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AD1 EJA - 2020 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação a Distância 1 (AD1) – 2020.2
Disciplina: Educação de Jovens e Adultos	
Aluno(a): Patrícia da Silva Moraes Verdugo
Matrícula:19212080414 Polo: Petrópolis 
Questão 1: 
1.1 – Assista ao curta-metragem “Vida Maria”, de Márcio Ramos.
1.2 – Elabore uma análise crítica, relacionando a animação de Márcio Ramos a contextos vivenciados. Em sua análise, considere a necessidade de oferta de classes de EJA produzida a partir de situações de vida como as apresentada no curta-metragem.
O que mostra o curta é a realidade de muitas famílias mundo a fora. Famílias essas, que se todos não forem para o campo, a vida que já é difícil, se torna inviável.
Uma vida miserável, onde os estudos, os sonhos, a perspectiva de crescer financeiramente e pessoalmente acabam ficando em último plano, alguns, inclusive, nem se quer entram no plano!
Se naquele lugar houvesse oferta de um método para a Educação de Jovens e Adultos, talvez a realidade de muitas “Marias” e da população em geral fosse diferente.
O vídeo não retrata apenas a falta de alfabetização, "trabalho infantil", a dificuldade do sertão, fala também sobre a mulher, essas “Marias” que são usadas como “objeto”, mulher tem apenas o dever de cuidar da casa, e de ter filhos e filhos, que a menina, mesmo sendo ainda criança, tem que trabalhar demais. Maria José tem vários filhos homens, mas ela não manda eles fazerem as tarefas da casa.
Os filhos homens poderiam sair e fazer o que quisessem , inclusive na cena do velório os rapazes estavam ali, mas apenas a pequena garota foi mandada pra trabalhar, e todos acham que é assim que tem que ser, mulheres vivendo essa "vida maria"
Isso também é um problema cultural, que para a maioria da população que lá vive, essa vida é normal, visto que poucos jovens conseguem ir embora para a cidade grande para tentar a vida e conquistar um futuro melhor.
 Maria quando "desenhava nomes" tentava aprender, mas para a mãe aquilo era perda de tempo. Logo, é possível afirmar que durante sua infância, Maria José teve influência alfabetizadora, pois consegue escrever seu nome. Porém, logo ela é impedida, não só por sua mãe, mas também pela sociedade e governo por conta de uma ideologia machista e arcaica, frustrando assim, qualquer sonho de perpetuar nos estudos.
Alfabetização pra que?
Atrelado a isto, este indivíduo cresce e por conta da vida adulta, não consegue se alfabetizar da maneira mais correta, pois, tem novas condições mais objetivas como o ter que trabalhar para ter salário, sustento da casa, a própria moradia e etc.
Contudo, é importante ressaltar que a educação se multiplica com sua própria realização. Quanto mais o homem é educado, mas ele sente a necessidade da educação, a educação nunca é acabada, quanto mais o temos, mais a queremos. Ela é intencional. Quando o homem se sente inacabado, necessita adquirir novos conhecimentos, então, é através da educação que ele consegue sua autoconsciência, se insere cada vez mais na sua cultura social e adquire novos conhecimentos
	2ª questão: 
2.1 - Aponte quem eram os responsáveis pela educação naquela época. (0,5 ponto)
Os responsáveis pela educação naquela época eram os padres Jesuítas.
Referência: Salgado, Edmée Nunes; Barbosa, Paulo Corrêa. Educação de Jovens e Adultos. V.1. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005.
2.2 - Elabore um pequeno texto (de 5 a 7 linhas) considerando:
· quem tinha acesso à escolarização no Brasil Colônia; 
· que tipo de educação era oferecida a essa parcela da população. 
