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impacto das redes sociais na alimentação

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Ana Vitória, Natacha Silva, Rebeca Alves, Thiago Pinheiro, Williane Arruda 
 
Problema: A má influência das mídias sociais no comportamento alimentar 
Tema: Perda dos hábitos alimentares tradicionais 
Postos-chave: Desnutrição, ingestão de alimentos com alto teor de calorias, hipovitaminose, 
procura por praticidade, inserção da mulher no mercado de trabalho, mídia, DCNT. 
 
Teorização: 
Em busca por praticidade, os alimentos ultraprocessados tomaram destaque na mesa das 
famílias brasileiros, dotados de um grande lobby industrial e com apelo de ativos químicos, 
colaboram para uma ingestão de alimentos com alto valor energético, baixo valor nutricional 
(piorando ainda mais a propagação da fome oculta), aparecimento de doenças crônicas não 
transmissíveis e transtornos alimentares, como a compulsão. 
A palavra hábito significa ação ou comportamento aprendido pelo processo de repetição, 
sendo assim os hábitos alimentares são formados desde o início da vida, sendo 
influenciados por fatores ambientais, sensoriais, sociais e até mesmo genéticos e pouco a 
pouco vão formando o comportamento alimentar que expressa-se na vida adulta. O 
comportamento alimentar é um conjunto de ações relacionadas ao alimento que envolve 
desde a ingestão bem como a tudo a que ele se relaciona, uma vez que é esse sistema que 
conduz as escolhas, embasado no que a pessoa conhece e acredita sobre alimentação e 
nutrição. 
Contextualizando, desde os anos 1950, o Brasil vem sofrendo impacto das transições 
epidemiológica, demográfica e nutricional que transformaram a nossa relação com a 
sociedade e também na nossa alimentação. Com o advento das redes sociais, 
popularizadas com o ​boom​ da inclusão digital, tornou-se mais explícito a influência externa 
sobre nosso modo de relacionar-mos com os alimentos, desde a escolha até o modo como 
ingerimos. 
Quando se fala em práticas alimentares e a influência exercida por fatores ambientais, é 
importante destacar que isso ocorre das mais diferentes maneiras, seja por influência 
parental sob o consumo desde a infância, propagandas midiáticas ou os mais recentes 
blogs​ e ​influencers​ digitais de estilo de vida "saudável". No entanto, ainda são relativamente 
recentes os estudos e levantamento do real impacto dessa mais novo contribuinte da nossa 
ingestão, mas uma das mais preocupantes é a propagação de desinformação, informações 
sem qualquer base científica, feita por influenciadores digitais e ​blogs​. Não são apenas as 
imagens postadas por essas pessoas que podem ser problemáticas, conselhos sobre saúde 
e bem-estar são oferecidos por "influenciadores" não qualificados, que dizem a seus 
seguidores o que comer e como treinar. E embora isso possa não parecer prejudicial à 
primeira vista, o compartilhamento de conselhos de saúde que não são pesquisados ​​/ 
apoiados por médicos ou nutricionistas e simplesmente funcionam para o indivíduo, pode 
afetar a saúde de muitos - se eles optarem por seguir esses conselhos. 
Um estudo com estudo com cerca de 120 pessoas mostraram que 12% da população 
estudada seguem as dicas alimentares publicadas pelas blogueiras, seja para aprender 
novas receitas ou mesmo seguir o padrão alimentar imposto por elas, pois essas pessoas 
se veem influenciadas pelo fato da vida das blogueiras serem caracterizadas pela 
glamourização a onde desperta em seus seguidores o desejo de se assemelharem a elas 
muitas das vezes não atingindo o ideal proposto levando-as ao sentimento de decepção e 
frustração. 
Um dos exemplos de desinformação difundidos nas mídias sociais são as chamadas "dietas 
da moda". Essas dietas milagrosas sejam com privação parcial ou total de alimentos 
e/ou nutrientes estão intimamente ligadas ao atual conceito sociocultural de beleza. As 
dietas impostas não funcionam, pois do ponto de vista científico elas não promovem 
perda de peso em longo prazo, podem trazer consequências clinicas, físicas, emocionais e 
psicológicas promovendo a obsessão por comida e o “terrorismo nutricional” além de poder 
levar a transtornos alimentares. 
Os usuários de mídia social são mais propensos a comer frutas e vegetais - ou lanche em 
junk food - se eles pensam que seus amigos fazem o mesmo, descobriu um novo estudo. 
Descobriu-se que os usuários do Facebook consumiam uma porção extra de lanches não 
saudáveis ​​e bebidas açucaradas para cada três porções que acreditavam que seus círculos 
sociais online consumiam. A descoberta sugere que comemos cerca de um terço a mais de 
junk food se acharmos que nossos amigos também se entregam a esse hábito. 
 
 
 
ALVARENGA, Marle et al. Nutrição Comportamental. São Paulo: Manole, 2015. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br. 
 
MAGALHÃES, L. M.; BERNARDES, A. C. B. e; TIENGO, A. A influência de blogueiras 
fitness no consumo alimentar da população. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e 
Emagrecimento, São Paulo, v. 11, n. 68, p. 685-692, jan./dez. 2017. Disponível em: 
<​http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/629/492​.> 
 
SILVA, Silvia Alves da; PIRES, Patrícia Fernanda Ferreira. A influência da mídia no 
comportamento alimentar de mulheres adultas. Revista Terra & Cultura: Cadernos de 
Ensino e Pesquisa, [S.l.], v. 35, n. 69, p. 53-67, out. 2019. ISSN 2596-2809. Disponível em: 
<​http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/1172​>. 
 
Lily K. Hawkins, Claire Farrow, Jason M. Thomas. Do perceived norms of social media 
users’ eating habits and preferences predict our own food consumption and BMI? Appetite, 
2020; 149: 104611 DOI: 10.1016/j.appet.2020.104611 
http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/629/492
http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/1172

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