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Doenças da Tireoide e Sistema Endócrino

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DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO: 
Tireoide 
 Então, a gente tem o 
eixo hipotálamo-
hipófise. Nele temos a 
região central que é a do 
sistema nervoso central, 
no núcleo paraventricular 
e supraorbitário. 
*Porque paraventricular e 
supraorbital? Porque está 
ao lado dos ventrículos 
laterais e supraorbital 
porque está acima do 
quiasma óptico. Essas 
estruturas centrais vão 
estimular o hipotálamo, 
vão estimular a hipófise. 
Temos a porção posterior 
da hipófise e a porção 
anterior da hipófise, 
anterior começa com a 
letra A de Adenohipófise, 
que é responsável pelo 
controle de diversas 
estruturas do sistema 
endócrino inclusive o 
controle da tireoide. 
Então, o hipotálamo vai 
produzir TRH (hormônio 
liberador do TSH), que 
estimula a adenohipófise a produzir TSH (hormônio estimulante da tireoide) que estimula a 
Aula 3 de Anatomopato (10/03) Andressa Paulino, Laura Cavalheiro, Letícia DV, Michelly Tressoldi, Nathalia Prado e Vanessa Tosetto 
àContextualização inicial feita pela prof: Nessa aula vamos falar 
também suprarrenal, pois existe uma doença tiroidiana que é 
associada à uma doença de suprarrenal. Então se vocês olharem lá 
no Robins, na parte de sistema endócrino, a gente vai falar de todas 
as glândulas endócrinas, então: pâncreas, suprarrenais, hipófise, 
paratireoides, tireoide. Além disso, testículos e ovários que apesar de 
fazerem parte do sistema endócrino, são agrupados nos sistemas 
reprodutivos masculino e feminino respectivamente. Então, eles não 
vão ser abordados no sistema endócrino por que serão englobados 
lá. 
*Roteiro da aula: Revisão do estado normal do órgão, estrutura, 
formação, função, principais tipos de doença que envolvem a 
anormalidade de formação, anormalidade de forma e a anormalidade 
de função, englobando todas as doenças dentro do sistema 
endócrino. 
tireoide a produzir T3 e T4, T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina), essas substâncias 
são armazenadas dentro do folículo tireoidiano. 
àVisão histológica e hormonal: 
 No interior temos um material que é o coloide, esse que é a tireoglobulina mais os iodos (T3 
e T4). Então, dentro do coloide, dentro do folículo tireoidiano temos tudo isso que está representado 
na imagem. Nesse sentido, a tireoide é composta por diversos folículos. O parênquima tireoidiano 
tem as células foliculares que armazenam os hormônios tireoidianos em forma de coloide, sendo 
que quando é necessário, esse hormônio é retirado dali e então vai para a região do estroma, que 
é o tecido que sustenta esse parênquima, onde tem muitos capilares para esse T3 e T4 chegar 
logo na corrente sanguínea e exercer as suas funções de maneira rápida. 
 
 Além disso, aqui na tireoide, a gente tem as células C 
parafoliculares, é um outro grupo de células que também são 
responsáveis pela produção de hormônio, mas que não entram nesse 
eixo hipotálamo hipofisário, é o hormônio Calcitonina. Logicamente, 
o T3 e T4 são os mais falados e são controlados por esse eixo. A 
calcitonina não, ela é controlada pelos níveis de cálcio na corrente 
sanguínea, e ela tem uma ação antagônica ao PTH (paratormônio) 
que é produzido pela paratireoide. 
 E as paratireoides, são 4, em geral duas superiores e duas 
inferiores sendo que há duas do lado direito e duas do lado 
esquerdo, ficam na região posterior da tireoide. Elas são outro 
órgão endócrino importante, pois elas fazem a função oposta da 
calcitonina que, como mencionado, é um outro hormônio 
produzido pela própria tireoide, mais especificamente, pelas 
células C/parafoliculares. Essas células parafoliculares possuem a 
origem totalmente diferente das glândulas paratireoides, já que 
essa possui origem da crista neural (estrutura que ladeia o embrião) 
e epitélio do tubo digestivo primitivo, respectivamente. 
 A origem é totalmente diferente, e o comportamento de função 
e de distúrbio de função também é totalmente diferente. Por exemplo, o comportamento de um 
câncer que tem origem nesse epitélio, é totalmente diferente do comportamento do câncer que tem 
origem nesse tecido das células C parafolicular, exatamente porque a origem é distinta. Algumas 
células da crista neural são importantes para produção de outros peptídeos endócrinos, outros 
à	PROVA:	Então	se	eu	
perguntar	na	prova:	quais	
sãoos	hormônios	
produzidos	pela	tireoide?	
Não	são	só	os	T3	e	T4,	tem	
também	a	Calcitonina.		
àA	prof	cita	que	teve	uma	
prova	que	ela	pediu	para	
desenhar	o	eixo	
hipotálamo-hipofisário.	
neuropeptídios, sendo a calcitonina é uma delas, alguns 
outros hormônios como a serotonina podem ser produzidos 
por células que vieram da crista neural. Ainda, outras células 
que vieram da crista neural são as células que deram origem 
a nossa cor, os melanócitos não tem origem na pele, tem 
origem neural, e isso explica porque um tumor de melanócito 
é muito mais agressivo que um tumor de tecido que nasceu 
da própria pele. 
Consideração: O melanoma, ele e a neoplasia de 
melanócitos, e ele é muito mais grave que um carcinoma de 
células escamosas que é o epitélio próprio da pele, por que? 
Porque a origem é distinta. Normalmente as células que 
se originam da crista neural tem um comportamento 
mais agressivo. 
 Esse eixo tem um feedback negativo, que é uma 
autorregularão negativa, então quando a quantidade 
adequada de T3 e T4 vai para a corrente sanguínea, essa 
quantidade adequada avisa, tanto a adenohipofise quanto 
ao hipotálamo que não precisa mais produzir TRH nem TSH 
porque o T3 e T4 estão ok, ocorrendo o feedback negativo. 
 A tireoide pesa mais ou menos 20 gramas, ela é o órgão que está logo abaixo da cartilagem 
tireoide, sendo que é nessa região que a gente tem a protuberância da cartilagem tireoide que 
alguns tem maior e outros tem menor por causa do ângulo que é menor. 
 Como é que faz para examinar a tireoide de um paciente? Vocês vão aprender em 
propedêutica, mas o ideal é que o paciente esteja de costas, sentado na cadeira da consulta. 
Você por trás do paciente e em pé, você realiza a apalpação da tireoide dele, afastando o 
esternocleidomastoideo e palpa a glândula com a mão contralateral, realizando a mesma manobra 
do outro lado, pedindo para paciente deglutir, porque como a tireoide é uma glândula que está 
firmemente aderida a cartilagem tireoide, na hora que você engole, a laringe sobe e desce e o 
normal é que a tireoide suba e desça. Nessa hora, aproveita-se para palpar drenagem linfática. 
Quem drena a tireoide são os linfonodos prétraqueais, pretireoideanos, paratireoideanos e os 
cervicais laterais. Isso é importante porque existe um câncer de tireoide (mais comum dentre 
eles), já que muitas vezes o paciente vai chegar para você se queixando de um nódulo cervical, 
sendo que é comum que esse tumor bem pequenininho na tireoide tenha a capacidade de entrar 
pela corrente linfática, ser drenado pela cadeia linfática que drena a tireoide, crescer bastante 
dentro do linfonodo e se apresentar clinicamente como uma tumoração. Não é incomum, quem tem 
pratica médica nisso tem sempre que lembrar, paciente 
mulher jovem com nódulo cervical uma das coisas que a 
gente pensa é que pode ser um câncer de tireoide que 
alcançou a rede linfática, é por isso que também é 
importante saber da drenagem linfática. 
 Ainda, o normal é a gente não sentir a tireoide. Caso a 
tireoide estiver palpável, é provável que ela tenha um 
aumento de tamanho, aí porque aumentou de tamanho e se 
esse aumento tem a ver com a alteração de função, essa é 
outra história. 
 
