Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Derrube a pressão alta naturalmente - Volume 2 © 2019 Copyright by Jolivi Editor: Carlos Schlischka Supervisão editorial: Mirela Leme Edição de texto: Fernanda Aranda | Fernanda Mariana Santos | Mariane Zendron | Mirela Leme | Nivia Corrêa Capa: Thiago Carvalho Design interno: Thiago Carvalho Ilustração: Fernando Cruz | Thiago Carvalho Colaboração: Camila Arakaki Agradecimento: Toda a nossa equipe Impresso no Brasil 1ª edição – São Paulo, outubro de 2019 Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem a prévia autorização do autor, por escrito, sobre pena de constituir violação do copyright (Lei 5.988) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Índice para catálogo sistemático: 1. Pressão alta : Doença 616.1 Todos os direitos reservados à © Jolivi Rua Joaquim Floriano, 913 – cj. 22 – Itaim Bibi – São Paulo/SP CEP 04534-013 – Fone (11) 4020-6720 contato@jolivi.com.br - www.jolivi.com.br Derrube a pressão alta naturalmente / elaborado por Jolivi Publicações. – São Paulo : Jolivi Publicações, 2019. (Cura Universal; v.2) 48 p. ISBN: 978-65-80308-07-1 ISBN: 978-65-80308-05-7 (Obra completa) 1. Pressão alta I. Título II. Série CDD-616.1 Sumário Capítulo 1 A verdade sobre os anti-hipertensivos .........................5 Capítulo 2 Dentro do corpo: por que essas drogas são tão prejudiciais? .........................11 Capítulo 3 As substâncias naturais mais poderosas para tratar a hipertensão ....................23 Capítulo 4 Guia de uso: aplique as soluções na sua rotina ...............35 Capítulo 1 A verdade sobre os anti-hipertensivos 7 Olá, caro leitor Todos os dias, você toma mais de três remédios prescritos. Se assoprou mais de 71 velinhas no último bolo de aniversário, aposto que a conta passa dos cinco. De olhos fechados, posso apontar que entre os três, cinco, sete ou nove remédios que você precisa tomar diariamente, está algum anti-hipertensivo. Seja um diurético, um inibidor do canal de cálcio, receptores de angiotensina ou um betabloqueador. Não importa o que indicaram para baixar a sua pressão… ... você tem em sua caixinha um dos remédios que mais projeta riscos de efeitos colaterais à sua saúde. Por outro lado, ainda fico admirado com o desconhecimento que paira sobre as soluções efetivas para baixar a sua pressão arterial de forma natural. Algumas delas, meu caro, podem inclusive estar na sua geladeira ou despensa. Porém, apesar dos caminhos naturais 8 permanecerem pouco explorados, os remédios sintéticos para a hipertensão só são mais e mais vendidos. O revoltante - e também irônico - é que eu nunca vi um ex-hipertenso que se livrou desse diagnóstico com medicamentos alopáticos. Você já? Sabe quando você vai no banco para cancelar uma conta e sai de lá com mais um investimento, gastando mais dinheiro, e sem ter o seu problema resolvido? É exatamente isso que sinto quando se trata do tratamento tradicional para a hipertensão. A sua conta só aumenta, a sua saúde 9 diminui e tudo indica que só os cofres dos fabricantes dos remédios saem mais abastados. Relatório da Anvisa do ano de 2016 apontou que, naquele ano, entre os medicamentos mais vendidos no nosso país estava a losartana - um bloqueador de receptores de angiotensina - com um faturamento entre R$ 250 e R$ 500 milhões. Talvez você tenha visto a mídia repercutir que a losartana, este medicamento “milionário”, teve 200 lotes retirados de circulação pela própria Anvisa em 2019 por conterem substâncias CANCERÍGENAS. Mas essa, meu caro, é a reação que foi trazida à tona de apenas um desses medicamentos. O que trarei aqui, são todos os outros riscos que colocam os anti- hipertensivos no ranking dos medicamentos mais perigosos do mundo. 10 Mas me proponho a ir além. E quero te mostrar como você pode começar a combater este mal de uma maneira muito mais completa. Aproveite. Capítulo 2 Dentro do corpo: por que essas drogas são tão prejudiciais? 