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AULAS 13 a 15 - DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

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AULAS 13, 14 e 15 
ASPECTOS PRINCIPAIS:
O Direito Coletivo do Trabalho: as relações individuais e coletivas do trabalho, movimento associativista, a organização sindical: sindicato - definição; características e finalidades. Organização sindical: unidade e pluralismo sindical; enquadramento sindical e contribuições sindicais.
Os conflitos coletivos de trabalho: formas de solução dos conflitos coletivos de trabalho, negociação coletiva, convenções e acordos coletivos de trabalho. 
Greve: conceito, natureza jurídica, evolução histórica, tipos e finalidade da greve, lockout.
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
1 – DEFINIÇÃO:
1.1- Direito Coletivo do Trabalho é o conjunto de regras, princípios e institutos regulatórios das relações entre os seres coletivos trabalhistas: de um lado, os obreiros, representados pelas entidades sindicais, e, de outro, os seres coletivos empresariais, atuando quer isoladamente, quer através de seus sindicatos.
1.2 – Sindicatos são entidades associativas permanentes, de natureza privada, que representam, respectivamente, trabalhadores, “lato sensu”, e empregadores, visando a defesa de seus correspondentes interesses coletivos. Dispõe o Texto Máximo da República ser obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho (art. 8º, VI, CF/88).
2 – ASPECTOS BASILARES:
Não interferência e intervenção do Estado na organização sindical (art. 8º, I, da CRFB/88).
Registro no órgão competente (art. 8º, I, da CRFB/88).
- Adquire personalidade jurídico com registro no cartório (art. 45 do CC) e capacidade processual com o registro no MTE (OJ SDC 15 do TST).
SISTEMAS SINDICAIS
CRITÉRIOS DE AGREGAÇÃO DOS TRABALHADORES NO SINDICATO:
Sindicatos por Categoria Profissional (Sindicatos Verticais): A CLT (art. 511, § 2º) concebe categoria profissional como uma “expressão social elementar”. A categoria profissional, regra geral, identifica-se, pois, não pelo preciso tipo de labor ou atividade que exerce o obreiro (e nem por sua exata profissão), mas pela vinculação a certo tipo de empregador. Se o empregado de indústria metalúrgica labora como porteiro na planta empresarial (e não em efetivas atividades metalúrgicas), é, ainda assim, representado, legalmente, pelo sindicato de metalúrgicos, uma vez que seu ofício de porteiro não o enquadra como categoria diferenciada.
Sindicatos por Ofício ou Profissão (Sindicatos Horizontais) — Nesse quadro, há os sindicatos que agregam trabalhadores em virtude de seu ofício ou profissão, conforme o art. 511, § 3º, da CLT.
OBS: O modelo de enquadramento sindical regulamentado pelos arts. 570 e segs. da CLT não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. A respeito, já decidiu o STF que, em face das disposições contidas nos incisos I e II do artigo 8º da Constituição Federal, não mais prevalecem as restrições previstas na CLT. 
- Exposição do CASO CONCRETO AULA 13: Súmula 257 do TST e Lei 7102/83.
SISTEMAS SINDICAIS
2. UNICIDADE VERSUS PLURALIDADE. A UNIDADE SINDICAL
- A unicidade corresponde à previsão normativa obrigatória de existência de um único sindicato representativo dos correspondentes obreiros, seja por profissão, seja por categoria profissional, conforme o art. 8º, II, da CRFB/88. Trata-se da definição legal imperativa do tipo de sindicato passível de organização na sociedade, vedando-se a existência de entidades sindicais concorrentes ou de outros tipos sindicais. É, em síntese, o sistema de sindicato único, com monopólio de representação sindical dos sujeitos trabalhistas.
- O sistema da liberdade sindical, seja com pluralismo, seja com unidade prática de sindicatos, prepondera na maioria dos países ocidentais desenvolvidos (França, Inglaterra, Alemanha, EUA, etc.). Nos países em que há unidade prática de sindicatos (caso da Alemanha), ela resulta da experiência histórica do sindicalismo, e não de determinação legal(12). Esse sistema de liberdade sindical plena encontra-se propugnado pela Convenção 87 da OIT, de 1948, ainda não subscrita pelo Brasil.
