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EMULSÕES - emulsoes e sistema EHL

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27/08/2020
1
EMULSÕES
Formas Farmacêuticas obtidas por 
dispersão coloidal
Prof. Esp. Aline C. Kirilko Borges
Emulsões
SISTEMA DISPERSO = FASE DISPERSA + FASE DISPERSANTE
Emulsões
Sistema 
disperso
Tamanho da 
partícula
Estado de agregação 
das fases do sistema 
Exemplos
Solução < 1 nm Gás-gás; gás-liq; liq-liq; 
sol-liq; sol-sol
Soluções moleculares 
iônicas
Colóides 1 nm a 1 µm Liq-gas; sol-gas; sol-liq Névoa, fumaça, 
gelatina, lipossomas
Suspensões > 1 µm Sol-gas; sol-liq Aerossóis medicinais, 
suspensões, leite de 
magnésia
Emulsões > 1 µm Liq-liq Leite, emulsões de uso 
farmacêutico
EMULSÃO
• É um Sistema heterogêneo formado por 2 fases líquidas
imiscíveis, onde uma fase dispersa (composta por gotículas) está
distribuída num veículo (fase dispersante).
TERMODINAMICAMENTE INSTÁVEL
AGENTE EMULSIFICANTE
Latim Emulgere = ordenhar
Emulsões
EMULSÕES 
• As emulsões podem ter variadas viscosidades e sua consistência 
varia de líquida a semi-sólida. 
• Emulsões líquidas: uso oral, tópico ou parenteral 
• Emulsões semi-sólidas: uso tópico 
• Muitas preparações farmacêuticas que são emulsões, são denominadas 
como loções, cremes, unguentos ou pomadas, linimentos e gotas 
vitaminadas.
Emulsões
EMULSÕES
FASE DISPERSA (INTERNA) + FASE DISPERSANTE (EXTERNA) + 
AGENTE EMULSIFICANTE 
Emulsões
EMULSÕES – APLICAÇÕES e FINALIDADES
• Uso externo 
• Emulsões tópicas O/A E A/O - cremes ou loções
• Uso interno - geralmente O/A, para veicular:
• fármacos hidrofílicos e lipofílicos simultaneamente;
• veicular fármacos lipofílicos;
• mascarar odor e sabor desagradável;
• aumentar a absorção ou permeação dos fármacos
Emulsões
27/08/2020
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VANTAGENS DAS EMULSÕES
• Mistura estável e homogênea de 2 líquidos imiscíveis; 
• Via oral: mascarar sabor e odor desagradáveis;
• Via tópica: possibilita a formulação de cremes e loções 
dermatológicas. Emoliência, diminuição da irritação, proteção; 
• Via parenteral: emulsões contendo óleos podem ser administradas 
por via endovenosa (lipídios, vitaminas). Ex: emulsões intravenosas de 
meio de contraste e de nutrição parenteral; 
• Liberação controlada e/ou prolongada; 
• Melhorar absorção; 
• Administração de drogas pouco solúveis em água;
Emulsões Emulsões
CLASSIFICAÇÃO
FASE INTERNA E EXTERNA
Emulsões
TIPOS DE EMULSÕES 
• As emulsões são sistemas bifásicos:
• FASE DISPERSA Fase interna ou descontínua
• FASE DISPERSANTE Fase externa ou contínua
• De acordo a predominância da fase e tipo de emulsificante 
temos:
• Emulsões óleo em água (O/A) Óleo é a fase interna
• Emulsões água em óleo (A/O) Água é a fase interna
Emulsões
Emulsões
TIPOS DE EMULSÕES 
EMULSÕES SIMPLES
EMULSÕES MÚLTIPLAS
Emulsões
NANOEMULSÃO
- Goticulas com 
diametro < 100 nm
- Termodinamicamente 
instável 
- Transparente
MICROEMULSÃO
- Fase dispersa entre 
100 nm e 1000 μm
- Termodinamic. 
Estável 
- Opaca
MACROEMULSÃO
- Partículas > 400nm 
- Termodinamic. 