13 A pressão alta é resultado de uma série de erros que você vem cometendo ao longo dos anos. Mas também é reflexo de que as estratégias para tratar este problema não têm sido lá muito efetivas. Os remédios químicos comercializados para “auxiliar” os hipertensos, por exemplo, podem trazer muito mais malefícios do que você imagina. Não quero com isso dizer que você deve jogar os seus medicamentos no lixo ou culpar o seu médico por ter prescrito uma destas drogas. Até porque, o profissional de saúde que te acompanha, neste momento, pode acreditar mesmo que esta seja a melhor (e mais moderna) conduta para quem precisa ser salvo de um infarto. E de fato os remédios têm uma utilidade. Só não podem ser encarados como a salvação. Quando os estudos são conduzidos sem a interferência de conflitos de interesse, veja só os resultados que encontramos: 14 1 – Um estudo publicado pela revista médica JAMA (Journal of the American Medical Association) no ano de 1995 apontou que o uso de bloqueadores dos canais de cálcio (especialmente em altas doses) foi associado a um risco aumentado de infarto do miocárdio; 2 – Um artigo publicado na revista científica de Harvard, The New England Journal of Medicine, reconheceu que indivíduos hipertensos tratados com betabloqueadores apresentaram riscos 28% superiores de desenvolver diabetes tipo 2. 3 – Um levantamento do Centro Médico da Universidade de Columbia, em conjunto com outras universidades, levou os médicos à conclusão, divulgada em 2016 na publicação Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, que tratamentos para pressão com medicamentos anti- hipertensivos foram associados a um 15 Segundo a Fundação Cochrane, além de não existirem evidências que atestam a eficácia dos medicamentos para melhora dos sintomas da Doença de Parkinson, em todos os estudos foram observados efeitos adversos como intolerância dos pacientes aos medicamentos e agravamento dos sintomas de Parkinson. E se não fosse suficiente, é preciso que eu o alerte sobre outros efeitos colaterais risco aumentado de queda em idosos acima de 65 anos já nos primeiros 15 dias de uso. 4 - Medicamentos para baixar a pressão também passaram a ser testados para o tratamento da Doença de Parkinson e os resultados de meta- análise da Fundação Cochrane, a mais respeitada rede de pesquisadores do mundo, dão conta que essa não deve ser uma estratégia a ser seguida pela medicina. 16 comuns dessas drogas: • tontura; • sangramento da gengiva severos; • problemas gastrointestinais; • fadiga; • insônia; • impotência; • depressão; • falência dos rins. Saber de tudo isso é um tanto quanto desanimador, eu sei. Ainda mais quando estas são as únicas opções que apresentam para você prevenir 17 e tratar a sua hipertensão. Mas é preciso ir além e é por isso que estou aqui. Para que você encontre formas simples, naturais e seguras para trazer sua pressão para os níveis ideais e atuar de uma maneira completa. Sem que, com isso, você fique refém do caminho exclusivo de sempre só tratar a pressão com drogas químicas (e até perigosas). Por isso, antes de seguirmos, eu preciso lhe contar o que cada um dos medicamentos indicados para o seu tratamento podem causar. . 18 Tudo para que você discuta com o seu médico formas complementares de atuar contra a hipertensão. • Diuréticos Os diuréticos são medicamentos que aumentam a eliminação do sódio (sal) e água através da urina. Desta forma, atuam estimulando a excreção de íons sódio (Na+), cloro (Cl-) ou bicarbonato (HCO3-), que são os principais eletrólitos presentes no sangue. Como o sódio não é eliminado sozinho, ele carrega a água do sangue, aumentando o volume urinário e reduzindo a quantidade de líquido nos vasos sanguíneos, o que reduz a pressão sanguínea. Porém, esta ação pode comprometer, é claro, os seus rins. Entre outros agravantes do uso