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PROGRAMA DE PROMOÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DE CRIATIDADE NA EXPRESSÃO PLÁSTICA: INTERVENÇÃO EM CRIANÇAS DO 5º ANO DE EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA NO CENTRO 1º DE MAIO-BEIRA 2020 Armando Domingos Licenciado em Ensino Básico. Mestrando em Educação e Desenvolvimento Humano na Universidade Jean Piaget. Docente na Universidade Licungo, Extensão da Beira. Email: armandodomingos2015@gmail.com Cesar Mussa Maia Licenciado em Metodologia de Ensino de Ingles. Mestrando em Educação e Desenvolvimento Humano na Universidade Jean Piaget. Director da Escola Primária 1º e 2º ciclo de Sussundenga Email: maiacesarjussa@gmail.com Chacha Banco Licenciado em Ensino Básico. Mestrando em Educação e Desenvolvimento Humano na Universidade Jean Piaget. Docente na Universidade Licungo, Extensão da Beira. Email:chachabanco2@gmail.com Paulo Zebo Bulaque Professor Doutor, em Psicologia Aplicada. Docente da Cadeira de Promoção Desenvolvimento de Competências Socioemocionais Email:bulaque@gmail.com mailto:armandodomingos2015@gmail.com Resumo O presente Programa de Promoção das Competências de Criatividade na Expressão Plástica em crianças do 5º ano de Educação de Infância no Centro 1º de Maio-Beira, visa promover as competências de criatividade na expressão plástica nas crianças do 5º ano de educação de infância no Centro 1º de Maio-Beira. Para a materialização deste objetivo, recorremos a pesquisa bibliográfica, onde foi possível consultar livros e artigos científicos referentes a criatividade, programa de promoção de competências socioemocionais e expressão plástica. Com base no método em alusão, foi possível organizar e planificar as sessões de actividades a ser aplicadas nas crianças do 5º ano de educação de infância no Centro 1º de Maio-Beira. Constitui o grupo-alvo deste programa, 20 crianças de 5º ano de educação de infância. Para facilitar a compressão, o presente trabalho está organizado de seguinte maneira: Introdução, depois temos, fundamentação teoria, de seguida, objetivos gerais do programa, calendário das sessões, quadro das atividades, objetivos específicos da parte referente a expressão plástica), por conseguinte apresentamos as sessões e respectivos exercícios para estimular a criatividade, mais adiante descremos a conclusão, onde incorporamos as experiências e dificuldades por nos encontradas na elaboração do programa e finalmente apresentamos, referências bibliográficas, de modo a ajudar os estudantes e investigadores que de certa forma, atravessam pela essa área. Palavras-Chave: Criatividade, Expressão e Plástica. Introdução O presente trabalho trata sobre programa de promoção das competências de criatividade na expressão plástica: intervenção em crianças do 5º ano de educação de infância no Centro 1º de Maio-Beira, com objetivo de promover as competências de criatividade na expressão plástica nas crianças do 5º ano de educação de infância no Centro 1º de Maio-Beira. Nesse âmbito, a efetivação do objetivo em alusão, foi possível na medida em que, consultamos livros e artigos científicos referentes a criatividade, programa de promoção de competências socioemocionais e expressão plástica, onde usamos a metodologia de pesquisa bibliográfica. Com base no método citado acima, foi possível organizar e planificar as sessões de actividades a ser aplicadas nas crianças do 5º ano de educação de infância no Centro 1º de Maio-Beira. É de salientar que, a criatividade compreende um processo de busca de soluções a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia que afligem a sociedade, entretanto, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados obtidos. Nessa perpectiva, a criatividade é um processo de mudança, desenvolvimento e evolucao tanto pessoal quanto social, no entanto, as atividades de expressão plástica, podem estimular a criatividade nas crianças quando são bem planificadas, o que quer dizer que, os educadores precisam proporcionar uma oportunidade em que as crianças, expressem os seus sentimentos através da expressão plástica e não menos importante o uso das metodologias didáctico-pedagógicas activas, visto que, a metodologia tradicional não ajuda muito para estimular a criatividade nas crianças. Como forma de organização, o presente trabalho está composto por: fundamentação teoria, de seguida, objetivos gerais do programa, calendário das sessões, quadro das atividades, objetivos específicos da parte referente a expressão plástica), por conseguinte apresentamos as sessões e respectivos exercícios para estimular a criatividade, mais adiante descremos a conclusão, onde incorporamos as experiências e dificuldades por nos encontradas na elaboração do programa e finalmente apresentamos, referências bibliográficas, de modo a ajudar os estudantes e investigadores que de certa forma, atravessam pela essa área. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Conceitos básicos de Criatividade Segundo Alencar & Oliveira (2008, p.296), a criatividade, proveniente do termo latino creare, que signifi ca fazer, e do termo grego krainen, que significa realizar. O processo criativo gera algo de novo, e este resulta das experiências vividas pelo indivíduo e pelas situações em que se encontra envolvido. Quando estimulada no processo de aprendizagem, a criatividade, pode promover um desenvolvimento pleno, formado por uma consciência crítica de si, do outro e do meio. (Moser, 2015, p. 1) Torrance apud Alves e Castro (2015), define criatividade como "o processo de perceber lacunas ou elementos faltantes perturbadores; formar ideias ou hipóteses a respeito deles; testar essas hipóteses; e comunicar os resultados, possivelmente modificando e retestando as hipóteses" (p. 34). Amabile apud Moser (2015, p. 1), acrescenta que a criatividade é a capacidade de criar uma solução para os nossos problemas do quotidiano. Visto que é uma capacidade inata, se for explorada e estimulada de forma correta, pode ser responsável por grandes invenções, tais como a roda, a lâmpada ou o rádio. Em harmonia com as definições acima expostas, percebemos que, a criatividade compreende um processo de busca de soluções a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia que afligem a sociedade, entretanto, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados obtidos. Factores que influenciam a criativiade Lubart apud Alencar & Oliveira (2008, p.53), considera