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Disc.: FILOSOFIA JURÍDICA Acertos: 10,0 de 10,0 1a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Etimologicamente, a palavra "Filosofia" é definida como "amor a sabedoria" Historicamente, a sua criação é atribuída a Anaximandro, séc. VII a.C. Tales de Mileto, séc. VII a.C. Anaxímenes, séc. VI a.C. Xenófanes de Cólofon, séc. VI a.C. Pitágoras, séc. VI a.C. Explicação: Pitágoras, séc. VI a.C. 2a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 É a junção do bom caráter com a boa razão, ou seja, raciocínio desiderativo e desejo raciocinativo: Imaginação. Justiça. Prudência. Moral. Ética. Explicação: Prudência 3a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Sobre os ditames do Jusnaturalismo assinale a alternativa CORRETA: B. Para reconhecer um sistema normativo como uma ordem jurídica ou uma regra como uma norma jurídica, não basta constatar que o sistema ou a regra em questão satisfazem certas condições fáticas, deve-se determinar também sua adequação principiológica a parâmetros de justiça. A. Para o Jusnaturalismo há uma separação necessária entre o direito e a moral. C. O Jusnaturalismo reconhece a autonomia do direito em relação a axiomas de justiça, de modo que estes são históricos e contextuais. E. Contemporaneamente a dicotomia direito natural X direito positivo está completamente ultrapassada. D. Os juízes possuem ampla liberdade para julgar, seja de acordo com a lei vigente em um local, ou de acordo com valores que entender adequados, desde que fundamentem suas decisões. Explicação: Para reconhecer um sistema normativo como uma ordem jurídica ou uma regra como uma norma jurídica, não basta constatar que o sistema ou a regra em questão satisfazem certas condições fáticas, deve-se determinar também sua adequação principiológica a parâmetros de justiça. 4a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Conforme palavras do próprio Kelsen: "Norma é o sentido de um ato por meio do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. Neste ponto importa salientar que a norma, como o sentido específico de um ato intencional dirigido à conduta de outrem, é qualquer coisa de diferente do ato de vontade cujo sentido ela constitui. Na verdade, a norma é um dever-ser e o ato de vontade de que ela constitui o sentido é um ser." Diante disso e tendo em conta o que você aprendeu sobre o normativismo kelseniano, aponte a opção correta: Para Kelsen, a norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. Kelsen não reconhece a distinção entre normas jurídicas e proposições normativas. Kelsen, enquanto jusnaturalista, reduz o Direito à norma, mas desenvolve a noção de Direito objetivo enquanto coisa devida e a de justiça como Direito Natural. Para Kelsen, as normas jurídicas são juízos, isto é, enunciados sobre um objeto dado ao conhecimento. São apenas comandos do ser. Para o autor, a norma que confere validade a todo o sistema jurídico ou conjunto de normas é a norma fundamental que se confunde com a Constituição, já que ambas são postas e impostas. Explicação: Para Kelsen, a norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. 5a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 "A justiça e a conformidade ao contrato consistem em algo com que a maioria dos homens parece concordar. Constitui um princípio julgado estender-se até os esconderijos dos ladrões e às confederações dos maiores vilões; até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidade conservam entre si a fé e as regras da justiça." Portanto, de acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, pois tal noção: A) Identifica indivíduos despreparados para a vida em comum. E) Representa os interesses da coletividade, expressos pela vontade da maioria. C) Estabelece um conjunto de regras para a formação da sociedade. D) Determina o que é certo ou errado num contexto de interesses conflitantes. B) Contribui com a manutenção da ordem e do equilíbrio social. Explicação: Justificativa: Opção correta letra B. Para JOHN LOCKE a verdadeira justiça surgia de um contrato social que seria um pacto em que todos os homens concordariam livremente em formar uma sociedade com o objetivo de proteger os seus direitos e que obrigatoriamente emanava do exercício da liberdade individual. Segundo o pensamento liberal há uma concepção minimalista de Estado, que teria simplesmente a missão de permitir o exercício dos direitos naturais de cada cidadão (vida, saúde, liberdade e propriedade). Estabelecia-se a prevalência dos direitos individuais sobre o poder do Estado; a plena liberdade do controle substituía o antigo ajuste natural. 6a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Kant afirma: "Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si." Portanto, com base no texto e nos conhecimentos sobre o entendimento de autonomia segundo Kant, considere as seguintes afirmativas: I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, não segue a razão pura prática. II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal. III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo hipotético IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo. Estão corretas apenas as afirmativas: E) II, III e IV. B) II e IV. A) I e II. C) III e IV. D) II e III. Explicação: Justificativa: Primeira formulação do imperativo categórico: Age unicamente de acordo com a máxima que te faça simultaneamente desejar a sua transformação em lei universal. Significa a determinação de uma ação como necessária em si mesma, isto é, absolutamente desinteressada. É uma espécie de mandamento que, por assim dizer, "obriga" o sujeito moral a submeter-se ao dever. 