Instável 
- Opaca
MICELAS
- Molécula anfifílica 
(características 
polares e apolares)
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3
Emulsões
MISTURA ÓLEO/ÁGUA
Emulsões
MICROEMULSÕES
• São misturas isotrópicas, transparentes e termodinamicamente 
estáveis de um sistema bifásico estabilizado com tensoativos. 
• Diâmetro entre 100µm a 1000µm. 
• O/A ou A/O – agitação das fases aquosa e oleosa + tensoativo.
• Tensoativos hidrofílicos: usados para produzir emulsões O/A 
(flavorizantes, vitaminas A, D e E)
• Tensoativos EHL 15-18: usados para solubilizar óleos. (polissorbato 60 e 
80)
Emulsões
MICROEMULSÕES
• Propriedades características:
• Formação espontânea.
• Transparência.
• Grande área superficial.
• Baixa tensão interfacial.
• Grande capacidade de solubilização tanto de compostos 
hidrofílicos como de lipofílicos.
• Baixa viscosidade.
Emulsões
Microemulsões e cristais líquidos podem modificar
profundamente a velocidade de liberação de fármacos,
oferecendo benefícios que incluem o aumento da solubilidade e
absorção e controle da biodisponibilidade de fármacos. Como
sistemas reservatórios, podem alterar os parâmetros
farmacocinéticos, diminuindo a toxicidade e aumentando a
eficácia clínica de fármacos.
Vantagens:
• Estabilidade termodinâmica.
• Transparência.
• Facilidade de preparação.
Emulsões
MICROEMULSÕES
DIFERENÇAS ENTRE MICROEMULSÕES 
E EMULSÕES
Emulsões
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EMULSÕES MÚLTIPLAS
• São emulsões em que a fase dispersa contém gotículas de uma 
outra emulsão. Ou seja, as gotículas de um líquido são dispersas 
em gotículas maiores de um outro líquido, que é então disperso 
em uma fase contínua geralmente da mesma natureza que o 
primeiro líquido. 
Emulsões
• Obtida a partir de uma emulsificação de uma emulsão primária.
Emulsões
EMULSÕES MÚLTIPLAS
• Aplicações:
• Sistemas de ação retardada 
• Potencial aplicações em produtos cosméticos
• Microencapsulamento de fármacos lipofílicos de peptide/proteínas.
Emulsões
EMULSÕES MÚLTIPLAS
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES 
QUANTO AO USO
Emulsões para uso interno 
Via Oral:
- emulsões O/A: melhoria da palatabilidade, disfarça sabor
desagradável de alguns fármacos e/ou dos óleos utilizados;
- Propicia aumento da absorção de gorduras pelo intestino
Ex.: ácido valpróico (anticonvulsivante), óleo mineral (laxante),
vitaminas oleosas, óleo de rícino, óleo de fígado de bacalhau
Emulsões
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES 
QUANTO AO USO
Emulsões para uso interno
Via endovenosa:
- Emulsões O/A na nutrição parenteral de substâncias lipídicas (fontes de calorias e
aminoácidos essenciais);
- Para pacientes que não conseguem ou não querem se alimentar;
- Emulsões de contraste.
Ex.: óleo de semente de algodão, óleo de cártamo IntralipidR (Cutter) e LiposynR (Abbot).
* Cuidados: o emulsificante deve ser inócuo e não-iônico; diâmetro dos glóbulos internos
formados deve ser uniforme.
Emulsões
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES 
QUANTO AO USO
Emulsões para uso externo
- O/A ou A/O para aplicação cutânea. Menor irritabilidade, melhor
espalhabilidade;
- bases dermatológicas A/O (efeito oclusivo, + emolientes);
- Bases dermatológicas O/A (agradáveis ao uso, laváveis, sem sensação
oleosa).