àVisão 
embriológica/ 
Distúrbius da 
embriogênese: 
 Voltando as 
considerações sobre 
a estrutura da 
tireoide, essa que 
apresenta dois lobos, 
um istmo, as vezes 
tem o resquício da 
formação 
embrionária da 
tireoide que é o lobo 
piramidal (não é raro, 
tanto em achados de 
autópsia quanto em 
achados de 
tireoidectômia). O 
lobo piramidal nada 
mais é do que um 
remanescente da 
formação da tireoide. 
 A tireoide é uma invaginação do epitélioda língua. Os 2/3 anteriores da língua são chamados 
de corpo e o 1/3 posterior que vai se unir com a epiglote é chamado de raiz. A junção entre a raiz 
e o corpo é o “v lingual”, sendo que na junção desses braços do “v” nós temos uma estrutura 
chamada forame cego que é um buraco que tem um fundo. No entanto, na embriogênese ele 
não tinha um fundo, ele era um buraco, esse que cresce inferiormente/descendo, como um dedo 
de luva. Então, por informações intercelulares, idealmente a tireoide deve se posicionar sob a 
cartilagem tireóidea, o istmo pega o primeiro, segundo e o terceiro anéis traqueais. 
 Sobre isso, um dos distúrbios da embriogênese da 
tireoide é essa tireoide não descer até o lugar que deveria 
ou descer além do lugar que deveria. Dessa maneira, na 
imagem do Robins acima, podemos ver todas essas 
bolotinhas verdes aqui são possíveis topografias (ou 
endereços, topografia é o endereço anatômico) do tecido 
tireoidiano. Então, pode ser que na embriogênese, por 
algum motivo, o tecido tireoidiano ficou em baixo da língua, 
formando a tireoide sublingual. A função dela em geral fica 
normal, o organismo consegue compensar a topografia 
alterada com a produção melhor de hormônios, sendo 
assim nem sempre a função está alterada, mas aqui a 
topografia está alterada. 
 Um outro distúrbio da embriogênese é a tireoide não 
se formar, por algum motivo a informação intercelular foi 
inadequada, esse forame que é uma invaginação do epitélio 
primitivo do sistema digestivo não faz o trajeto que deveria 
fazer e pode acontecer da pessoa nascer sem tireoide. Esse nome de ausência de um órgão ou 
ausência de formação de um órgão a gente chama de agenesia, a qual é a ausência de formação. 
Agenesia da tireoide é um distúrbio da embriogênese da tireoide. 
 {Texto a seguir referente a imagem ao lado:} 
 Nessa autópsia temos a tireoide, lobo direito, lobo esquerdo, o 
istmo e nesse caso não tem o lobo piramidal, aqui já foi retirado, mas 
em geral tem um musculo bem fininho que é o musculo 
esternotireoideo e alguns outros músculos bem fininhos anteriores a 
tireoide que a gente chama de cinta tireoidiana, estruturas de musculo 
estriado esquelético que também fazem parte da musculatura do 
pescoço, mas são filetes mais finos. Existe também uma capsula, as 
vezes completa e as vezes incompleta, é importante saber disso, 
principalmente para as neoplasias malignas de tireoide. 
 
DISTÚRBIOS TIROIDIANOS 
àConseguimos dividir as doenças da tireoide em: 
1. Distúrbios inflamatórios 
2. Distúrbios da formação 
3. Distúrbios da função 
4. Distúrbios do crescimento 
 
 Nesse sentido, um não exclui ao outro, não necessariamente 
eles são separados, é mais comum inclusive a interseção deles, 
sendo que as vezes temos um distúrbio de função associado a 
um distúrbio de crescimento, ou podemos ter um distúrbio de 
função, junto com um distúrbio de crescimento com um distúrbio 
de formação. Então, um não exclui o outro, mas de maneira 
pedagógica estudamos separados, para melhor compreensão. 
 