de diuréticosestá: aumento no volume urinário, inflamação nos rins, retenção urinária, excesso de cálcio nos rins e falência renal. • Inibidores da enzima conversora de angiotensina 19 Essa classe de medicamentos tem como ação inibir substâncias produzidas pelo fígado e pelos rins e que despertam a angiotensina, hormônio que que causa a vasoconstrição e aumenta a pressão arterial. Essas substâncias causam a retenção excessiva de sal no nosso organismo. Se o nosso corpo retém sal em excesso, há redução do diâmetro das nossas artérias o que, consequentemente, eleva a pressão arterial. Quando essas substâncias são inibidas por essas drogas, a nossa pressão arterial cai. Mas, é claro, não naturalmente. Como nossas artérias, fígado e rins são atingidos, há riscos de infarto, distúrbio dos vasos sanguíneos com descoloração dos dedos, insuficiência cardíaca, anemia, poliúria (excesso de urina), oligúria (falta de urina) e até mesmo impotência. • Bloqueadores dos receptores de angiotensina Medicamentos como esse, quando agem 20 no organismo, as células musculares não conseguem captar a angiotensina disponível, por isso não se contraem. O resultado final deste processo é o mesmo que o dos inibidores de ECA, com a redução artificial da pressão arterial. Revisão da Fundação Cochrane de 24 ensaios clínicos, com um total de 25.051 pacientes com insuficiência cardíaca acompanhados por dois anos, verificou que esses medicamentos não são melhores que o placebo ou mesmo os inibidores da enzima conversora de angiotensina na redução do risco de morte dos pacientes. Pior. O placebo se mostrou melhor porque, no meio do caminho, mais pacientes interromperam o tratamento com os bloqueadores dos receptores de angiotensina por conta dos efeitos adversos dos medicamentos. Sim, meu caro, uma pílula de farinha pode proteger o seu coração mais do que os medicamentos mais recomendados para a sua pressão arterial. O losartana é um bloqueador dos receptores de angiotensina. 21 Seus efeitos colaterais conhecidos, são: AVC, palpitações, angina, hipotensão ortostática (queda da pressão ao levantar- se), fadiga e muitos outros. • Betabloqueadores Esses medicamentos são usados para duas funções: reduzir a ansiedade e a pressão arterial. Eles inibem a ação da adrenalina, o hormônio que nos mantém alertas e, assim, as duas condições são “reduzidas”. Porém, essa ação traz como consequências: distúrbios do sono, pesadelos, alucinações, psicoses, confusão e outras alterações no humor. Em pacientes com asma, pode acarretar broncoespasmo, com risco fatal. • Bloqueadores dos canais de cálcio Esses medicamentos bloqueiam a entrada de cálcio nas células musculares, evitando a contração das fibras musculares e a elevação da pressão arterial. Mas, além de reduzir a pressão arterial artificialmente, ele causa dores de cabeça, tontura, sonolência, distúrbios cardíacos, 22 palpitações, hipotensão, infarto, arritmia… Revisão da Fundação Cochrane analisou 34 estudos, estes que acompanharam um total de 7.731 pacientes que sofreram AVC e receberam os bloqueadores dos canais de cálcio. Os resultados dão conta que não houve diferença no número de mortes ou pacientes livres de invalidez entre os que foram tratados com este medicamento do que aqueles que receberam nada. A conclusão, segundo a própria Cochrane, é que não há evidências que o uso de antagonistas de canais de cálcio após um acidente vascular cerebral isquêmico agudo possa salvar vidas ou reduzir invalidez. Capítulo 3 As substâncias naturais mais poderosas para tratar a hipertensão 25 A ciência dos alimentos e nutrientes é muito sólida para indicar terapêuticas para quem precisa voltar a ter a pressão 12 por 8. Vamos dar então o primeiro passo? Eu selecionei as suplementações naturais para contribuir para você voltar à pressão ideal. Fale com o seu médico sobre elas. Quem sabe, juntos, vocês não chegam à conclusão de que estas, sim, são os melhores substituições para os remédios que você toma hoje. Lembre-se: eu não apoio nem a automedicação, nem que você deixe de tomar seus medicamentos sem o conhecimento do seu médico. 