Ex.:
- Loções: baixa viscosidade
- Emulsões semissólidas: cremes
Emulsões
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CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES 
QUANTO AO USO
Administração oral, tópica e parenteral
• Emulsões múltiplas:
- Ação prolongada: (A/O/A) liberação sustentada devido à camada de
óleo que forma um membrana controlando a liberação do soluto;
- Potencial aplicação em produtos cosméticos
- Microencapsulação de fármacos lipofílicos e proteínas
- Outros englobamentos: anticorpos, enzimas
- Outros: mascarar sabor, preparação de parenterais
Emulsões
FASES DE UMA EMULSÃO
Emulsões
FASE AQUOSA 
Hidrofílica
FASE OLEOSA
Hidrofóbica 
AGENTE 
EMULSIFICANTE
Água e substâncias 
hidrossolúveis
Óleos, ceras, gorduras 
e substâncias 
lipossolúveis
Formação e 
estabilização da 
emulsão
O QUE É EMULSIFICAR?
• Dividir ou dispersar uma fase em outra que é imiscível
Emulsões
Aumentar a superfície de contato - energia
Adição de tensoativos
Glóbulos finos de um líquido em outro que 
constitui a fase externa
Emulsões
TEORIAS DA EMULSIFICAÇÃO
Estabilização das emulsões
Teoria da tensão interfacial
• Todos os líquidos tendem a assumir a forma que
produza a menor área superficial. Quando
juntamos dois líquidos imiscíveis, existe uma força
que faz com que cada um deles resista à
fragmentação em partículas menores chamada
tensão interfacial.
• Os emulgentes (ou emulsificantes) primários são
substâncias que reduzem a tensão interfacial
entre os líquidos imiscíveis e permitem a sua
mistura dando estabilidade à formulação.
Emulsões
TEORIAS DA EMULSIFICAÇÃO
Estabilização das emulsões
Teoria da cunha orientada
• Os emulgentes possuem uma porção
hidrofílica e outra hidrofóbica, orientando-se
dentro de cada fase em um arranjo em cunha,
circundando a fase interna.
Emulsões
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6
TEORIAS DA EMULSIFICAÇÃO
Estabilização das emulsões
Teoria do filme interfacial
• Emulgente está na interfaceO/A, em
volta das gotas da fase interna, como
fina camada de filme adsorvido na
superfície
• O filme evita o contato e a coalescência
da fase interna, e quanto mais resistente
e flexível ele for maior estabilidade da
emulsão.
Emulsões
COMPONENTES DE UMA EMULSÃO
Fase aquosa: solubilização componentes hidrossolúveis da formulação;
Fase oleosa: solubilização componentes lipossolúveis da formulação;
Agente emulsificante: facilita a emulsificação durante o processo de produção e
proporciona estabilidade à emulsão, reduzindo a tensão superficial entre o óleo e
a água e retardando a separação das fases ;
• Antioxidantes: preferencialmente solúveis na fase oleosa;
• Conservantes: preferencialmente adicionados na fase aquosa;
• Sequestrantes: complexam íons metálicos;
• Essências e/ou corantes (opcionais): essências hipoalergênicas e corantes
certificados
Emulsões
Emulsões
COMPONENTES DE UMA EMULSÃO
FASE OLEOSA
(óleos e ceras)
FASE AQUOSA
TENSOATIVO
água destilada 
água deionizada
Umectante
Conservante
Ag consistência 
( viscosidade)
emoliente 
(favorece espalhabilidade)
 Conservante/antioxidante
hidrofílico
lipofílico
Emulsões
COMPONENTES DE 
UMA EMULSÃOFASE AQUOSA
• Água (destilada ou deionizada)
• Umectantes: glicerina, propilenoglicol, sorbitol.
• Conservantes: ácido sórbico, p-hidroxibenzoatos, imidazolidinil uréia, ...
* fase aquosa é a que mais necessita de proteção
• Substâncias hidrossolúveis: vitaminas, aminoácidos, proteínas, extratos vegetais, ...
• Espessantes: polissacarídeos (goma arábica, goma xantana), polímeros derivados da celulose.
• Flavorizantes e corantes: hidrossolúveis
• Edulcorantes: xaropes, glicerina (emulsões orais) *aumentam a viscosidade/ estabilidade
• Tampões
• Pode conter em dissolução várias substâncias como produtos medicamentosos.