2. Distúrbio de formação. 
 A formação da tireoide acontece no desenvolvimento 
embrionária. A tireoide é nada mais que um órgão que se invaginou 
de um tecido digestivo primitivo. Ela pode se alojar em diversas 
cavidades, ou pode não se formar. 
As doenças da formação inadequada da tireoide são essas: 
• Agenesia: Ausência de formação 
• Ectopia: Tecido normal em um lugar anormal 
 
 Essa tireoide no mediastino é uma tireoide ectópica, um tecido 
normal, mas está em um lugar inadequado. Outro tipo de ectopia 
que esta associado a uma involução incompleta desse ducto que 
começou a ser formada no “V lingual” é uma doença chamada de 
Cisto ou persistência do ducto tireoglosso (tireo= tireoide e 
glosso= língua). Dessa forma, essa estrutura que se forma no “V 
lingual”, descendo para formar a tireoide é chamada de ducto 
tireoglosso, fato que ocorre na vida embrionária. 
 Ainda, se por um motivo aquele túnel não invaginou e 
continuou a persistente, pode acontecer que na fase de maior 
demanda como na adolescência/ início da vida adulta, começar a 
acumular e formar um cisto nesse tubo que persistiu entre o “V” 
lingual” e o lugar da tireoide. Nesse caso, o que nós vamos ter é 
quando o paciente chega e diz que está com dor na região mediana, está no meio do trajeto da 
língua e a tireoide. 
 Então, para esclarecer: Nesse ducto tireoglosso que persistiu na fase de adolescente/início 
vida adulto, onde os hormônios tiroidianos são produzidos de forma mais elevada, iniciou a 
fabricação desses no resquício de epitélio tireoidiano que existia dentro desse ducto e começa a 
acumular e se forma um cisto no ducto tireoglosso, ou seja, o clássico é lesão nodular, 
mediana, indolor e móvel, e costuma estar próxima do osso hioide, que é o osso que separa o 
que é cabeça e pescoço. 
 
àAgenesia ou hipoplasia grave: Pode ser 
uma agenesia ou hipoplasia grave, onde 
haverá pouquíssimo tecido tireoidiano 
formado. Tais fatores vão gerar um distúrbio 
de função. Então, nessa situação estamos 
vendo uma intersecção entre distúrbio de 
formação e distúrbio de função que é o caso 
do Cretinismo que nada mais é que uma 
síndrome clínica (síndrome: é um conjunto 
de sinais e sintomas). 
 
3. Distúrbio de função: 
 Se temos a ideia do eixo hipotálamo- hipofisário, podemos compreender que alguma coisa pode 
fazer com esses hormônios tireoidianos cresçam em excesso, ou alguma coisa pode fazer com que 
ele seja produzido em escassez (pouca produção). 
 
àTemos uma síndrome clinica chamada hipertireoidismo que é diferente de tireotoxicose: 
Hipertireoidismo (aumenta a função da tireoide) 
• Se for medir a dosagem no sangue, se espera a elevação de T3 e T4, na pratica não é tão 
assim, mas é isso que eu espero para a prova. 
• Muito menos frequente do que hipotireoidismo; 
• Aumento da taxa metabólica basal; 
• Aumento da pressão arterial (mais sistólica, ou seja, vai ter uma elevação de pressão mais 
divergente); 
• Aumento do trânsito gastrointestinal, tem a tendência a ter mais evacuações durante um 
dia, podendo ter um quadro diarreico (hiper evacuações), ocorrendo a eliminação de 
substâncias que seriam absorvidas pelo corpo, por isso pode ter a perda de cabelo e quebra 
de unha; 
Definições: 
àHipoplasia: distúrbio de crescimento, onde há 
redução de células. 
àHiperplasia: distúrbio de crescimento onde a 
aumento de células. 
àHipotrofia: distúrbio de crescimento onde há 
redução do tamanho das células. 
àHipertrofia: distúrbio de crescimento onde há 
aumento do tamanho das células. 
àSobre a imagem ao lado: Na imagem a seguir 
vemos a peça cirúrgica de cisto do ducto 
tiroglosso= O cirurgião de cabeça/pescoço 
quando o retira é possível ver um fragmento do 
osso hioide, o tubo que é o ducto tireoglosso e 
uma estrutura cística (tem uma capsula e dentro 
tem um material que parece uma gelatina, um 
coloide, essa gelatina é o coloide tireoidiano que 
está em uma cor mais amarelada pois 
provavelmente deve estar com um processo 
inflamatório, neutrófilo/pus. O normal do coloide 
tiroidiano seria uma cor mais acastanhada 
(parecido com geleia de mocotó). 
• Insônia, pessoa fica elétrica, tem dificuldade de dormir. 
Hipotireoidismo: 
• É a outra função; 
• Mais comum em mulheres, é mais comum que hipertireoidismo; 
• Manifestações clinicas: cansaço, desanimo, desatenção, sonolência, ganho de peso, unhas 
quebradiças, perda de cabelo, esses dois últimos, não são específicos para a doença, 
também é visto no hipertireoidismo, pois há o aumento da taxa metabólica, levando ao gasto 
das reservas capilares e das unhas; 
• Distúrbio metabólico de baixa taxa metabólica, (tem uma redução da taxa metabólica basal); 
• Ex: Digamos que o normal da Miche é usar 2000 calorias por dia, quando começou a 
apresentar hipotireoidismo o organismo dela não precisava mais dessas 2000 para exercer 
sua função, e baixou para 1500 calorias; 
• Umaparte importante é a cardíaca, gastrointestinal e neurológica; 
o Trânsito gastrointestinal começa a ficar mais lento, se antes tinha o habito de evacuar 
1 vez ao dia, agora vai a cada 3 dias, muda o habito, a digestão fica mais lenta. 
o A frequência cardíaca diminui, e a pressão arterial tende a subir, tanto a diastólica 
quanto a sistólica tendem a subir, tem uma tendência a se aproximar (hipertensão 
convergenteà aumenta a diastólica também). 
o Diminui o estado neurológico: desatenta, sonolenta, ansiosa, quadro depressivo, 
tanto é que faz parte do processo psíquico fazer exames hormonais, pois o paciente 
as vezes procura um psiquiatra pois está com muita sonolência ou está com 
desatenção, letárgica, mas é só disfunção hormonal. 
• Existe um edema bem característico no hipotireoidismo, que é o edema que compromete os 
tecidos moles das faces, rosto e língua. 
 
 Dessa forma, todos esses sintomas são sintomas característicos em adultos, já em crianças e 
adolescente é diferente. Dessa maneira, o T3 e T4 eles têm uma função como se fossem de 
coadjuvantes ao hormônio do crescimento (GH). Quem já cresceu tem a produção de GH mais 
relacionado ao metabolismo, sendo extremamente importante pois influência hormônios do 
metabolismo da glicose como glucagon e insulina, mas ele é principal na fase de 
desenvolvimento de crianças. 
 
