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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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20
nara aparecida de jesus
adaptação em series iniciais
EDUCAÇÃO INFANTIL ADAPTAÇÃO EM SERIES INICIAIS
sÃO paulo
2020
 nara aparecida de jesus
adaptação em series iniciais
EDUCAÇÃO INFANTIL ADAPTAÇÃO EM SERIES INICIAIS
Projeto apresentado ao Curso de Pedagogia da Instituição Anhanguera.
Orientador: Elisa Hofmeister
São Paulo
2020
16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO A adaptação para crianças	4
1.1 O PROBLEMA Capitulo I Objetivo da adaptação	20
2 OBJETIVOS Autonomia Infantil	21
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO Objetivos espeficos educação infantil	21
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS	22
3 JUSTIFICATIVA	22
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	24
5 METODOLOGIA	34
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO	35
REFERÊNCIAS	36
1 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO A ADAPTAÇÃO PARA CRIANÇAS
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é mostrar toda o processo entre pais e responsáveis professor e corpo docente, analisando assim de que forma podemos como educadores agir da melhor forma para que essa criança se adapte ao seu novo mundo sua trajetória com novas crianças a preparação em si para uma nova etapa da vida. Através de Piaget, verificamos toda a importância da cooperação no desenvolvimento da autonomia, ele destaca que da cooperação deriva o respeito mútuo, ocorrendo assim o desenvolvimento intelectual e moral da criança. Trazemos também a importância que a BNCC dá ao desenvolvimento da identidade. No campo de experiência O Eu, o Outro e o Nós, quando traz a criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento pois é um processo de desenvolvimento natural e espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas das escolas e creches tanto na creche quanto na pré-escola. No processo educativo, verificamos através de Vicente Zatti, a importância de fomentar a curiosidade e a criticidade, deixando de lado a memorização mecânica, utilizando como aliado o recurso pedagógico piagetiano, a cooperação, ambos visando o desenvolvimento da identidade da criança. Diante de nossa pesquisa temos como objetivo reconhecer como a criança se desenvolve cognitivamente em sua autonomia e identidade, sendo assim a fim de possibilitar a construção plena de sua identidade. Criar meios de aquisição de conhecimento de si mesmo e do mundo ao seu redor.
CAPÍTULO I OBJETIVO DA ADAPTAÇÃO:
Antes de observarmos questões de identidade e autonomia e as relações que permeiam o desenvolvimento infantil na primeira infância, vejamos a concepção de criança que é definida pelo momento histórico em que é observada. Por volta dos séculos XIII, XIV e XV, a criança participava da vida adulta, não havia distinção entre criança e adultos. Participavam de festas, jogos, assim que se tornavam menos dependentes. Somente a partir do século XVII foram surgindo representações em que a criança ganhasse seu espaço social, as famílias começam a se organizar em torno de todo aluno.
[...] A imagem de criança celeste, angelical e endeusada foi sendo superado pela imagem da criança real, histórica, com feições determinadas, com vestimentas específicas e com uma identidade particular [...] (Boarini, 1996 apud Pimentel, p 189).
 Em contrapartida, devido às transformações sociais inerentes ao modo de produção capitalista, descobre-se a criança enquanto força de trabalho e por consequência a exploração da mão de obra infantil. Com isso, o Estado intervém reforçando a ideia de proteção e controle da infância e a ideologia de que a criança pertence aos pais, cabendo a estes a principal responsabilidade até que se tornem adultos. Hoje em dia a concepção de criança é de ser social de diretos garantidos por lei, direito de brincar, estudar, explorar, conhecer, admirar, dentre outros. É assegurado à criança o direito a ser respeitada. O artigo 17do ECA (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990) A primeira infância é um período importantíssimo para o desenvolvimento cognitivo, social e motor da criança, independentemente de como a criança é vista. Muito do adulto que ela vai ser tornar será definido na educação infantil.
Segundo o Dicionário Michaelis, identidade é um “conjunto de caracteres próprios de uma pessoa, tais como nome, profissão, sexo, impressões digitais, características físicas, etc., nos quais são considerados exclusivos dela e, consequentemente, levado em conta quando ela precisa ser reconhecida” (MICHAELIS , 2002, p.405).