Emulsões
COMPONENTES DE 
UMA EMULSÃOFASE OLEOSA
• Óleos: origem animal (óleo de peixe), vegetal (óleo de coco, abacate, 
amêndoas, semente de uvas), mineral (vaselina), sintéticos (silicone) 
• Álcoois graxos: álcool cetílico, álcool cetoestearílico, álcool estearílico
• Ácidos graxos saturados: ácido esteárico, palmítico, mirístico
• Ácidos graxos insaturados: óleo de amêndoas doces; germen de trigo; 
óleo de macadâmia; rosa mosqueta 
• Ésteres graxos (líquidos ou ceras): miristato de isopropila, 
monoestearatode glicerila
• Ceras naturais: cera de abelha, cera de carnaúba 
• Emolientes: vaselina líquida, óleos vegetais 
• Conservantes lipossolúveis: propilparabeno
• Substâncias lipossolúveis: vitamina E, filtro solares 
• Antioxidantes: BHT, BHA, vitamina E, palmitato de ascorbila
Emulsões
COMPONENTES DE 
UMA EMULSÃOAGENTE EMULSIFICANTE
• Características necessárias:
- compatível com outros componentes da formulação; 
- não interferir na estabilidade e eficácia do princípio ativo; 
- quimicamente estável; 
- inócuo; 
- inodoro, insípido e incolor; 
- capacidade de formar emulsão estável; 
- efetivo em baixas concentrações 
• Tipos de agentes emulsivos: 
1. Colóides hidrofílicos 
2. Agentes tensoativos
3. Sólidos finamente divididos 
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TIPOS DE AGENTE EMULSIFICANTE
1 – COLÓIDES HIDROFÍLICOS
-Materiais à base de carboidratos; 
- Polissacarídeos naturais: 
- goma arábica; 
- goma adragante; 
- ágar; 
- pectina; 
- celulose microcristalina
- Polissacarídeos semi-sintéticos: 
- carboximetilcelulose; 
- metilcelulose. 
- Geralmente formam emulsões O/A. 
Emulsões
TENSOATIVOS 
2ARIOS
TIPOS DE AGENTE EMULSIFICANTE
2 – AGENTES TENSOATIVOS
• Tensoativos divididos em: 
- não-iônicos; 
- aniônicos; 
- catiônicos; 
- anfóteros.
Emulsões
Grupos hidrófilos e lipófilos
Eficácia em função de pH
TENSOATIVOS 
1ARIOS
• Spans: 
- monolaurato de sorbitano (Span 20); 
- monopalmitato de sorbitano (Span 40); 
- monoestearato de sorbitano (Span 60); 
- monoleato de sorbitano (Span 80).
• Tweens: spans + radicais hidrófilos (polissorbatos) 
- monopalmitato de sorbitano polioxietileno (Tw e e n 40); 
- monoestearato de sorbitano polioxietileno (Tw e e n 60); 
- monoleato de sorbitano polioxietileno (Tw e e n 80).
Emulsões
Tensoativos não-iônicos
- Não-ionizam; 
- Eficazes em pH 3 a 10; 
- Baixa toxicidade e irritabilidade; 
- Uso interno e externo
Emulsionantes A/O
Emulsionantes O/A
AGENTES TENSOATIVOS
Emulsões
AGENTES TENSOATIVOS
• Tensoativos aniônicos (pH alcalino): emulsões O/A de uso externo 
- álcool éter sulfatos; 
- alquil sulfatos; 
- sabões alcalinos; 
- sulfosuccinatos. 
- Ex: estearato de sódio, oleato de cálcio, lauril sulfato de sódio 
• Tensoativos catiônicos (pH ácido): emulsões O/A de uso externo 
- componentes do amônio quaternário (cetrimida) 
ANIÔNICO + CATIÔNICO = FORMAÇÃO DE SAIS INSOLÚVEIS 
• Tensoativos anfóteros: 
- Duplo caráter iônico; agem em ampla faixa de pH 
- Maior estabilidade química, agem em ampla faixa de pH 
- Betaínas e Lecitina (estabiliza emulsões lipídicas de uso IV) 
TIPOS DE AGENTES EMULSIFICANTES
3 – Sólidos finamente divididos
Adsorção na interface óleo/água, formando um filme que previne a coalescência;
- Emulsões O/A ou A/O;
- Boa estabilidade;
- Menos susceptíveis à contaminação microbiana.