7a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 É uma característica fundamental da teoria da justiça de John Rawls, na Interpretação de Roberto Gargarella: Minimização do papel do Estado junto à sociedade, cuja intervenção deve reservar-se a corrigir ilegalidades patentes. A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as expectativas dos membros menos favorecidos da sociedade. Utilitarismo, na forma da postura que considera um ato como correto quando maximiza a felicidade geral. A concepção de um Estado que privilegie a meritocracia, eis que é necessário recompensar adequadamente o esforço individual que, se utilizado em todo seu potencial, terminará por favorecer toda a sociedade. A eleição de um rol determinado e imutável de bens de vida que deve estar disponível a todos os membros da sociedade, em qualquer época. Explicação: A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as expectativas dos membros menos favorecidos da sociedade. 8a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 A Corte Constitucional deve entender a si mesma como protetora de um processo legislativo democrático, isto é, como protetora de um processo de criação democrática do direito, e não como guardiã de uma supostaordem supra-positiva de valores substanciais. A função da Corte é velar para que se respeitem os procedimentos democráticos para uma formação da opinião e da vontade políticas de tipo inclusivo, ou seja, em que todos possam intervir, sem assumir a mesma o papel de legislador político". (Más Allá del Estado Nacional. Madrid: Trotta, 1997, p. 99) O trecho acima citado, acerca da postura de um Tribunal Constitucional durante o seu processo de interpretação da Constituição, corresponde à obra e concepção mista de John Hart Ely de democracia. procedimental de Robert Alexy da teoria da argumentação e princípios. procedimental de John Rawls do fórum público de princípios. procedimental de Jürgen Habermas da teoria do discurso. substancial de Ronald Dworkin de proteção dos direitos fundamentais. 9a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Em 1971, o filósofo estadunidense John Rawls publicou a Theory of Justice, obra na qual apresentou sua teoria da Justiça como equidade. A década de 1980 ambientou o surgimento da corrente do comunitarismo, que se contrapôs à perspectiva de orientação liberal de Hawls. Leia o texto: "Para os comunitaristas, os liberais (universalistas) estariam simplesmente preocupados com a questão de como estabelecer princípios de Justiça que poderiam determinar a submissão voluntária de todos os indivíduos racionais, mesmo de pessoas com visões diferentes sobre a vida boa. O que se estabelece como crítica é que, para os comunitaristas, os princípios morais só podem ser tematizados a partir de sociedades reais, a partir das práticas que prevalecem nas sociedades reais. Para eles, em John Rawls, encontram-se premissas abstratas de base como a liberdade e a igualdade que orientam (ou devem orientar) as práticas legítimas. A questão colocada é que, na interpretação comunitarista, a prática tem precedência sobre a teoria, e não seria plausível que pessoas que vivem em sociedades reais identifiquem princípios abstratos para sua existência. A crítica comunitarista aponta como insuficiente a tentativa de identificar princípios abstratos de moralidade através dos quais sejam avaliadas as sociedades existentes. A questão-chave é a negação de princípios universais de Justiça que possam ser descobertos pela razão, pois, em sua avaliação, as bases da moral não são encontradas na Filosofia, e, sim, na política". (SILVEIRA, Denis Coitinho. "Teoria da Justiça de John Rawls: entre o Liberalismo e o Comunitarismo". In: Trans/Form/Ação, São Paulo, 30(1): 169-190, 2007). De acordo com o texto e com seus conhecimentos, assinale a alternativa que não corresponde à crítica comunitarista à teoria da Justiça de Hawls: É uma teoria deontológica e procedimental, que utiliza uma concepção ética antiperfeccionista, estabelecendo uma prioridade absoluta do justo em relação ao bem. Opera com uma concepção abstrata de pessoa que é consequência do modelo de representação da posição original sob o véu da ignorância. Utiliza princípios universais (deontológicos) com a pretensão de aplicação em todas as sociedades, criando uma supremacia dos direitos individuais em relação aos direitos coletivos. Embora liberal, aproximou-se do marxismo, tendo apenas nas suas obras mais maduras uma veia materialista que olha para as comunidades reais. Utiliza a ideia de um Estado neutro em relação aos valores morais, garantindo apenas a autonomia privada (liberdade dos modernos) e não a autonomia pública (liberdade dos antigos), estando circunscrita a um subjetivismo ético liberal. Explicação: Embora liberal, aproximou-se do marxismo, tendo apenas nas suas obras mais maduras uma veia materialista que olha para as comunidades reais. 10a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Com base nas lições trazidas pelo pós-positivismo e pelo neoconstitucionalismo, informe o item incorreto: O pós-positivismo volta-se para uma autêntica teoria geral do direito, cujas bases teriam aplicabilidade a qualquer tipo de ordenamento jurídico. O neoconstitucionalismo, de outro lado, com pretensões de maior especificidade, busca explicar questões circunscritas a um modelo específico de constituição e de organização político-jurídica. nenhuma das alternativas. A normatividade dos princípios compõe um dos aspectos centrais do pós-positivismo. O pós-positivismo ético traz uma via intermediária que se situa entre a preservação da segurança jurídica e a realização de uma justiça material. Ainda que se reconheça a importância da segurança jurídica, esta pode ser afastada em nome da justiça. Segundo as abordagens pós-positivistas, a conexão identificativa entre direito e moral é de caráter contingente, ou seja, ela é fruto da incorporação de valores morais nas constituições. Os neoconstitucionalistas, ao contrário, atestam que a conexão entre essas duas esferas é necessária e independe de seu reconhecimento por meio da inscrição de princípios morais nas constituições.
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