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Morfofuncional ASE 6 Sistema Linfático Parte fisiológica: São centros encapsulados de apresentação de antígeno e ativação, diferenciação e proliferação de linfócitos. Eles geram células B e T maduras preparadas para antígeno e filtram partículas, inclusive micróbios, da linfa pela ação de numerosos macrófagos fagocíticos. Em adultos são encontrados até 450 linfonodos; 60-70 na cabeça e pescoço; 100 no tórax e até 250 no abdome e pelve. • Características: São pequenos, de tamanho variável (1mm – 2cm de comprimento), possuem uma face convexa e outra achatada. Na face convexa: chegada de vários vasos linfáticos aferentes Na face achatada: vasos linfáticos eferentes Podem estar associados a tecido adiposo dependendo da localização, como por exemplo na cavidade abdominal e pleural, assim como estar ou não envolvidos por tecido conjuntivo denso não modelado. • Localização: São encontrados ao longo dos vasos linfáticos espalhados pelo corpo • Funções: Filtrar a linfa (composto por proteínas e lipídeos); manter, produzir e liberar os linfócitos B na circulação; alojamento de linfócitos T Microestrutura ▪ Região cortical: - Presença de inúmeros nódulos linfoides Nódulos linfoides: são condensações esféricas de linfócito B → em atividade → Centro germinativo - Zona do manto: envolve o centro germinativo e é composta por linfócitos não ativados. Possui antígenos em sua superfície. - Seio subescapular: linfa chega pelos vasos eferentes - Trabéculas (paredes/septos): possuem muitos vasos sanguíneos - Seio trabecular: é uma continuação do seio subescapular Centro germinativo ou folículo secundário: significa a reatividade de linfócitos a um determinado antígeno e, dessa forma, o desenvolvimento de uma resposta imunitária ▪ Região de transição → Cortical interna/profunda ou paracortical - Não possui nódulos linfáticos - Presença predominante de linfócitos T auxiliares - Há as vênulas pós-capilares especializadas (vênulas endoteliais altas) com grande quantidade de aguaporinas para FACILITAR a reabsorção do fluido intersticial ▪ Região medular - Cordões medulares: feitos por tecido linfoide difuso - Linfócitos B que migram da região cortical secretam imunoglobulinas nessa região medular - Seios medulares: separa os cordões medulares, recebem a linfa proveniente da região cortical para encaminhá- la para os vasos linfáticos eferentes. Grupos de linfonodos ▪ Pescoço Todos drenam para o gropo terminal relacionado à bainha carótica ➔ L. cervicais profundos superiores// Subgrupo: o L. jugulodigástrico ➔ L. cervicais profundos inferiores o Relacionado à inferior da V.jugular ➔ L retrofaríngeo o Entre as fáscias faríngeas e pré-vertebral ➔ L. paratraqueais o Ao longo do nervo laríngeo recorrente ➔ L. infra-hióideos, pré-laríngeos e pré-traqueais o Abaixo da fáscia profunda ➔ L. linguais o Pequenos e inconstantes ▪ Membros inferiores ➔ L. Poplíteos • Grupos profundos na face medial da V. femoral • Grupos superficiais o Vertical inf proximal da V safena magna o Superior paralelo ao lig inguinal ▪ Cabeça • Parotídeos, pré-auriculares, Occipitais, mastóideos, submandibulares e submentuais São agregados de tecido linfoide que protegem a faringe oral com uma resposta imune linfocítica ▪ Faríngea ou adenoide (quando aumentada) Situa-se na túnica mucosa do teto e parede posterior da parte nasal da faringe. É impar e possui cápsula incompleta sendo mais delgada. Observa-se uma prega vertical de mucosa (prega salpingofaríngea) que se estende inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva. Essa prega recobre o músculo salpingofaríngeo. Perto do óstio faríngeo da tuba auditiva há uma coleção de tecido linfoide que forma a TONSILA TUBÁRIA Em fetos: A superfície livre tem pregas que seguem anterior e lateralmente a partir de um recesso cego mediano O recesso é a bolsa faríngea (bolsa de Luschka), que se estende posteriormente. O suprimento sanguíneo para a tonsila faríngea se dá através: o das artérias faríngeas ascendente e palatina o do ramo tonsilar da artéria facial o do ramo faríngeo da artéria maxilar o da artéria do canal pterigóideo o da artéria basoesfenoide ▪ Palatina Alterações: tamanho variável com idade, nos primeiros cinco ou seis anos de