Assim que nascemos somos inseridos em uma sociedade com valores diferentes em relação à ética e a moral, rica em diversidade cultural e étnica, isso nos torna seres sociais no processo de socialização, no qual permanecemos por toda a vida, ocorrendo a construção de nossa identidade de uma forma singular e subjetiva. Nosso primeiro círculo social é a família, a qual tem grande parte na formação de nossa identidade. Neste momento já é possível distinguir o papel que cada um ocupa. Umas das principais conquistas da criança em seu processo de desenvolvimento é o início da construção de sua própria identidade, mas, a identidade leva uma vida inteira para ser construída.
A aquisição da linguagem também é um ponto característico do processo de diferenciação entre o eu e o outro. A criança apresenta a fala desde muito cedo, primeiramente através de um processo denominado por Piaget como lalação, posteriormente este evolui para o estágio da fonação. Segundo Garcia (1984) esta é uma fase de exercício do aparelho vocal e de repetições das palavras que a criança escuta em seu dia a dia. Essa repetição se dá de modo fragmentado, são apenas alguns sons das palavras escutadas e não a palavra completa. (GARCIA, 1985 apud AVILA, 2008, p. 12).
Segundo Piaget, há quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo. O primeiro é o estágio sensório -motor, que vai até os 02 anos. Nessa fase, as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta. O estágio pré-operacional vai dos 02 anos aos 07 anos e se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. A criança continua egocêntrico e ainda não é capaz, moralmente, de se colocar no lugar de outra pessoa. O estágio das operações concretas, dos 07 aos 11 ou 12 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número. Por volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais (MÁRCIO FERRARI, 2018). A construção da identidade se dá por meio da interação da criança com o meio social em que ela convive, inicialmente, no seio familiar e logo depois na escola. A inserção da criança nos espaços educacionais se faz um universo social diferente do da família, favorecendo novas interações e ampliando seus conhecimentos a respeito de si e dos outros. A autoimagem também é construída a partir das relações estabelecidas em grupos em que a criança convive. A BNCC (BRASIL, 2017) traz como eixos estruturantes as interações e as brincadeiras, assegurando às crianças os direitos de, ou seja, a criança deve se relacionar com toda e qualquer tipo de cultura, para novos conhecimentos, tanto intelectual quanto cultural. Com isso acabam conhecendo e respeitando todo o tipo de vivência. Traz como eixos estruturantes as interações e as brincadeiras, assegurando às crianças os direitos de, ou seja, a criança deve se relacionar com toda e qualquer tipo de cultura, para novos conhecimentos, tanto intelectual quanto cultural. 
Brincar: cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentesparceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando se acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. (BRASIL,1996).
É necessário que todo aluno tenha um espaço rico em cultura e diversidade para que ela possa se enriquecer intelectualmente e com isso ter uma grande bagagem de conhecimentos, pois até brincando a criança aprende. Participar: ativamente, com adultos e outros alunos, tanto do planejamento da gestão dos colégios e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo se posicionando. (BRASIL,1996). Toda criança precisa ser ouvida, saber fazer escolhas, aprender a respeitar a escolha do colega, deixá-la se sentir importante naquele espaço, deixar que ela tenha envolvimento com pessoas diversas dentro da escola, com toda a atenção e cuidados dos professores. As crianças necessitam de espaços variados, brinquedos diversos, pessoas variadas, locais diferentes, tecnologia avançada, histórias de diferentes pontos de vista, todo tipo de arte etc., para que ela se satisfaça integralmente. É preciso deixar e incentivar que toda classe alunos para que possam se manifestar sentimentalmente, emocionalmente, deixá-la opinar, dar sugestões e respeitar a opinião alheia, tudo isso faz com que ela desenvolva seu lado afetivo e aprenda a se relacionar com as demais pessoas. Conhecer-se: e construir sua identidade pessoal, social, e cultural, construindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeira e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. (BRASIL,1996).
