho já foi feito em outros 
países e agora é adaptado ao brasil, e tem excelentes 
resultados. Consegue-se uma conversão alimentar 
mto eficiente, com 5kg de matéria seca por kg de 
ganho, e isso gera ganhos em torno de 1,400-
1,500kg/cabeça/dia com o consumo em torno de 2% 
do peso vivo. Pesquisas provaram que é possível 
confinar oferecendo uma dieta sem volumoso, com 
excelente ganho de peso e a um custo baixo (que é o 
que o pecuarista quer). A grande vantagem do 
confinamento sem volumoso usando o milho inteiro 
é a parte operacional, pois como o consumo é baixo- 
então se pegarmos um boi entrando com 12 arrobas 
e saindo com 18 arrobas ele vai comer uma média de 
8kg de comida por dia. Então isso facilita mto o 
manejo e não precisa de instalações, eu vou misturar 
15% de núcleo peletizado com milho, o núcleo tem 
que ser peletizado para que se faça uma boa mistura 
com o milho, posso fazer uma mistura no misturador 
horizontal ou com máquina betoneira e até mesmo 
com enxada. É uma dieta mto fácil de ser aplicada. Se 
trabalhar hj com milho de 18 reais a saca, 
considerando um ganho de 1,400kg e a boiada 
entrando com 12 arrobas e saindo com 18 arrobas, o 
custo de alimentação do arroba fica em torno de 60 
reais. Se pegarmos uma arroba de 70 reais posso 
trabalhar com milho de 24 reais que ainda é viável. 
-E como em toda dieta que há riscos de distúrbios 
digestivos, e que requer mto cuidado no período de 
adaptação, o comportamento digestivo dos animais 
foi observado durante o experimento. Como vamos 
pegar um boi que vem do pasto e que está comendo 
celulose e vou colocar esse boi para comer amido, 
temos que ter certos cuidados na adaptação do 
animal, pq o mais difícil é essa adaptação. O período 
de adaptação para o animal começar a comer seria: o 
animal quando entra no confinamento e vou fornecer 
a dieta sem volumoso (de milho inteiro) tem 2 pontos 
que são importantes. 1°) o rúmen não está adaptado, 
ele não tem bactérias e nem papilas ruminais para 
absorver os AGVs; 2°) e outra coisa é que o boi vem 
do campo e lá ele tem um controle de consumo que 
chamamos de preenchimento, ele come o quanto 
consegue, mas quando vai para o confinamento ele 
não pode agir assim pq agora a dieta é mto 
energética, e se ele comer demais ele pode ter 
problemas. Então temos que dar um tempo para ele 
para adaptar o rúmen e fazer ele entender que ele 
tem um limite para energia, que não é mais 
preenchimento. Temos feito uma adaptação com 
restrição de consumo, então no 1° dia forneço 1,2% 
do peso vivo do boi, e vou aumentando de 10 em 10% 
para chegar nos 2% do peso vivo. Quando o boi entra 
no confinamento, quem decide o quanto ele tem que 
comer sou eu, ele não sabe (ele vem do pasto com um 
controle de consumo por enchimento, se eu eu não 
segurar o consumo e limitar o quanto ele tem que 
comer), ele vai comer demais e vai ter problemas. 
-Comparamos o comportamento de ingestão de 
alimentos de um animal que estava no pasto e de um 
animal que está comendo apenas concentrado. Então 
no pasto o que controla a ingestão de alimento do 
animal é o enchimento, quando ele enche o rúmen e 
come existem sensores táteis na parte superior do 
rúmen, e quando ele percebe que o rúmen está cheio 
ele começa a ruminar e para de se alimentar. Se ele 
se comportar assim no confinamento com os altos 
grãos ele morre, pq ele vai comer uma quantidade 
grande de milho (mesmo tendo o outro composto 
peletizado), ele não vai conseguir encher o rúmen e 
isso vai levar a todos os problemas de acidose e ele 
vai morrer. Por isso que no início se limita a 
quantidade de concentrado para ele aprender que o 
que vai limitar o consumo dele é a satisfação 
energética, ele vai saber que comendo menos ele fica 
saciado (não pelo enchimento do rúmen, mas sim 
pela quantidade de energia que ele tem na corrente 
sanguínea e a quantidade de glicose disponível). 