Cretinismo: 
Sobre isso, vamos falar sobre um 
distúrbio tiroidiano de função que ocorre na 
primeira infância, sendo esse causado devido a 
hipoplasia ou da agenesia que seria o 
cretinismo. O cretinismo é um distúrbio que afeta 
a função da tireoide devido à ausência da tireoide, 
ou seja, a tireoide não se formou ou era muito 
pequena, então nesse caso não tem relação com 
insuficiência de iodo. 
Nesse sentido, podemos observar ao lado 
o caso de um bebê (6 mêses) com a síndrome do 
cretinismo, que pela sua idade já deveria 
conseguir sentar, mas ele está sendo apoiado 
pela mão do médico. Bebes costumam sentar por 
volta dos 4 meses, e se até os 6 meses não 
consegue sentar pode significar um atraso no 
desenvolvimento muscular e neurológico. Há 
também a descrição na imagem que a criança 
é flácida, tem choro estridente, fraqueza capilar 
e um atraso no desenvolvimento neurológico e 
motor. Essa criança da imagem nasceu sem a 
tireoide. 
{Prof mencionou que gosta de cobrar na 
prova}: Os hormônios tiroidianos (T3 e T4) são 
importantes na função de ação do hormônio do 
crescimento, mas é porque eles permitem um 
processo chamado diferenciação. 
Diferenciação é aquisição máxima de função 
de uma célula. Então, os hormônios tiroidianos 
permitem a diferenciação do sistema 
neurológico, sistema cardiovascular, sistema 
endócrino e sistema muscular esquelético. Isso é impressionante como uma glândula que pesa de 
15 a 20 gramas nos adultos tem uma função tão importante, permitindo, por exemplo, com o que o 
neurônio seja neurônio, que o musculo esquelético seja musculo esquelético, que a cartilagem faça 
ossificação endocondral e seja um dia um osso. 
Dessa maneira, conclui-se que o T3 e T4 são extremamente importantes no inicio da vida, 
o que inclui a adolescência, pois permitem que os órgãos e tecidos adquiriram sua máxima função 
que seria a diferenciação. Nos adultos praticamente todos os tecidos já adquiriram função máxima, 
alguns podem ainda adquirir função máxima dependendo se será utilizado ou não como exemplo 
o tecido mamário, esse tecido tem por função produzir leite, mas só atinge essa diferenciação no 
momento da amamentação. Então, o T3 e T4 em adultos está mais relacionado com a taxa 
metabólica basal, mas ainda possui função em diversos sistemas como cardiovascular, 
neurológico, gastrointestinal, sistema de anexos cutâneos, mas na infância e na adolescência são 
extremamente importantes na diferenciação desses tecidos. 
Hipotireoidismo na infância/adolescência e na vida adulta: 
 No hipotireoidismo quando na primeira infância ou na adolescência se apresenta com 
manifestações clinicas sindrômica chamada cretinismo. Se for no adulto ele se manifesta como 
uma síndrome clinica chamada MIXEDEMA. Nessa doença, o paciente clássico desse distúrbio é 
uma mulher de meia idade, com o rosto extremamente edemaciado, um edema não depressível 
(quando apertado a região não fica marca do dedo), edema não depressível (quando aperta não 
fica a marca dos dedos) pois são proteoglicanos no tecido subcutâneo, que acumulam agua e ácido 
hialurônico, a língua também pode ter edema. A face é 
apática devido ao sistema neurológico estar com baixa taxa 
metabólica e começa a ter ganho de peso devido a isso. 
Mesmo que a paciente mantenha o apetite, ela está gastando 
menos caloria e assim acaba engordando. Outras 
manifestações também podem acometer o sistema 
cardiovascular e respiratório, a paciente pode ter dispneia, 
aumenta a frequência respiratória e um cansaço frequente. 
Hipertireoidismo (referente a imagem ao lado): 
 O paciente do hipertireoidismo, principalmente, 
aquele que possui a doença de Graves ele vai possuir uma 
tríade clássica da doença. Nesse caso temos duas 
manifestações clinicas clássicas que seria o bócio(na 
imagem aparece o contorno da tireoide) devido ao aumento 
Teste do pezinho: O teste do pezinho não 
necessariamente precisa ser do pé do bebe, 
pode ser de outras regiões (ex: mão), mas 
normalmente é do pé devido a facilidade de 
coletar o sangue. São vários exames realizados 
nessa única gota de sangue e um deles é a 
triagem dos hormônios tiroidianos, para 
analisar de existe níveis adequados de 
hormônios para idade dela. O exame é feito 
antes do bebe completar 30 dias de vida, 
porque se é descoberto logo as deficiências de 
hormônios tiroidianos é possível fazer uma 
reposição hormonal. 
da tireoide então seria palpável, alteração ocular que da protusão do olho que seria a exoftalmia 
(exo= fora, oftalmia=olho, então o olho fica para fora), na imagem a paciente até parece estrábica, 
pois ocorre um acumulo de tecido inflamatório como linfoticos no tecido da orbita que é o tecido 
adiposo em volta dos músculos que movimentam o olho, até mesmo nos próprios músculos que 
movimentam o olho isso pode ocorrer, ai se o tecido atrás está inflamado há uma tendência do olho 
ir para fora. As vezes o paciente nem consegue fechar completamente o olho devido a protusão, 
então as pálpebras não se tocam e ficam entreabertas. Então ocorre aumento do volume tiroidiano, 
exoftalmia (unilateral ou bitaletal), e outra manifestação na tríade edema no membro inferior. O 
mesmo edema que a paciente do hipotireoidismo tem no rosto, na língua, o paciente com 
hipertireoidismo apresenta só na região na frente da tíbia, é um edema não compreensível também. 
A doença de Graves se 
manifesta com hipertireoidismo, 
então estamos falando de uma 
doença de distúrbio de função 
relacionada a uma doença com 
distúrbio inflamatório 
(interseção). A doença de graves 
é um distúrbio inflamatório da 
tireoide que cursa com o 
hipertireoidismo. Usa exemplo de 
paciente que foi a um gastro pois 
estava sentindo um desconforto 
abdominal, lentidão do transito 
intestinal, má digestão, aí o 
médico mediu a pressão dela que 
estava elevada com tendência 
maior da sistólica, apresentava 
também um tremor devido a alta 
taxa metabólica, pois aumenta o 
estado neurológico e o paciente 
tem tremor de extremidade, a 
paciente apresentava um pouco 
de protrusão ocular, e pediu 
exames de tireoide e ela estava 
com hipertireoidismo. 
 Na imagem ao lado notamos 
um aumento do pescoço, 
fazendo-nos inferir que há um 
aumento da tireoide, sendo que o 
músculo esternocleidomastoideo 
está até “estufado” para os lados. 
Além disso, conseguimos visualizar a presença de um nódulo na região do istmo e ao fazer o 
exame físico percebe-se o aumento da glândula. Ainda, mesmo sendo notório o aumento da 
estrutura não podemos afirmar que essa paciente possui um câncer de tireoide ou hipertireoidismo, 
visto que um distúrbio do crescimento nãonecessariamente cursa com um distúrbio da função ou 
inflamatório. Porque fazemos aquela separação (3 conjuntos representados na imagem acima) 
para fins pedagógicos, mas muitas vezes eles estão juntos (possuem interseção) ou separados. 
1. Distúrbios inflamatórios 
 Podem ser divididos em distúrbios agudos, subagudos e crônicos, sendo que os crônicos 
existem algumas especificações do tipo de inflamação, da qual vamos falar da inflamação crônica 
granulomatosa. 
 Normalmente, quando temos um processo inflamatório agudo junto temos um infiltrado 
inflamatório agudo que está relacionado com a polimorfonucleares (glóbulos 
brancosàneutrófilos, basófilos e eosinófilos). O subagudo é uma 
transição de um infiltrado de polimorfonucleares com um pouco de 
infiltrado de mononucleares (linfócitos e monócitos) e o crônico 
é um predomínio de infiltrado mononucleares. Isso serve para que 
quando o profissional vê o tipo de infiltrado que permeia possa dizer a classificação da doença 
(exemplo: em uma salpingite aguda ele observou um infiltrado inflamatório com predomínio de 
polimorfonucleares). 
 A tireoide como é uma glândula endócrina, ela é 
extremamente vascularizada para que o hormônio 
produzido nela possa atingir várias partes do corpo o mais 
rápido possível. Nesse sentido, por esse motivo um 
processo inflamatório de outro lugar (ex: processo 
inflamatório da orofaringe, da pele na região cervical e 
amidalite aguda) pode, raramente, chegar até ela e gerar 
um processo inflamatório na tireoide, causando em geral uma tireoidite aguda. Nesses pacientes 
com tireoidites, por ser um órgão, além de extremamente vascularizado, muito inervado vão sentir 
dor ao deglutir ou a apalpar. Ademais, quando há um infiltrado inflamatório a tireoide vai aumentar 
de tamanho, pois está infiltrada por células que não deveriam estar lá. Então, em tireoidites o órgão 
vai estar maior, doloroso e na maioria das vezes são autolimitadas, ou seja, sozinha ela se cura, 
realizando remição espontânea. 
 A tireoidite subaguda de De Quervain ou subaguda glanulomatosa, a importância dela é que 
ela cursa com dor. Então, o clássico é a paciente jovem mulher (mais comum) chegar se 
queixando de muita dor cervical/na garganta, sendo que ao examinar a orofaringe, amígdala 
percebe-se que está tudo normal, mas ao realizar a apalpação da tireoide a pessoa sente muita 
dor, sendo que as vezes esses sintomas coincidem com aumento do órgão. Além disso, quando 
apresenta essas mesmas características e sintomas: aumento de tamanho, dor e mulher jovem 
pode-se levantar a hipótese de câncer de tireoide que também é comum nessa faixa etária. Então, 
geralmente, o médico manda uma amostra do material tireoidiano para fazer o diagnóstico, sendo 
que se encontrar um infiltrado inflamatório glanulomatoso é apenas uma tireoidite, provavelmente, 
de De Quervain. No entanto, na maioria das vezes, esses pacientes ficam com distúrbio de função, 
pois o processo inflamatório acaba destruindo as células foliculares, acabando com o 
armazenamento e liberação de T3 e T4, gerando hipotireoidismo. 
 A Tireoidite Linfocítica Subaguda acontece no pós-parto. 
Então, geralmente, a mulher não teve nenhum problema durante a 
gestação relacionado a tireoide, passa pelo parto, algumas 
semanas depois ela evolui com muita dor na região cervical e 
aumento da tireoide. Vai acontecer a remição espontânea, não 
sendo necessário um tratamento específico, mas pode acontecer 
destruição de função devido ao processo inflamatório, levando a 
hipotireoidismo e, com isso, a dependência de hormônios 
tiroidianos. 
 Ainda, dentro dos distúrbios inflamatórios, tireoidite do tipo 
crônico e autoimune temos duas doenças da tireoide: Tireoidite de 
A tireoidite de Hashimoto é 
o distúrbio inflamatório mais 
comum. 
Infecções sistêmicas podem 
comprometer a tireoide como a sífilis, 
aids e tuberculose, pois é um órgão 
muito vascularizado. São raros, não 
há necessidade de conhecer 
profundamente. 
Hashimoto e Doença de Graves. Uma é diferente da outra {prof comentou que isso está muito legal 
no Robbins que é bom olhar}. 
 Na Tireoidite de Hashimoto 
acontece uma situação de 
autoimunidade que é quando por 
algum motivo ocorre um descontrole do 
processo de imunidade e o corpo 
desconhece o antígeno próprio, começando a agredir esse 
antígeno. Nessa doença, a mais comum de ser afetada é mulher 
jovem, sendo que sistema autoimune começa a destruir as células 
do epitélio folicular, impedindo o armazenamento e liberação de T3 
e T4. No início da destruição celular, as células não lesadas 
compensam a perda, mas com o avanço do processo inflamatório, 
a paciente começa a apresentar os sintomas de hipotireoidismo. 
Ao realizar uma dosagem hormonal nessa paciente, nota-se taxas 
baixas de T3 e T4, TRH e TSH, devido ao feedback negativo, 
estará alto na tentativa de estimular mais a tireoide. No início essa 
elevação de TRH e TSH dá certo, eles conseguem estimular mais 
o resto de células foliculares que existem, por esse motivo, nem 
sempre temos a situação clássica de T3 e T4 baixo, TRH 
e TSH alto. Essa tireoidite, normalmente, vai cursar com 
o hipotireoidismo devido a destruição das células 
foliculares. 
 Na Doença de Graves acontece o hipertireoidismo. 
Isso ocorre porque o anticorpo que passa a desconhecer 
o antígeno próprio se acopla no receptor do TSH 
(receptor que fica na tireoide, no qual o TSH se acopla 
para estimular o DNA a produzir o que ele quer), 
mimetizando o THS/imita a função do TSH, estimulando 
o paciente a produzir T3 e T4. Um dos sintomas clássicos 
é a exoftalmia. 
 
