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CANCER

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Nutrição nas doenças imunossupressoras: 
Fisiopatologia e terapia nutricional no câncer 
Profa. Ludmylla Coelho Carvalho 
Fisiopatologia do câncer 
• Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o 
crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. 
 
 Mahan (2012), relata ser um processo biológico em três fases continuas: inicio, 
promoção e progressão do tumor. 
 
• Por se multiplicar de forma rápida as células tendem a ser muito agressivas e 
descontroladas 
 
• O câncer se caracteriza pela perda do controle da divisão celular e pela capacidade de 
invadir outras estruturas orgânicas. 
 
Fisiopatologia do câncer 
• A OMS considera ser a segunda maior causa de morte por doença. 
 
 De acordo com Mahan (2012), como as crianças ainda estão em 
desenvolvimento de cérebro, sistema nervoso, ossos, músculos e tecido conjuntivo, é 
mais comum apresentarem canceres nesses locais. 
Algoritmo de fisiopatologia e tratamento 
 
Inicio- 
promoção - 
progressão 
Energia em excesso, 
especialmente 
gorduras insaturadas 
Vírus 
Substâncias químicas 
Neoplasia maligna 
Antioxidantes limitados 
Radiação 
 
 
• Câncer: tipos de crescimento celular 
• A proliferação celular pode ser controlada ou não controlada. 
 
• No crescimento controlado, tem-se um aumento localizado e autolimitado do número 
de células de tecidos normais que formam o organismo, causado por estímulos 
fisiológicos ou patológicos. 
 
• No crescimento não controlado, tem-se uma massa anormal de tecido, cujo 
crescimento é quase autônomo, persistindo dessa maneira excessiva após o término 
dos estímulos que o provocaram. As neoplasias (câncer in situ e câncer invasivo) 
correspondem a essa forma não controlada de crescimento celular e, na prática, são 
denominadas tumores. 
Fisiopatologia e etiologia do câncer 
 
• Neoplasias podem ser benignas ou malignas. 
• As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de 
forma organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem 
nítidos. Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os 
órgãos e tecidos adjacentes. 
• As neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de 
autonomia e são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, 
podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro 
Fisiopatologia e etiologia do câncer 
 
• Câncer in situ e câncer invasivo 
Fisiopatologia e etiologia do câncer 
Fisiopatologia e etiologia do câncer 
• Existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um 
tipo de célula. 
 
• Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado 
carcinoma. 
 
• Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de 
sarcoma. 
 
 
Fisiopatologia e etiologia do câncer 
• Etiologia 
• As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, 
estando inter-relacionadas. 
• Causas externas: tabagismo, ingestão de bebida alcóolica, alimentação não saudável, 
componentes dos alimentos que ingerimos, sedentarismo, radiação, infecções, exposição 
ocupacional a agentes cancerígenos (produtos químicos, tóxicos). 
• Causas internas: São, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, e estão 
ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. 
 
• Dados do INCA (2018), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas 
externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o 
estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer. 
Fisiopatologia e etiologia do câncer 
 
Fonte: INCA https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-
capital/brasil 
https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil
https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil
https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil
Fisiopatologia e etiologia do câncer 
• Nutrição na etiologia do câncer 
• Ca de boca: tabagismo, bebida alcóolica, baixo consumo de frutas e vegetais 
(betacaroteno, vit.E e licopeno), cereais integrais, leite, alho, chás verde e preto, 
peixe; 
• Ca de estômago: de vit. C e E, de alimentos salgados, defumados; 
 
• Ca de pâncreas: de frutas cítricas, feijões ou leguminosas (fitoestrógenos) e 
fibra, de carnes e colesterol; 
 
• Ca colorretal: de vegetais (folato, carotenoides, vegetais crucíferos), vit. C e D, 
farelo de cereais, de açucares, calorias e gorduras saturadas, obesidade; 
Nutrição e câncer 
• Segundo Cuppari (2005) a desnutrição apresenta uma incidência entre 30 e 50% dos 
casos caquexia 
• Essa desnutrição é multifatorial, pode ser advinda de uma anorexia decorrente 
de fatores anoréticos produzidos pelo tumor, obstrução do TGI e até agressão da 
própria terapêutica utilizada 
Porcentagem 
de perda de 
peso em 
diferentes 
tumores 
Pâncreas e estômago 83 a 87% 
Colón, próstata e pulmão 48 a 61% 
Mama, leucemia, sarcoma, linfoma não Hodgkin 
31 a 40% 
 