- Ex.:
- bentonita;
- hidróxido de magnésio;
- hidróxido de alumínio;
- talco;
- silicato de alumínio e magnésio (Ve e g u m ®)
Emulsões
TENSOATIVOS 
2ARIOS • Outros exemplos: 
 Álcoois de alto peso molecular e ésteres 
de álcoois poli-hídricos
- Agentes espessantes e estabilizantes; 
- Emulsões O/A; 
- Uso externo. 
- Ex.: 
- monoestearato de glicerila; 
- álcool estearílico; 
- álcool cetílico; 
- álcool cetoestearílico etoxilado; 
- álcool estearílico etoxilado. 
Emulsões
TIPOS DE AGENTES EMULSIFICANTES
Substâncias proteicas: 
- Alta fluidez; 
- Emulsões O/A; 
- Ex.: 
- gelatina; 
- gema de ovo; 
- caseína.
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ESCOLHA DO AGENTE EMULSIFICANTE
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) 
⁺ Introduzido por Griffin em 1949; 
⁺ EHL representa a relação entre os grupos hidrofílicos e lipofílicos constituintes da molécula 
dos tensoativos; 
⁺ Um número EHL é atribuído a cada tensoativo, o qual é característico da sua polaridade 
relativa; 
⁺ Geralmente aplicado para tensoativos não-iônicos 
Emulsões
Tensoativos Ou Emulsionantes hidrofilia/lipofilia deve ser 
convenientemente equilibrada
* grupamentos polares condicionam a afinidade 
da molécula de tensoativo pela água 
* parte apolar condiciona a afinidade da 
molécula de tensoativo solventes pouco polares
COMO CRIAR UMA 
EMULSÃO
Emulsões
EMULSÃO COSMÉTICA
 3 FASES 
1. Fase aquosa
2. Fase oleosa
3. Fase termolábil
Matérias-primas 
- Veículo
- Umectante
- Espessante
- Quelante
FASE AQUOSA 
(1)
- EMULSIONANT
E
- EMOLIENTE
- ANTIOXIDANTE
FASE OLEOSA (2)
- MODIFICADOR SENSORIAL
- FRAGRÂNCIA
- CONSERVANTE
- ATIVO
FASE TERMOLÁBIL 
(3)
FARMACOTÉCNICA 
MATERIAIS: 
• Balança Analítica
• Bastão de vidro
• Bécher
• Espátula
• Placa de aquecimento
• COPINHOS DESCARTÁVEIS
• Termômetro
FARMACOTÉCNICA - PROCEDIMENTO
1. Pesar todos os componentes da FASE
AQUOSA, individualmente, e coloque no BécKer 1;
2. PESAR TODOS OS COMPONENTES DA FASE OLEOSA,
INDIVIDUALMENTE, E COLOQUE NO BECKER 2;
1 2
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9
FARMACOTÉCNICA - PROCEDIMENTO
3. Aquecer os componentes da fase oleosa (Bécker 2 ) e fase 
aquosa (Bécker 1) separadamente até que atinjam à 
temperatura recomendada (70-80º - depende da formulação)
Obs: seria importante colocar juntos os dois béckers na mesma 
placa de aquecimento para evitar que um esfrie e tenha que 
aquecer de novo
Fase oleosa sendo aquecida
Fase aquosa sendo aquecida
Misturando a fase oleosa com o bastão de vidro
FARMACOTÉCNICA - PROCEDIMENTO
4. Misturar uma fase à outra. Verter a Fase oleosa (2) sobre a 
fase aquosa (1), lentamente, agitando vigorosamente por 5 a 
10 minutos, mantendo a temperatura.
5. Reduzir a velocidade de agitação, porém continuar mexendo até 
resfriar a temperatura de +/- 40º. 