-Comparando a dieta tradicional com essa nova dieta: 
quanto que o ganho de peso é significativo? A dieta 
de milho inteiro temos que mudar um pouco o 
pensamento, pq no brasil não se mede o consumo e 
se preocupa apenas com ganho de peso, e o 
importante que vai me falar se tenho lucro ou não- 
não é o ganho de peso, e sim a conversão alimentar. 
Então a dieta de milho inteiroé uma dieta que o 
ganho vai ser normal (de 1,4-1,5kg, podendo chegar 
a 1,800kg), mas o ganho não é o foco, o foco é a 
conversão alimentar. Vamos ter um ganho próximo 
do ganho de uma dieta convencional, com 50-60 de 
volumoso, mas vou ganhar mto em consumo. E 
quando é uma dieta com 40-60 de volumoso, vou ter 
um consumo de 25-30kg de comida por dia, isso vai 
para 8kg. Como a dieta é simples não houve perdas, é 
uma dieta seca (milho seco, com 2% de umidade e o 
núcleo), então o produto não perde do curso, então 
não tenho perdas. Não tenho que ficar tirando sobra 
do cocho no dia, só tenho que manejar para não ficar 
sobrando. E o que vai ter perda é se chover e o 
produto ficar de um dia para o outro pode ter perda, 
mas como praticamente confinamos na seca não tem 
chuvas. E tenho que retirar do cocho fezes que o boi 
defecou. É uma dieta com praticamente zero de 
perda de comida. 
-A pesquisa proporcionou criar um novo sistema, o 
sistema de confinamento a pasto, então se usar o 
capim nos primeiros dias para o boi não sentir (e ir 
mudando gradativamente a dieta), foi feita uma 
pesquisa com repetições em piquetes, eram 4 
animais por piquete e não houve problemas de 
adaptação. E como que faço esse confinamento a 
pasto? Esse é na realidade o semi-confinamento, que 
seria aquela suplementação de altos ganhos. Então 
trabalho de forma que a forragem que vai ficar 
disponível de 15-20 dias, então começa no 1° dia 
fornecer de 1,2-1,4% do peso vivo de ração, e de 2 em 
2 dias vou aumentando 10%, e dessa forma nos 
primeiros dias o boi ainda tem forragem disponível e 
no final de 15-20 dias o animal já vai estar comendo 
2% do peso vivo (que é o consumo médio desse tipo 
de dieta), a forragem vai ter acabado dentro do pasto, 
e aí o boi vai estar em uma dieta de confinamento 
sem volumoso, então temos pastagem/forragem só 
nos primeiros 15-20 dias, só durante a adaptação 
para deixar o boi ir mudando gradativamente de 
dieta. Esses animais foram adaptados e vão ficar o 
tempo todo dentro do piquete, entraram mais leves 
com 310-315kg e vou deixar eles 110 dias na 
alimentação (em um piquete de 1500m²), a taxa de 
lotação seria 40 animais/hectare, temos 6 bois em 
1500m, e eles começaram dia 8 de março e em 70 
dias eles ganharam 120kg (dando 1,7kg de ganho), e 
na pratica essa taxa de lotação do boi/hectare é mto 
alta. O boi não come esse capim do pasto, o capim 
apenas fica pisado, os animais tem um acabamento 
bom e são animais jovens, o ganho é bom de 1,7kg 
(que é o melhor que podemos conseguir em um 
confinamento com alto concentrado). Então os 
animais ficam 21 dias nesse pasto e dps foram para o 
confinamento, dps que retira os bois do pasto ele fica 
40 dias em descanso (e esse capim não morreu, ele 
volta mais viçoso pq tem uma concentração mto 
grande de fezes e urina, que é adubo para o pasto). 