que a criatividade provém de seis fatores distintos que se inter-relacionam e que não podem ser vistos isoladamente: inteligência, estilos intelectuais, conhecimento, personalidade, motivação e contexto ambiental. Inteligência, considerando três habilidades cognitivas: a primeira de ver o problema sob um novo ângulo; a segunda a capacidade analítica de reconhecer entre as ideias aquelas em que valeria a pena investir; e a terceira, a prática-contextual, que seria a capacidade de persuadir outras pessoas sobre o valor das próprias ideias e a importância da confluência destas três habilidades. Estilos intelectuais, denominados legislativo, executivo e judiciário: sendo o primeiro o preferido das pessoas criativas pela tendência a formular problemas e criar novas regras e maneiras de ver as coisas; o segundo estaria presente nas pessoas que gostam de implementar ideias, e o terceiro nas pessoas que tem preferência por emitir julgamentos, avaliar pessoas, tarefas e regras; Conhecimento, pois, para dar uma contribuição significativa a uma determinada área, é de fundamental relevância ter o conhecimento sobre a mesma, seja formal ou informal; Personalidade: alguns traços contribuem mais do que outros para a expressão da criatividade, destacandoque pessoas com alta produção criativa apresentam um conjunto de traços, embora em graus diferentes, como: predisposição a correr riscos, confiança em si mesmos, tolerância à ambiguidade, coragem para expressar novas ideias, perseverança diante de obstáculos e um certo grau de autoestima. Motivação, as forças impulsionadoras da performance criativa, especialmente a intrínseca, uma vez que as pessoas estão muito mais propensas a responder criativamente a uma dada tarefa quando estão movidas pelo prazer, assim como a extrínseca, pois ambas estão frequentemente em interação, combinando-se mutuamente; Contexto ambiental, que pode ser facilitador ou não da expressão criativa e interage com variáveis pessoais e situacionais de uma forma complexa, porque tanto a pessoa como seu produto são julgados e avaliados como criativos ou não por pessoas de seu contexto social. (p.53) Princípios básicos que fomentam a criatividade em sala de aula Segundo Prado-Diez (1999) apud Alencar & Oliveira (2008, p.300), aponta alguns princípios básicos que fomentam a criatividade em sala de aula: Aprender o sentido aberto, livre, lúdico e inovador do pensamento e imaginação, comunicação e decisão criativas; utilizar uma avaliação criativa que valorize a força expressiva e a originalidade; Basear-se na educação construtiva, cooperativa e significativa; Expor os trabalhos; Utilizar a interdisciplinaridade; Ter em mente que criar é repetir variando, em diferentes momentos, procurando algo original e comparando as diversas produções; Estimular o pensamento alternativo, imaginativo e inventivo, através do uso de técnicas de analogia, invenção, fantasia, entre outras formas de pensamento criativo; não enfatizar exclusivamente a correcção, porque a prática sistemática e variada facilita a retenção e a correcção espontânea; Procurar procedimentos inéditos que conduzam a novas metas e a espaços desconhecidos; Aplicar e combinar um grande número de métodos e de linguagens criativas para cada tema, assunto ou problema para abrir horizontes. Características do professor criativo Segundo Alencar & Oliveira (2008, p.379), o que melhor caracteriza um professor criativo é: A utilização de estratégias didáticas diferenciadas e inovadoras e empenho em orientar a aprendizagemdos alunos. Todos os participantes concordam quanto à importância de o professor ser criativo. As características mais citadas de um coordenador pedagógico estimulador da criatividade do professor referem-se a atributos pessoais, seguidas de apoio ao trabalho docente e um bom relacionamento com o professor. Wechsler apud Alencar & Oliveira (2008, p.297), um professor criativo é aquele que está aberto a novas experiências e, assim sendo, é ousado, curioso, tem confi ança em si próprio, além de ser apaixonado pelo que faz. Trabalha com idealismo e prazer, adotando uma postura de facilitador e quebrando paradigmas da educação tradicional. Algumas atitudes do professor que possibilitam o desenvolvimento da criatividade em sala de aula são: ouvir idéias diferentes das suas, encorajar os alunos a realizar seus próprios projetos; estimular o questionamento, dando-lhes tempo para pensar e para testarem hipóteses; estimular a curiosidade; criar um ambiente sem pressões, amigo, seguro; usar a crítica com cautela; e buscar descobrir o potencial de cada aluno.(idem) Também Cropley apud Alencar & Oliveira (2008, p.297)chama a atenção para comportamentos típicos do professor estimulador da criatividade, como: Encoraja o aluno a aprender de forma independente; motiva seus alunos a dominar o conhecimento fatual, de tal forma que tenham uma base sólida para propor novas idéias; encoraja o pensamento fl exível em seus alunos; considera as sugestões e questões deles; dá oportunidades ao aluno para trabalhar com uma diversidade de materiais e sob diferentes condições; ajuda os alunos a aprender com a frustração e o fracasso, de tal forma que tenham coragem para tentar o novo e o inusitado e promove a auto-avaliação pelos alunos. O professor estimulador da criatividade em sala de aula permite ao aluno pensar, desenvolver idéias e pontos de vista, fazer escolhas; valoriza o que for criativo; não rechaça o erro, mas o vê como etapa do processo de aprendizagem; considera os interesses, habilidades e provê oportunidades para que os alunos se conscientizem de seu potencial criativo; cultiva o senso de humor em sala de aula. (Fleith, apud Alencar & Oliveira, 2008, p.297). A autora ainda realça que o professor facilitador da criatividade procura promover “um clima em sala de aula em que a experiência de aprendizagem seja prazerosa” (p. 57). Para haver um clima criativo em sala de aula, o professor deve adotar, entre outras atitudes, a de proteger e encorajar o trabalho criativo e a elaboração de produtos originais; a de procurar “desenvolver nos alunos a habilidade de pensar em termos de possibilidade, de explorar conseqüências, de sugerir modifi cações e aperfeiçoamentos para as próprias idéias”, não se abatendo pelas limitações do contexto; a de envolver o aluno na solução de problemas reais (Fleith; Alencar, apud Alencar & Oliveira, 2008, p.297) Postura do Professor criativo Dar tempo ao