- É necessário, porém, distinguir-se entre unicidade e unidade sindicais. A primeira expressão (unicidade) traduz o sistema pelo qual a lei impõe a presença na sociedade do sindicato único. A segunda expressão (unidade) traduz a estruturação ou operação unitárias dos sindicatos, em sua prática, fruto de sua maturidade, e não de imposição legal.
- Exposição da questão objetiva – aula 13.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, CONFEDERATIVA E ASSISTENCIAL
1 - Contribuição Sindical: A Contribuição Sindical dos empregados, devida e obrigatória (até nov/2017). Com a reforma trabalhista (Lei 12.347/2017) passou a ser facultativa, conforme o art. 579 da CLT. 
- Questionamento acerca da inconsititucionalidade: natureza tributária – alteração da natureza por LC e não por LO – vício formal.
2- Contribuição Confederativa: artigo 8º inciso IV da CRFB/88. Facultativa: OJ 117 da SDC, TST, Precedente Normativo 119 do TST e súmula 666 do STF.
3- Contribuição Assistencial: A Contribuição Assistencial, conforme prevê o artigo 513 da CLT, alínea "e", poderá ser estabelecida por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho, com o intuito de sanear gastos do sindicato da categoria representativa. Facultativa: OJ 117 da SDC, TST, Precedente Normativo 119 do TSTe súmula 666 do STF.
- Exposição do caso concreto Aula 14.
NEGOCIAÇÃO COLETIVA
1 - CONCEITO: Método de solução de conflitos, por meio da autocomposição.
2 - DIPLOMAS COLETIVOS: 
2.1: Espécies:
a) Convenção coletiva de trabalho: art. 611, caput, CLT.
b) Acordo coletivo de trabalho: art. 611, § 1º, CLT.
2.2 - Contéudo: regras jurídicas e cláusulas contratuais.
2.3 - Forma: art. 613 da CLT.
2.4 – Duração: art. 614, § 3º, da CLT. 
2.5 – Prevalência do acordo coletivo: Princípio da especialidade – art. 620 da CLT. Ex. empresa em crise econômica. Exposição da questão objetiva – aula 13.
2.6 – Prevalência do negociado x legislado: art. 611-A da CLT. Limites: art. 611-B da CLT.
GREVE
COMO OCORRE? No transcorrer de seu desenvolvimento da negociação coletiva ou como condição para fomentar seu início, podem os trabalhadores veicular instrumento direto de pressão e força, a greve.
CONCEITO: é mecanismo de autotutela de interesses; de certo modo, é exercício direto das próprias razões, acolhido pela ordem jurídica. Ver art. 2º da Lei 7783/89 – suspensão do contrato de trabalho, em regra. Porém o art. 7º possibilita a regulamentação em sentido contrário, quando, por exemplo, a greve tiver sido decorrente de descumprimento contratual.
OBJETIVOS: É movimento concertado para objetivos definidos, em geral, de natureza econômico-profissional ou contratual trabalhista.
PIQUETE: art. 6º, I, salvo violação aos direitos e garantias fundamentais (§§ 1º e 3º). Interdito proibiitório – art. 567 do CPC/2015.
ATIVIDADES ESSENCIAIS: art. 10.
COMUNICAÇÃO: art. 3º, parágrafo único e art. 13 (atividades essenciais)
LIMITES: art. 14. Exceção: parágrafo único.
LOCAUTE: é a paralisação provisória das atividades da empresa, estabelecimento ou seu setor, realizada por determinação empresarial (art. 17). 
– Exposição do caso concreto aula 14.
Referências Bibliográficas:
DELGADO. Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16. ed. São Paulo: LTR, 2017;
CASSAR. Volia Bomfim. Curso de Direito do Trabalho. 11. ed. São Paulo: Editora Método, 2015;
http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI245629,51045-STF+inicia+novo+julgamento+sobre+intervalo+de+15+minutos+para
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/voce-sabe-quais-sao-os-limites-da-revista-pessoal-no-trabalho-

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