Na época do Brasil colônia, a educação era oferecida pelos padres jesuítas, que ministravam, a princípio, educação elementar para a população indígena e branca em geral, exceto para mulheres; objetivando prioritariamente a difusão do Evangelho, princípios morais, normas de comportamento e alguns ofícios, numa preparação para a formação da mão de obra que a Colônia necessitava. Educação média para os homens de classe dominante, parte da qual continuou nos colégios preparando-se para o ingresso na classe sacerdotal, onde oferecia-se um estudo Humanístico, baseado na cultura geral, letras e literatura, e educação superior religiosa só para esta ultima. A parte da população escolar que não seguia carreira eclesiástica encaminhava-se para a Europa, com a finalidade de completar os estudos, principalmente na Universidade de Coimbra.
Referência: Salgado, Edmée Nunes; Barbosa, Paulo Corrêa. Educação de Jovens e Adultos. V.1. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005.
3ª questão: 
3.1 - Cite quando foi criado o Movimento Brasileiro de Educação. (0,5 ponto) 
O Mobral foi criado pela lei 5.379, de 15 de Dezembro de 1967.
Referência: Salgado, Edmée Nunes; Barbosa, Paulo Corrêa. Educação de Jovens e Adultos. V.1. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005.
3.2 - O MOBRAL teve a duração de um importante período da história do nosso país. Cite e explique o contexto histórico e político vivido no Brasil no momento de sua criação. (1,5 ponto) 
Na década de cinqüenta desse século, a Campanha de Educação de Jovens e Adultos, sofreu muitas críticas pelos métodos usados e foi extinta por não obter resultados positivos.  Surge nesse momento uma referência no panorama da educação para Jovens e Adultos: Paulo Freire. Com a pedagogia de Paulo Freire, nasce, nesse clima de mudança no início dos anos sessenta, a Educação Popular, que se articulava à ação política junto aos grupos populares: intelectuais, estudantes, pessoas ligadas à igreja Católica e a CNBB. Em 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização, que deveria atingir todo o país, orientado pela proposta pedagógica de Paulo Freire, mas, foi suprimida pelo golpe militar de 64 e substituída pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). Este movimento foi uma iniciativa pensada e elaborada pelo regime militar vigente no Brasil (1964 – 1985), com a finalidade de defender seus próprios interesses, enquanto classe dominante, que sobre a máscara de erradicação do analfabetismo e apesar dos textos oficiais negarem, é conhecido que sua primordial preocupação era tão somente fazer com que os seus alunos aprendessem a ler e a escrever, sem uma preocupação maior com a formação do homem.
Referência: Site Brasil Escola; Monografias Brasil Escola. Disponível 2020.
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/a-educacao-jovens-adultos-movimento-brasileiro-alfabetizacao.htm, acesso em 06 de Setembro de 2020.
Salgado, Edmée Nunes; Barbosa, Paulo Corrêa. Educação de Jovens e Adultos. V.1. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005.
3.3 - Qual era o objetivo do governo brasileiro com o MOBRAL? (1,0 ponto) 
Com a grande porcentagem de analfabetismo naquela época, com a criação do Mobral o governo buscava responder às constantes solicitações da UNESCO, de investimentos dos países para a superação do analfabetismo mundial, e por outro lado, assumia o controle e ocupava uma lacuna deixada pela extinção das muitas ações de alfabetização, de jovens e adulto, antes desenvolvida pelos movimentos populares. 
Programa criado em 1970 pelo governo federal com objetivo de erradicar o analfabetismo do Brasil em dez anos. O Mobral propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando “conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”. O programa foi extinto em 1985 e substituído pelo Projeto Educar.
Verbete Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), por Ebenezer Takuno de Menezes, em Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <https://www.educabrasil.com.br/mobral-movimento-brasileiro-de-alfabetizacao/>. Acesso em: 06 de set. 2020.
Salgado, Edmée Nunes; Barbosa, Paulo Corrêa. Educação de Jovens e Adultos. V.1. – Rio de Janeiro: Fundação
CECIERJ, 2005.

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