aluno para pensar e desenvolver suas ideias; Valorizar produtos e ideias criativas; Considerar o erro como uma etapa do processo de aprendizagem; Dar ao aluno oportunidade de escolha, levando em consideração seus interesses e habilidades; Prover oportunidades para que os alunos se conscientizem de seu potencial criativo, favorecendo, dessa forma, o desenvolvimento de um autoconceito positivo; Cultivar o senso de humor em sala de aula; Ter expectativas positivas com relação ao desempenho da criança; Demonstrar entusiasmo pela atividade docente e conteúdo que ministra; Criar um clima em sala de aula em que a experiência de aprendizagem seja prazerosa; Não se deixar vencer pelas limitações do contexto em que se encontra; Proteger o trabalho criativo do aluno da crítica dos colegas; Dar destaque aos interesses e pontos fortes de cada aluno, contribuindo para o Desenvolvimento de uma autoimagem positiva; Fortalecer traços de personalidade associados à criatividade, como curiosidade; Persistência, autonomia, independência de pensamento e coragem para lidar com o desconhecido; Criar um ambiente de respeito e aceitação mútuos, no qual todos possam aprender e compartilhar suas ideias e pensamentos sem medo de serem criticados; Enfatizar colaboração ao invés de competição; Aceitar a espontaneidade, a iniciativa e a capacidade criadora como características do ser humano; Encorajar o aluno a aprender de forma independente; Crie um ambiente psicologicamente seguro no qual os alunos não tenham medo de arriscar; Estimular os alunos a identificarem e superarem obstáculos à criatividade; Ajudar os alunos a lidarem com a frustração. (Alencar & Fleith 2009) Um ambiente facilitador da criatividade na escola A adopção de posturas criativas contribui para que o ambiente de sala de aula se torne criativo. Segundo Uano (2002) apud Alencar & Oliveira (2008, p.53), reafirma que a criatividade na escola deve ser construída principalmente sobre três pilares: A heterogeneidade; As percepções que o aluno e o professor têm de si mesmos e; O clima de sala de aula. Para Mitjáns Martínez apud Alencar & Oliveira (2008, p.53), para haver um ambiente facilitador da criatividade na escola, é preciso o engajamento de professores, alunos e direção. O professor, para gerar tal ambiente, deve considerar vários aspectos como: O processo de ensino centrado no aluno, sendo o docente o facilitador do processo ensino-aprendizagem, que estimula o desenvolvimento de interesses, motivos, pensamento crítico e potencialidades; Orespeito à individualidade e, por isso, deve observar a individualização do processo ensino-aprendizagem; Liberdade, disciplina, responsabilidade, segurança psicológica, tolerância; O reconhecimento e a valorização dos trabalhos e progressos de cada aluno, não enfatizando o aspecto avaliativo por notas; A transmissão de vivências emocionais positivas em relação ao grupo, disciplina e processo de aprendizagem; A mobilização de recursos do grupo para promoção de um clima emocional positivo entre seus membros. Entedemos que, o ensino tradicional necessita se alterar e passar a ser um ensino criativo, que os professores usem seu potencial criativo em suas aulas, levando os alunos a adquirir estratégias que lhes permitam lidar com desafi os e acontecimentos imprevistos. Por outro lado, é necessário que todo o contexto escolar adote atitudes criativas, incentivando os professores a serem criativos em suas atividades. Fases do processo criativo O processo criativo possui, segundo Kneller Torrance apud Alves e Castro (2015) cinco fases, as quais serão descritas a seguir, segundo sua visão: Apreensão: momento em que surge o insight - a apreensão de uma ideia ou de um problema a ser resolvido. Preparação: fase de ponderações e proposição de soluções, o criador lê, anota, discute, indaga, coleciona, investiga, explora e ainda que a apreensão dê direção e propósito a esta exploração, a visão original pode transformar-se completamente no processo exploratório. Incubação: o período de preparação, consciente, é seguido por atividade não consciente na qual as ideias são incubadas, por período longo ou curto; o inconsciente desembaraçado pelo intelecto faz conexões inesperadas que constituem a essência da criação. Iluminação: é o momento do clímax, de repente surge a solução do problema - o conceito que engloba todos os fatos, o pensamento que completa a cadeia de ideias até então trabalhadas, então tudo entra em seus lugares e faz sentido. Verificação: última fase, de revisão. A tarefa de verificação pode chegar a durar anos, quando o criador dá forma às suas intuições ou as aplica ao conteúdo de material que reuniu. No entanto, nesta fase podem ocorrer novas intuições, até mesmo de natureza diversa da anterior. Tipos de criatividade Taylor apud Alves & Castro (2015) no estudo de Sousa, caracterizou cinco tipos de criatividade: Expressiva, o indivíduo expressa as suas emoções e sentimentos sem preocupação com o resultado final do ato criador - são exemplos o desenho livre, as artes dramáticas e a expressão verbal. Produtiva, o resultado final tem um enorme relevo tendo maior impacto que a própria expressão - são exemplo a investigação científica. Inventiva, como o próprio nome indica, é o aliado da criatividade com a capacidade de projetar e inventar algo novo criando um resultado inesperado e inovador - são exemplos as grandes invenções como a lâmpada, a rádio e a televisão. Inovadora, este tipo de criatividade é responsável pela inovação, pelo reinventar algo dando novas perspetivas e conceções a algo que já fora inventado anteriormente. O autor aponta Einstein como um exemplo deste tipo de criatividade. Emergente, é um tipo de criatividade intrínseca na vida de um grande artista, só é conseguida em grandes génios dotados de uma extrema facilidade criativa como é o caso de Camões, Mozart e Picasso. Importa salientar que, entre os vários tipos de criatividade, o tipo que alinha melhor o nosso programa é criatividade expressiva, onde a criança tem a oportunidade de expressar os seus sentimentos através de expressão plástica. Objetivos gerais do programa Promover as competências de criatividade nas crianças; Incrementar espaço ou oportunidade para que as crianças expressem os seus sentimentos através de Expressão Plástica; Estimular as crianças a desenvolvimento técnicas de expressão plástica; Avaliar a eficácia do programa de promoção de competências de criatividade. Quadro