 {Texto a seguir referente a imagem a baixo}: 
 Quando uma paciente chega com esse quadro da 
foto, a única coisa que podemos concluir é que tem 
um aumento de tamanho, chamado de BÓCIO. O 
bócio é uma mistura de dois distúrbios do 
crescimento: hipertrofia (aumento do tamanho da 
célula folicular) e de hiperplasia (aumento do 
número de células foliculares). Quando analisamos 
essa tireoide, ela estará pesada, ao invés dela pesar 
15 ou 20 gramas, ela estará pesando 100/120 
gramas. Esse peso aumentado é resultado do 
aumento do tamanho das células e do número de 
células. 
àMétodos usamos para diagnóstico: 
 A investigação dos distúrbios do crescimento da tireoide é feita através de um exame: Punção 
aspirativa por agulha fina (PAAF). Esse procedimento é feito por patologista ou por um 
àPROVA: prof disse que pergunta na prova=Quais são os 
dois tipos de distúrbios tiroidianos infamatórios de causa 
autoimune? Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves. 
àPROVA: prof disse que se 
ela perguntar na prova sobre 
os níveis de T3, T4, TRH e 
TSH na Tireoidite de 
Hashimoto ela quer o 
clássico= T3 e T4 baixo, 
TRH e TSH alto. 
àProf disse que é 
importante a gente ver duas 
tabelas no Robbins que 
falam as causas do 
hipertireoidismo e 
hipotireoidismo. 
 A falta de iodo, gerando o 
hipotireoidismo hoje não é muito 
frequente, pois na época de Vargas foi 
decretada uma lei estadual que 
acrescentava iodo no sal. 
ultrassonografista ou por um cirurgião cabeça 
e pescoço. Tal procedimento é ideal para 
exames das lesões de aumento de 
crescimento da tireoide, por exemplo, quando 
se tem uma lesão na pele, o tradicional é que 
o dermatologista faça uma pequena biópsia. 
No caso da tireoide, não se tira um pedacinho 
da tireoide. O que se faz? Aspira um pouco do 
conteúd, pois é mais sensível e específico. 
 Sendo assim, a punção aspirativa por 
agulha fina (comenta que está mais bem 
explicada no Bogliolo) é: 
-Procedimento barato e rápido; 
-Não precisa de anestesia local porque a dor 
é similar com a dor de uma coleta de exame 
de sangue; 
 -A agulha é similar e dura menos de um 
minuto; 
 -Principal exame feito para investigação de 
nódulos tireoidianos. 
 