Na BNCC (BRASIL,2017) o Campo de experiência que destaca a identidade da criança é O Eu, o Outro e o Nós, esse campo vemos que os alunos aprendem quem ela é através do convívio social, conseguindo se diferenciar dos outros, aprendendo a se elaborar a partir da cultura em que está inserido, percebendo que as pessoas e os modos de vida são diferentes, construindo assim sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de independência com o meio. Ampliando também o modo de perceber a si mesma e ao outro, valorizando sua identidade, respeitando o outro e reconhecendo suas diferenças que se constituem como seres humanos.
Essa concepção de criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural e espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na educação infantil, tanto na creche quanto na pré-escola (BRASIL, 1996 p.36,37,38).
1.2. Autonomia Infantil
 O termo “autonomia” tem origem grega (Auto “de si mesmo” Nomos “lei”) e refere-se ao poder de ser autossuficiente e independente. Não se entende esse poder como algo absoluto e ilimitado, também não se entende como sinônimo de autossuficiência. Trata-se de uma característica importante para o pleno desenvolvimento humano, e no que se refere especialmente à autonomia das crianças, ela é bastante significativa. Quando os pequenos são motivados a buscar independência e liberdade em suas ações, tanto em casa quanto na escola, suas potencialidades podem oferecer campo fértil para o crescimento.
A autonomia é desenvolvida pela criança desde pequenas, quando lhes são dadas oportunidades de decisão, segundo o Referencial Nacional para a Educação Infantil (1988, p. 39) “[...] O exercício da cidadania é um processo que se inicia desde a infância, quando se oferecem às crianças oportunidades de escolha e de autogoverno. [...]” (BRASIL, 1998, vol. 2). A criança quando se desenvolve aprende no seio familiar o que pode e o que não pode fazer, agir e dizer na nossa sociedade. Muitas vezes somos bombardeados por perguntas, como: Por que não posso e ele pode? Por que ela tem e eu não tenho? Por que não posso falar isso? Por que não posso dizer mentiras? É uma gama de perguntas que muitas vezes os adultos ficam sem saber como responder. Será que é necessário responder todas as perguntas de prontidão? Crianças aprendem com experiências, ou seja, com exemplos. Para Rosseau, não somos individualmente autônomos, apenas o somos como membros de um tipo especial de sociedade. Segundo Scheneewind (2001, p. 559), quando o contrato social cria uma ideia de bem comum o pensamento ativa em cada indivíduo um amor inato que permite controlar os desejos privados e agir como membros de um todo moral (ZATTI, 207, p.23). O desenvolvimento moral refere-se ao desenvolvimento das crenças, valores, ideias sobre a noção do certo ou errado. Quando nos sentimos culpados por algo que fizemos, estamos emitindo um juízo, esse julgamento de nós mesmos é a nossa moral se manifestando. A criança para Piaget, não é “um ser passivo cujo cérebro deve ser preenchido, mas um ser ativo, cuja pesquisa espontânea necessita de alimento”. Esta ideia vem ao encontro da ideia de cooperação, na medida em que o trabalho em grupo e a pesquisa são atividades que permitem colaboração e troca (ZATTI,2007, p. 58). A criança tem ideia de moralidade? Muitas crianças aprendem sem dificuldade esse conceito e outras crianças terão a necessidade de serem ensinadas, devemos lembrar que sempre irá ter diferenças de moral e ética de cultura para cultura, o que pode ser errado para nós pode ser certo em outra localidade. “A moral refere-se ao que devo ser, como devo agir perante o outro”. (Vinha 1999, p.17). É necessário que a criança aprenda desde cedo porque deve seguir normas de conduta, porque existem valores que são imprescindíveis na vida do ser humano. O desenvolvimento moral da criança Autonomia é sinônimo de autogoverno, ou seja, é a submissão voluntária do indivíduo a uma forma de disciplina, de conduta que ele próprio elabora e adapta à sua personalidade. De acordo com Nogueira