referente ao calendário das sessões Calendário das sessões Mês Sessão 1 Apresentação Agosto Sessão 2 O desenho livre Setembro Sessão 3 Desenho dirigido Setembro Sessão 4 Pintura com água Setembro Sessão 5 Pintura livre com tintas Setembro Sessão 6 Modelagem de livre expressão. Setembro Sessão 7 Recorte e colagem Setembro Sessão 8 Dobragem. Setembro Sessão 9 Avaliação de eficácia Setembro Quadro referente as actividades das sessões Actividades Sessão 1 Apresentação Contextualização do programa: Apresentação dos elementos do grupo; levantamentos das atividades e interesses dos elementos do grupo; Explicação do que é expressão plástica; Promover as técnicas da educação e expressão plástica param educação de infância; Estimular a motivação do grupo, mostrando os benefícios de expressão plástica para o dia - a- dia das crianças; Levantamento das expectativas do grupo; acordo sobre o horário e o local das sessões; Definição das regras básicas ( Pontualidade, assiduidade e a participação voluntaria)e dos objetivos. Sessão 2: O desenho livre Desenhar pingos de chuva, desenhar linhas, desenhar círculos, como também, através do desenho a criança canta, brinca, dramatiza, coloca todos os seus sentimentos e pensamentos no papel, na areia, no chão, na parede, ou seja em qualquer lugar onde possa se sentir livre para se expressar, criando um universo só seu. Sessão 3: Desenho dirigido O educador escolhe um tema para crianças desenharem, entretanto, o desenho a ser feito é de livre criação, mas o tema especifico. É a representação do que ocorre à criança como consequência de algo que ela viu ou vivenciou. Sessão 4: Pintura com água Enche-se o pote ou bacia de água e coloca-se os pincéis dentro para molhar. Pega-se um para pintar a parede, um banco de jardim, o chão da rua, um murinho mais baixo. Importa referir que a vantagem deste tipo de pintura é que depois seca e fica como não tivesse acontecido nada. Sessão 5: pintura livre com tintas Enche-se ponte com tinta e por conseguinte mergulha-se os dedos para pintar nos cartazes, nesse âmbito, a pintura de dedo com tintas corresponde atividades mais fascinantes para as crianças, porque é a maneira mais fácil e direta de criar imagens, moldar figuras e imaginar desenhos. Sessão 6: Modelagem de Livre expressão. Efectua-se atividades mediante os materiais de plasticidade como: Matope ou barro a massa de pão, a pasta de papel, o gesso e outros materiais semelhantes possuem esta propriedade. .(Deixar as crianças experimentar, fazendo qualquer coisa com massa de modelagem. Depois discuta as propriedades da massa que as crianças observaram (está macia, pode ser separada em partes e depois juntada, é possível fazer várias formas com a massa, etc.). Sessão 7: O recorte e colagem Deixar as crianças rasgar ou cortar o papel ou folhas de árvores em bocados de forma livre; em tamanhos grandes e pequenos. Ensine a recortar papel para obter novas formas (semi-círculos dum círculo, triângulos dum quadrado, círculo na base de quadrado, etc....) ; Como primeiro passo, deixe as crianças colarem duma forma livre, usando uma variedade de materiais. Distribua pelas crianças com latas de cola (feita por educadores ou comprada) e com pauzinhos para pegar a cola; Oriente as criancas a colarem vários desenhos na parede, nas folhas, no chão entre outro lugar que elas pretendem, Mais tarde oriente colar dentro um certo objecto desenhado, ou em cima duma caixa ou lata velha Sessão 8:A dobragem. O educador podera distribuir os pedaços de papel de forma básica (de rectângulo ou quadrado, dependendo do modelo) às crianças; Mostra uma figura pronta, para estimular o interesse das crianças. Pergunta quem quer aprender a fazer essa figura (avião,livro, barco etc) Sessão 9: Avaliação de eficácia Foi feita justamente para aferir o nível do alcance dos objetivos almejados do programa. PARTE 1 Apresentação do grupo O grupo-alvo: Grupo de 20 crianças do centro 1º de Maio-Beira. Objetivos específicos: Apresentar os elementos do grupo; Fazer levantamentos das atividades e interesses dos elementos do grupo; Explicar o que é expressão plástica; Promover as técnicas da educação e expressão plástica param educação de infância; Estimular a motivação do grupo, mostrando a importância de expressão plástica para o dia - a- dia das crianças; Efectuar levantamento das expectativas do grupo; acordo sobre o horário e o local das sessões; Estabelecer as regras básicas (Pontualidade, assiduidade e a participação voluntaria) e dos objetivos. Conteúdo Origem e conceitos de expressão plástica Como refere Sousa (apud De Sousa 2016:25) “o termo «Expressão Plástica» foi adotado pela educação pela arte portuguesa, para designar o modo de expressão-criação através do manuseamento e modificação de materiais plásticos”. A falta de reconhecimento pela sociedade e pela própria comunidade educativa acerca da importância educativa da Arte não manifesta alterações significativas. Para Leite e Malpique (Apud Miranda, 2013:16) a expressão representa a forma como desde muito novas as crianças conseguem libertar as suas energias, ainda Stern citado por Gonçalves Apud Miranda (2013:16) indica que expressão é “ Um vulcão, algo que brota espontaneamente, algo que vem do interior, das entranhas, do mais profundo do ser. Exprimir- se é tornar-se vulcão (…) Exprimir-se significa realizar um ato, que não é ditado, nem controlado pela razão” Segundo Rodrigues (2002) expressão plástica é essencialmente uma atitude pedagógica diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas necessidades «artes ao serviço da criança e não estas ao serviço das artes plásticas». Na visão do autor acima citado, podemos dizer que a expressão plástica é essencialmente uma actividade natural, livre e espontânea da criança, o seu principal objectivo é a expressão das emoções e sentimentos através da criação com matérias plásticos. Para melhor explicar a abordagem acima, invocamos Stern apud De Sousa (2016:25), a Expressão plástica é “a liberdade de expressão é necessária como a liberdade de pensamento” Segundo Silva (1997), “a expressão plástica implica um controlo da motricidade fina que a relaciona com a expressão motora, mas recorre a materiais e instrumentos específicos e a códigos próprios que são mediadores desta forma de expressão. Segundo Gonçalves (1991) expressão é “exprimir-se é tornar-se vulcão etimologicamente, é expulsar exteriorizar sensações, sentimentos, um conjunto de