Nutrição e câncer 
Fatores que contribuem para a caquexia no câncer 
Redução da ingesta alimentar: anorexia, náuseas e vômitos; alteração do paladar e 
olfato 
Efeito local do tumor: odinofagia, disfagia; saciedade precoce; obstrução gástrica ou 
intestinal; má absorção 
Alteração do metabolismo de CHO, PTN e LIP 
Efeitos do tratamento do câncer: 
• Cirurgia: mastigação alterada e deglutição; síndromes pós-gastrectomias; insuficiência pancreática; 
estenose da anastomose. 
• Quimioterapia: náuseas, vômitos; alterações de olfato e paladar; xerostomia e mucosite; diarreia. 
• Radioterapia: anorexia e náuseas, lesão da mucosa gastrointestinal 
• Psicossocial: depressão, ansiedade e aversão alimentar 
 
Diagnostico e tratamento 
• Diagnostico: 
• Historia médica 
• Exame físico 
• Avaliação bioquímica e de imagem 
 
• Tratamento: intenção de curar, controlar ou de forma paliativa 
• Quimioterapia 
• Imunoterapia 
• Radioterapia 
• Cirurgia isolada ou em combinação 
 
Nutrição e câncer 
 
Nutrição e câncer 
 
Quimioterapia 
• Uso de agentes químicos ou medicações para tratar o câncer impedindo a formação 
de novo DNA, bloqueando funções essenciais da célula ou induzindo a apoptose. 
 
 
• Os químicos não se limitam apenas as células neoplásticas e acabam afetando 
células normais, porem a resposta de recuperação destas células é rápida e eficiente 
desde que os químicos sejam administrados em um intervalo de tempo adequado. 
Quimioterapia prévia, neoadjuvante ou citorredutora 
Quimioterapia adjuvante ou profilática 
Quimioterapia curativa 
Quimioterapia para controle temporário de doença 
Quimioterapia paliativa 
Quimioterapia 
Drogas quimioterápicas comuns e efeitos no estado nutricional 
Cisplatina, dacarbazina edoxorrubicina toxicidade gastrointestinal, 
náuseas e vômito 
Antracíclicos, taxanos e aquilantes maior riscos de sangramento e 
infecções 
Irinotecan diarreia 
Vinicristina obstipação intestinal, cólica abdominal 
Prednisona e dexametasona retenção de sódio e liquido, intolerância a 
glicose, perda de potássio e osteoporose 
Quimioterapia 
Quimioterapia 
Cuidado nutricional 
adequado para 
cada tipo de efeito 
colateral 
QuimioterapiaDisfagia observar o grau de disfagia e realizar mudanças na textura da dieta; 
Xerostomia alimentos que vão facilitar a produção de saliva, por exemplo chás, 
ingestão adequada de água, balas de hortelã. 
Náuseas aumentar o fracionamento das refeições , evitar a ingestão de líquidos 
durante a refeição. 
Saciedade precoce evitar alimentos crus e preparações gordurosas e com molhos 
Obstipação aumentar a ingestão de líquidos e de alimentos ricos em fibras 
insolúveis 
Radioterapia 
• Utiliza raios ionizantes em múltiplas doses com 
o objetivo de curar, controlar ou paliar o câncer. 
Pode ser aplicada de forma externa abrangendo 
todo o corpo ou por braquiterapia 
 
• Radioterapia curativa 
• Radioterapia pré-operatória (RT prévia ou 
citorredutora) 
• Radioterapia pós-operatória ou pós-
quimioterapia (radioterapia profilática) 
• Radioterapia paliativa: Radioterapia antiálgica; 
Radioterapia anti-hemorrágica: 
 
Radioterapia 
Os efeitos colaterais, geralmente, limitam-se ao local que está sendo irradiado, ao contrario da 
quimioterapia 
 
• Fadiga 
• Perda de apetite 
• Alterações cutâneas e alopecia na área tratada 
 
Efeitos tardios: 
• Cáries dentárias 
• Xerostomia permanente 
• Trismo (mandíbula trancada) 
 
