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Fármacos antiparasitários

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3. Fármacos Antiparasitários 
 
 Os fármacos antiparasitários são muito utilizados na medicina veterinária por 
garantir saúde e qualidade de vida aos animais. Suas funções são: Reduzir ou 
eliminar o número de ovos nas fezes animais; elimina os helmintos; promover a 
migração dos vermes dentro do hospedeiro para órgãos onde possam ser 
destruídos por fagocitose. Os parasitas são seres que possuem células eucarióticas 
e sistemas similares aos dos animais, a eficácia de um antiparasitário se dá pela 
ação sobre o parasita sem causar danos ao hospedeiro e, muitas vezes, essa 
diferença se dá pela concentração dos fármacos administrados. Fig.3-1. As 
características desejáveis de um antiparasitário são: ser capaz de eliminar a maior 
porcentagem possível de parasitas (eficácia), não gerar efeitos colaterais ao 
hospedeiro (seletividade), ter baixa toxicidade ao hospedeiro, não deixar resíduos 
nos produtos de origem animal (baixa carência), deve ser de baixo custo e de fácil 
administração, usado em períodos curtos com poucas doses. As principais vias de 
administração são a intramuscular e subcutânea, mais práticas para aplicação em 
rebanhos numerosos, permite a disseminação fácil do fármaco pelo organismo a 
partir do ponto de aplicação. Oral, utilizada em animais de companhia, equinos, 
aves, coelhos e suínos. Intra ruminal, inoculação do fármaco direto no rúmen do 
animal. Caso não seja feita correta antissepsia pode levar a ocorrência de peritonite. 
Transcutânea ou percutânea, absorção através da pele são medicamentos 
lipossolúveis que são facilmente absorvidos pela pele do animal. Sua aplicação é 
desfavorecida por elementos climáticos como a chuva e o frio, devido a “lavagem” 
do medicamento da pele do animal na chuva e pela menor perfusão sanguínea na 
superfície da pele nos dias frios. 
 
Fig.3-1: Foto de helmintos em fezes de animais. 
 
 3.1 Anticestodeos e Antitrematodeos 
 
 Princípio ativo: Nitroscanato. 
Ele desacopla a cadeia respiratória (não produz ATP). Assim, falta energia para o 
parasita e ele morre por inanição. Têm carência no consumo da carne e do leite. 
Contraindicações: Não há contraindicação em cães com mais de 3 semanas e 
fêmeas prenhas e lactação. 
 Princípio ativo: Closantel. 
Desacopladores da cadeia respiratória, consequentemente não produz ATP, o 
parasita morre por inanição. Não são muitos seguros, podem causar anorexia e 
diarreia. O clioxanida pode ser utilizado em fêmeas prenhes e lactação e 
niclosamida por ser usado em fêmeas prenhas, porém não são muito utilizados por 
seu mecanismo de ação agir apenas em vermes achatados. 
Contraindicações: Não utilizar em fêmeas em adiantado estado de gestação, 
principalmente no último mês. 
 Princípio ativo: Praziquantel. 
É o fármaco mais utilizado da classe de vermes achatados. Possui 2 mecanismos 
de ação: inibe a bomba de Na+/K+ ATPase, desencadeando o aumento de 
permeabilidade ao Ca2+, resultando com o cálcio que entra e causa a contração do 
parasita e fazendo com que ele perca a coordenação motora e não fique aderido ao 
intestino do animal. Essa contração intensa origina uma contração muscular 
paralítica no parasita. Assim, o fármaco causa uma desintegração do tegumento do 
parasita. 
Contraindicações: Não usar em outras espécies, para as quais a segurança dessa 
formulação não está determinada. Não administrar em éguas e gestantes ou 
lactantes. 
 
3.2 Antinematódeos 
Grupo: Organofosforados, agem em internos e externos. 
 
Princípio ativo: Diclorvos, Coumafos. 
Inibem a acetilcolinesterase de forma irreversível e aumenta a Ach. Causando 
contração com consequente paralisia. 
Contraindicações: Contraindicado em gatos. Intoxicações podem ocorrer em 
decorrência do uso de organofosforados animais susceptíveis ou quando usado em 
doses elevadas. Os principais efeitos são: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, 
polaciúria, sialorréia, sudorese, bradicardia, miose, tremores musculares e 
espasmos (ALMEIDA e AYRES, 2011; SANTARÉM, 2008). Os efeitos no SNC 
podem causar tanto estimulação como depressão. Não é recomendado o uso de 
organofosforados em fêmeas com gestação adiantada. 
 
Princípio ativo: Pirantel, Oxantel e Morantel. 
São agonistas nicotínicos, ou seja, morrem por incoordenação motora por que 
causa intensa contração. O Morantel pode ser usado em fêmeas lactantes. Podem 
ser utilizados em cães jovens. Pode ter associação com outros fármacos. 
Contraindicações: Não é indicado o uso em animais debilitados. 
 
Grupo: Benzimidazóis. 
 
Princípios ativos: Albendazol, Fembendazol, Mebendazol e Febantel. 
Tem 2 mecanismos de ação: Impedem a polimerização do microtúbulo e impedem a 
síntese de ATP. Mata o parasita adulto e o ovo do parasita, é muito eficaz por conta 
disso. Não pode usar em fêmeas prenhes no começo da gestação, apenas no final 
da gestação quando o feto já está formado. O parasita morre por inanição. 
Contraindicações: Não utilizar em gestantes e lactantes pois, pode causar 
malformações (ALMEIDA e AYRES, 2011b). 
 