factos emotivos. A expressão plástica deve ser considerada um instrumento de conhecimento do meio que possibilita relacionar diferentes formas de representação, de expressão e análise da realidade. O desenvolvimento de expressão plástica O desenvolvimento de actividades artísticas dão a liberdade de exprimir o que sente, e de criar algo que não esteja sujeito à apreciação do adulto, “é essencialmente uma atitude pedagógica diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas necessidades” (Rodrigues, 2002 Apud Sousa 2014, p. 160). A Expressão Plástica é ainda significativa no desenvolvimento pois, para além de expandir as competências de motricidade fina e o sentido estético, ainda amplia outras como a emergência da leitura e da escrita através da aquisição gradual dos diversos códigos gráficos. Deve existir diversidade de materiais para as crianças utilizarem de forma livre, quanto mais elementos forem proporcionados maiores são as possibilidades de desenvolver as capacidades de expressão e de criatividade. Como se sabe, apesar de se dar maior ênfase ao trabalho numa determinada área (neste caso a Expressão Plástica), o cérebro trabalha como uma teia, unindo todas as ideias pré- concebidas e relacionando todas as informações e conhecimentos que possui do mundo que a rodeia. A Expressão Plástica é facilitadora da criação de diferentes aprendizagens ao mesmo tempo, pois é “contactando com diferentes materiais que poderá explorar, manipular e transformar de forma a tomar consciência de si próprio na relação com os objectos” (Ocepe, 1997 Apud Moser, 2015, p.11). Ocepe (1997) Apud Moser (2015, p.12), defendem que é essencial valorizar os processos de expressão plástica estimulando a aperfeiçoar as suas aptidões adequando-as às suas capacidades. As actividades de Expressão Plástica implicam um forte envolvimento sendo possível registar o prazer e o desejo de explorar as diferentes valências. A arte desenvolvida pelas crianças sofre mudanças ao logo do tempo e, à medida que vão crescendo, as suas aptidões artísticas vão-se tornando mais maduras, adquirindo maior controlo e precisão no uso dos diferentes materiais através da maturação da motricidade fina. As vivências e experiências que as crianças estão sujeitas, vão influenciar o modo como estas vêem e representa o mundo que a rodeia, pois a acção criadora é o reinventar o que já se viu misturando e alterando as suas condições. Julgamos ser de extrema importância entender quais são os diferentes domínios que podem ser desenvolvidos transversalmente quando o educador propõe numa actividade de Expressão Plástica. Ao explorar materiais com estruturas tridimensionais, podem-se comparar diferentes volumes, formas e dimensões e ainda experimentar equilíbrios e forças, estas são aprendizagens fundamentais que remetem para o domínio da Matemática e do Conhecimentos do Mundo, neste último domínio ainda estão presentes acções tais como a mistura das cores básicas e a identificação dos diferentes materiais, bem como a sua textura e diferentes capacidades. Importância da expressão plástica A Expressão Plástica tem uma importância enorme na vida de cada cidadão. As competências adquiridas na escola irão auxiliar a resolver inúmeros desafios tais como: a seleção das cores do guarda-roupa, os móveis, e tantas outras situações que envolvem experiência estética (Lancaster, 1991, apud Moser, 2015). Segundo Sousa (2003) apud Moser (2015) a Expressão Plástica é definida como uma atitude pedagógica centrada na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas necessidades, cujo principal objetivo é a expressão das emoções e sentimentos através da criação utilizando materiais plásticos. A criança está suficientemente atenta ao mundo circundante e à realização de novas aprendizagens, relevando-se fulcral estar atento a todos os estímulos que lhes possamos proporcionar desde a mais tenra idade, pois, tal como Pocinho (1999) apud Moser (2015), defende: o bebé é sensível a tudo o que é cor, som e movimento, sendo os brinquedos muito importantes no seu desenvolvimento. A aprendizagem de conteúdos e de técnicas através da Expressão Plástica, leva a criança a ver, cheirar, tatear, ouvir, e sentir prazer ao realizar os seus intentos, conseguindo mais facilmente expressar os seus pensamentos através de técnicas e de materiais diversificados. Permitir que as crianças se manifestem desta forma, incentiva o uso da sua imaginação se desenvolva física e emocionalmente, e a melhor compreensão do mundo que a rodeia. As crianças são estimuladas a improvisar cabendo ao professor estabelecer alguns limites e à criança a possibilidade de criar e imaginar. As atividades de Expressão Plástica, são um excelente contributo para o aumento da autoestima e para o desenvolvimento das potencialidades artísticas e afetivas. 1.2. Técnicas da Educação e Expressão Plásticaparam Educacao de Infancia Sousa (2014), as técnicas de educação e expressão plástica para Ensino Básico são: O desenho, A pintura, A modelagem, O recorte, A colagem e A dobragem. Nesta ordem de ideias, passaremos a especificar cada uma das técnicas já supramencionadas anteriormente. O desenho, segundo Sousa (2014), é a arte visual de representar algo em um meio bi ou tridimensional através de diversas ferramentas ou métodos. O desenho convencional é realizado a lápis, caneta, grafite, mas existem inúmeras técnicas e possibilidades associadas ao desenho. A Pintura. “A pintura é uma forma de arte em que o artista concebe a decoração de uma superfície com pigmentos coloridos e com o auxílio de processos técnicos diversos” Nesta linha de ideias, a pintura é uma técnica que proporciona à criança como ao adulto, transpor a sua imaginação, a sua criatividade. Todas as pinturas são diferentes, porque cada indivíduo tem o seu próprio toque pessoal, os seus gostos, os seus interesses. A pintura é “uma linguagem plástica expressiva que é acessível a todos os homens, independentemente da sua idade e da sua cultura” (idem Esta técnica é importante para o desenvolvimento artístico da criança, pois “a espontaneidade da pintura infantil manifesta-se antes da aquisição de uma técnica, ou, por outras palavras, conduz à necessidade de descobrir a técnica, que melhor se adapta ao desenvolvimento desse tipo de expressão imediata” (Gonçalves, apud Sousa,2014). De facto, não importa se a criança tem jeito ou não para pintar. Importa, sim, dar oportunidade à criança para exprimir