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♦ 
WANNISE DE SANTANA LIMA 
Avaliação Teoria 
e Prática 
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
WANNISE DE SANTANA LIMA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
 
WANNISE DE SANTANA LIMA
Olá. Meu nome é Wannise de Santana Lima. Sou formada em 
pedagogia com mestrado e doutorado em Educação. Tenho experiência 
na docência há mais de 15 anos atuando tanto na educação básica quanto 
no ensino superior. Trabalho diretamente com formação de professores e a 
avaliação é um dos temas de meu maior interesse. 
Sou encantada com a educação e me emociona formar profissionais 
que atuarão com o que existe de mais interessante: a aprendizagem! 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em participar do seu processo de 
formação, que exige muito estudo e trabalho. Conte comigo!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro-
jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de 
aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Afinal, como surgiu a prática da avaliação educacional no 
Brasil?...............................................................................................................12
A educação na cultura oral e na cultura letrada...............................12
A avaliação como materialização de uma visão de mundo, de 
sociedade e de escola....................................................................................15
Como começamos a pensar na ideia de avaliação da 
aprendizagem no Brasil? ......................................................................17
Avaliar a aprendizagem vai muito além somente verificar que 
conteúdos os alunos aprenderam............................................................17
Diferentes momentos para a avaliação da aprendizagem.......25
Avaliação diagnóstica......................................................................................25
Avaliação formativa...........................................................................................27
Avaliação somativa...........................................................................................29
A verdadeira função da avaliação – o sucesso do aluno..........31
Avaliação: teoria e prática 9
UNIDADE
01
Avaliação: teoria e prática10
A avaliação faz parte da nossa vida e também do processo de 
aprendizagem. Avaliamos se o nosso dia foi bom ou ruim, avaliamos o 
quanto as pessoas que convivemos são interessantes e competentes, 
avaliamos o desempenho dos nossos filhos ou das crianças que 
convivemos e também avaliamos o quanto aprendemos ou deixamos 
de aprender sobre algum tema. Na nossa memória, temos o registro de 
experiências de aprendizagem e dos momentos de avaliação escolar. 
Alguns guardam recordações da avaliação como momento único, 
de prova, caracterizado por ser tenso e punitivo. Outros, mais felizes, 
passaram por professores que integraram a avaliação ao processo de 
aprender, e conseguiram construir com os alunos memórias agradáveis. 
Estudar a avaliação exige a reflexão individual de cada futuro 
professor sobre como foi o seu processo de avaliação escolar e em 
que medida ele contribuiu para a construção das suas aprendizagens. 
Nosso primeiro exercício é compreender a avaliação não apenas como 
momento de verificação das aprendizagens, como o momento da prova, 
mas ampliar este olhar e perceber a avaliação como parte importante do 
processo de ensinar e aprender. 
Esse processo exige o conhecimento sobre a história da avaliação, 
marcada inicialmente pela elaboração de exames escolares, e somente 
a partir da década de 30 começou a usar a expressão avaliação da 
aprendizagem, para expressar a necessidade de atenção que os 
educadores precisam ter com a aprendizagem dos seus educandos, 
propondo uma prática pedagógica mais eficiente. No Brasil, começamos 
a falar de avaliação da aprendizagem no final dos anos 60, início dos 
anos 70. Antes falávamos apenas de verificação da aprendizagem a 
partir de exames escolares. Nosso grande desafio é aprender a sermos 
avaliadores. Essa é uma habilidade que precisamos construir como 
educadores: aprender não apenas os conceitos teóricos sobre avaliação, 
mas especialmente o de aprender a avaliar. Ao longo desta unidade letiva 
vamos mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
Avaliação: teoria e prática 11
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
 • Compreender como se deu historicamente o processo de 
construção de práticas de avaliação da aprendizagem 
 • Diferenciar verificação de avaliação da aprendizagem
 • Compreender a avaliação como materialização de uma visão 
de mundo, de sociedade e de escola
 • Identificar os fundamentos epistemológicos que amparam os 
novos paradigmas da avaliação da aprendizagem
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Avaliação: teoria e prática12
Afinal, como surgiu a prática da avaliação 
educacional no Brasil? 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar 
os fundamentos epistemológicos que amparam os novos 
paradigmas da avaliação da aprendizagem e como se deu 
o processo histórico de construção desse conceito. Isto 
será fundamental para que a construção dos processos 
avaliativos com os seus alunos seja consistente e pautada 
na aprendizagem. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Você vai gostar!