Grupo: Avermectinas e Milbemicinas. 
 
Princípios ativos: ivermectina, abamectina, doramectina, eprinomectina, selectina, 
milbemicina, moxidectina. 
Causam hiperpolarização por serem GABA A e por estimularem o canal GluCl. Por 
terem receptores GluCl em invertebrados têm maior margem e segurança. São 
lipofílicos (absorção tópica). Tem uma margem de segurança para algumas raças 
de cães, por exemplo a Collie, a ivermectina não pode ser administrada a esta raça 
por conta da glicoproteína P na BHE - Barreira hemato encefálica. Também podem 
fazer associação com outros fármacos. A Selectina é endectocida para cães e 
gatos. 
Contraindicações: Não administrar o produto pelas vias intravenosa ou 
intramuscular. Não aplicar em fêmeas prenhes. 
 
3.3 Ectoparasiticidas 
Grupo: Organofosforados- Diclorvos e Coumafos. 
 
Princípio ativo: Carbamatos. 
São inibidores da colinesterase, impedindo a inativação da acetilcolina, permitindo 
assim, a ação mais intensa e prolongada do mediador químico nas sinapses 
colinérgicas, a nível de membrana pós-sináptica. Se houver intoxicação o 
tratamento deve ser feito com Atropina pois, é antagonista muscarínico não seletivo. 
Os carbamatos inibem a acetilcolinesterase de forma reversível e aumenta a Ach. 
Contraindicações: Não existe contraindicação para esse medicamento. 
Grupo: Piretróides. 
 
Princípios ativos: Permetrina e Deltametrina. 
Aumentam canais de Na+ e diminuem atividade de GABA. É importante para causar 
a despolarização da célula. Se intoxicar vai ficar hiperexcitado, para o tratamento 
são utilizados benzodiazepínicos que fazem com que o fármaco se ligue com 
receptor GABA A, causando hiperpolarização. São divididos em 2: Os Piretróides 1, 
que é a permetrina, inseticidas de ambiente, aumentam a frequência de 
despolarização. E os Piretróides 2, que é a deltametrina, ectoparasiticidas, 
aumentam o tempo de abertura. 
Contraindicações: Não existe contraindicação para esse medicamento. 
 
Princípio ativo: Amitraz. 
Funciona para carrapato, pulga, piolho e sarna. Inibe a MAO e a síntese de PG, ele 
é agonista alfa 2. Se tiver intoxicação o tratamento é loimbina, pois é antagonista 
alfa 2. Contra indicado para equinos e diabéticos. 
Contraindicações: Contraindicado para uso em equinos. 
 
Princípio ativo: Imidacloprida. 
Utilizado para pulgas, causa paralisia e morte desses parasitas. 
Contraindicações: Não administrar em felinos recém nascidos. 
 
Princípio ativo: Nitempiram. 
Este medicamento age na pulga impedindo sua aderência na pele do animal, pois é 
um agonista nicotínicos. 
Contraindicações: Não existem contraindicações conhecidas ou reações adversas 
à administração do produto. 
 
Princípio ativo: Spinosad. 
Agonista nicotínicos (Abrem o canal do receptor de Ach e despolarizam a 
membrana celular). 
Contraindicações: Não utilizar em cães com menos de 14 semanas e abaixo de 
2,3 kgde peso corporal. Não utilizar em gatos com menos de 14 semanas e abaixo 
de 1,4 kg de peso corporal. 
 
Princípio ativo: Lufenuron. 
Inibição da deposição de quitina. Nunca é utilizado sozinho, sempre associado, pois, 
age em pulgas que estão trocando o exoesqueleto. 
Contraindicações: Não usar em cães com menos de duas semanas de idade ou 
menos de 1 kg de peso corporal. 
 
Princípio ativo: Fipronil. 
Inibe GABA (bloqueia receptores), mata a pulga por hiperexcitação. Esse fármaco 
se acumula nas glândulas sebáceas, então se der muito banho não vai funcionar. 
Contraindicações: Não deve ser usada por paciente com hipersensibilidade 
conhecida ao medicamento. 
 
Princípio ativo: Fluralaner. 
Bloqueia canais de cloreto, isso causa hiperexcitação. 
Contraindicações: Contraindicado em animais com hipersensibilidade conhecida 
ao fluralaner; não deve ser administrado em cães com menos de 8 semanas ou 
menos de 2kg; além disso, o produto não pode ser administrado com intervalo de 
menos de 8 semanas, pois não foram realizados testes com esses intervalos. 
 
REFERÊNCIAS 
COMPORTAMENTO ANIMAL. Endoparasitas. Disponível em: 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2
Fhelminthes-in-stool-gm872470246-243697261&psig=AOvVaw1-
gH3e7bdRkPlTVPeshTdc&ust=1601148538025000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjR
xqFwoTCPDk26KFhewCFQAAAAAdAAAAABAN. Acesso em: 25 set. 2020. 
COOP, R.l.; TAYLOR, M. A.; WALL, R.l.. Parasitologia: Veterinária. 4. ed. São Paulo: 
Guanabara Koogan, 2017. 
SPINOSA, Bernardi Gorniak. Farmacologia: Aplicada à Medicina Veterinária. 6. ed. São 
Paulo: Guanabara Koogan, 2017.

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