aquilo que está a sentir no momento e que sinta prazer em fazê-lo. Para se desenvolver este tipo de técnica com as crianças, o educador/professor pode recorrer a diversas técnicas, como por exemplo, a digipintura, a aguarela, o guache, a pintura a cera, a pintura em tecido, a pintura acrílica, o vitral, o pastel, entre outros. A modelagem. Esta técnica é entendida por Sousa (2014) que a entende como “o acto de dar forma a qualquer matéria plástica, isto é, qualquer matéria que mantenha a forma que se lhe dá” O recurso à modelagem permite que as crianças se expressem e criem formas através dos materiais moldáveis. “Através da modelagem a criança encontra um espaço formativo em que através da acção das suas mãos lhe proporciona uma inesgotável fonte de experimentações e descobertas” A este respeito, Barbosa apud Sousa (2014) encara a modelagem como “uma actividade que proporciona a livre expressão de pensamento, além de garantir um óptimo treino de coordenação motora, muscular e da coordenação visual, compreende alguns elementos visuais como a estrutura, a forma e o volume: desenvolve a noção de espaço e o jogo imaginativo” Modelar só é possível se trabalharmos com materiais com plasticidade, como a plasticina, o papel de estanho, a massa pão, a massa de farinha, a pasta de papel, o barro, a cerâmica, entre outros. Para se desenvolver a modelagem, as salas de aulas devem ser amplas e dispor de mesas de trabalho, para as crianças experimentarem livremente os diferentes materiais utilizados no ato de modelar. Recorte e colagem, é de mencionar que ambas estão associadas ao papel. “Os recortes são uma técnica extremamente simples, mas muito do agrado das crianças, podendo dar livre vazão às suas capacidades criativas, usando diferentes tipos de papel, de diferentes cores” (SOUSA, 2014). De facto, esta técnica pode ser efetuada usando simplesmente as mãos, ou seja, rasgando papéis ou, através do corte, com o auxílio da tesoura. Embora se note nas crianças do Pré-Escolar, existir alguma dificuldade em utilizar a tesoura, como também em crianças de outras faixas etárias superiores, é crucial aprender e utilizá-la. Nesta linha de pensamento, Morris apud Sousa (2014) comenta que: “Uma competência motora que os adultos consideram normal é a utilização da tesoura para cortar. Não é uma capacidade natural às crianças pequenas e tem de ser aprendida e aperfeiçoada”. Neste contexto, e segundo o mesmo autor, “cortar com a tesoura pode ser aprendido logo aos 2 anos, quando a criança começa a ser capaz de cortar as extremidades de uma folha de papel. Aos 3 anos, deve ser capaz de cortar uma linha marcada no papel. Aos 4 anos deve conseguir recortar um círculo e aos 5 um quadrado desenhado no papel, mantendo as pontas aguçadas” (idemt). Ora, seguindo esta lógica de ideias, o educador/ professor pode começar por trabalhar com as suas crianças o recorte de materiais mais grossos até conseguirem aperfeiçoar esta técnica, alcançando o recorte em material mais fino, como o papel. Infelizmente verifica-se que muitos docentes apresentam algum receio em dar às suas crianças, principalmente no Pré-Escolar, uma tesoura para as mãos. Mas, na realidade, existem vantagens para as crianças quando estas usam a tesoura. A saber: abrir e fechar a tesoura ajuda a criança a fortalecer os músculos da palma da mão. Esses músculos são também usados em outras actividades do quotidiano, como segurar uma colher, um garfo; por isso todas estas actividades beneficiam do exercício; Cortar também ajuda a melhorar a coordenação mão-olho. Este tipo de acção exige que o cérebro trabalhe com dois sistemas ao mesmo tempo – visual e manual. Esta capacidade também tem muitas outras aplicações, como apanhar a bola, apertar um fecho; Cortar implica o desenvolvimento da coordenação bilateral. Por exemplo, ao cortar um círculo, uma mão roda o papel enquanto a outra corta com a tesoura. As mãos trabalham ao mesmo tempo, mas com diferentes acções manuais (Morris apud Sousa (2014)). Por sua vez, a colagem é entendida como “a livre associação de imagens e de fragmentos de imagens, recortadas em jornais e revistas, permite conceber colagens, que exploram o humor e o insólito” (Gonçalves apud Sousa, 2014). Na opinião deste autor, esta técnica, “visa a grande simplificação formal e provoca a imaginação criadora, ao propor estranhas relações de imagens, aparentemente contraditórias, quando deslocadas do seu contexto habitual” (idem). A dobragem de papel. Esta consiste na utilização apenas dos dedos para dobrar e vincar as dobras dafolha de papel com o auxílio das unhas. Este tipo de arte é bastante variada e a mais conhecida é a do Origami (arte do papel), que tem como propósito fazer com que a criança “experimente, invente e crie, em vez de aprender o que foi criado por outros. Assim, não se ensina como dobrar o papel para se fazer diferentes formas, mas pede-se à criança para criar diferentes formas, inventando ela própria os modos de o dobrar” (Sousa, 2014). Após a apresentação das várias técnicas de exploração de Expressão Plástica adiantamos, em jeito de síntese, que é uma mais-valia para a aprendizagem das crianças, os docentes recorrerem a este leque diversificado de “formas de fazer arte”, permitindo-lhes dar asas à sua imaginação e criatividade e explorar os seus sentimentos. Sessão 1: Desenho livre (técnicas de: desenhar pingos de chuva, desenhar linhas, desenhar círculos, como também, através do desenho a criança canta, brinca, dramatiza, coloca todos os seus sentimentos e pensamentos no papel, na areia, no chão, na parede, ou seja, em qualquer lugar onde possa se sentir livre para se expressar, criando um universo só seu) Grupo de 20 crianças em trabalho individual. Material: Cartazes, giz, caderno, folha 4, pincéis, e lápis de cores. Exercício 1 – Desenho livre: individualmente a criança terá a oportunidade de desenhar livremente no papel ou no chão o desenho da sua autoria. No fim do desenho cada criança vai apresentar e interpretar suas ideias ou sentimentos mediante o seu desenho. Nesse âmbito, o educador deve valorizar essas criações, assim as crianças se sentem motivadas, aumentando sua criatividade, autoestima e o aprendizado.Importa salientar que, o educador organiza e planifica um passeio a dentro e fora da escolinha com as crianças para observar a natureza e objetos. Eles devem escolher o que vão desenhar. Com o material preparado, nesse âmbito, o educador estimula a criança