vida, as tonsilas aumentam rapidamente de tamanho. Elas geralmente atingem um máximo na puberdade, quando apresentam diâmetros médios de 20-25 mm na vertical e 10-15 mm na transversal, e projetam-se visivelmente para a orofaringe. A involução tonsilar começa na puberdade, quando o tecido linfoide reativo começa a atrofiar e, na idade avançada, apenas pouco tecido linfoide permanece. Situam-se entre o limite da cavidade oral e a orofaringe, entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo Superfície medial apresenta cerca de 10-20 depressões que formam um sistema de fundo cego, criptas que se estendem por toda a espessura da tonsila A superfície lateral ou profunda estende-se inferior, superior e anteriormente. Inferiormente: invade o dorso da língua Superiormente: invade o palato mole Anteriormente: pode estender-se por determinada distância sob o arco palatoglosso - Hemicápsula tonsilar: camada de tecido fibroso que cobre a face lateral profunda e é separável na maior parte de sua extensão a partir da parede muscular subjacente da faringe. Anteroinferiormente, adere a região lateral da língua e ao palatoglosso e palatofaríngeo. Nesta região, a artéria tonsilar, um ramo da artéria facial, penetra na tonsila, acompanhada pelas veias acompanhantes. Uma veia importante, a veia palatina externa, ou veia paratonsilar, desce a partir do palato mole lateral até a hemicápsula tonsilar antes de perfurar a parede faríngea. As tonsilas recebem sangue através das seguintes artérias: o tonsilar o faríngea ascendente o facial (ramos tonsilar e palatino ascendente) o lingual (ramo lingual dorsal) ▪ Lingual Situa-se no terço posterior da língua, na face dorsal, após o sulco terminal Coberta por epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado Constitui-se de folículos de tecido linfoide que formam projeções arredondadas que produzem recessos irregulares. Devido a sua localização, fica exposta à irritação por agentes químicos como álcool e tabaco → pode haver alteração do seu epitélio pavimentoso Observa-se hipertrofia dessas tonsilas em pacientes com distúrbios como a doença do refluxo gastresofágico. Anel de Waldeyer O anel de Waldeyer é um anel circunfaríngeo do tecido linfoide associado à mucosa que circunda as aberturas para os tratos digestório e respiratório. anteroinferiormente pela tonsila lingual lateralmente pelas tonsilas palatinas e tubária posterossuperiormente pela tonsila nasofaríngea acúmulos menores de tecido linfoide nos intervalos intertonsilares. Alterações: A medula vermelha é encontrada em todo o esqueleto, no feto e durante os primeiros anos de vida. Na altura do quinto ano, a medula vermelha, que representa tecido ativamente hematopoiético, é gradualmente substituída nos ossos longos por medula amarela. A substituição começa mais cedo e geralmente é mais avançada nos ossos mais distais. Pelos 20-25 anos de idade, a medula vermelha persiste apenas nas vértebras, esterno, costelas, clavículas, escápulas, pelve, ossos cranianos e extremidades proximais do fêmur e úmero. Consiste em uma rede de tecido conjuntivo frouxo, o estroma, que dá suporte a coleção de células hematopoiéticas (ilhas hematopoiéticas) e um rico suprimento vascular que formam sinusoides. Formada por compartimentos vascular e extravascular, ambos inclusos dentro de um arcabouço ósseo do qual estão separados por uma camada fina de células endosteais. Suprimento vascular é derivado da artéria nutrícia do osso. Ausência de vasos linfáticos. ▪ Estroma: Composto por finas fibras de colágeno tipo III (reticulina)secretadas por células semelhantes a fibroblastos, altamente ramificados, especializadas (células reticulares), derivadas do mesênquima embrionário. Quando a hematopoese cessa essas células (ou células estreitamente relacionadas) se tornam distendidas com gotículas de lipídio e enchem a medula com tecido gorduroso amarelo (medula amarela) Contem numerosos macrófagos afixados a fibras da matriz acelular que fagocitam ativamente detritos celulares criados pelo desenvolvimento hematopoiético. Irrigação é feita pelas artérias: Metafisiais: que entram na metáfise do osso longo e suprem o tecido ósseo da metáfise Episiais: que penetram na epífise do osso longo e suprem o tecido ósseo da epífise