-E o que temos nesses 70 dias que estamos 
comparando o boi que ficou o tempo todo no piquete 
e o boi que ficou 21 dias no piquete e foi para a baia, 
e o boi da baia, temos que o boi do piquete ganhou 
1,7kg, o boi que eu adaptei e levei para o 
confinamento teve ganho de 1,5kg, e o boi que fechei 
direto está com ganho em torno de 1,2kg. A baia de 3 
animais o ganho acaba sendo um pouco menor que 
no curral (de 70-100-120 bois, pq a adaptação do 
animal é mais difícil- pq como são 3 animais, tem 
liderança, tem que aprender a chegar no cocho e isso 
demora mais). Esse sistema é recomendado pq tem 
mta segurança, e a partir do momento que o boi 
chega na dieta final (que ele chegou ao consumo de 
2% do peso vivo) ele abandona o pasto/não come 
mais pasto. Então aquelas preocupações em relação 
ao tipo de forragem são esquecidas e comparando 
com o semi-confinamento, ele seria feito em uma 
pastagem de braquiária ou tanzania, mas aqui nesse 
sistema não (nele posso fechar o animal ali com 
qualquer coisa/não tenho preocupação com o tipo de 
capim, como pasto de andropogon), pq eu preciso do 
pasto só nos 20 primeiros dias como uma fonte de 
fibra e dps não preciso mais do capim. O andropogon 
é um capim de média-baixa qualidade pq ele dá em 
solos mais fracos, ele vai servir só como uma forma 
de adaptação pq o ganho de peso que ele 
proporciona não é tão alto em comparação com 
braquiária ou panicum. 
-Além dos bons resultados em termos de peso e 
conversão alimentar o confinamento a pasto requer 
pouca estrutura. O sistema de pasto tem uma 
vantagem: no confinamento convencional gastamos, 
e dependendo da estrutura que eu vou montar posso 
gastar até 300 reais por animal tratado, uma boa 
ração hj custa 15-20 reais (?), então o meu 
investimento em estrutura vai ser na faixa de 5-10 
reais por boi. A estrutura da suplementação a pasto: 
são tambores de plástico que foram cortados e 
colocados fixados na madeira, é uma estrutura bem 
menor e mais barata em comparação com o 
confinamento. Então se eu resolver que não vou 
confinar mais, eu não gastei mto (então é viável, pq 
eu não gastei com estrutura). E o confinamento de 
milho inteiro eu não preciso de estrutura tb para fazer 
a mistura, então isso aqui é fácil de fazer, dá para 
engordar a boiada que não saiu a pasto, foi feito com 
vacas e o desempenho foi bom, e sobre os custos foi 
melhor do que o do boi, não te refugo de cocho de 
vacas. É um sistema que está acessível para qualquer 
um. Então se o milho for viável na região do produtor, 
daqui 3-4 dias ele pode tratar os bois, ele pode 
confinar sem ter estrutura na fazenda. Ele só precisa 
comprar milho, núcleo peletizado e cocho. 
-Qual a diferença desse sistema para o sistema em 
confinamento? Esse sistema não é o semi-
confinamento, pq no semi-confinamento trabalho 
com 1 a 2 bois por hectare, de forma qie no semi-
confinamento é essencial que tenha pasto disponível 
o tempo todo. Enquanto que nesse sistema estou 
trabalhando com 40 animais, com 20-40x mais boi por 
área, de forma que no nosso sistema o capim acaba. 
Então a taxa de lotação tem uma diferença, a partir 
dos 20 dias é importante que não tenha mais capim 
(pq se tiver forragem vai aumentar a taxa de 
pastagem e o consumo do milho vai aumentar, e não 
quero isso), no semi fornecemos até 1,2-1,3 de 
concentrado, e no sistema come 2%, no semi a ração 
é farelada e no sistema a ração é milho inteiro + 
núcleo peletizado. Os ganhos de peso do semi-
confinamento variam de 700 a 900g, e aqui temos 
conseguido ganhos de 1,400-1,800kg. Um bom 
resultado. Então isso colocou em questão a cadeia 
produtiva da carne, então o objetivo da pesquisa foi 
avaliar o desempenho, consumo e comportamento 
animal e isso foi disponibilizado para os confinadores. 
