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Hipertensão Arterial Sistêmica

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Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 
 
Hipertensão do adulto 
• Pressão diastólica constante maior que 89mmHg 
• Pressão sistólica constante maior que 139mmHg 
• Ideal: pressão igual ou menor a 120/80mmHg 
• 15-25% da população é considerada hipertensa e não sabe que são 
• Aterosclerose pode ser causa ou consequência da HAS 
• O vaso tem a capacidade de se distender e voltar é elástico - Quanto menos forçar esse vaso melhor, pois o aumento da pressão dentro do vaso causa 
danos, ele não foi feito para suportar uma pressão tão elevada. 
• Presença de placa de ateroma: diminuição do lúmen, e conforme o fluxo sanguíneo passa, o vaso precisa realizar mais força para manter a placa. Por isso 
é ideal manter a pressão em torno de/menor de 120/80mmHg. 
 
Classificação 
• Essencial (idiopática): Mais conhecida e mais comum (90-95%) 
o Forma não acelerada da hipertensão crônica – forma benigna - não demostra as sequelas até que o paciente venha a ter um infarto, derrame. 
Isso ocorre pois o organismo tem uma adaptação gradativa ao longo dos anos, e não sente as alterações. Até pode acontecer de um paciente 
apresentar sempre uma pressão adequada e ter um aumento repentino de pressão e vir a sofrer um infarto ou AVC fulminante 
• Forma acelerada da hipertensão crônica, forma maligna - sequelas a curto prazo. 
o Afeta cerca de 5% das pessoas, e se não tratada pode evoluir para morte em 1-2 anos 
o presença de HAS severa diastólica (> 120mmHg), insuficiência renal, hemorragias e exsudatos retinianos com ou sem papiledema. 
o Paciente pode ser normotenso (sempre teve pressão normal) e de repente, abre quadro com a forma maligna/progressiva 
o Paciente também pode ser HAS benigno e rapidamente se tornou a forma rapidamente maligna 
 
Doenças 
• HAS relacionada a outras doenças 
• Em pacientes que apresentem apneia, síndrome de Cushing, hipertireoidismo, hipotireoidismo 
 
Regulação da pressão arterial 
• É realizada na arteríola - menor vaso. 
• É nas arteríolas que ocorrem as primeiras alterações morfológicas, quanto menor o vaso mais facilmente será percebido o aumento de pressão. Não será 
a aorta que sentirá as primeiras alterações 
• Ex: se a pressão aumentar para 13/8, a aorta abdominal não perceberá essa alteração. Já uma arteríola que irriga a retina, perceberá e poderá vir a 
estourar um vasinho do olho 
• Quanto mais tempo passar, e mais tempo ficar hipertenso, maior será o comprometimento - que iniciará sempre dos pequenos para os grandes vasos. 
 
Morfologia da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 
• HAS não acelerada 
o Existe hipertrofia arteriolar (suporta a pressão) e arteriosclerose hialina 
o Existe um stress hemodinâmico, e a hipertensão irá causar um espasmo e injúria endotelial, que insuda proteínas plasmáticas na parede da arteríola 
e produz matriz extracelular por células musculares lisas, e isso faz com ocorra estreitamento do lúmen > gera isquemia 
o A isquemia na HAS não acelerada é causada pela hipertrofia das células musculares (pela redução e estreitamento do lúmen), ocorre aumento do 
tamanho das células 
o Consequências: acometimento arteriolar > isquemia e atrofia (em maior tempo) 
• HAS acelerada 
o Existe arteriosclerose hiperplásica com necrose fibrinoide 
o O vaso não tem tempo de criar resistência para suportar a pressão > nesse caso, o vaso realiza uma hiperplasia arteriolar (aumento do número de 
células) para tentar suportar o aumento de pressão. 
o Ocorre laminação e proliferação de células musculares lisas, com duplicação de membrana basal > estreitamento do lúmen, com aumento do 
depósito de fibrina, necrose, e gera isquemia 
o Ocorre por aumento da quantidade de células 
o Consequências: acometimento arteriolar > isquemia, atrofia, necrose, hemorragia (em menor tempo) 
• Independentemente do tipo, em ambas o lúmen fica menor, e isso gera isquemia e necrose do órgão que estava sendo irrigado 
 
Repercussão Sistêmica da HAS 
• Isquemia = atrofia, especialmente renal (nefrosclerose) 
• Hipertrofia = do ventrículo esquerdo (o VE precisa bombear cada vez com mais força para conseguir bombear para todo o corpo) 
• Lesão ao endotélio = pressão de 14/9, 15/10, faz o sangue passar muito rápido e acaba lesando as células e contribui para aterosclerose. 
• Muitas vezes o paciente não apresenta tanta aterosclerose, porém, a passagem com mais força do sangue pelo vaso, acaba soltando pequenas células, e 
dessa forma, a gordura que estava ali, entra na camada intima. 
• Contribui para dissecação de aorta e aneurismas 
o Aneurisma = aumento/distensão do vaso para os dois lados 
o Dissecação = sangue passa muito rapidamente e rasga um pedaço da camada íntima, permitindo a entrada de sangue entre a túnica média e a 
adventícia, e dessa forma, faz a dissecção (separação da intima e da média e intima) 
• Lesa arteríolas = alterações do SNC (hemorragias, infartos lacunares) 
Eduardo B. Flores 
o Hemorragia cerebral = sangue aumenta pressão e pode romper vasos do polígno de Willys

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