26 ômega 3, pode levar à redução relevante da pressão arterial em indivíduos com hipertensão não tratada. A principal vantagem deste ácido gordo, vindo naturalmente de peixes como sardinha, arenque e salmão selvagem, é que ele “lubrifica” suas veias e artérias. Com isso, a circulação do sangue é facilitada, fazendo com que o fluxo seja forte e contínuo. O ômega também melhora a flexibilidade dos vasos e isso é essencial para que eles não sofram nenhum tipo de pressão. Consequência? Você volta a ser um 12x8. Eu sugiro a suplementação com ômega 3 que contenha 200 mg de DHA e 330 mg de EPA. Tome duas cápsulas ao dia, após o café da manhã e almoço. Ação número #1: adote o ômega 3 Como podem 3 gramas serem poderosas contra o infarto? Pois é. Este é o poder do ômega 3. Uma meta-análise feita pela revista científica JAMA (Journal of the American Medical Association) reuniu 17 estudos científicos que acompanharam pacientes com hipertensão não tratada. Os estudos pontuaram que a suplementação, geralmente superior de 3 gramas/ dia de 27 ômega 3, pode levar à redução relevante da pressão arterial em indivíduos com hipertensão não tratada. A principal vantagem deste ácido gordo, vindo naturalmente de peixes como sardinha, arenque e salmão selvagem, é que ele “lubrifica” suas veias e artérias. Com isso, a circulação do sangue é facilitada, fazendo com que o fluxo seja forte e contínuo. O ômega também melhora a flexibilidade dos vasos e isso é essencial para que eles não sofram nenhum tipo de pressão. Consequência? Você volta a ser um 12x8. Eu sugiro a suplementação com ômega 3 que contenha 200 mg de DHA e 330 mg de EPA. Tome duas cápsulas ao dia, após o café da manhã e almoço. 28 Ação número #2: amplie a sua vitamina D3 De acordo com a revista médica Journal of The American College of Cardiology (JACC) a deficiência de vitamina D3 (o hormônio que vem do sol), com níveis abaixo de 25 ng/ml pode afetar diretamente a saúde cardiovascular. Isso porque a deficiência ativa o sistema chamado renina-angiotensina-aldosterona, que predispõe à hipertensão. Outros riscos, relacionados à pressão alta e também à deficiência de vitamina D3, como lembra a revista JACC é a diabetes, hipertensão, inflamação e aumento geral do risco de doenças cardíacas. Mantenha a sua vitamina D3, de preferência, 29 acima dos 60 ng/ml, como forma de se blindar de qualquer doença. Para evitar o efeito paradoxal do cálcio, faça a suplementação de vitamina D3 em conjunto com a vitamina K2. A principal ação da D3 na saúde cardiovascular é que ela é realmente um anti-inflamatório potente. A inflamação é a grande inimiga cardíaca porque ela é a nascente das placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos. É também desta situação inflamatória que uma proteína chamada C-reativa fica elevada dentro do organismo. A presença da proteína C-reativa (PCR) dentro do corpo, em altas quantidades, é um sinal de alerta sobre a proximidade de um infarto. E a D3 é o melhor antídoto natural contra a PCR que existe. Sugestão: 10.000 UI/ dia de vitamina D3 e 100 mcg de vitamina K2 (MK7). Você também pode ingerir as vitaminas após uma das refeições, café da manhã ou almoço. Ação número #2: amplie a sua vitamina D3 De acordo com a revista médica Journal of The American College of Cardiology (JACC) a deficiência de vitamina D3 (o hormônio que vem do sol), com níveis abaixo de 25 ng/ml pode afetar diretamente a saúde cardiovascular. Isso porque a deficiência ativa o sistema chamado renina-angiotensina-aldosterona, que predispõe à hipertensão. Outros riscos, relacionados à pressão alta e também à deficiência de vitamina D3, como lembra a revista JACC é a diabetes, hipertensão, inflamação e aumento geraldo risco de doenças cardíacas. Mantenha a sua vitamina D3, de preferência, 30 #Ação número 3: Use o combo ideal para ser um ex-hipertenso Assim como o ômega 3 e a vitamina D3, é essencial que você fale com o seu médico sobre os seguinte combo que favorece a sua busca pela pressão 12 por 8. COMBO POTENTE: é um conjunto de estimuladores de óxido nítrico (NO). Esta molécula, NO, chegou a ser mencionada pela ciência como a “molécula do ano” nos anos 90. Ela promove a dilatação dos vasos sanguíneos e é também um natural 31 relaxante vascular e muscular. Peça ao seu médico a indicação da seguinte “mistura”: • 3 g de L-Arginina HCL; • 200 mg de L-Citrulina; • 300 mg de magnésio Dimalato; • 75 mg de Extrato de pomegranate seco (extrato de romã). As cápsulas devem ser ingeridas no período da noite. Entre os componentes desse combo está o nosso conhecido magnésio. O magnésio é um antagonista do cálcio natural e modula o tônus vascular da pressão arterial e do fluxo sanguíneo periférico. Desta forma, ele é um importante regulador da pressão arterial, prevenindo e combatendo a hipertensão. Uma meta-análise publicada pela revista médica americana Journal of Hypertension apontou que a suplementação de magnésio em um determinado grupo reduziu 4,3 mmHg 32 na pressão arterial sistólica e 2,3 mmHg na diastólica de pacientes acompanhados. Caso você não saiba: mmHg significa milímetros de mercúrio e é a “medida” utilizada para a pressão arterial. Outro elemento do combo pelo fim da pressão nas alturas é a L-arginina. Estudos também apontam sua ação anti-hipertensiva. Uma meta-análise de 11 estudos randomizados, duplo-cego, controlados por placebos (tudo isso dá mais crédito às pesquisas), envolvendo 387 pacientes e publicada na revista científica da American Hearth Association, chegou à conclusão que: • a suplementação de 4 a 24 g/dia de L-arginina, comparada com placebo, pode reduzir significativamente a pressão arterial sistólica em 5,39 mmHg e diastólica em 2,66 mmHg. Um outro elemento é a L-citrulina, presente em alimentos como a melancia (mais precisamente na casca verde clara). Ela tem, como uma de suas funções, 33 potencializar a L-arginina e garantir o trabalho do óxido nítrico. Um estudo da Universidade Estadual da Flórida, nos Estados Unidos, indicou que a ingestão de L-citrulina por meio de suplementação reduz a pressão sanguínea e tem efeitos importantes em indivíduos pré ou já hipertensos. #Ação número 4: Não esqueça desse tempero Eu sei que mandaram você reduzir a ingestão de sal a favor da sua saúde. Mas o que eu lhe digo é que ao invés de deixar de comer sal, que você deve se alimentar com o sal certo. 34 Um estudo da Universidade de Pequim, da China, publicado na revista científica PLOS One comprovou que a substituição do sal refinado por um sal mais rico em potássio e magnésio e com baixo sódio foi eficaz para reduzir a pressão arterial em tibetanos acima de 40 anos e com pressão sistólica acima de 14. Neste caso, 282 pessoas foram divididas em dois grupos, um tratado com sal comum, e outro com menos sódio, mais rico em potássio e em magnésio. Os pesquisadores da Universidade de Pequim acompanharam os tibetanos por três meses e, no grupo que recebeu o sal integral, tanto a pressão sistólica, quanto diastólica, apresentou queda e permaneceu menor do que 14, no caso da pressão sistólica. Chega-se à conclusão, que a substituição do sal é uma forma de baixo custo para auxiliá- lo no tratamento e reversão da hipertensão. 