a desenhar livremente. Duração: 30 minutos Sessão 2: Desenho dirigido (quando o tema é dado por outra pessoa; o desenho é livre de criação, mas o tema especifico. É a representação do que ocorre à criança como consequência de algo que ela viu ou vivenciou). Grupo de 20 crianças em trabalho individual. Material: Caderno, Folha 4, lápis de cores, Borracha. Exercício 1 - Desenhe uma casa da sua autoria: A educadora anuncia o tema para que as crianças desenhem o desenho da sua autoria. Individualmente, a criança pode desenhar a casa onde ela mora e por conseguinte o educador poderá orientar e ajudar em caso de dúvida, dando elogios e motivação necessária, de modo que, ela sinta-se bem, e como se não bastasse, quando estiver a corrigir deve ter muito cuidado, sub risco de baixar autoestima das crianças, porque cada desenho representa ou expressa os seus sentimentos. Duração: 30 minutos Sessão 3: Pintar as cores primárias (Apresentar as cores primárias com exemplos concretos: A amarela como o sol ou como um pintinho, a vermelha como o fogo, como os blocos, como uma mação, a azul como o mar, como o céu, como uns olhos) Grupo de 20 crianças em trabalho individual. Material: cores, água, pincéis e as folhas. Exercício 1 O educador terá que preparar e organizar nas folhas das crianças, modelos de sol, de fogo, o mar, e do céu, para as crianças pintarem de cores apropriadas (trabalho individual) Duração: 30 min. Exercício 2 Pode o educador desenhar no cartaz usado a cor vermelha. Depois perguntar as crianças, qual é a cor do desenho patente no cartaz? Duração: 10 min. Exercício 3 O educador vai fazer um passeio com as crianças para mostrar os objectos de cor amarela, vermelha ou azul. Duração: 20 min. Sessão 4: Pintura com água. (Enche-se o pote ou bacia de água e coloca-se os pincéis dentro para molhar. Pega-se um para pintar a parede, um banco de jardim, o chão da rua, um murinho mais baixo.a vantagem é que depois seca e fica como nao tivesse acontececido nada) Grupo de 20 crianças em trabalho individual. Material: água, pincéis grossos, Exercicio 1- Brincar de Pintura com água: Individualmente as crianças podem pintar só com água, molhando pincéis grossos na água, e passando por cima de paredes laváveis, vedações e caminhos fora no jardim, ou por cima de troncos de árvores. Duração: 30 minutos Sessão 5: Pintura livre com tintas (A pintura de dedo com tintas corresponde atividades mais fascinantes para as criancas, porque é a maneira mais fácil e direta de criar imagens, moldar figuras e imaginar desenhos.) Grupo de 20 crianças em trabalho individual. Meterial: Tinta e cartazes Exercício 1 - Pintura livre com tintas: Individualmente, as crianças podem pintar nos cartazes com os dedos molhados na tinta. Pintar com os dedos fará com que a criança se divirta e potencializará sua sensibilidade táctil, sua fantasia e desenvolverá sua coordenação, assim como a sua capacidade criativa. Duração: 30 minutos Sessão 6: Modelagem de Livre expressão. ( Deixar as crianças experimentar, fazendo qualquer coisa com massa de modelagem. Depois discuta as propriedades da massa que as crianças observaram (está macia, pode ser separada em partes e depois juntada, é possível fazer várias formas com a massa, etc.).Gradualmente ensine as crianças várias técnicas de modelagem. Dê sempre tempo às crianças para fazerem algo que queiram, depois de ensinar uma técnica. Exemplos de técnicas: fazer bolos e pauzinhos com as mãos e sobre a mesa; Pressionar ou estender a massa para fazer novos objectos ou detalher; Unir as partes, para criar objectos simples (pulseira, pirâmide, avião, boneca), Fazer as mesmas formas e os objectos em tamanhos diferentes; Utilizar instrumentos simples ou outros materiais (ex, sementes, conchas, https://br.guiainfantil.com/materias/educacao/aprendizagem/como-ensinar-as-cores-para-uma-crianca-daltonica/ https://br.guiainfantil.com/materias/educacao/aprendizagemcomo-as-criancas-adquirem-destrezas-manuais/ https://br.guiainfantil.com/materias/cultura-e-lazer/artes/7-formas-de-despertar-a-criatividade-das-criancas/ botões) num objecto, para atingir maior expressividade (ex, cauda e orelhas dum gato, rodas dum carro, penas no pássaro). Grupo de 20 crianças em trabalho individual. Material: Massa ou Matope e agua. Exercício 1: Modelagem de Livre expressão Grupo de 20 crianças-trabalho individual Questionar as crianças a afetividade que tem de ter matope? Deixar as crianças a fazerem o que elas querem. O educador está ao lado para aconselhar, incentivar e valorizar trabalho de cada criança. Importa sublinhar que, o educador também tem a missão de controlar de maneiras com que o trabalho seja feito individualmente, neste âmbito, crianças podem fazer seus brinquedos livremente. Duração: 30 minutos Exercício 2: Modelagem nas obras coletivas Grupo de 20 crianças-trabalho em grupo Envolva as crianças 20 crianças do 5º ano nas obras colectivas de modelagem. Antes de começar, converse sobre o que querem criar (por exemplo, pode ser uma família, aldeia com casas, parque infantil, estrada com carros, etc.). Cada grupo de 5-6 crianças pode escolher um tema. Ajude as crianças quando for necessário. Converse depois com as crianças sobre os seus trabalhos – o que fizeram, porque fizeram dessa forma, etc. Convide os pais para visitarem a sala e conhecerem as obras das suas crianças. Sessão 7: O recorte e colagem (Deixe as crianças rasgar ou cortar o papel ou folhas de árvores em bocados de forma livre; em tamanhos grandes e pequenos. Ensine a recortar papel para obter novas formas semi-círculos dum círculo, triângulos dum quadrado, círculo na base de quadrado, etc....; Como primeiro passo, deixe as crianças colarem duma forma livre, usando uma variedade de materiais. Distribua pelas crianças com latas de cola feita por educadores ou comprada) e com pauzinhos para pegar a cola; Oriente as criancas a colarem vários desenhos na parede, nas folhas, no chão entre outro lugar que elas pretendem, Mais tarde oriente colar dentro um certo objecto desenhado, ou em cima duma caixa ou lata velha). Material: Tesoura, papeis, cola. Exercício 1- Recorte dos papes nas formas geométricas: Com base nos materiais em alusão, o educador poderá fornecer as folhas que ilustram as figuras geométricas (quadrado, Retângulo, Triangulo, Circulo) e folhas A4. Por conseguinte, orientar as crianças a fazerem recorte em formas geométricas mediante as folhas fornecidas pelo educador. Exercício:2 