 Nesse sentido, quando o paciente chega 
no consultório falando que está sentindo um 
nódulo, provavelmente queesse nódulo tem mais de um centímetro já, então se faz a PAAF. O 
exame funciona como forma de triagem. Quando se dá um diagnóstico da punção é seguido um 
padrão que é o mesmo em todo o mundo, é a mesma nomenclatura de diagnósticos. Após a 
padronização de diagnóstico (Classificação de Bethesda), foi possível diminuir os casos de 
cirurgias. 
 Isso foi importante, pois a tireoide é um órgão extremamente vascularizado, então sangra 
muito essa cirurgia, além disso, pela tireoide passo o nervo laríngeo recorrente: essencial para a 
fala. Outra complicação de tiroidectomia está relacionada com as paratireoides. São quatro 
paratireoides, elas têm uma coloração semelhante com a da tireoide, são pequenas- menores do 
que grãos de feijão. O cirurgião tem que ter a habilidade de tirar a tireoide e mantém pelo menos 
uma das paratireoides para não haver distúrbios do paratormônio, levando a uma hipercalcemia. A 
principal consequência de uma tiroidectomia é o paciente se tornar dependente crônico de 
hormônios tireoidianos. 
 A 
classificação de 
Bethesda vai de 1 ate 6 
 Após feita a PAAF, o 
esfregaço sanguíneo é 
mandado para um 
patologista para ser feito 
um laudo do padrão de 
lesão como de 1 a 6. 
àExemplo 1: Quando a 
patologista classifica, por 
àO que é um nódulo? Um nódulo pode ser 
um BÓCIO, um CÂNCER, uma NEOPLASIA 
BENIGNA. Nódulo é uma expressão de uma 
alteração estrutural, onde se vê uma lesão. 
Nódulos tireoidianos com mais de um 
centímetro tem indicação de fazer punção por 
agulha fina. Nódulos menores ou iguais a um 
centímetro não tem indicação de fazer o 
procedimento, tem indicação só de 
acompanhamento Médico. 	
	