A educação na cultura oral e na cultura 
letrada
Antes da chegada dos portugueses no Brasil, a educação indígena 
era pautada na oralidade. Era através da fala, das imagens e dos sons que 
os saberes eram construídos e elas eram as tecnologias utilizadas para 
a transmissão dos valores, costumes e práticas. Na cultura oral, ainda 
presente em muitas comunidades indígenas brasileiras, a aprendizagem 
acontece através da experiência, por descoberta, imitando o outro, 
experimentando o que aprendido para fixar na memória. Os processos 
cognitivos são concretos e estão ligados a situações do cotidiano. Neste 
tipo de cultura, pautado na oralidade, a avaliação da aprendizagem dos 
indivíduos ocorre na prática, com a demonstração do que sabe ou não 
sabe fazer. 
Com a chegada dos portugueses no Brasil, surgiram outras 
formas de aprender, pautadas em outra cultura: a cultura letrada. A 
educação formal no Brasil nasceu a partir da chegada dos jesuítas, que 
trouxeram para nós a escola, centrada no professor como transmissor 
dos saberes, o livro, como principal tecnologia para aprender, a leitura 
e a escrita como formas de tornar os saberes acumuláveis, consultáveis 
Avaliação:teoria e prática 13
ACESSE
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/
article/view/8640534/8093
e consumíveis. A leitura permite que a realidade seja descrita e este 
processo gera diversas mudanças profundas no processo de ensinar. 
Neste modelo jesuítico, pautado na memorização através de exercícios, 
como forma de verificação dos saberes dos alunos, eram aplicados os 
exames. 
A rigor, os jesuítas foram os únicos responsáveis oficiais pela 
educação formal no Brasil durante duzentos e dez anos, formando 
uma elite letrada que dava continuidade aos seus estudos na Europa. 
Inicialmente os colégios foram utilizados pelos jesuítas na catequese 
dos índios, posteriormente passaram a instruir apenas os descendentes 
dos colonizadores. Aos indígenas, os mestiços e negros, os colégios 
serviram para a educação para o trabalho através do convívio. 
A pedagogia dos jesuítas exerceu grande influência em todo 
o mundo e até hoje a educação tradicional os defende, no entanto, é 
consenso que ela era destinada à formação das elites burguesas, que 
mantinham a hegemonia cultural e política. Por isso, foram eficientes na 
formação das elites, mas descuidaram completamente da educação 
popular. 
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640534/8093
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640534/8093
Avaliação: teoria e prática14
EXPLICANDO MELHOR
Os Jesuítas, que implementaram a educação escolar no 
Brasil, foram também os responsáveis por um importante 
documento chamado Ratio Studiorum, publicado em 1599. 
ACESSE
Neste artigo você vai conhecer um pouco mais sobre o Método 
Pedagógico dos Jesuítas, o Ratio Studiorum, http://www.
uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/
sitesanais/anais14/arquivos/textos/Comunicacao_
Oral/Trabalhos_Completos/Ana_Toyshima_e_Gilmar_
Montagnoli_e_Celio_Costa.pdf
Nele estava registrado como deveriam ser as práticas pedagógicas 
das escolas jesuítas: os alunos aprendiam em salas de aulas, divididos 
em níveis (classes) e realizavam exames orais. Embora não se falasse de 
avaliação da aprendizagem, foi através dos exames orais que se iniciaram 
os processos de verificação das aprendizagens dos alunos, permitindo 
as classificações e atribuição de graus. As ideias pedagógicas expressas 
no Ratio Studiorum correspondem ao que passou a ser conhecido na 
modernidade como pedagogia tradicional. Segundo Luckesi, (Luckesi, 
Avaliação da aprendizagem escolar, 2000), Na Ratio Studiorum, estão 
configurados dois modos de acompanhamento da aprendizagem do 
aluno:
• a pauta do professor 
• os exames escritos e orais. 
Ele explica que a pauta do professor uma espécie de caderneta, 
com anotações sobre as condutas e aprendizagens de cada um dos 
estudantes ao longo do ano letivo. Os exames ocorreriam uma vez por 
ano, ao final do ano letivo. Luckesi chama a atenção para o fato de ao 
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais14/arquivos/textos/C
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais14/arquivos/textos/C
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais14/arquivos/textos/C
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais14/arquivos/textos/C
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais14/arquivos/textos/C
Avaliação: teoria e prática 15
longo do tempo, os exames foram sendo priorizados, ocorrendo em 
intervalos menores e que este acompanhamento individual das condutas 
foi perdendo a sua importância.
A avaliação como materialização de uma 
visão de mundo, de sociedade e de escola
Recordar esta trajetória histórica nos permite compreender os 
diferentes modelos teórico-metodológicos que influenciaram o modelo 
educacional brasileiro e garantam também que a gente reflita sobre os 
critérios que fundamentam os diversos modelos e práticas pedagógicas, 
incluindo os paradigmas de avaliação. 