Radioterapia 
 
Radioterapia 
Cuidado nutricional 
adequado para 
cada tipo de efeito 
colateral 
Radioterapia 
Disfagia observar o grau de disfagia e realizar mudanças na textura da dieta; 
Xerostomia alimentos que vão facilitar a produção de saliva, por exemplo chás, 
ingestão adequada de água, balas de hortelã. 
Náuseas aumentar o fracionamento das refeições , evitar a ingestão de líquidos 
durante a refeição. 
Saciedade precoce evitar alimentos crus e preparações gordurosas e com molhos 
Obstipação aumentar a ingestão de líquidos e de alimentos ricos em fibras 
insolúveis 
Radioterapia 
• Radioterapia no tórax azia e esofagite aguda, sendo necessário 
mudança na textura da dieta 
• Radioterapia no abdômen gastrite aguda ou enterite, cuidado especifico 
para os sintomas. Enterite pode se tornar crônica e evoluir para a síndrome 
do intestino curto e assim sendo necessária administração de NPT 
 
Cirurgia oncológica 
• Isolada ou em combinação 
 
• No pós operatório os pacientes apresentam fadiga, dor e alterações temporárias no paladar 
e função intestinal 
Atenção especial em cirurgias de 
cabeça e pescoço 
Cirurgia oncológica 
Cirurgias para tumores 
esofágicos 
Cirurgias gástricas 
 
Ressecção cirúrgica do 
pâncreas 
Cirurgia oncológica 
Impactos da cirurgia oncológica 
Cavidade oral: dificuldade de mastigação e/ou deglutição; potencial de 
aspiração; xerostomia e alteração de paladar 
Laringe: disfagia e potencial de aspiração 
Esôfago: indigestão e/ou refluxo gástrico; motilidade diminuída 
Estômago: síndrome de dumping, desidratação, má absorção de gorduras, 
vitaminas (B12 e D) e minerais(cálcio e ferro) 
Vesícula biliar e ducto biliar: hiperglicemia , má absorção de gorduras, vitaminas 
(B12, A, D, E, K)e minerais (magnésio, zinco, cálcio e ferro 
Intestino curto: diarreia, intolerância a lactose 
Colorretal: tempo maior de transito, diarreia, desidratação, cólicas e gases 
Avaliação nutricional do paciente 
oncológico 
 
 
O peso atual e o histórico de peso (peso corporal habitual, peso corporal ideal, peso atual e 
perda de peso) são os parâmetros mais comuns utilizados para avaliar o estado nutricional dos 
pacientes. (Ross et. al. 2016) 
 
 
Avaliação antropométrica 
pode ser prejudicada 
Avaliação nutricional do paciente 
oncológico 
• A Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente (ASG-PPP), 147 uma 
ferramenta de triagem nutricional normalmente utilizada em oncologia, é 
baseada em uma ferramenta desenvolvida por Baker et al., a Avaliação 
Subjetiva Global (ASG) 
 
 
• Avaliação nutricional formal que inclua uma avaliação completa do histórico 
médico, do histórico alimentar, do exame físico, das medidas antropométricas 
e dos dados laboratoriais. 
 
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS 
• Calorias: 
• 25-35kcal/kg/dia–para manutenção; 
• 35-50kcal/kg/dia–para reposição de perdas 
• Carboidratos: 
• 50–65% do VET 
• Proteínas: 
• 1,0–1,5g/kg/dia–para manutenção; 
• 1,5–2g/kg/dia–para reposição de perdas; 50% de PTN de alto valor biológico. 
 
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS 
• Lipídeo: 
• 30-50% doVET. 
• Líquidos: 
• 2L/dia; 
• Fibras: 
• 25–30g/dia; aumento gradual. 
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS 
• Planeje a terapia de nutrição e consistência dos alimentos adequadas ao tipo de CA 
e ao estado do paciente; 
• Planeje 5-6 pequenas refeições diariamente; 
• Forneça suplementação adequada (mas não excessiva) de micronutrientes– vit.B6, 
A, E, C, ácido pantotênico, ácido fólico; 
• Use mais alimentos ricos em betacaroteno–inclua grandes quantidades de frutas e 
vegetais;

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