exemplo, Bethesda 6, está sendo dito 
que aquele padrão de lesão visto na 
lâmina, tem de 97% a 99% de chance de 
ser maligno. Assim que o médico que fez 
a punção recebe o laudo de volta com 
Bethesda 6, ele contactará o paciente o 
mais rápido possível para ser feito uma 
tiroidectomia. 
àExemplo 2: Quando o patologista 
lauda em Bethesda 1, ele esta dizendo que pode ter risco de malignidade de 0 à 4%, mas na 
essência o que esta sendo dito é que a punção não foi bem feita o material está 
INSATISFATÓRIO: pode ter muito sangue ou pouco material foi tirado da tireoide ou o esfregaço 
secou na hora que foi feito. Nesse caso, repete-se o exame. 
*Seguindo a tabela: 
àBethesda 2: na maioria das vezes é benigno, exige acompanhamento e tem indicação de retirado 
apenas para casos estéticos à critério do paciente. 
àBethesda 3: clássico em cima do muro, porque não tem quantidade e nem qualidade 
suficiente de lesão para dizer se é maligno ou benigno. O patologista vê, um núcleo aumentado 
de tamanho, mais evidente, ve uma mitose, por exemplo, mas não há um padrão para ser chamado 
de maligno, mas essa alteração não pode ser descartada. Se indica fazer a PAAF em um intervalo 
de 3 a 6 meses. Pode ser que essa lesão involua ou evolua em um processo neoplásico ou ainda 
conseguir uma amostra melhor da lesão. 
àBethesda 4: quando o patologista percebe 
um padrão de neoplasia folicular. 
 Quando classificado de Bethesda 4, o 
patologista viu na lâmina que há um padrão 
de neoplasia folicular. Neoplasia é um 
processo de crescimento autônomo e 
anormal, mas não estou definindo se é 
benigno ou maligno. Esse tipo de neoplasia 
que se origina dessa célula folicular que é 
altamente diferenciado, parecendo um 
folículo, porque imita o folículo tireoidiano, ela 
só pode ser chamada de benigna ou maligna 
quando eu tenho a tireoide pra examinar na 
minha mão, e aí eu confiro esse exame no 
microscópio com cortes histológicos. Pego a 
tireoide, corto toda aquela lesão, examino 
toda a cápsula dela e vejo se infiltrou a cápsula ou se invadiu vaso sanguíneo linfático. Se infiltrou 
a cápsula e invadiu vaso sanguíneo linfático é uma neoplasia maligna, se não fez nenhum 
desses dois é uma neoplasia benigna. Então, quando o patologista lauda “4” em uma punção 
que veio de um aspirado, um material de células soltas, ele não tem como dizer se é maligna ou 
benigna, ele só diz que é uma neoplasia folicular. 
 Um paciente foi operado, retirado um nódulo da tireoide (não a tireoide toda) e mandado ao 
laboratório. No laboratório será analisado todo aquele nódulo, toda aquela cápsula dele, e será 
procurado invasão de cápsula ou invasão sanguíneo linfático. Se eu encontro isso, aí eu vou 
liberar o laudo histopatológico da lesão com carcinoma folicular. Se eu não encontro, qual o 
oposto do carcinoma? Adenoma folicular. 
O	que	é	neoplasia:	distúrbio	do	crescimento	onde	há	uma	
proliferação	celular	autônoma	e	anormal.	Tem	dois	tipos	
de	neoplasias:		
*Benigno: crescimento 
expansivo, lento, não tem necrose 
e não tem capacidade de invadir 
vasos sanguíneos nem vaso 
linfático. 	
*Maligno: crescimento 
infiltrativo, rápido, tem necrose e 
tem capacidade de invadir vasos 
sanguíneos e linfáticos, levando a 
uma neoplasia de distância 
metástase.	
àClassificação de Bethesda é para uma punção, 
que é um aspirado de um nódulo tireoidiano. 
Nódulos de mais de 1cm tem indicação de punção. 
Vai de 1 a 6, 1 é insatisfatório, 2 é benigno, 3 é 
atípica de significado indeterminado, 4 é neoplasia 
folicular a ser definifo como adenoma ou carcinoma 
no histopatológico, 5 é suspeito de malignidade e 6 
é malignidade. 
àBethesda 5: suspeito de malignidade. 
 àBethesda 6: malignidade. 
 Os casos 5 e 6 são os mais fáceis de serem 
encontrados, no entanto os mais graves. Quando 
vemos o 5, dizemos que ele é suspeito de malignidade, 
75% de chance de ser câncer, logo, tem que tirar a 
tireoide desse paciente. 
 O 6 é quando eu encontro uma lesão 
patognomônica de carcinoma. Imagem que postei 
no instagram hoje (ao lado): uma célula grandona que 
tem um núcleo, e parece que tem um outro núcleo 
dentro da célula. Esse outro núcleo, que está dentro do 
outro núcleo, ele possui a mesma cor do citoplasma. 
 O que é patognomônico para a patologia 
geral? É uma alteração que identifica uma doença. 
Então, se você ver isso aqui, chamado de 
pseudoinclusão grave, a célula cresceu muito, o 
núcleo cresceu mais e o citoplasma faz uma 
invaginação para dentro do núcleo. Quando eu vejo 
essa pseudoinclusão nuclear no laboratório, eu passo 
do 5 para o 6, pois isso é patognomônico de um tipo 
de câncer de tireoide chamado de carcinoma 
papilífero da tireoide, que é o carcinoma mais comum da tireoide. Carcinoma → neoplasia 
maligna. 
 Como é realizada a triagem de um paciente que apresenta lesão nodular no consultório: 
 Antes ou depois dessa classificação são realizados um conjunto de coisas: dosagem hormonal, 
exame físico, ultrassom da região cervical, etc. Para depois ser programado ou não uma 
tireoidectomia ou lombectomia ou apenas um acompanhamento de segmento. 
 Por exemplo, chega essa paciente da foto ao lado: o que 
você pode dizer dessa paciente? Você pode dizer que ela 
tem Graves? A única coisa que você pode dizer é que ela 
tem bócio. Um aumento da tireoide as custas de 
hipertrofia e hiperplasia. 
 
 
 
 
 