Então ao trabalhar com dietas de alta proporção de 
concentrado, isso hj é viável em nossas condições por 
causa da disponibilidade de grãos (que hj é mais 
barato, como o milho, assim como tb os produtos 
vindos do processamento da soja, do algodão), 
fazendo com que viabilize a dieta de alta 
proporção/produção de grãos de concentrado. E com 
isso o produtor terá condições de oferecer um 
produto de melhor qualidade (carne de melhor 
qualidade), e com esse uso da alta proporção desses 
produtos na dieta vai permitir uma melhor eficiência 
de conversão, uma melhor eficiência alimentar e uma 
carne de melhor qualidade. 
-Vimos o confinamento que usa volumoso e 
concentrado (confinamento na bahia), tem a opção 
de se fazer o confinamento com uso de grãos apenas 
(que é o confinamento de altos grãos), que é uma 
técnica que foi copiada do exterior com a finalidade 
de facilitar o manejo, os animais consomem uma 
quantidade menor de alimento já que é uma dieta 
praticamente seca e facilita o manejo. Posso usar essa 
técnica de altos grãos tendo o confinamento, como 
há a alternativa de usar a técnica de altos grãos tendo 
um piquete menor (que no início ele tem a 
pastagem), com os animais eu concentro um maior 
número de animais nesse piquete, eles comem em 20 
dias essa pastagem e continuam depois comendo 
apenas esses altos grãos que quando eles atingirem oponto de abate, e eles serão vendidos. Então a 
vantagem desse confinamento a pasto é que você 
não precisa ter toda aquela estrutura que tenho 
montada no confinamento, simplesmente eu coloco 
no cocho e forneço alimentação para os animais. 
Quando terminar esse confinamento a pastagem 
volta a se recuperar e eu coloco esses animais para 
terem acesso ao pasto. E a diferença é que no semi-
confinamento eu tenho que ter a pastagem como 
uma fonte de volumoso e os suplementos de altos 
ganhos, que complementam a pastagem. E nesse 
caso que vimos os animais ficam numa área de 
pastagem (que durante 20 dias o capim é consumido, 
e depois eu dou uma quantidade maior de 
concentrado- que é o milho e o núcleo peletizado, 
que tem fonte de fibras, proteínas e minerais 
peletizados para facilitar a mistura com o milho. 
Então vimos 2 técnicas, a técnica de altos grãos seria 
tb uma técnica de tentar viabilizar e aumentar o 
ganho dos animais num período menor de tempo. 
-Uso de aditivos no confinamento: pois são produtos 
que melhoram a conversão alimentar, ex: monensina 
sódica e lasalocida, há outros aditivos que tb podem 
ser usados no confinamento com o objetivo de 
prevenir o timpanismo (pq eles reduzem a produção 
de gases), de melhorar o ganho de peso dos animais 
pq eles aumentam a produção de ácido graxo 
propiônico aumentando o ganho na forma de 
musculo, e com isso melhorando a conversão e 
aumentando o ganho de peso dos animais. 
-O peso normal que um boi de acabamento entra no 
confinamento é: lembrando que temos as raças 
pequenas, médias e grandes. Então o animal atinge o 
período de abate em torno de 16-18 arrobas, esse 
animal que atingiu o abate com 18 arrobas ele 
ganhou no confinamento 3 arrobas, ele entrou e foi 
abatido com 16 arrobas. Ele entra com 13 arrobas no 
confinamento, ou se tenho um confinamento que 
proporcione um maior ganho (ele pode entrar com 
12-13 arrobas e atingir o ponto de abate com 16-17 
arrobas). Mas os animais que tem tamanhos maiores 
e que atingem o acabamento mais tarde, se eles 
atingirem o acabamento com 18 arrobas, ele entra no 
confinamento com 15 arrobas para sair com 18, ou 
ele entrou com 14 e teve 1,5kg por dia e saiu com 18, 
então depende mto do ganho que ele vai ter no 
confinamento, que está relacionado com a ração. 