35 Os 6 alimentos que melhoram a pressão alta A hipertensão arterial é um problema muito sério, sendo possivelmente o segundo maior inimigo da saúde pública. Isso porque 40% das pessoas têm o problema e não sabem. Talvez você não saiba, mas não é a hipertensão arterial que provoca a doença cardíaca. Muito pelo contrário. É a doença cardíaca que leva o indivíduo a ter problemas de hipertensão. Mas, tenho algumas dicas para mantê-la em ordem e de bônus, dar uma lubrificada em suas artérias. A primeira delas, e pode parecer chocante, admito, é que o churrasco reduz 40% de risco. Uma dieta alta em proteína diminui o risco de desenvolver hipertensão arterial. A notícia veio de um estudo da American Journal of Hypertension, e é capaz até de 36 causar hipertensão lá na American Heart Association (Associação Americana do Coração). Afinal de contas, a proteína, a carne vermelha e as gorduras saturadas são três dos sacos de pancada favoritos da Associação. A segunda é sobre o vinagre de maçã. Ele é um grande aliado na prevenção de hipertensão arterial por ser rico em potássio, o que contra-ataca os efeitos negativos do sódio. A Associação Médica Americana confirma que o potássio reduz a pressão arterial. Use 2 colheres de sopa diluídas em 1 copo de água antes das principais refeições. Procure um produto não filtrado, com 6% de acidez. Não é aconselhável usá-lo caso esteja usando protetor gástrico. Agora, vamos falar de um tubérculo que serve para nos ajudar em praticamente tudo! A beterraba. A beterraba é provavelmente a fonte dietética mais rica em nitrato, um precursor do óxido nítrico, a molécula milagrosa que expande 37 os seus vasos sanguíneos (e até facilita a sua ereção, caso esteja enfrentando problemas de impotência). Aconselho que a beterraba seja ingerida na forma de suco verde, crua ou assada, já que outros métodos tendem a tirar o nitrato. Sua ação é como um reservatório (através da formação de nitrito) para a produção do hormônio microvascular local óxido nítrico. Na parede do vaso sanguíneo e nas células vermelhas sanguíneas, o nitrito é reduzido ao óxido nítrico e outros óxidos de nitrogênio, o que leva à vasodilatação, a melhora da pressão arterial e proteção contra a síndrome causada por isquemia– reperfusão. Resumindo: ocorre um efeito combo, com a pressão arterial reduzida e a nutrição dos tecidos melhorada. A beterraba baixa substancialmente a pressão sanguínea. Há diversos estudos clínicos que mostram o benefício tanto de ingerir a beterraba crua, quanto do seu suco verde na redução da pressão arterial. 38 Aposto que você gosta de chocolate. E se eu te disser que consumi-lo ajuda a regular a pressão? Isso mesmo, mas não estou falando de qualquer tipo de chocolate. A maneira mais fácil de consumir quantidades clinicamente relevantes é através do chocolate 85%, em 20 a 40g por dia. Também indico o chá de hibisco. Um estudo publicado em 2010 examinou a atividade hipotensiva do chá de hibisco e observou 65 adultos pré ou brandamente hipertensos que não tomavam drogas para reduzir a pressão arterial. Eles tomaram três porções de 240ml de chá de hibisco ou chá placebo por 6 semanas. No final do estudo, a pressão arterial sistólica foi reduzida de forma significativa. Una essas dicas e converse com o seu médico. Capítulo 4 Guia de uso: aplique as soluções na sua rotina 41 Assim como é urgente que eu repita que você não deve fazer o desmame do seu anti- hipertensivo sem o consentimento do seu médico, eu preparei as indicações a seguir para que você fale com o seu cardiologista e também apresente à sua farmácia de manipulação de confiança. 42 Eu também sei que a hipertensão é condição associada a outras doenças, principalmente as inflamatórias. Por isso, além da suplementação geral para a hipertensão, sugiro que, nos casos que você verá a seguir, você solicite ao seu médico a prescrição e ao seu farmacêutico a manipulação dos seguintes complementos. 