Esta retrospectiva nos permite identificar quais os fundamentos 
epistemológicos que inspiraram os modelos ou processos de educação. 
E estes modelos expressam a concepção de mundo, indivíduo e de 
sociedade, pois é com base neles que são tomadas as decisões sobre as 
políticas educacionais que orientam e norteiam as práticas pedagógicas 
do professor, incluindo as práticas de avaliação. 
Considerando que o processo avaliativo é um dos momentos do 
processo de ensino-aprendizagem, ele precisa ser uma ação planejada 
pois é com base nele que o professor vai organizar as suas ações 
pedagógicas e elas também contém uma concepção de mundo, de 
indivíduo e de sociedade e de educação. No planejamento educacional 
o professor traça o ideal, do tipo de educação que quer implementar. 
Os planos devem ser feitos com base nessas concepções de mundo e 
de indivíduo que cada professor tem. Vale destacar que a concepção 
de educação que desenvolvemos na escola pode ser mecanismo de 
conservação ou de transformação social.
Avaliação: teoria e prática16
ACESSE
https://www.youtube.com/watch?v=FkaO7zFPZPw
Por isso, estudar avaliação educacional vai muito além de 
aprender sobre instrumentos ou metodologias, estudar avaliação implica 
em disposição ética de cuidado e responsabilidade com a construção 
de saberes de cada aluno, da escola e da sociedade como um todo. 
Vejamos o que diz Caldeira (2000): 
“A avaliação escolar é um meio e não um fim em si mesma; está 
delimitada por uma determinada teoria e por uma determinada prática 
pedagógica. Ela não ocorre num vazio conceitual, mas está dimensionada 
por um modelo teórico de sociedade, de homem, de educação e, 
consequentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e 
na prática pedagógica. (p. 122)” (Caldeira, 2000)
É muito importante que o professor aprenda sobre a história da 
educação e sobre as etapas para a construção da educação que temos 
hoje. São estes conhecimentos que vão permitir uma reflexão e uma 
melhor ação docente sobre o sentido dos conteúdos que ensino e sobre 
a importância dos conteúdos para a sociedade e para a formação do 
cidadão. Com base na reflexão crítica sobre a história, das concepções 
pedagógicas desde o surgimento da avaliação e dos exames escolares, 
poderemos analisar em que medida ainda são reproduzidas nas escolas 
algumas práticas de avaliação desconectadas do modelo de mundo, 
que enquanto educadores, sonhamos. Vamos lá?!
https://www.youtube.com/watch?v=FkaO7zFPZPw
Avaliação: teoria e prática 17
Como começamos a pensar na ideia de 
avaliação da aprendizagem no Brasil? 
A primeira vez que se falou em avaliação da aprendizagem no 
Brasil como algo mais amplo que a verificação nos exames, ocorreu em 
torno de trezentos e vinte anos após a publicação da Ratio Studiorum. 
As primeiras ideias sobre avaliação da aprendizagem estavam 
relacionadas a medir, de aplicar testes e saber a partir deles, o quanto os 
alunos aprenderam. Até então, o que os professores faziam era verificar 
a aprendizagem através dos exames e testes, medindo o que o aluno 
aprendeu sobre os conteúdos ensinados. 
 Mas atenção: medir não é avaliar, ainda que o medir faça parte do 
processo de avaliação. Avaliar a aprendizagem do estudante não começa 
e muito menos termina quando atribuímos uma nota à aprendizagem. 
Avaliar a aprendizagem vai muito além 
somente verificar que conteúdos os alunos 
aprenderam
Foram as escolas americanas que iniciaram os estudos sobre 
a avaliação numa perspectiva mais abrangente, indo além de fazer 
na escola somente exames para a verificação das aprendizagens dos 
aluno. O americano Ralph Tyler defendia a inclusão de uma variedade 
de procedimentos avaliativos, tais como: testes, escalas de atitude, 
inventários, questionários, fichas de registros de comportamento e 
outras formas de coletar evidências sobre o rendimento dos alunos em 
uma perspectivalongitudinal, com relação à consecução de objetivos 
curriculares. 
A professora Láe Depesbriteris explica melhor as ideias de Tyler: 
(Depesbriteris, 1989):
 “Para Tyler o processo avaliativo consiste basicamente na 
determinação de quanto os objetivos educacionais estão sendo 
atingidos por programas instrucionais. Ele diz que esta concepção de 
avaliação tem dois aspectos importantes. Em primeiro lugar, implica 
que a avaliação deve julgar o comportamento dos alunos, pois o que 
Avaliação: teoria e prática18
se pretende em educação é justamente modificar comportamentos. Em 
segundo lugar, pressupõe que a avaliação deve envolver mais do que 
um único julgamento, em determinada ocasião, e logo outros mais, em 
instantes subsequentes, para identificar mudanças que podem estar 
ocorrendo.” 
