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Gerenciamento de riscos em silos


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1. INTRODUÇÃO
Desde sempre, a agricultura exerce um papel de suma importância nas economias de diversos países do mundo, impulsionada pela globalização econômica e liberação de mercados. No Brasil não é diferente, o setor agrícola tem apresentado enormes crescimentos nas últimas décadas, resultado principalmente da implementação de novas técnicas no campo e também da modernização de maquinários agrícolas e equipamentos. (GIOVINE e CHRIST, 2010).
Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), pesquisa realizada e divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a produção agrícola em 2018 totalizou 226 milhões de toneladas, com previsão de aumento da produção em 3,3% para o ano de 2019, podendo chegar a 233 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas colhidas. Deste montante, o segmento de grãos representa mais de 90% deste total, com destaque para a soja e o milho.
Diante deste cenário de crescimento de produção agrícola no Brasil, um assunto vem sendo amplamente discutido pelo setor: a capacidade de armazenagem nesses grãos em território brasileiro. Segundo levantamento da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) o Brasil atualmente é capaz de armazenar cerca de 162 milhões de toneladas de grãos, sendo que na safra 2017/2018 o total de grãos colhidos foi de aproximadamente 226 milhões de toneladas. Isso representa uma defasagem de 60 milhões de toneladas de grãos que não podem ser armazenados.
A armazenagem de grãos é feita principalmente em unidades armazenadoras de grãos, ou seja, são estruturas físicas destinadas a receber a produção de grãos, conservá-los em perfeitas condições e redistribuí-los posteriormente. São os chamados silos e armazéns. 
O silo, geralmente fabricado com componentes metálicos, é uma estrutura indispensável para o correto armazenamento de cereais, sempre tendo em vista a manutenção da qualidade dos grãos colhidos, além de facilitar a comercialização posterior do produto em períodos mais economicamente vantajosos. Porém, o trabalho em silos proporciona riscos ambientais sérios, principalmente por apresentar características de um espaço confinado (a estrutura se apresenta em forma de um ambiente enclausurado), podendo ser fonte de graves acidentes e sinistros. Os riscos que acabam levando à acidentes, muitos podendo levar o trabalhador à morte, são por quedas de altura, asfixia por engolfamento ou soterramento pela massa de grãos, intoxicação por gases, choque elétrico e elevado potencial de riscos de incêndios e explosões devido ao acúmulo de poeiras no interior do silo, além de toda a poeira que fica depositada nas máquinas e nos equipamentos elétricos. (WEBER, 2005).
No Brasil não existe atualmente um levantamento oficial de acidentes ocorridos em silos, porém eles existem e são muitos. De acordo com levantamento feito pela BBC Brasil em 2018, desde 2009 foram noticiadas mais de 100 mortes por acidentes em silos no Brasil. Esse elevado número pode ser ainda maior, levando em conta também os casos que não são noticiados, ou sequer registrados.
Com o intuito de evitar acidentes de trabalho em silos, é muito importante um bom gerenciamento de riscos, contemplando uma completa identificação, análise e avaliação dos riscos presentes neste ambiente de trabalho. Buscando um caminho para a correta gerência de riscos em silos, este trabalho foi feito.
2. MANUTENÇÃO
3. CALDEIRAS AQUATUBULARES
4. MANUTENÇÃO EM CALDEIRAS AQUATUBULARES
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS