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Ovinos Santa Inês - Trabalho Ovinocultura-convertido

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Ovinos Santa Inês 
 
• Origem 
A raça Santa Inês teve sua origem no Nordeste do Brasil. Tem, em seu 
sangue, entre outras, as raças Morada Nova, Somalis e Bergamácia, uma 
raça leiteira de origem italiana. Apesar da influência do sangue de uma raça 
europeia, a Santa Inês manteve a característica de rusticidade, prolificidade e 
capacidade de adaptação ao clima semiárido do Nordeste herdada da raça 
Morada Nova. São animais que suportam bem o manejo extensivo, com ótima 
produtividade. 
• Aspectos Gerais 
Os animais desta raça também são caracterizados pela ausência de lã, o que 
prova sua resistência ao clima seco. Boa produtora de pele e carne, a raça é 
muito utilizada no cruzamento com outras raças para fins comerciais, 
especialmente para a produção de carne de melhor qualidade. De grande porte 
com média de peso para macho de 80 a 120 Kg e para as fêmeas de 60 a 90 
Kg, apresenta excelente qualidade de carne e baixo teor de gordura, a pele de 
altíssima qualidade, rústicos, precoces, adaptável a qualquer sistema de 
criação e as mais diversas regiões do país, as fêmeas são prolíferas e com boa 
habilidade materna. Apresentam espelho nasal, perímetro ocular, vulva e 
períneo escuros, pelagem vermelha, preta, branca e suas combinações. 
• Clima, Adaptabilidade e Sistemas de Criação 
A maior dificuldade encontrada no início da criação no extremo sul foi a 
aclimatação dos animais vindos de outros estados, principalmente do Nordeste. 
Devido à variação climática do Rio Grande do Sul, é preciso duas a três 
gerações para uma completa adaptação dos ovinos ao frio que jamais viram. 
Porém, que após aclimatado, o Santa Inês gaúcho consegue atingir 50% a 
mais de peso que o nordestino, mesmo quando criado a campo, devido à 
melhor pastagem nativa dos campos do sul. 
A raça Santa Inês não é acostumada a longos períodos de chuva, fenômeno 
que jamais é visto no Nordeste. O certo é que, depois de uma aclimatização, as 
gerações tornam-se bastante rústicas, exigindo cuidados mínimos. 
• Características de Adaptabilidade 
Outra característica de adaptação dos animais refere-se às baixas 
temperaturas. As criações no Sudeste e no Sul, comprovam que os ovinos 
mesmo completamente deslanados desenvolvem naturalmente uma pelugem 
no dorso durante o frio prolongado. É uma proteção atávica, ou seja, que vem 
no código genético dos mamíferos. São poucas as raças que, definitivamente, 
são deslanadas geneticamente, mas o Santa Inês não é uma delas, como se 
verifica na maioria dos rebanhos que saíram do Nordeste e hoje vive no 
Sudeste ou Centro-Oeste. 
• Hábito Alimentar 
O hábito alimentar do Santa Inês também difere das demais raças de ovinos 
que preferem pastos baixos. Os ovinos deslanados tendem a apresentar um 
comportamento inverso, preferindo arbustos e leguminosas. A conversão 
alimentar do Santa Inês, até o momento, parece ser maior que a das raças 
produtoras de lã nos ambientes verdes do Sul. 
Na região sudeste tem-se tornado usual a utilização de matrizes comuns, sem 
raça definida, ou ainda de animais deslanados, notadamente da raça Santa 
Inês, mantidas em pastagens e cruzadas com reprodutores de raças de corte, 
notadamente Suffolk e Ile de France. As crias são amamentadas em pastagens 
exclusivas para matrizes com crias ao pé, sendo confinadas do desmame ao 
abate. Em algumas criações adota-se o confinamento das mães e crias já a 
partir do nascimento, o que possibilita a adoção do desmame precoce aos 45 
dias o que resulta em níveis de ganho de peso bastante elevados, além de 
menor mortalidade de crias. 
Tomando-se em conta somente esses aspectos, as forrageiras mais indicadas 
seriam aquelas de hábito estolonífero (prostrado), tais como Coast Cross, 
Tiftons e Estrelas (gênero Cynodon), Pangola (gênero Digitaria), Pensacola 
(gênero Paspalum). Uma das alternativas que tem mostrado melhores 
resultados é o capim Aruana (Panicum maximum cv. Aruana), um cultivar do 
“colonião”. 
• Aptidão 
O Santa Inês tem a principal finalidade de produzir carne. Os seus criadores, 
por meio da seleção e do manejo alimentar, vêm melhorando sua carcaça, 
colocando mais carne no traseiro, no lombo e na cobertura da palheta, estando 
a carcaça mais próxima do que podemos chamar de ovino tipo carne. Isso foi 
conseguido com muitos anos de trabalho de seleção, pois a raça Santa Inês é 
formada por cruzamentos de ovinos que não eram produtores de carne. 
Embora sejam especializadas na produção de carne, as fêmeas do Santa Inês 
também são excelentes produtoras de leite. 
• Aspectos Reprodutivos 
Prolíferas e boas criadeiras apresentando mais de um cio por ano o que resulta 
em mais de um parto anual entre 1,2 e 1,4, não sendo muito diferente do que 
acontece no Nordeste. Também é praticada Transferência de Embriões e 
Inseminação Artificial, na fazenda, com resultados semelhantes ao de qualquer 
outra localidade do Sudeste. Com frequentes partos duplos, capazes de 
desmamar cordeiros muito saudáveis, com bom peso. A maior disponibilidade 
de cordeiros para abate é obtida ainda com a diminuição da mortalidade das 
crias, resultado da utilização de esquemas de manejo sanitário e técnicas 
criatórias adequadas, incluindo a vacinação preventiva, seleção de fêmeas com 
maior habilidade materna e a adoção de práticas de manejo cuidadoso das 
crias, desde o parto até o abate. 
• Manejo Sanitário 
O manejo sanitário com animais deslanados requer menos mão-de-obra que 
com as demais raças, devido à ausência da lã em grande parte do ano. São 
mais higiênicos, não sendo necessários manejos como desolhe (tosquia em 
torno dos olhos) e cascarreio (tosquia em tomo da vulva, nas coxas e cauda, 
efetuada nas ovelhas um mês antes do parto, para retirar sujidades e tornar o 
parto mais higiênico). Por isso, são pouco suscetíveis à miíases. 
 
• Considerações Finais 
Vários trabalhos mostram a possibilidade de obtenção, através do sistema de 
criação de confinamento das mães e das crias já a partir do nascimento, 
animais com peso vivo entre 28 e 30 kg, considerado ideal para abate, com 
idades inferiores aos 100 dias. Para tanto o peso ao nascer deve estar em 
torno dos 4,0 kg com o desmame ocorrendo entre 45 - 50 dias, e os animais 
pesando entre 15 e 17 kg. Para tanto a expectativa de ganho diário de peso 
vivo irá aproximar-se de 280 e 240 g, respectivamente nos períodos de pré e 
pós desmame. 
Esses índices, todavia, não são obtidos unicamente pela utilização de bons 
reprodutores de raças de corte. Há ainda que se considerar vários outros 
pontos, igualmente importantes, tais como o nível alimentar e sanitário, tanto 
das matrizes como das crias; o uso de instalações adequadas e de técnicas 
corretas de manejo. 
Dessa maneira, para se obter resultados positivos na ovinocultura é preciso, 
além do bom desempenho e qualidade individual dos cordeiros, ter-se ainda 
uma elevada disponibilidade de animais para abate, o que quer dizer, elevado 
número de cordeiros nascidos (eficiência reprodutiva e desmamados (baixa 
mortalidade e alta aptidão materna) e, principalmente, um baixo custo de 
produção. 
 
Referências Bibliográficas 
http://www.infobibos.com/Artigos/2009_3/AtualidadesOvinos/Index.htm 
http://www.revistaberro.com.br/?materias/ler,1100#:~:text=Oriunda%20de%20u
ma%20mistura%20de,sua%20resist%C3%AAncia%20ao%20clima%20seco. 
https://www.cpt.com.br/cursos-ovinos/artigos/santa-ines-ovinos-com-excelente-
aptidao-para-a-carne 
http://www.arcoovinos.com.br/index.php/mn-srgo/mn-padroesraciais/40-santa-
ines 
http://www.caprileite.com.br/conteudo/373-ll-ovinos-santa-ines

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