Tyler não descartava a importância da aplicação dos testes, 
apenas acreditava que existiam outras maneiras de se constatar as 
mudanças comportamentais, denominadas aprendizagem. Ele avançou 
por defender a ideia da avaliação como um processo, muito mais amplo, 
que envolve diversos fatores e que ela vai dar elementos ao professor 
para saber o quanto os objetivos educacionais estão sendo atingidos. 
Um grande avanço, não é mesmo?
Ele propôs que professores pensassem não apenas em verificar 
o quanto os alunos aprenderam através de exames, mas propõe algo 
mais abrangente, como parte do processo de aprender. Propõe que o 
professor pense antes: 
• Quais são os meus objetivos? 
• O que quero que o meu aluno aprende? 
• Como ele pode demonstrar que mudou de comportamento? 
Tyler vai além, pensando na avaliação como parte do processo de 
aprender, completamente conectado com o currículo da escola.
Entenda: para Tyler, aprender implicava em mudar de 
comportamento e o primeiro propósito da avaliação é medir a mudança 
de comportamento dos alunos e estabelecer uma comparação entre o 
que o aluno aprendeu e os objetivos previamente traçados pelo professor. 
A figura 2 ilustra o Modelo de Avaliação do Currículo, descrito por 
Tyler, ele entendia que os objetivos, para serem definidos, têm como 
fonte o aluno, a sociedade e os especialistas e, como filtros, a Filosofia e 
a Psicologia de Educação. 
A tinha tracejada, partindo da avaliação, indica que, para o autor, 
avaliar é estabelecer uma comparação entre os desempenhos e os 
objetivas previamente determinados. Mais que isso, a linha tracejada 
indica que o processo de avaliação deveriam ter como foco os objetivos 
educacionais e que o professor, ao avaliar, saberia claramente se os 
objetivos que ele traçou foram ou não alcançados. 
Avaliação: teoria e prática 19
Se os alunos demonstram que aprenderam, que modificaram 
o comportamento, o professor pode planejar ações mais avançadas, 
conduzindo a novos aprendizados. Caso os objetivos não sejam 
alcançados, o professor planeja novamente as suas atividades usando 
outras estratégias capazes de garantir o aprendizado dos alunos.
Figura 2 – Modelo de Avaliação de Currículo, Segundo Ralph Tyler. Fonte: Ana Maria Saul, 
1985
O Professor Cipriano Luckesi (Luckesi, Avaliação da aprendizagem: 
componente do ato pedagógico, 2011), diz: o método proposto por Tyler 
para que o estudante obtenha o sucesso foi o mais óbvio que podemos 
imaginar: 
(01) ensine um conteúdo; 
(02) diagnostique a aprendizagem: 
(03) se o estudante aprendeu, ótimo, segue em frente; 
(04) Caso não tenha aprendido, volte ao ponto (01) ensine de novo.
Avaliação: teoria e prática20
É importante também destacar que para Tyler a coleta de 
elementos através da avaliação permitiria aprimorar o programa 
institucional. Ele defendia que um programa de avaliação não é um 
processo isolado, concentrado exclusivamente no estudante. Exige um 
esforço cooperativo de professores, estudantes e pais, a fim de que se 
possa extrair um máximo de proveito do programa.
O conceito de avaliação da aprendizagem também foi enriquecido 
a partir das contribuições de outro americano, Lee J Conbrach, que na 
década de 60 ofereceu ideias provocadoras que repercutiram na prática 
da avaliação educacional. De acordo com (Depesbriteris, 1989), ele foi o 
primeiro a vincular as atividades de avaliação ao processo de tomada de 
decisão. Para ele, os objetivos da avaliação eram: 
• Determinar o nível de eficácia dos métodos de ensino e o 
material institucional 
• Identificar as necessidades dos alunos e a partir daí planejar as 
estratégias de ensino, de modo que estes possam ser incentivados em 
seus sucessos e auxiliados em suas deficiências; 
• Julgar a eficiência do sistema de ensino e dos professores, de 
forma a subsidiar decisões de natureza administrativa. 
Outra ideia defendida por Conbrach, é que a avaliação não deve se 
restringir a um único instrumento, ou a um único momento. Segundo ele 
não se pode desperdiçar uma diversidade de informações do processo 
de aprender. A variedade de momentos e de formas de avaliar são úteis ao 
professor e permitem um maior entendimento do fenômeno educativo 
e uma melhor tomada de decisão sobre as mudanças necessárias. Para 
Conbrach, a avaliação presta um grande serviço quando identifica os 
aspectos do curso que necessitam de revisão. 