FARMACOTÉCNICA - PROCEDIMENTO
FARMACOTÉCNICA - PROCEDIMENTO
6. O resultado deve ser um creme brilhantee sem grumos.
FARMACOTÉCNICA - PROCEDIMENTO
7. Adicionar a fase termolábil, logo depois do esfriamento. 
8. Acertar o pH ideal da formulação.
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10
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO (EHL)
EHL = 7 + ∑n grupos hl - ∑n1 grupos hb
n = número de grupos hidrofílicos
hl = hidrofílicos
n1 = número de grupos hidrofóbicos
hb = hidrofóbicos
Emulsões
Valor de EHL baixo = número de grupos hidrofílicos é pequeno, significando
que o tensoativo é mais lipofílico
Valor de EHL alto = grande número de grupos hidrofílicos na molécula,
indicando que o tensoativos é mais hidrofílico
Emulsificantes A/O 3 a 6
Emulsificantes O/A 8 a 18
VALOR DE EHL REQUERIDO POR UMA EMULSÃO 
• Valores de EHL são característicos para cada emulsão; 
• Ao valor de EHL corresponde o máximo de estabilidade do sistema; 
• Mistura de tensoativos: valores de EHL iguais ou próximos ao da fase 
oleosa pretendida.
• São atribuídos valores de EHL aos tensoativos e a todos os 
componentes oleosos (emolienes, agente de consistência...) de uma 
emulsão.
Emulsões
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO
EHL requerido da emulsão é baseado na sua fase oleosa
∑ dos EHL dos “óleos” = ∑ dos EHL dos tensoativos
Emulsões
VALOR DE EHL REQUERIDO POR UMA EMULSÃO 
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO
Regra Geral:
Emulsão A/O – EHL entre 3 e 8
Emulsão O/A – EHL entre 8 e 16
SISTEMA EHL
Emulsões
Agentes emulsificantes = moléculas anfifílicas
Tabela de Griffin: permite classificar os agentes
emulsificantes ou tensoativos com base na sua
constituição química em termos de EHL.
A/O
O/A
Atividade e valor de EHL de agentes tensoativos
Atividade Valor de EHL
Antiespumante 1 a 3
Emulsificantes (a/o) 3 a 6
Umectantes 7 a 9
Emulsificantes (o/a) 8 a 18
Solubilizantes 15 a 20
Detergentes 13 a 15
SISTEMA EHL
 Calcular EHL requerido para um emulsificante
 substituição e mistura de emulsificantes
Determinação do EHL de um óleo
Determinação da quantidade de emulsificante
Emulsões
 Calculando o EHL requerido – Seleção de emulsificante
Fase oleosa: 35% parafina +1% lanolina + 1% de álcool cetílico = 37%
Parafina = 35/37 x 100 = 94,6%
Lanolina = 1/37x 100 = 2,7%
Álcool cetílico 1/37 x 100 = 2,7%
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Emulsões
• Verificar a escala de EHL dado (tabelado), emulsão O/A:
Emulsões
SISTEMA EHL
EHL requerido emulsão = 12,1
Tipo de emulsão = O/A
EHL requerido = Ex: OLEATO DE TRIETANOLAMINA = 12,0 = O/A
Emulsões
 Calculando a proporção de uma mistura de emulsificantes de alto e baixo EHL 
SISTEMA EHL
Emulsões
SISTEMA EHL
Emulsões
SISTEMA EHL
Emulsões
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Desvantagens
Não considera o efeito da temperatura (inversão de fases)
Não considera a presença de adjuvantes
Não considera a concentração do emulsificante
Emulsões
SISTEMA EHL PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES
Agitação manual (gral e pistilo)
Agitação mecânica (misturadores e 
agitadores)
Agitação em frascos
Industrialmente: moinhos coloidais 
e homogeneixadores
Emulsões
• Métodos: 
- continental ou goma seca; 
- inglês ou da goma úmida; 
- método de Forbes; 
- sabão in situ; 
- método empregando tensoativos.