e Pilão (1998): “No desenvolvimento infantil, gradualmente a criança se torna mais autônoma; pelo menos essa é a tendência natural ou ideal; à medida que a criança se desenvolve, espera-se que seja menos governada por outros. Quando pequena, a criança necessita de cuidados de outras pessoas, sendo, portanto, considerada heterônoma; à medida que seu físico e seu psicológico amadurecem, ela se torna mais capacitada a governar-se, a agir de forma mais independente, ela não precisa do outro, tornando-se então autônoma”. O desenvolvimento moral da criança, segundo Piaget (1978), passa por duas fases – a anomia e a heteronomia; estas fases vão sendo superadas e evoluem com o passar do tempo até que elas conquistaram a autonomia. A anomia caracteriza -se pelo egocentrismo; as crianças não sabem o que é certo ou errado, são incapazes de seguir normas, estando presente na faixa etária de até um ano e meio. Neste período a relação que estabelecem é a de afeto pelos pais. A heteronomia caracteriza-se quando começam a ser respeitadas as regras impostas pelos adultos. Como consequência, há o desenvolvimento unilateral em relação ao adulto, baseado em dois sentimentos principais: o afeto e o medo. A criança heterônoma julga segundo um realismo moral, isto é, as regras devem ser seguidas literalmente. Normalmente ela despreza as intenções e se apega às consequências, considerando “boa” toda criança que segue fielmente as regras dos adultos. A ideia de justiça é confundida com a ideias de lei e com a de autoridade. O que se deve buscar no desenvolvimento moral da criança é atingir a autonomia, baseada na capacidade de avaliar os aspectos de um fato, julgar e decidir de forma sensata.
As crianças têm autonomia, mas muitas vezesdependem do adulto para efetivá-la. Antes das crianças terem liberdade para realizar seus desejos, escolher suas tarefas e tornar suas próprias decisões perante o grupo, elas necessitam da orientação e não de autoridade autoritária do adulto. Elas precisam de apoio, de opções, de realizar, escolher, experimentar uma autonomia própria (VIEIRA, 2009, p. 02.).
CAPÍTULO II O PAPEL DO PROFESSOR E PAIS NA INTODUÇÃO DE SERIES INICIAIS E ENSINO FUNDAMENTAL
 Tanto os pais como os professores têm importância e responsabilidade em proporcionar novas interações para que a criança tenha a ampliação de conhecimento e respeito de si mesma, com ambientes fartos de interações acolhedoras que promovam o reconhecimento das diversidades, trabalhando coletividade e autoimagem positiva.
“A criança tem necessidade de ser prestigiada, de mostrar que tem qualidades a serem admiradas, ou melhor, de ser mostrar no que ela acredita poder agradar aos outros para obter exclusividade de atenção” (...). Ao se exibir, a criança reconhece que pode ter sucesso ou fracassar. Dessa maneira, a necessidade de ser admirada e aprovada por quem admira vem sempre acompanhada por inquietações, conflitos e decepções, pois nem sempre correspondem à sua expectativa. A criança torna-se não só competitiva, mas ciumenta. (MAHONEY & ALMEIDA, 2007, p. 43apud AVILA, 2008, P. 16, 17).
Os professores e os pais tendem a acompanhar a percepção das crianças em relação a sua imagem e dos colegas, tornam-se mais clara mesmo em novas situações criadas e na criação da identidade individual e em grupo. Uma grande conquista na independência da criança é adquirir responsabilidades, ter tarefas em casa desde que os pais respeitem o tempo e suas limitações, devem ser encaradas por pais e filhos com atividade compartilhada para a sequência positiva, para a família, e não como uma obrigação. A criança assumindo responsabilidades em casa, entende que vai haver regras na vida adulta e percebe seu papel na sociedade para que consiga realizar os desafios propostos, e encarar as dificuldades como um aprendizado. Uma criança estimulada vai em busca da autonomia, assim que percebe que está se relacionado com o próximo, sendo assim, ela entende melhor o mundo ao seu redor e é capaz de ajudar em atividades relacionadas a família e a escola.