Nutrícia do osso: relação com o forame nutrício; ramificam-se na medula para terminar em arteríolas de parede fina que dão origem aos sinusoides Drenagem: Feita exclusivamente pelos sinusoides para veias desproporcionalmente grandes (Seio venoso → Seio central) É um órgão bilobado, encapsulado e macio. Localizado na linha mediana onde estão unidos por tecido conjuntivo, onde sua maior parte se situa no mediastino superior e parte no inferior. Sua borda inferior atinge o nível das quartas cartilagens costais. Normalmente apresenta aderências com o pericárdio fibroso, o qual necessita de uma pericardiectomia limitada durante a timectomia. Possui as seguintes relações: Superiormente: Presença de extensões para o pescoço Polos superiores se unem e se estendem até o nível da incisura jugular Polo esquerdo se estende mais alto e pode está conectado à tireoide pelo ligamento tireotímico Inferiormente: A extremidade do lobo direito encontra-se ao lado direito da parte ascendente da aorta, lado direito do pulmão e anteriormente a veia cava Anteriormente: Músculo esterno-hióideo Músculo esternotireóideo Manúbrio do esterno Lateralmente: Pleuras Anterolateralmente: Nervos frênicos Posteriormente: Vasos do mediastino superior (VCS, Vv. Braquiocefálicas e Arco aórtico) Parte superior da traqueia Superfície anterior do coração Esquema de irrigação: Os ramos arteriais passam diretamente através da cápsula ou em meio aos septos interlobares Esquema de drenagem: Inervação: Nervo vago Cadeia simpática: gânglio cervicotoráxica (alça subclávia) Capilares sanguíneos → Espaços intersticiais → capilares linfáticos → vasos linfáticos aferentes → (0) linfonodos → (1) linfa flui pelo seio subescapular → (2) passa pelos nódulos entre as trabéculas (seios peri-trabeculares) → (3) ingressa nos seios medulares (seios subcorticais) → Vasos linfáticos eferentes → Troncos linfáticos → Ductos linfáticos → Sangue Capilares linfáticos Localizados nos espaços entre as células. MAIOR PERMEABILIDADE do que os vasos sanguíneos. Tem um diâmetro um pouco maior do que os capilares sanguíneos. Unem-se para formar vasos linfáticos maiores. Vasos linfáticos Presentes e quase todo o corpo → com vasos de paredes finas que têm muitas válvulas linfáticas. Vasos linfáticos superficiais → mais numerosos que as veias no tecido subcutâneo e que se anastomosam livremente, acompanham a drenagem venosa e convergem para ela. Vasos linfáticos profundos → acompanham as artérias e também recebem a drenagem de órgãos internos. Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos (geralmente vários conjuntos) em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos entram em grandes vasos coletores, denominados troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou ducto torácico. Tronco linfático União de vasos linfáticos que deixam os linfonodos. Quando os vasos linfáticos saem dos linfonodos em uma dada região do corpo, eles se unem para formar troncos linfáticos. Troncos lombares drenam linfa dos membros inferiores, da parede e vísceras da pelve, dos rins, das glândulas suprarrenais e da parede abdominal. Tronco intestinal drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte do fígado Troncos broncomediastinais drenam a linfa da parede torácica, pulmão e coração Troncos subclávios drenam os membros superiores Troncos jugulares drenam a cabeça e o pescoço. • Localização: se estende da segunda vertebra lombar até a base do pescoço Drena a linfa para o sangue venoso na junção das veias que o acompanham. Acompanha as veias jugular interna e subclávia esquerda. Cisterna do quilo Onde começa o ducto torácico Dilatação anterior à vértebra L2 Recebe linfa dos troncos lombares direito e esquerdo, além do tronco intestinal Recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço, do tórax, membro superior esquerdo e todo o corpo abaixo das costelas Drena para o sangue venoso na junção das veias que o acompanham Recebe linfa dos troncos jugular direito, subclávio direito e broncomediastinal direito. Recebe linfa do lado superior direito do corpo ✓ Lado direito da cabeça. ✓ Pescoço. ✓ Tórax. ✓ Membro sup. Direito. ✓ Pulmão direito. ✓ Lado direito do coração. ✓ Face diafragmática do fígado.
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