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FISIOLOGIA DA ATIVIDADE MOTORA BIOENERGÉTICA Metabolismo Anaeróbico Lático SISTEMA GLICOLÍTICO Prof. Dra. Ana Paula da Silva Azevedo @run_clinics @vivaconsultoria @motionrunclinics @vivaconsultoriae mmovimento Após o metabolismo dos alimentos, a energia produzida por eles é empregada para gerar outro composto químico: sendo armazenada sob forma deste composto altamente energético. ADENOSINA TRIFOSFATO (ATP) Formação de ATP ...ocorre através de um processo conhecido como fosforilação, onde: ADP + Pi + ATP • Exige grande quantidade de energia (“ligação de alta energia”); • Parte é armazenada na ligação química. energia Hidrólise do ATP (Desintegração, fracionamento do ATP na presença de água) Bioenergética Creatina- Fosfato (CP); Glicose ou Glicogênio (glicólise); Formação Oxidativa Liberação de Energia de CP Energia útil A enzima CK (creatina quinase) catalisa a reação em que a CP é rompida para liberar energia. A energia liberada é utilizada para restaurar ATP. Sistema ATP-CP • Energia torna-se imediatamente disponível o Acoplada bioquimicamente com a ressíntese de ATP; • Com mesma rapidez que ATP é desintegrada durante a contração muscular, será formado de novo e continuamente a partir de ADP + Pi pela energia gerada pela quebra da PC armazenada; PC Pi + C + Energia Energia + ADP + Pi ATP Ressíntese de ATP através de CP Energia útil Sistema ATP-CP & Exercício • Fornecimento imediato de energia: o Fonte mais rapidamente disponível de ATP; o Tanto ATP como CP são armazenados diretamente dentro dos componentes contráteis dos músculos; o Depende de reação química curta e simples; o Não depende de O2. • Movimentos e exercícios rápidos e vigorosos; • Depleção de CP como limitante do desempenho no exercício de alta intensidade e curta duração: o Suplementação de creatina (doses recomendadas). SISTEMA GLICOLÍTICO (Sistema da Glicólise Anaeróbia) Desintegração parcial dos CHO “Energia a Curto Prazo” Sistema Glicolítico • Outra via anaeróbica de ressíntese de ATP dentro do músculo; • Envolve a desintegração incompleta do carboidrato (CHO); • NO CORPO: todos os CHO são transformados em glicose (açúcar simples) o Pode ser utilizado imediatamente nesta forma; o Pode ser armazenado no fígado e músculos como glicogênio para posterior utilização. • GLICOGÊNIO: numerosas moléculas de glicose unidas por ligações especiais de O2 (ligações glicosídicas) o Fins de armazenamento; o Glicogenólise: quebra dessas ligações para liberação de glicose. Sistema Glicolítico • Glicose metabolizada parcialmente no citosol (sarcoplasma – líquido intracelular) SEM necessidade de O2; • Via anaeróbica utilizada para transferir energia de ligações de glicose para a união Pi + ADP; • Principais produtos da glicólise anaeróbica: ácido pirúvico e ÁCIDO LÁTICO; o Cada molécula de glicose = 2 ATPs + 2 ácidos pirúvicos ou ácidos láticos. • Via metabólica mais complexa que ATP-CP: o Requer 12 reações químicas separadas, porém sequenciais, para sua concretização. Sistema Glicolítico Mas como a glicose e o glicogênio são efetivamente utilizados para ressíntese de ATP? Quais são as reações e como elas ocorrem? 2 fases: Fase de investimento de energia • Primeiras 5 reações; • ATP armazenada utilizada para formar fosfatos de açúcar (2 ou 1 ATP no início da via); • Adição de Pi (fosforilação) à glicose e frutose-6-fosfato. Fase de geração de energia • 5 últimas reações; • Produzidas 2 ATP em cada uma das 2 reações separadas no final da via; • Ganho de 2 (glicose) ou 3 (glicogênio) ATPs **. Sistema Glicolítico •• Síntese de ATP a partir da glicose ou do glicogênio, independente de O2; • Papel importante das enzimas: o Enzimas reguladores chave; o Regulação de reações importantes e possíveis limitantes da via; o Diminuição do pH (AL – acúmulo de H+): inibição de enzimas que regulam o ritmo/velocidade da via (especialmente a PFK) – afeta função e causa fadiga; • Reação piruvato – lactato: envolvidos e importância. Enzimas Reguladoras Chaves Fosforilase (PHOS) Produção de ATP a partir do glicogênio; Conversão do glicogênio (1ª reação) para Glicose 1-fosfato. Hexoquinase (HK) Início quando produção parte da glicose; Conversão da glicose para Glicose 6-fosfato; Gasto de 1 ATP Fosfofrutoquinase (PFK) Uma das principais enzimas reguladoras; Conversão