Colagem das vogais Grupo de 20 crianças-trabalho em grupo Com base nas folhas trazidas pelo educador que ilustram as vogais, no entanto, em grupo, as crianças farão recorte das vogais, sendo cada criança ter que recortar uma vogal, depois juntos em grupo irão colar na parede de forma correta as vogais (a, e,i, o, u). Material: Tesoura, papeis, cola, revistas. Exercicio 3: Colagem de fruta Grupo de 20 crianças-trabalho em grupo O educador anuncia o tema (por exemplo, as frutas), mas as crianças podem escolher a fruta para fazer uma colagem. O educador assegura, que os materiais sejam partilhados de maneira justa entre as crianças. As crianças trabalham em pares ou em pequenos grupos, partilham as ideias, e ajudam-se umas as outras. Os educadores mostram alguma nova maneira de cortar e colar, ou sugerem alguns novos materiais, que as crianças podiam colar, além de papel. Um grupo de crianças saiem para fora para recolher algumas folhas e sementes, e voltam para cola-las. O educador passeia pela sala, revê os trabalhos, e ajuda ou elogia as crianças.No fim, pergunta se algumas crianças querem mostrar e descrever o que fizeram. As crianças que não acabaram o seu trabalho, podem guarda-lo numa caixa, para continuar o trabalho na próxima vez. . O que é que as crianças vão aprender, depois de participar nesta actividade? Provavelmente aprenderão a: Sugerir as suas ideias para o trabalho, e procurar os materiais para realizá-lo; Ajudar e trabalhar em conjunto; Cuidar dos materiais de trabalho; Reflectir sobre o que fizeram, e o que aprenderam; Completar o seu trabalho, no seu tempo. Sem dúvida, são essas habilidades que nós queremos que as crianças adquiram. Por isso é importante que criemos as condições para isso, nas actividades. Claro, as crianças irão fazer mais movimento e talvez mais barulho durante a segunda actividade, e os educadores podem sentir que estão a perder o controle. Mas na verdade, quando as crianças aprendem a trabalhar desta nova maneira, podem ficar mais envolvidas e concentrar-se melhor na actividade, do que numa actividade controlada totalmente pelo educador. Os educadores que percebem isso, farão esforços para aprender essa nova maneira de gerir as actividades. Resumindo, se quisermos ver as nossas crianças crescer activas, independentes, criativas, e responsáveis, preparadas para viver num mundo moderno, nós como educadores temos que vigiar e analisar as nossas maneiras de interagir com as crianças e as nossas práticas pedagógicas. Não podemos continuar a ensinar as crianças como antes, só porque sempre ensinamos assim. Duração: 40 minutos Sessão 9: A dobragem (o educador podera distribuir os pedaços de papel de forma básica (de rectângulo ou quadrado, dependendo do modelo) às crianças; Mostra uma figura pronta, para estimular o interesse das crianças. Pergunta quem quer aprender a fazer essa figura (avião, livro, barco etc.). Material: papel, régua. Exercício: Fazer barco de papel O educador poderá exemplificar dobragem que forma o barco, Descrevendo e demonstrando cada passo às crianças, o mesmo posteriormente, as crianças poderão seguir o exemplo, o educador irá verificar se estão a conseguir fazer.Ele pede às que já conseguiram ajudarem os seus colegas. posto isto, o educador poderá perguntar nas coisas que as crianças pretendem fazer dobragem. Ele ira deixar as crianças utilizarem livremente as figuras que produziram, por exemplo, durante o tempo de cantos de interesses O educador poderá dar o apoio necessário estimulando de certa forma a criatividade. Duração: 30 minutos Sessão 9: Avaliação da Eficácia No final deste programa, os participantes serão capazes gostar de se expor a novas experiências, sensações e estados de espírito para alcance do resultado criativo de forma significativa. Poderão serem capazes de expressar os seus sentimentos através de técnicas e diversos materiais de expressão plástica; Terão domínio das suas criações próprias e apreciam a dos outros, poderão fazer uso dos seus tempos livres e desenvolverão interesse de satisfação depois da escola. Possuirão motivação do grupo e percebendo da importância de expressão plástica para o dia - a- dia. Conclusão Através de desenvolvimento deste programa, percebemos que, a criatividade é uma das competências sociais ampla, de tal forma que pode-se aplicar no campo de educação, nesse âmbito, um educador criativo é aquele que está aberto a novas experiências e, assim sendo, é ousado, curioso, tem confiança em si próprio, além de ser apaixonado pelo que faz. Trabalha com idealismo e prazer, adotando uma postura de facilitador. Pretendemos que a aplicação deste programa de intervenção seja eficiente e eficaz, quanto o alcance dos objetivos almejados inicialmente, na mesma sequência, pretendemos melhorar a educação de infância através da criatividade dos educadores que poderá repercutir na criatividade das crianças. A execução do presente programa, despeitou-nos atenção, no que diz respeito a negligencia dos educadores de infância, visto que pauta mais no uso de metodologia tradicional que de certa forma, as crianças não são dadas a oportunidade de pensar, expressar as suas ideias. No nosso entender aplicação da metodologia tradicional necessita se mudar e passar a ser um ensino criativo, que os educadores usem seu potencial criativo em suas aulas, levando as crianças a adquirir estratégias que lhes permitam lidar com desafios e acontecimentos imprevistos. Por outro lado, é necessário que todo o contexto do pré-escolar adote atitudes criativas, incentivando os professores a serem criativos em suas atividades. Referências Bibliográficas Alencar, Eunice Maria Lima Soriano de ; fleith, Denise de Souza (2003). Contribuições Teóricas Recentes ao Estudo da Criatividade, Universidade Católica de Brasília.https://www.researchgate.net/publication/26360904_Contribuicoes_teoricas_recentes _ao_estudo_da_criatividade Alencar, Eunice Maria Lima Soriano de; Oliveira, Zélia Maria Freire de. (2008). A criatividade faz a diferença na escola: o professor e o ambiente criativos; Brasília. Disponível em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/viewFile/954/810 Alves, Marta Luísa da Cruz; CASTRO, Paulo Francisco de (2015). Criatividade: histórico, definições e avaliação, Ung Universidade. Disponível em:http://revistas.ung.br/index.php/educacao/article/view/2161 De Sousa, Catarina, Pereira, (2016). 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