Falamos de ganhos de 1,3-1,5-1,7kg/dia, então 
depende do ganho que os animais terão e do peso 
que sei que ele atingirá mais ou menos o 
acabamento. Quem trabalha com pecuária ao 
observar o animal já se sabe mais ou menos o peso 
que eles atingem o acabamento. Ex: nelore pode 
entrar com 14 arrobas e ser vendido com 15-17-18 
arrobas, depende mto do tamanho. Determino o 
ponto que o animal atingiu o acabamento (com 18 ou 
16 arrobas), aí avalio em torno de 4 arrobas a menos, 
e tenho que diluir essas 4 arrobas no tempo que ele 
ficou em confinamento (que seria 1,5kg/dia?). Ex: 
supondo que o meu confinamento seja de 90 dias e 
que a minha ração vai proporcionar 1,5kg de ganho, 
então esses animais ganharão 135kg durante os 90 
dias, esses 135kg é ganho de peso vivo, só que na 
hora que o animal é abatido o frigorífico não paga 
pelos 135kg, ele vai pagar pelo rendimento de 
carcaça. Então vamos considerar que esse animal 
apresenta 52% de rendimento (então eu multiplico, 
x0,52/que seriam os 52% de rendimento de carcaça). 
Então esse animal ganhou durante 90 dias 70 kg de 
carcaça, aí vou dividir por 15, e ele ganhou 4,7 arrobas 
(fiz isso para converter em arrobas). Esse animal em 
3 meses (90 dias) ganhou 4,7 arrobas, se ele entrou 
com 14 arrobas ele vai sair com 18 arrobas (que seria 
adequado). Ou ele entra com 13 e sai com 17,7 
arrobas. Aí eu calculo o custo de quanto tenho de 
animal/dia e multiplico pelos 90 dias e vou ter o custo 
da alimentação do período, e divido pelas arrobas 
que ele ganhou, aí vou ter o preço/custo por arroba. 
E faço a divisão da arroba por carcaça (e não a total), 
pq o meu peso vivo- o ganho que ele teve em peso 
vivo, quando o animal é abatido o frigorífico paga 
apenas pela carcaça. Então sempre eu transformo o 
ganho que ele teve nos 90 dias em arrobas, por isso 
que tenho que levar em conta o rendimento de 
carcaça, pq o frigorífico vai me pagar somente pela 
carcaça (e não pelo peso vivo). Na época das águas o 
preço da arroba é um pouco mais baixo. O 
confinamento geralmente é feito na época seca e não 
na época das águas pq o preço da arroba é maior (aí 
compensa). Comprar o boi magro hj para colocar no 
confinamento é inviável pq o preço dele está alto tb, 
pq a oferta está baixa. Então o que seria indicado é 
comprar o boi em outubro e novembro (onde inicia a 
época das aguas) e os animais estão vindo do pasto 
magros (o preço dele vai estar barato), ou janeiro-
fevereiro que eu tenho uma alta oferta e o preço tb 
está barato para colocar ele no confinamento em 
junho, julho, agosto. O ideal seria julho, agosto e 
setembro, pq existe um acompanhamento no 
mercado que o maior preço da arroba é obtido 
sempre no mês de novembro (mas isso muda). O 
produtor pode confinar julho, agosto e setembro e 
vender dps em 235 reais. De outra forma fica inviável, 
então sabemos que as tecnologias existem mas tenho 
que saber aplicar elas no momento correto e de 
forma adequada (por isso tem pecuarista que ganha 
bem e tem quem não ganha bem). Ele tem que 
entender de economia e fazer custos, o que mtas 
vezes o produtor não sabe. Com a globalização 
sempre surgem novidades no mercado.

Continue navegando