da Frutose 6-fosfato em Frutose 1,6- difosfato; Gasto de 1 ATP; Limita a velocidade e controla fluxo de precursores da via (“guardião”); Permite início da fase de geração de energia. Piruvatoquinase (PK) Fase final da via; Transformação de Fosfoenolpiruvato em Piruvato; Ressíntese de 2 ATP. Lactato desidrogenase (LDH) Responsável pela reação Piruvato – Lactato. Ácido Lático e Ácido Pirúvico (Lactato) (Piruvato) • Piruvato: precursor do lactato; • Conversão para ambos os lados; • Fornecem íons H+ aos líquidos intra ou extracelulares (como o sangue); • O- (locais onde hidrogênios estavam ligados). • Qual implicação??? o Acúmulo de ácido lático e dissociação dos H+; o Líquidos mais ácidos (diminuição do pH); o Prejuízo das funções e performance = FADIGA. Ácido Lático e Ácido Pirúvico (Lactato) (Piruvato) Ácido Lático e Ácido Pirúvico (Lactato) (Piruvato) • Natureza bidimensional; • Durante glicólise anaeróbia: piruvato é transformado em lactato; • Exercícios intensos – necessidade de energia em curto prazo; • NO ENTANTO, quando condições são favoráveis (menor exigência no exercício): lactato transformado em piruvato (precursor aeróbio). Ácido Lático e Ácido Pirúvico (Lactato) (Piruvato) • H+ removidos: transportados por “moléculas transportadoras”: o NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo); o FAD (flavina adenina dinucleotídeo). • Importantes para geração anaeróbia e aeróbia de ATP. Ácido Lático e Ácido Pirúvico (Lactato) (Piruvato) • Reações de OXIDORREDUÇÃO o OXIDAÇÃO: remoção de elétrons; o REDUÇÃO: captação de elétrons. Ácido Lático e Ácido Pirúvico (Lactato) (Piruvato) • NAD - grupo nicotidamida: o Derivado da vitamina B; o Deficiência acarreta em baixos níveis de energia; o Transporte de H tem papel importante nas reações da via glicolítica anaeróbia. • Fornecimento de 2 H para transformar ácido pirúvico em ácido lático. Ácido Láctico e Energia • • Lactato: produzido e tolerado para que possam ser geradas poucas, mas preciosas, moléculas de ATP; • São geradas até que células se tornem tão ácidas que não podem funcionar efetivamente; • Capacidade de gerar alguma ATP, tolerar acúmulo de lactato e função muscular comprometida – implicações importantes para a sobrevida. AMEAÇA (Afogamento, estrangulamento, asfixia) ESFORÇOS INTENSOS/MÁXIMOS (Máximo desempenho, evitar lesão, fugir de situação desfavorável) GLICÓLISE ANAERÓBIA Ácido Lático ADP + Pi 2 ou 3 ATP Glicogênio Glicose Ácido Pirúvico Sem O2 H+ Glicólise Anaeróbia - RESUMO • Produção de ATP em curto prazo; • Utiliza apenas carboidratos como combustível; • Resulta na formação de ácido lático, relacionado à fadiga muscular; • Não requer a presença de O2; • Libera energia suficiente para ressíntese de poucas moléculas de ATP. Sistema Glicolítico • Energia disponível em curto prazo; o Reações acopladas; o 1 molécula de CHO (180g) = 2 – 3 ATP**; • Poucas moléculas de ATP em comparação à desintegração completa (38 a 39 ATP); • Equações resumidas das reações acopladas: (C6H12O6)n 2C3H6O3 + Energia (glicogênio) (ácido lático) Energia + 3ADP + 3Pi 3ATP Sistema Glicolítico • **Durante exercício exaustivo, produção de ATP útil por glicólise anaeróbia: um pouco inferior aos 2 - 3ATP; • Tolerânciado tecido muscular e sangue ao ácido lático: o Tolerância = 60 - 70g (2,0 - 2,3 g/kg) antes de surgir fadiga; o 180 g de glicogênio (1 molécula) desintegrados anaerobicamente durante o exercício = 180g ácido lático – INTOLERÁVEL; o Na prática: 1,0 – 1,2 ATP ressintetizados durante exercício pesado antes do ácido lático alcançar níveis exaustivos. Sistema Glicolítico • Energia (ATP) disponível = ~2x maior que sistema ATP-CP; • Fornecimento relativamente rápido; • Exercícios intensos com duração de 1 – 3 minutos. Sistema Glicolítico e Exercício Esforços de alta intensidade, alta velocidade, ou que exijam muita força por um período maior que 10 ou 15 segundos: (potencia máxima entre 1 e 3 minutos) • corridas de 200, 400, 800 metros; • natação 100 m; • 15 saltos contínuos; • exercício com peso para 6 a 15 RMs, etc. Continuum Energético Reserva de ATP Sistema ATP - CP Sistema Glicolítico Sistema Aeróbio Performance SISTEMA AERÓBIO (Sistema Oxidativo) Desintegração completa dos CHO, AGL e AA “Energia a Longo Prazo” PRÓXIMA AULA...
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