 
O bócio é o mais comum, o câncer é o menos comum. O 
mais comum é que esses nódulos tireoidianos não sejam 
nem adenomas, sejam só uma mistura de hipertrofia e de 
hiperplasia num lugar só que formou um nódulo. 
Achado patológicos: 
àFIGURA 1: 
 Às vezes a gente temos vários nódulos. Isso 
aqui é uma tireoide que foi cortada, depois da 
fixação em formol. É um bócio multinodular. Se 
a gente fizesse punção dessa lesão? Eu falei que 
bócio é hipertrofia e hiperplasia, são distúrbios do 
crescimento não neoplásicos, não anormal, não 
autônomo, então se eu fosse examinar no 
microscópio um material que você puncionou 
dessa lesão aqui, eu ia classificar como Bethesda 
2. Eu ia ver alterações sugestivas de hipertrofia e 
de hiperplasia, logo, é só um bócio, só vai operar 
se estiver causando incômodo clínico ou estético 
no paciente. 
àFIGURA 2:Ou as vezes você vai encontrar um nódulo só. Nesse caso 
é um nódulo só. Esse nódulo tireoidiano, o centro dele 
cistificou, isso é comum de acontecer, as vezes a pressão 
cresce muito e lá dentro fica faltando aporte sanguíneo, acaba 
com que o tecido forme um líquido lá dentro, então lá dentro tem 
uma cavidade cística e aqui fora uma cápsula envolvendo 
essa estrutura de hipertrofia e hiperplasia. Se tivesse 
puncionado esse nódulo seria classificado como Bethesda 2. 
àFIGURA 3: 
 Esse é um adenoma folicular, então é uma neoplasia 
benigna folicular. Se é um adenoma folicular é um Bethesda 4. 
É um nódulo, sólido, não tem cisto no centro, tem uma cápsula, 
na hora que examinou toda a cápsula e toda a vascularização, 
não tinha invasão de cápsula não tinha invasão de vaso 
sanguíneo linfático, foi liberado como adenoma folicular. 
àFIGURA 4: 
 Esse caso aqui infelizmente é um caso de autópsia de um 
caso de Carcinoma papilífero da tireoide em um linfonodo 
cervical em um paciente feminino de 25 anos. Aqui vocês estão 
vendo a língua, estrutura de músculo da região cervical, e aqui 
tireóide aumentada de tamanho, vários nódulos, linfonodos da 
região cervical todos aumentados de tamanho. Essa paciente 
foi descoberta exatamente como eu falei para vocês, descobriu 
primeiro um linfonodo com metástase de um câncer da tireoide. 
Esse caso é um caso atípico, pois no geral o carcinoma 
papilífero da tireoide não leva o paciente a morte, eu brinco que 
se tiver que escolher um câncer, escolhe o carcinoma papilífero 
da tireoide, pois costuma ser um câncer de evolução lenta, 
recorrente, mas no geral, não leva o paciente a óbito. 
O carcinoma papilífero da tireoide tem essa 
apresentação, paciente jovem com menos de 40 
anos, sexo feminino, com tendência a recidivar 
em linfonodos do mesmo lado ou do lado 
oposto. 
 Se fizéssemos um levantamento de casos 
benignos e malignos, seriam 10x mais casos 
benignos. Antes disso aqui, mais comum ainda é 
o bócio. 
 Nódulos tireoidianos mais frequentes são só 
uma expressão de uma hipertrofia e hiperplasia. Se 
formos falar de uma neoplasia, de distúrbio do 
crescimento autônomo e anormal, aí o benigno é o 
mais comum. 
àFIGURA 5: 
Dentro dos benignos o tipo mais comum é o 
adenoma, que é uma hiperplasia do epitélio 
folicular. Entre os malignos, essa é a sequência do 
mais comum para o menos comum: carcinoma papilífero da tireóide, carcinoma folicular, 
medular e anaplásico. 
 O anaplásico é o mais agressivo, é o que mata o paciente. Comum em mulheres mais velhas 
(+60 anos), e ele é mais grave pois tem uma tendência de crescimento invasivo agressivo 
(traqueia, esôfago, carótida) cresce infiltrando essas estruturas de maneira muito rápida. 
Normalmente quando o paciente chega o tumor já está irressecável (não tem como tirar, pois, ele 
cresceu englobando estruturas vitais). Mortalidade muito alta, quase 100% em 1 ano após o 
diagnóstico. É o mais incomum. 
àFIGURA 6: 
 O carcinoma medular (também é um dos mais incomuns), tem origem nas células C 
parafoliculares(produzem calcitonina) e por ser uma mutação desse tipo específico de células, uma 
das maneiras de afastar o carcinoma de células C parafoliculares é dosando calcitonina no sangue 
→ valor elevado de calcitonina, geralmente, conclui o diagnóstico de carcinoma medular. É mais 
agressivo que o papilífero e que o 
folicular, mas menos agressivo que 
o anaplásico. Tem alta chance de 
dar metástases, por que a célula 
que originou ele é distinta do 
epitélio folicular. 
 Na imagem 6, é possível 
observar a presença de dois 
nódulos, os dois lobos estão 
comprometidos pelo carcinoma 
medular. Essa paciente além do 
carcinoma medular, tinha uma 
síndrome (ELA QUER QUE A 
GENTE ESTUDE ESSA 
SÍNDROME → NEOPLASIA 
ENDÓCRINA MÚLTIPLA). 
 Na imagem 7, temos o corte 
de um dos lobos do carcinoma acima. É uma lesão mais sólida, com algumas áreas mais 
heterogêneas. Essa mesma paciente faleceu alguns anos depois com metástases no fíga do (figura 
8). 
 Outras neoplasias que podem formar na tireóide, são neoplasias de outros órgãos: um câncer 
de fígado, pulmão pode dar metástase na tireóide. Não é tão comum, mas pode acontecer. 
àEstadiamento Patológico: 
 Uma maneira de realizar a classificação a agressividade da doença/câncer, agrupa o paciente 
para decidir uma conduta de tratamento e em um grupo de sobrevida distinto. Ele é feito para 
diferentes órgãos. 
● Avaliação de 3 fatores: 
→ P: tumor propriamente dito, quão agressivo ele é localmente; Vai de 0 a 4 
→ N: se o tumor conseguiu entrar na corrente linfática que faz a drenagem da estrutura 
→ M: se o tumor conseguiu emitir metástases na corrente sanguínea 
 Essa classificação vai mostrar o estágio em que a doença está. Cada organismo vai ter suas 
maneiras individualizadas para a situação em que ele vive naquele momento. 
Quando temos um câncer na tireoide, temos que estadiar: 
→ Tumor com 2cm ou menos, restrito a tireóide(protegido pela cápsula tireoidiana): P1 
→ Tumor com mais de 2cm até 4cm, restrito a tireóide(protegido pela cápsula tireoidiana): P2 
→ Mais de 4cm, restrito a tireóide: P3 
→ Tumor de qualquer tamanho que começou a sair da tireóide (infiltrou algum músculo fino - ex: 
esternotireoideo- ou um tecido adiposo ao redor da tireóide: P3 
→ Tumor que invade os tecidos moles subcutâneos ou a traqueia ou o esofago: P4a 
→ Tumor que sai da tireoide, crescer e englobou o corpo vertebral da região cervical ou a artéria 
carótida: P4b. Praticamente impossível ressecar. 
→ M0: quando os linfonodos regionais estão livres de neoplasia; 
→ M1: os linfonodos próximos a tireoide (pré-traqueais ou paratraqueais 
…. outros que não entendi) apresentam metástase em um deles 
→ N1: câncer de tireoide que se alojou no pulmão ou em um linfonodo não 
regional. 
 
 
OBS: Prof pediu 
para lermos 
sobre a Síndrome 
Poliendócrina 
autoimune.

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