43 Suplementação para quem tem hipertensão e gordura visceral (barriga de chope) • Lactobacillus plantarum 1 blh/ufc • Lactobacillus rhamnosus 1 blh/ufc • Lactobacillus reuteri 1 blh/ufc • Glutamina 250 mg • Excipiente QSP 1 dose Peça a manipulação de 60 doses. Sugestão: Tomar 1 dose, 2 vezes ao dia. Suplementação para quem tem hipertensão relacionada ao estresse • Ginseng indiano150 mg • Crataegus 200 mg • Rhodiola rosea 250 mg • Ashwagandha 250 mg Tomar 1 dose ao dia, no período da manhã Suplementação para quem tem hipertensão e também tem diabetes tipo 2 • Extrato de canela seca 250 mg 44 • Extrato de bitter melon seco (melão de São Caetano) 250 mg • Picolinato de cromo 250 mcg • Tiamina 100 mg Tomar 1 vez ao dia, antes do desjejum ou do almoço. Adote essas recomendações para a sua vida. Elas certamente têm o potencial de mudar a história da sua pressão arterial. Para finalizar, é importante listar quais são os alimentos que favorecem a sua pressão arterial equilibrada. Eles foram indicados por três fatores principais e assim estão divididos em três grupos. Primeiro, por serem ricos em magnésio, mineral que você já aprendeu neste material que é essencial para sanar a sua hipertensão. Depois, por também terem alta concentração de vitamina B6, substância absoluta para facilitar a absorção do magnésio. E por fim por terem uma relação equilibrada 45 entre magnésio e cálcio, o que também é fundamental para ser um 12X8 46 7 passos para a medição perfeita da pressão 47 Referências bibliográficas - Cochrane.org https://www.cochrane.org/pt/CD001928/antagonistas- de-canais-de-calcio-para-acidente-vascular-cerebral- isquemico-agudo https://www.cochrane.org/pt/CD003040/bloqueadores-de- receptores-da-angiotensina-bra-sao-um-tratamento-eficaz- para-insuficiencia-cardiaca#targetText=Medicamentos%20 conhecidos%20como%20bloqueadores%20de,no%20 tratamento%20de%20insufici%C3%AAncia%20 card%C3%ADaca. - Portal.anvisa.org.br - JAMA. 1995;274(8):654-655. https://jamanetwork.com/journals/jama/article- abstract/389498 - N Engl J Med 2000; 342:905-912 https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/ NEJM200003303421301 - Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes. 2016;9:222–229 https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/ CIRCOUTCOMES.115.002524 - Rees K, Stowe R, Patel S, Ives N, Breen K, Ben- Shlomo Y, Clarke CE. Anti-hypertensive drugs as disease-modifying agents for Parkinson’s disease: evidence from observational studies and clinical trials. Cochrane Database of Systematic Reviews 2011, Issue 11. Art. No.: CD008535. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/ doi/10.1002/14651858.CD008535.pub2/full/fr - Heran BS, Musini VM, Bassett K, Taylor RS, Wright JM. Angiotensin receptor blockers for heart failure. Cochrane 48 Database of Systematic Reviews 2012, Issue 4. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/ doi/10.1002/14651858.CD003040.pub2/full/pt - Zhang J, Yang J, Zhang C, Jiang X, Zhou H, Liu M. Calcium antagonists for acute ischemic stroke. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012, Issue 5. Art. No.: CD001928. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/ doi/10.1002/14651858.CD001928.pub2/full/pt - JAMA Cardiol. 2018;3(3):225-233 https://jamanetwork.com/journals/jamacardiology/ fullarticle/2670752 - Vitamin D and Cardiovascular Disease: Where We Currently Are; Jun 08, 2015 | Prabhjot Singh Nijjar, MD, FACC https://www.acc.org/latest-in-cardiology/ articles/2015/06/08/12/06/vitamin-d-and-cardiovascular- disease-where-we-currently-are - American Journal of Hypertension, Volume 22, Issue 10, October 2009, Pages 1070–1075 https://academic.oup.com/ajh/article/22/10/1070/213539 - Nutrients. 2019 Jul; 11(7): 1679. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6683098/ - PLoS One. 2014 Oct 22;9(10):e110131 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25338053 - Pesquisa G. H https://www.vponline.com.br/portal/noticia/pdf/ a0b6d904e86708c23501e1c1c6cb8bc3.pdf http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1646-107X2009000400002 http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a03.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a03.pdf
Compartilhar