Avaliação: teoria e prática 21
ACESSE
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/52.
pdf
Mais uma importante referência para a concepção de avaliação 
numa perspectiva de educação progressista foi Benjamin Bloom, através 
da Taxonomia dos Objetivos Educacionais. Ele é o autor da Taxonomia 
de Bloom, amplamente utilizada nos planos de ensino e planos de aulas 
dos professores. Embora os estudos de Bloom tenham tido origem na 
década de 1950 nos Estados Unidos – chegou ao Brasil na década de 60 
 A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de 
aprendizagem em três grandes domínios, conforme ilustra a Figura 3:
• o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;
• o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e valores;
• o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de 
tarefas que envolvem o aparelho motor. 
Figura 3: Domínios da aprendizagem, segundo Bloom
Cognitivo
AfetivoPsicomotor
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/52.pdf
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/52.pdf
Avaliação: teoria e prática22
Sua grande contribuição para a educação foi a Taxonomia de 
Bloom que é um instrumento cuja finalidade é auxiliar a identificação e a 
declaração dos objetivos ligados ao desenvolvimento cognitivo.
Duas das vantagens para se utilizar a taxonomia no contexto 
educacional foram: 
• Oferecer a base para o desenvolvimento de instrumentos de 
avaliação e utilização de estratégias diferenciadas para facilitar, avaliar e 
estimular o desempenho dos alunos em diferentes níveis de aquisição 
de conhecimento; 
• Estimular os educadores a auxiliarem seus discentes, de forma 
estruturada e consciente, a adquirirem competências específicas a partir 
da percepção da necessidade de dominar habilidades mais simples 
(fatos) para, posteriormente, dominar as mais complexas (conceitos).
Krathwohl (2002), Bloom et al. (1956) viram a teoria de taxonomia 
como uma ferramenta que, contribuía no processo para:
• Padronizaria a linguagem sobre os objetivos de aprendizagem 
para facilitar a comunicação entre pessoas (docente, coordenadores 
etc.), conteúdos, competências e grau de instrução desejado; 
• Serviria como base para que determinados cursos definissem, 
de forma clara e particular, objetivos e currículos baseados nas 
necessidades e diretrizes contextual, regional, federal e individual (perfil 
do discente/curso); 
• Determinaria a congruência dos objetivos educacionais, 
atividade e avaliação de uma unidade, curso ou currículo; e 
• Definiria um panorama para outras oportunidades educacionais 
(currículos, objetivos e cursos), quando comparado às existentes antes 
dela ter sido escrita.
Com base nisso,Bloom propõe que os professores elaborem 
as estratégias de ensino considerando uma progressão nos processos 
cognitivos, organizando-os partindo dos mais simples para os mais 
complexos. conforme 
Avaliação: teoria e prática 23
Figura 4: A taxonomia de Bloom: domínio cognitivo 
Os processos categorizados pela Taxonomia dos Objetivos 
Cognitivos de Bloom, além de representarem resultados de 
aprendizagem esperados, são cumulativos, o que caracteriza uma 
relação de dependência entre os níveis e são organizados em termos 
de complexidades dos processos mentais. A tabela 1 descreve cada um 
deles. 
Posteriormente, outros autores propuseram revisões para 
a Taxomia de Bloom, com avanços especialmente nos níveis e na 
percepção de que os estudantes podem avançar em cada uma das 
etapas de construção do conhecimento, dependendo de como as 
estratégias traçadas pelo professor são organizadas e das tecnologias 
utilizadas durante o processo.
Avaliação: teoria e prática24
ACESSE
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2.pdf
Figura 5: Tabela Bidimensional da Taxonomia de Bloom
Foi Bloom quem Bloom também estabeleceu três denominações 
para a avaliação, que são: diagnóstica, formativa, somativa. Luckesi 
defende que “avaliação diagnóstica”, “formativa” e “somativa” não 
constituem formas distintas de avaliar, elas simplesmente indicam 
momentos diferentes de uma ação sobre os quais incidem os atos 
avaliativos. Vamos aprender mais sobre isso?
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2.pdf
Avaliação: teoria e prática 25
Diferentes momentos para a avaliação 
da aprendizagem
Estes avanços na concepção de avaliação como parte do 
processo de aprender e ensinar gerou uma visão mais alargada e deu 
origem a ideia de avaliação não como momento estanque, de realização 
de exames, com função única de classificar os alunos, mas como parte 
do processo de ensinar e aprender, podendo ocorrer em variados 
momentos, com diferentes finalidades e usando diversos instrumentos. 
Vamos conhecer agora as diferentes denominações para a avaliação 
da aprendizagem. Você vai saber identificar não apenas os tipos de 
avaliação, mas quando e como elas devem ser realizadas. Vamos lá?!