2.1. Desenvolvimento Cognitivo
Estudo realizado na Universidade de Montreal com 78 mães e filhos mostrou que quando elas dão autonomia às crianças há um impacto positivo na função executiva, um dos pilares do raciocínio, capacidade de resolução de problemas e flexibilidades de tarefas, além da capacidade de planejamento e execução de atividades. O estudo foi realizado pela pesquisadora Célia Matte-Gagné, Os participantes foram visitados em suas casas duas vezes pela equipe de pesquisa, quando a criança tinha 15 meses e depois quando a criança tinha 3 anos de idade, cada visita durava de 60 a 90 minutos, as atividades eram gravadas em vídeo sendo assim os pesquisadores pudessem analisar o tipo de suporte materno. Ou seja, o quanto a mãe o encorajava, se era flexível, se incentivava, se respeitava o ritmo da criança. Quando as crianças completaram três anos, os cientistas, por meio de uma série de jogos adaptados, avaliaram a força de memória de trabalho e da capacidade de pensar sobre vários conceitos simultaneamente. Aquelas que obtiveram melhores pontuações tinham mães que ofereciam um suporte consiste no ao desenvolvimento de sua autonomia. (UNIVERSIDADE DE MONTREAL, 2015). Diversos autores destacam a autonomia como fator importante no desenvolvimento cognitivo e como a motivação da criança predispõe a aprendizagem.
“No pensamento de Piaget a autonomia constrói-se numa base de cooperação e de independência e o contexto relacional assume particular importância para o crescimento cognitivo” nessa perspectiva surge o contexto educativo como um espaço privilegiado na construção de autonomia” (FLEMING, 1993, p. 80 apud AFONSO, 2003, p. 22).
2.2. Autonomia e o desenvolvimento escolar
De antemão, dizemos que a escola não pode simplesmente ter suas regras e normas preestabelecidas por um órgão que não conhece o dia a dia da escola, que se baseia em generalizações globais. A autonomia da escola é vital para que ela possa ter liberdade para adaptar ao meio social, não é, portanto algo que te deixa livre para agir como bem entender, afinal isso não seria autonomia, ela se constrói com a probidade político pedagógico, intelectual e financeira. É extremamente importante a participação da sociedade no processo de autonomia, para que a escola consiga é necessária a mobilização ativa dos pais e alunos.
Para Cunha (2003, p. 98): Genericamente pode-se dizer que a cooperação, como recurso pedagógico, coloca em prática a tese piagetiana de que não é conhecimento aquilo que o educando adquire passivamente e mais ainda, que não é possível conhecer um objeto qualquer por meio de um único ponto de vista. O trabalho em equipes permite que os alunos atuem sobre os saberes a serem aprendidos, que pesquisem, busquem novas fontes de informação, que sobre os conteúdos escolares e, principalmente, que façam tudo isso traçando ideias, uns com os outros, trabalhando cooperativamente na construção do conhecimento.
Uma das ideias primárias é ouvir a sociedade e entender quais as principais necessidades, a escola pode buscar uma educação responsiva e que atenda as carências da comunidade, pensar em uma em uma via de mão dupla mútua, com coordenação, gestores e sociedade trabalhando em conjunto. Essa reflexão contribui também para uma melhor compreensão dos diversos caminhos possíveis na construção da autonomia dos colégios e seus processos. É necessário que os colégios proporcionem espaços educativos para a construção da identidade, com ambientes favoráveis para os alunos desenvolverem sua autonomia em espaços físicos acolhedores, interativos e pleno de motivações. Motivar as crianças, envolvê-las e fazer com que eles desenvolvam as capacidades de agir, pensar e se posicionar é o objetivo da maior parte dos professores e educadores. Não existe aprendizado, seja ele qual for, por meio de pressão, imposição e tempos determinados. É preciso perceber que cada aluno tem seu tempo de aprendizado e seu ritmo próprio. “Embora as crianças desenvolvam suas capacidades de maneira heterogênea, a educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas os alunos considerando, também, as possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes faixas etárias. Para que isso ocorra, faz necessário uma atuação que propicia o desenvolvimento de capacidades envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva, estética, de relação interpessoal e inserção social” (BRASIL, 1998, p. 47). Mesmo sendo bem complicado manter todas as crianças no mesmo ritmo na sala de aula, o mais importante é deixar de lado um pouco a forma tradicional de transmitir o conteúdo. O ideal é pensar em formas de educação, fazendo com que as crianças realmente aprendam e não simplesmente decorem, tornando o aprendizado uma coisa chata e amedrontadora.