Emulsões
PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES
• Emulsões líquidas extemporâneas: emulsões de goma arábica
Método continental ou da goma seca - adição da fase externa á fase interna
 4 partes de óleo, 2 partes de água e 1 parte de goma “4:2:1” = formação
da emulsão primária
1. Emulsificante (goma arábica) é misturado com o óleo antes da adição
da água, no gral = mistura homogênea;
2. Incorporação da fase externa (água) = emulsão primária (branca e
cremosa);
3. Adição dos demais componentes solúveis ou miscíveis na fase externa;
4. Ajuste do volume final em recipiente apropriado.
Emulsões
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO
PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES
Método inglês ou da goma úmida – método da 
dissolução
Ordem de mistura diferente 
1. Trituração da goma no gral com agente molhante, 
após adição da água 
(2x a quantidade de goma) = mucilagem; 
2. Adição do óleo, lentamente; 
3. Adição dos demais componentes; 
4. Ajuste do volume final em recipiente apropriado.
Emulsões
PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES
Método do frasco ou Forbes 
 Preparação extemporânea de emulsões de óleos voláteis ou
substâncias oleosas de baixa viscosidade
1. Mistura de goma e 2 partes de óleo, agitação vigorosa no recipiente
tampado;
2. Adição de água (volume semelhante ao óleo), em pequenas porções,
agitando-se após cada adição = formação da emulsão primária;
3. Adição dos demais componentes e ajuste do volume final.
Emulsões
PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES
27/08/2020
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• Emulsões líquidas sabões nascentes 
Método sabão “in situ” 
O emulsificante é formado durante a preparação das emulsões

Emulsão de água de cal: o emulsificante oleato de cálcio é formado quando a
solução tópica de hidróxido de cálcio (água de cal) é adicionada a um óleo
vegetal.
- Método da garrafa 
- Método do gral 
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PREPARAÇÃO DAS EMULSÕES
• Emulsões líquidas que contêm tensoativos não-iônicos 
Método empregando tensoativos
 Utilização de combinações de agentes emulsificantes com base 
no sistema EHL (equilíbrio hidrófilo-lipófilo) 
- 2 a 5% (p/v) de agente emulsificante para emulsões líquidas 
- Agente emulsificante: 10 a 20% (p/v) da fase interna 
- Combinação mais utilizada: polissorbatos e ésteres de sorbitano
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Emulsificação com energia reduzida
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~30% ~70%
Emulsão concentrada
Fase interna + tensoativo
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Método geral de preparação de emulsões simples
Mistura de ambas as fases após aquecidmento: utilização de clolor e 
agitação
Dissolução das substâncias 
Hidrofílicas na FA
Dissolução das substâncias 
Lipofílicas na FO
Aquecimento das fases em separado
Homogeneização
Mistura da FA na FO
Acondicionamento
Fase aquosa ~ 75C Fase oleosa ~ 70C
Essencias, corantes e 
substancias ativas termolábeis
Adição após resfriamento 
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PREPARAÇÃO DE EMULSÕES 
MÉTODO GERAL DE PREPARAÇÃO
Aspectos importantes: 
- ordem de adição dos componentes: 
- solubilidade em cada fase; 
- substâncias termolábeis; 
- substâncias voláteis; 
- temperatura: 
- F.O. 5 ºC acima do PF; 
- F.A. 3 a 5 ºC acima da F.O.;
- mistura: 
- adição lenta e constante da F.A. na F.O. 
• Considerações importantes: 
A fase presente em maior concentração apresenta a tendência de ser a 
externa; 
Na produção, normalmente a fase dispersa (interna) é adicionada à fase 
contínua no estágio inicial da mistura; 
É de particular importância seguir essa ordem durante a preparação de de
emulsões A/O; 
No entanto, emulsões O/A são geralmente preparadas pela técnica de 
inversão de fase: 
- fase aquosa é lentamente adicionada à oleosa 
- no início forma-se uma emulsão A/O 
- à medida que a fase aquosa continua sendo adicionada, 
ocorre a inversão da emulsão, formando a emulsão O/A.
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Pontos críticos 
 Tipo e quantidade de tensoativos; 
 Aumento indesejado na consistência de emulsões  alto grau de divisão 
das gotículas.  velocidade de agitação; 
 Boa textura e estabilidade: 0.5 e 2.5 µm; 
 Arrefecimento  lento; 
 Incorporação de ar  degradação, enchimento. 
 velocidade de agitação.
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