Avaliação diagnóstica
Da mesma forma que o médico, o professor também pode 
usar instrumentos para diagnosticar. A diferença é que o professor vai 
diagnosticar os saberes dos alunos. A avaliação diagnóstica é analítica, 
deve ser realizada no início de um processo de aprendizagem e tem 
como propósito identificar os conhecimentos, habilidades e atitudes 
que os estudantes já possuem ou as que necessitam de ajustes, e, a 
partir daí, nortear o planejamento do professor, que deverá organizar as 
estratégias de ensino específicas, de acordo com o perfil da turma, com 
base nas situações identificadas na atividade diagnóstica. Ela pode ser 
feita com diversos instrumentos, tais como: 
• Conversa informal com a turma no primeiro dia de aula;
• Entrevistas;
• Questionários;
• Aplicação de dinâmicas de integração, com perguntas sobre os 
temas de estudos previstos;
• Fóruns de discussão em que os estudantes sejam motivados a 
apresentarem os seus conhecimentos prévios sobre os temas das aulas;
• Questões que diagnostiquem o que os estudantes já sabem 
• Enquetes e outros
Avaliação: teoria e prática26
Uma das mais importantes características da avaliação 
diagnóstica é que ela é preventiva, identifica os “sintomas”, da mesma 
forma que o médico, e permite um tratamento mais adequado. Ao 
conhecer as potencialidades e dificuldades e dos alunos no início do 
processo educativo, o professor pode prever suas reais necessidades e 
trabalhar a partir delas. Outra característica importante é a possibilidade 
que a avaliação diagnóstica tem de personalização do ensino, com base 
no diagnóstico dos diferentes níveis de aprendizagem de cada um dos 
estudantes. 
Em síntese, a avaliação diagnóstica pode ser usada pelo professor 
para:
• Fornecer elementos para orientar o seu planejamento, repensar 
as suas ações, refazer o percurso, estabelecer expectativas.
• Identificar as potencialidades e fragilidades dos alunos, 
orientando-os especificamente que eles organizem nos seus estudos.
• Determinar o ponto de partida para uma nova aprendizagem, os 
caminhos a percorrer.
• Identificar novos procedimentos na condução do processo 
ensino-aprendizagem.
As informações obtidas na avaliação diagnóstica podem ainda 
auxiliar as escolas e até mesmo as redes de ensino a planejar intervenções 
iniciais, propondo procedimentos que levem os alunos a atingir novos 
patamares de conhecimento. Ou seja, seus resultados servem para 
explorar, identificar, adaptar e predizer acerca das competências e 
aprendizagens dos alunos.
ACESSE
https://www.youtube.com/watch?v=_eHrHiZ8jCQ
https://www.youtube.com/watch?v=_eHrHiZ8jCQ
Avaliação: teoria e prática 27
Avaliação formativa
A avaliação formativa compreende todas as atividades realizadas 
ao longo do processo de formação para que os alunos demonstrem o 
que estão ou não estão aprendendo. Ela está incorporada ao processo 
de ensinar com o propósito de a aprendizagem dos alunos detectando 
as dificuldades a fim de corrigi-las rapidamente. 
Embora existam diferenças nas concepções de avaliação 
formativa de diversos autores, a partir de Bloom elas têm em comum a 
mesma essência. Todos os autores sugerem que a avaliação formativa 
possui as seguintes características:
• deve ser realizada durante o processo de ensino-aprendizagem, 
• deve ser contínua, 
• Não deve ter caráter classificatório,
• deve ser baseada fortemente no feedback, tanto para o 
professor como para o aluno.
Uma importante característica da avaliação formativa é a 
capacidade de gerar informações sobre a construção dos conhecimentos 
dos alunos, identificando as competências que já construíram e as 
principais dificuldades encontradas. Na avaliação formativa o professor 
deve estabelecer um feedback contínuo sobre o andamento do processo 
de aprendizagem com os alunos.
A avaliação formativa pode ser feita com diferentes instrumentos, 
vão variar de acordo com o perfil das turmas, a modalidade de ensino e 
os cursos. Veja alguns exemplos:
• observação dos alunos em aula;
• Entrevistas;
• lista de exercícios;
• observação dos cadernos e atividades de casa;
• correção na sala de aula das atividades realizados pelos alunos, 
individualmente ou em grupo 
• produção de projetos de caráter mais prático;
• construção de portfólios;
• diário de bordo;
• teatro;
• júri simulado;
Avaliação: teoria e prática28
• mapas conceituais;
• esquemas;
• vídeos
• podcasts;
• debates, fóruns de discussões, exposições;
• testes;
• fichas de auto-avaliação fornecidas ao aluno.