 Identidade para Vida Após darmos início a construção de nossa identidade e autonomia, no decorrer de nossas vidas, buscamos incessantemente por uma identidade que jamais será alcançada em definitivo, por ela ser ilimitada, serão postos em nossos caminhos várias novidades onde assumiremos identidades diversas como se fossem personagens de filmes.
Segundo Bauman “Nesse nosso tempo fluído, comprometer-se com uma única identidade para toda a vida, ou até mesmo do que a vida toda, por um logo tempo à frente, é um negócio arriscado. As identidades são para usar e exibir, para armazenar e manter” (BAUMAN, 2005 p. 96 apud AVILA, 2008, p. 38).
No decorrer da vida o ser humano busca incessantemente seu papel no mundo, muitas vezes se deparam com dúvidas, como: Quem sou? A qual lugar eu pertenço? Nessa busca acabam por se relacionar com ostros indivíduos para que consigam encontrar o seu “EU”. Em busca de diversidade de identidade a criançatem um longo caminho pela frente, serão tempos cruciais no decorrer de toda a jornada. A busca pelo primeiro amor, primeiro amigo, primeiro emprego, primeira graduação, todas essas descobertas serão usadas e abusadas dessas diversas identidades, já se tornou um ser pensante, ativo, crítico e moralmente autônomo.
Em toda história de educação Infantil, na maioria das vezes, é concebido pelos profissionais como um período e espaço determinados pela instituição, tendo como principal objetivo estimular as crianças a pararem de chorar. No entanto, acreditar que o sucesso do desenvolvimento das crianças se traduz somente na ausência de choro é desconsiderar toda uma situação emocional complexa, a qual não se expressa apenas por ele e impede muitas crianças e famílias de se adaptarem. Muitas crianças apresentam doenças, no período de adaptação, mudam o comportamento, podem se tornar rebeldes e agressivas ou extremamente manhosas e carentes; na verdade, muitas regridem: crianças de três anos voltam a se comportarem como bebês, evacuam e urinam nas roupas (RAPOPORT, 2005). Aos familiares, resta o sofrimento em decorrência da separação da criança e das inseguranças e angústias por terem.
OBJETIVO
 O Desenvolvimento da criança como um todo, adaptação em series inicias como a criança se desenvolve com a inserção em creches, a ausência dos pais em período integral autonomia e identidade o corpo docente e a gestão escolar em cada nível de desenvolvimento possibilitando assim a construção plena de sua identidade, de toda a sua comunicação em meio a criar meios de aquisição.
Os educadores infantis ainda se agarram à concepção de família idealizada, burguesa, nuclear, livre de conflitos, problemas, doenças e ameaças à sua harmonia, o que se traduz num fator impeditivo para o relacionamento dessas instituições com as famílias. Para possibilitar um bom relacionamento entre as instituições de Educação Infantil e a família, é preciso que os educadores passem a conceber a família como ela realmente é: uma organização histórica, social, sujeita às transformações, pois constantemente os seus membros precisam se reorganizar, para se adaptar às necessidades que a vida vai impondo. A visão negativa da família, sem dúvida, tem dificultado e até mesmo impedido o estabelecimento de uma parceria entre as instituições de Educação Infantil e a família, já que reflete o desrespeito dos educadores para com as famílias, ao considerá-las incapazes de promover o desenvolvimento saudável de seus filhos e de contribuir para a prática pedagógica da escola. Não podemos negar que há alguns casos de famílias disfuncionais, as quais, independentemente de sua estrutura, não conseguem oferecer cuidado, amor, afeto e proteção aos seus membros, principalmente aos menores; todavia, não podemos, a partir dessas referências negativas, desacreditarmos da capacidade das famílias, em geral, pois muitas delas se organizam e conseguem alcançar as expectativas sociais.
METODOLOGIA
O presente Projeto de Pesquisa é de natureza qualitativa foi utilizada a revisão bibliográfica como método de pesquisa fontes acadêmicas como livros, teses, dissertações, monografias e artigos (impressos e eletrônicos) nortearam as informações descritas e discutidas ao longo do desenvolvimento. O tema estudado foi basicamente a adaptação infantil em series iniciais Quando a criança ingressa pela primeira vez na creche, ela o faz num mundo diferente do até então conhecido familiar, tendo que se relacionar obrigatoriamente com novos cuidadores, se adaptar a um novo espaço e rotinas da instituição, o que pode ocasionar ansiedades, angústias, tanto para as crianças como as suas famílias. As reações infantis podem se manifestar como físicas (dores, febres, vômitos, diarreia, entre outros sintomas) ou emocionais, como não dormir, não aceitar alimentação, não brincar, timidez, apatia, raiva, agressividade etc. (RAPOPORT; PICCININI, 2001). Já os sentimentos das famílias variam entre alívio por conseguir uma vaga para suas crianças e poderem, principalmente, participar do mercado de trabalho, e culpa, sensação de abandono das crianças, insegurança com relação aos cuidados oferecidos à criança, na instituição, que deixam de ser individualizados em casa, para o cuidado o coletivo das instituições (MARANHÃO; SARTI, 2008). Por ser a experiência de adaptação emocionalmente exigente para as crianças e as famílias, sendo que algumas não conseguem se adaptar à instituição, faz-se necessário afe.to empenhos de pais alunos e corpo docente como um todo. Acreditamos que o processo de adaptação das crianças deve ocorrer com a parceria entre as instituições de Educação Infantil e as famílias, na qual ambas as instituições tenham a oportunidade de cumprir o seu papel. Em casos onde exista um relacionamento vertical, por parte das instituições de Educação Infantil, impedindo a presença das famílias nesse momento emocionalmente delicado e de fragilidade, ocorre uma separação abrupta das crianças de suas famílias, que adentram a instituição chorando e, assim, permanecem durante todo o período de adaptação enquanto seus responsáveis sofrem, passivos. Neste capítulo, apresentamos o processo de ingresso da criança à creche como emocionalmente exigente para todos os envolvidos, crianças, famílias e profissionais, e discutimos possibilidades de práticas acolhedoras às crianças e seus parentes. O aumento do número de creches e a intensa disputa por vagas, no Brasil, são fatores que refletem mudanças na família, a qual hoje precisa compartilhar a educação de suas crianças com instituições de qualidade, para que geralmente os responsáveis pelas crianças possam trabalhar fora (do lar) e auxiliar no sustento familiar. Todavia, as instituições de Educação Infantil, determinadas historicamente por um passado assistencialista, com uma educação para submissão, com pouquíssimos investimentos do poder público, também enfrentam mudanças, sendo hoje tidas como uma espécie de instituição educacional de qualidade, o que acarreta expectativas nos seus profissionais e nas famílias, que nem sempre coincidem. Apesar dos esforços de muitos profissionais de creche de interagir com as famílias, visando compartilhar a educação infantil, ainda há evidentes dificuldades de se lidar com o aspecto relacional do confronto entre os indivíduos envolvidos no cuidado da criança, dados seus pontos de vista diversos.
(MARANHÃO; SARTI, 2008, p.172). Assim, o processo de adaptação das crianças às instituições de Educação Infantil pode ser muito doloroso, não só para a criança, como para seus familiares – principalmente para a mãe, educada socialmente para cuidar de seu filho e que tem um vínculo muito forte com a criança –, pois implica a separação da criança de seus familiares, mesmo que apenas por um período do dia; porém, enquanto os pais trabalham ou desempenham outras funções sociais, é preciso escolher sob a cargo de quem ficará a educação das crianças.
JUSTIFICATIVA
A escola ou responsáveis e comunidade são cruciais em busca pela autonomia das crianças em toda fase de adaptação. As crianças devem ter seus direitos e deveres preestabelecidos a ajuda da família junto com o corpo decente é essencial, tanto os pais como professores devem entender que cada criança tem um processo individual, papel dos pais na adaptação dos filhos, os pais precisam visitar a escola, conversar com os professores e observar o ambiente em que os filhos frequentaram. Eles devem se sentir seguros em deixar a criança no local para que possam trabalhar com tranquilidade, sendo assim poder contar com um corpo docente uma rede de colégio em que cuide de seus filhos de todo o processo de adaptação de forma segura e com qualidade é um direito e dever que a rede de colégios devem proporcionar aos pais e responsáveis.

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