A avaliação formativa propicia aos estudantes maior 
responsabilidade acerca de seu próprio processo de aprendizagem e da 
construção de autonomia. A sua finalidade é facilitar as aprendizagens. 
Elas devem ser frequentes e diversas. Os erros e as dificuldades dos 
alunos são explorados pelo professor nos momentos de correção, quando 
deve retomar os conceitos que os alunos ainda não compreenderam. É 
um momento privilegiado de diálogo que deve permitir:
• Ao aluno: saber se progrediu ou fracassou e as possíveis causas 
dessa situação;
• Ao professor: propor atividades de ajuda aos alunos em 
dificuldade e atividades mais complexas para os alunos com um bom 
desempenho. Os dados recolhidos permitirão ainda ao professor 
reajustar objetivos, atividades e estratégias de ensino. 
Em síntese, a avaliação formativa pode ser usada para:
• Ajudar o aluno a estabelecer seu ritmo de estudo e de aprendizagem;
• Prover feedback ao professor sobre o que os alunos estão 
aprendendo ou não estão aprendendo, permitindo que o professor 
ajuste as aulas, as atividades e os materiais de ensino;
• Prover feedback ao aluno , pois com base nas avaliações 
formativas ele próprio identifica quandoestá tendo um aproveitamento 
satisfatório e quando tem necessidade de recuperação.
Vejamos o que ensina o Perrenoud sobre a avaliação formativa:
…uma avaliação formativa ajuda o aluno a aprender e o professor 
a ensinar. A ideia base é bastante simples: a aprendizagem nunca 
é linear, precede ensaios, tentativas e erros, hipóteses, recuos e 
avanços; um individuo aprenderá melhor se o seu meio envolvente 
for capaz de lhe dar respostas e regulações sob diversas formas”. 
(Perrenoud, 1993 p.173)
Avaliação: teoria e prática 29
Avaliação somativa
A avaliação somativa caracteriza-se por ser pontual, ocorrer ao 
fim de um processo educacional (ano, semestre, bimestre.) e ter como 
objetivo mensurar o quanto o aluno aprendeu com base no que estava 
previsto nos objetivos educacionais. A avaliação somativa compreende 
a soma de vários instrumentos avaliativos. Assim, no decorrer de um 
período letivo (bimestre, por exemplo), em que o aluno realizou diversas 
atividades (trabalhos, pesquisas e provas), este recebe uma nota única 
pela soma desses resultados.
Veja a definição:
“Avaliação somativa ou integradora é entendida como um informe 
global do processo, que, a partir do conhecimento inicial, manifesta 
a trajetória seguida pelo aluno, as medidas específicas que foram 
tomadas, o resultado final de todo o processo e, especialmente, a 
partir deste conhecimento, as previsões sobre o que é necessário 
continuar fazendo ou o que é necessário fazer de novo. (ZABALA, 
1998, p. 201)
A principal característica da avaliação somativa é classificar o 
aluno, em aprovado ou reprovado, pois acontece no final de um processo 
educacional. Ou seja, seus resultados servem para verificar, classificar, 
situar, informar e certificar. A avaliação somativa é uma avaliação muito 
geral, que serve como ponto de apoio para atribuir notas, classificar o 
aluno e transmitir os resultados em termos quantitativos, feita no final de 
um período” (Bloom, Hasting, & Madaus, 1983).
Sendo assim, a avaliação somativa serve para: 
• Atribuir notas
• Certificar conhecimentos e habilidades dos alunos
• Estimar o rendimento do aluno em cursos ou séries subsequentes
• Prover feedback aos alunos.
• Comparar resultados de grupos diferentes
O professor pode usar os seguintes instrumentos para a realização 
de avaliação somativa:
• Questões objetivas
• Questões dissertativas
Avaliação: teoria e prática30
Figura 6: Resumindo
Por isso, o trabalho do professor inicia na avaliação diagnóstica, 
que fornecerá as bases para o planejamento do ensino. No planejamento 
o professor deve estabelecer com clareza o que o aluno precisa aprender 
e que estratégias utilizará para que a aprendizagem ocorra.
No seu plano, o professor precisará tambpem determinar quais 
serão os critérios para avaliar como a aprendizagem ocorreu. Ou seja, 
precisará determinar o que será avaliado, definindo com clareza quais 
os critérios para a avaliação. Muito importante também que o professor 
defina que instrumentos de avaliação utilizará para o seu trabalho. 
Quanto mais diversos os instrumentos, mais precisa e personalizada 
será a avaliação dos alunos. 
Outra etapa muito importante no trabalho docente é a validação 
dos instrumentos de aprendizagem, pelo professor. O docente deve se 
perguntar:
• Meus instrumentos estão adequados?
• Avaliam o que se deseja?
• Estão conceitualmente e pedagogicamente coerentes?
Não se pode esquecer de planejar diferentes momentos de 
avaliação, usar diferentes instrumentos, prever etapas diagnóstica, 
formativa e somativa, para mensurar o desempenho individual dos 
alunos.
Os resultados da aprendizagem dos alunos podem ser coletados 
a partir dos instrumentos de avaliação escolhidos pelo professor. No 
Avaliação: teoria e prática 31
entanto, Os resultados são apresentados aos estudantes de forma que 
eles possam:
• Identificar o seu desempenho individual;
• Conhecer os seus pontos fortes e pontos que merecem atenção;
• Saber que ações são necessárias para recuperar o que não 
aprenderam.
O mais importante é que a partir da avaliação o professor pode 
rever o seu trabalho e propor de ações para intervenção nos gaps 
encontrados durante o processo de avaliação. Quantos mais variados 
forem os momentos de avaliação e os instrumentos utilizados, maiores 
serão a eficácia dos planos de ação corretivos. 
Dessa forma será possível sempre responder as seguintes 
perguntas:
• Os estudantes estão aprendendo o que pensamos que estamos 
ensinando?
• Existem diferentes estratégias para ensinar, variando conforme 
as competências que se pretende construir?
• É possível melhorar a experiência de aprendizagem dos 
estudantes?
A verdadeira função da avaliação – o 
sucesso do aluno
Sabemos que muitas escolas continuam somente com a prática 
de exames, para a verificação da aprendizagem dos alunos. Como vimos, 
a tradição dos exames escolares foi sistematizada pelos jesuítas (séc. XVI) 
e que embora a educação brasileira, a partir da década de 70, tenha sido 
influenciada pela ideias progressistas da educação americana, especialmente 
de Bloom, o que vemos atualmente é que ainda são aplicadas provas e em 
seguida verifica-se os acertos do aluno e são atribuídos valores numéricos 
para concluir se o aluno será aprovado ou reprovado. Essa ainda é uma 
tradição antidemocrática e autoritária, porque está centrada no professor e 
no sistema de ensino e não no aluno. Como ensina Luckesi, 
Avaliação: teoria e prática32
"Os exames são pontuais, não levam em conta o aluno antes e 
depois da prova, são seletivos e excludentes. Já a avaliação está a
serviço de um projeto pedagógico construtivo, que olha para o 
ser humano como alguém em construção permanente". (LUCKESI, 
1982). 
Agora que conhecemos com mais profundidade os três tipos de 
avaliação propostos por Bloom, podemos concluir que, é o professor 
quem vai identificar em que momento deve fazer uso de um dos tipos 
de avaliação. 
A escolha do professor deve ser pautada nos objetivos definidos 
previamente e deve ter o propósito de tornar a avaliação um elemento 
pedagógico capaz de contribuir para a aprendizagem do aluno e 
consequentemente, o seu sucesso.
Se o maior objetivo da escola é que os educandos aprendam 
e com isso se desenvolvam, a avaliação deve estar a serviço desse 
pressuposto. Deve então constituir-se como um ato de investigação 
da qualidade das aprendizagens dos alunos, configurando-se como 
avaliação diagnóstica e, a partir desta, motivar a proposta de ações que 
aproximem o desempenho real dos estudantes daquele que se deseja 
que eles alcancem (Luckesi, 2011).
Só com a avaliação realizada de maneira contínua, com o 
diagnóstico das dificuldades e dos erros dos alunos, bem como das 
suas causas e com a utilização de estratégias de ensino adequadas é 
que se criam condições pedagógicas para que o maior número possível 
de alunos obtenha sucesso escolar 
A avaliação é realmente parte do processo educativo e deve 
ser entendida como uma prática que pode ser corrigida, reavaliada, 
retomada. Por outro lado, como os tempos da escola são limitados, é 
preciso apresentar ao educando um resultado final e uma certificação, 
que devem constituir-se em um testemunho da aprendizagem 
satisfatória obtida.
Avaliação: teoria e prática 33
ACESSE
Vídeo com o Professor Cipriano Luckesi. https://www.youtube.
com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
	Afinal, como surgiu a prática da avaliação educacional no Brasil? 
	A educação na cultura oral e na cultura letrada
	A avaliação como materialização de uma visão de mundo, de sociedade e de escola
	Como começamos a pensar na ideia de avaliação da aprendizagem no Brasil? 
	Avaliar a aprendizagem vai muito além somente verificar que conteúdos os alunos aprenderam
	Diferentes momentos para a avaliação da aprendizagem
	Avaliação diagnóstica
	Avaliaçãoformativa
	Avaliação somativa
	A verdadeira função da avaliação – o sucesso do aluno

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